Coleta de dados faz diferença no desempenho de empresas

Gartner diz que empresas em crescimento são mais ativas na coleta de dados de experiência dos clientes

As organizações que têm registrado crescimento positivo de receita coletaram mais dados de experiência dos clientes (CX – Consumer Experience, em inglês) do que as companhias que não cresceram, de acordo com recente pesquisa do Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas. O estudo indica que quase 80% das organizações em crescimento usam pesquisas para coletar dados de experiência dos clientes, comparado com apenas 58% das organizações sem crescimento.

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“Há uma clara tendência, entre as empresas que crescem, em coletar ativamente dados de CX usando uma ampla variedade de ferramentas, como pesquisas, testes de usabilidade, grupos focais e análises em tempo real”, diz Jessica Ekholm, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. “Isso é o que chamamos de abordagem de fora para dentro – a ideia de que a criação de valor para o cliente e a abordagem orientada à experiência dos clientes impulsionará o sucesso dos negócios a longo prazo.”

Uma organização em crescimento é definida como aquela que teve um crescimento positivo da receita de 2018 a 2019. Além disso, tem expectativa de crescimento positivo da receita de 2019 a 2020. Uma organização sem crescimento teve receita inalterada ou em declínio entre 2018 e 2019, com o mesmo ritmo esperado para 2019 a 2020.

Pesquisas de clientes usadas pela maioria das organizações em crescimento – As pesquisas com consumidores continuam sendo o meio mais popular entre as organizações que crescem e as que não crescem para coletar dados de experiência dos clientes, segundo a pesquisa do Gartner. Embora as pesquisas podem fornecer aos gerentes de produto um entendimento básico das experiências e sentimentos dos clientes, elas têm algumas limitações. Os consumidores estão experimentando cada vez mais uma sensação de “cansaço de pesquisas”, com os levantamentos mostrando taxas de resposta em declínio para cada pesquisa subsequente que um cliente recebe. Além disso, as respostas das pesquisas geralmente são escritas às pressas ou fornecem informações ambíguas, diminuindo a qualidade dos dados coletados. As pesquisas são incapazes de trazer informações em tempo real. “Apesar de seu amplo uso, as pesquisas com clientes apresentam algumas falhas que limitam sua capacidade de coletar dados com qualidade da experiência dos clientes”, diz Ekholm. “Reconhecendo isso, as empresas em crescimento estão começando a usar análises em tempo próximo ou real para complementar ou aproveitar os dados coletados nas pesquisas.”

Análise em tempo real acelera e aprofunda insigths da experiência dos clientes – O uso de analytics em tempo próximo e real para coletar dados de Consumer Experience é uma tendência crescente entre empresas em crescimento, com 43% dos gerentes de produtos dessas operações usando ferramentas de analytics para coletar e analisar dados de percepção e sentimentos dos clientes, em comparação a apenas 22% dos gerentes de produtos em empresas que não crescem. As tecnologias de Inteligência Artificial (IA) podem ajudar as organizações a coletar dados em tempo próximo e real sobre os problemas e experiências atuais dos clientes. Esses dados podem ser usados ​​para prever a próxima ação dos consumidores, recomendando proativamente recursos, soluções ou ações que melhoram a jornada do cliente. “As empresas que aproveitam aplicações de Inteligência Artificial e analytics em tempo próximo e real para coletar dados de clientes se destacarão como líderes nos índices de experiencia dos consumidores nos próximos cinco a 10 anos”, afirma Ekholm.

A pesquisa Gartner “Mudando Abordagens para o Desenvolvimento de Produtos” foi realizada on-line entre julho e setembro de 2019, entre participantes com o título de gerente, equivalente e superior, em organizações do setor de alta tecnologia com receita prevista em 2019 de mais de US$ 100 milhões. No total, 214 participantes foram entrevistados nos EUA, China, Índia, Canadá, Reino Unido, França e Alemanha.

Fonte: Planin – Assessoria de Comunicação e de Imprensa do Gartner no Brasil –
Caroline Belleze

O ano da IA

2018 será o ano da Inteligência Artificial
O Gartner Symposium/Itxpo, um dos maiores eventos de tecnologia do planeta, deixou claro as principais tendências para 2018

Quando o assunto é tecnologia, as maiores referências globais em pesquisa, análises e assessoria são Gartner, Ovum, Forrester e IDC. De acordo com Christian Geronasso, consultor especialista em geração de valor e inovação e membro o Comitê Macroeconômico do ISAE – Escola de Negócio, os estudos dessas instituições orientam a tomada de decisão dos principais executivos de tecnologia do mercado.

“No início do mês de outubro, a cidade de Orlando, na Flórida (EUA), recebeu o Gartner Symposium/Itxpo, evento que contou com a participação das maiores empresas de tecnologia do mundo, entre elas IBM, Microsoft, Intel, Amazon e Google. Durante o simpósio, as gigantes do mercado compartilharam suas visões estratégicas sobre as tendências da tecnologia e negócios”, detalha Geronasso.

Durante o evento, foram listadas 10 tendências tecnológicas como apostas para 2018, agrupadas em três categorias: Inteligente, Digital e Mesh (rede em malha). Para Christian Geronasso, cinco delas irão revolucionar o mundo:

· Fundação IA (Inteligência Artificial): a criação de sistemas com a capacidade de aprender, se adaptar e, potencialmente, atuar sozinhos, será um campo de batalha para fornecedores de tecnologia até 2020.

· Aplicativos Inteligentes e Capacidade Analítica: aplicativos inteligentes podem criar uma camada intermediária entre pessoas e sistemas, com o objetivo de aumentar o potencial humano e não substituí-lo.

· Coisas Inteligentes: o número de dispositivos conectados só aumenta com o passar dos anos. Além de aumentar em tamanho, a Internet das Coisas (IoT) passará a ser mais autônoma ou semi autônoma, e o Gartner aposta que, até 2022, teremos automóveis se deslocando em rodovias sem ser necessário que um ser humano esteja atrás do volante.

· Gêmeos Virtuais: é a representação digital do mundo real em que o objeto virtual é um espelho fiel do seu gêmeo físico, com todas as suas propriedades e características. O maior benefício é a simulação de cenários “E se…”, utilizando os gêmeos virtuais, sem a necessidade de desperdício de materiais e horas-homem.

· Da Nuvem à Borda: um automóvel autônomo precisa ter capacidade de processamento suficiente na Borda (Edge) para decidir qual a melhor chance de seus passageiros sobreviverem em um acidente. Precisa também comunicar os dados com a nuvem para que a montadora monitore as manutenções do veículo. Esta arquitetura Nuvem-Borda-Nuvem será um dos desafios dos próximos anos.

“O estudo ainda cita detalhes de como as tecnologias de Plataformas Conversacionais, Experiências imersivas, Blockchain, Modelos Orientados a Eventos e Modelos de Adaptação Contínua de Risco e Confiança”, completa o especialista.

Para mais informações sobre os detalhes dos impactos destas tecnologias, acesse o site http://gtnr.it/2xvyyid (Gartner Top 10 Strategic Technology Trends for 2018).

Fonte: IRR Comunicaçao – Isabelle Kolb