Estudo aponta dez pontos de atenção para marcas e profissionais em 2023

Estudo de Flavio Ferrari, professor especialista em cenários futuros da ESPM, aponta estratégias e estimular o pensamento à inovação

O estudo “Thinker’s Insight Points 2023”, produzido por Flavio Ferrari, professor de Análise Estratégica de Cenários Futuros da pós-graduação da ESPM e criador do hub SocialData, apresenta dez principais pontos de atenção para 2023 e que podem ajudar no planejamento estratégico de marcas e planos de carreira para profissionais. O estudo reuniu pensadores de diversas áreas, entre elas comunicação, tecnologia e inovação, que utilizaram a metodologia Future Castells’ Stones (FCS), que propõe a observação do mundo a partir de nove marcos definidos para avaliar as motivações para transformação, as influências do contexto e as consequências das possíveis mudanças. Também houve 140 entrevistas, análises de redes sociais por meio da ferramenta Stilingue Trends e sites de notícias.

Os dez TIPs destacados são Imediatismo, Incerteza, Tecnologias, Habilidades, Confiança, Inovação Aberta, Liderança, Oportunidades, ESG e Custo Brasil, observados em um cenário sem interferências graves como desastres ambientais, conflitos geopolíticos e econômicos ou colapso de cadeia de suprimentos. “São temas, questões, movimentos, percepções, necessidades ou preocupações para o ano. É um exercício que tem como objetivo balizar estratégias e estimular o pensamento de equipes dedicadas à inovação, facilitando o desenho de possíveis cenários futuros”, diz.

De acordo com a análise, o Imediatismo tem foco na sobrevivência instantânea, com pessoas desejando segurança, empresas preocupadas com resultados e governo em busca de estabilidade. O TIP Incertezas traz os cenários econômico e político instáveis e os conflitos geopolíticos prejudicando o planejamento a longo prazo. As Tecnologias entram para entreter a sociedade e gerar oportunidade de negócios, e segurança da informação é uma preocupação (vulnerabilidade).

O estudo indica que a instabilidade no mercado de trabalho e os profissionais receosos em perder espaço para a Inteligência Artificial geraram o TIP Habilidades. Elas estarão cada vez mais relacionadas à gestão de recursos tecnológicos e humanos. E Confiança é o ativo mais escasso do momento e por isso valorizado em 2023.

O World Economic Forum (WEF) 2023, realizado em Davos, na Suíça, ressaltou a importância da colaboração e reforça o TIP da Inovação Aberta, que traduz a importância da conexão entre empreendedores, investidores, especialistas e outros parceiros para enfrentar desafios.

Três soft skills foram também citadas como principais pontos de Liderança. Criatividade para inovar, humanidade para engajar e ética para gerir o negócio. A idade volta a ser associada à experiência e à estabilidade emocional e profissionais mais velhos podem recuperar espaço no mercado de trabalho – contraponto ao idadismo.

Oportunidades mostram que alguns setores devem ser mais demandados, como Defesa, Energia, Saúde, Tecnologia e Turismo. Sobre ESG a pesquisa aponta que embora o termo esteja presente nas pautas corporativas, não necessariamente haverá ações concretas em 2023, um ano mais imediatista.

O décimo TIP, Custo Brasil, indica um ano de negociações devido ao cenário político e econômico – pressão para reforma tributária, incentivos fiscais e crédito facilitado.

“Percorrer o caminho das pedras é um processo que estimula a identificação de potenciais transformações e as submete a um filtro de realidade, permitindo elencar as que terão maior probabilidade de se concretizar”, diz Ferrari.

Fonte: NovaPR – Flávia Nakamura

Quais serão as habilidades dos líderes no futuro?

Em lançamento da Literare Books International, consultor e psicoterapeuta Ângelo Accorsi enfatiza a necessidade de focar na autogestão

Doutor em psicologia clínica e mestre em psicologia social, Ângelo Accorsi, assim como as grandes escolas de negócios do mundo todo, acredita que novas “inteligências” precisarão ser desenvolvidas no futuro. Para ele, as self skills, ou seja, a capacidade de gestão evolutiva de si mesmo, serão a chave para o desenvolvimento pessoal e profissional. É justamente sobre esse tema que o especialista discorre em “Self Skills: A chave para a liderança”, lançamento da Literare Books International.

Neste livro, o autor busca abrir um novo horizonte na formação de pessoas que desejam realizar mais para si mesmas e para o social, especialmente aquelas que querem desenvolver a liderança na competência da autogestão/autogerenciamento e ter como pilar elementar o autoconhecimento e o desenvolvimento integral.

Self Skills: A chave para a liderança apresenta exemplos e estudos para comprovar que as self skills (sensibilidade à própria intuição, identificação dos gatilhos de autossabotagem, cultivo de um estilo de vida coerente, gestão das emoções e relações etc.) são competências fundamentais à formação de um líder. Segundo Ângelo Accorsi, a prosperidade nos negócios, nos projetos e em uma carreira é reflexo do autoconhecimento, algo que vai além das hard skills (habilidades técnicas) e das soft skills (habilidades socioemocionais).

Com foco nas competências fundamentais à formação do líder, o psicoterapeuta explica que a construção de uma liderança autêntica passa por temas como propósito, personalidade, mecanismos de autossabotagem, ambição, relações, emoções, estilo de vida.

Ângelo Accorsi defende, ainda, que o posicionamento de eterno aprendiz precisa ser adotado por aqueles que almejam o sucesso no futuro, e fundamenta esta tese ao citar as correntes do inatismo e do empirismo, por meio dos filósofos Platão e Aristóteles e, na modernidade, o construtivismo de Jean Piaget.

Com o desenvolvimento das self skills, existe a possibilidade de maior gestão de si e alargamento da própria consciência. Caso não haja essa competência de autogerenciamento, pode-se saber toda a técnica; mas, se um aspecto imaturo da própria personalidade entra em cena, aquele saber não vale denada. Maturidade é uma concepção central quando falamosem self skills, uma vez que ela envolve tanto a dimensão subjetivaquanto aquela relacional da pessoa.
(Self Skills: A chave para a liderança, p. 25)

De forma simples, didática e fluída, com inúmeras provocações sobre temáticas como autoconhecimento, core business, intuição, autossabotagem, propósito, personalidade, dentre outras, abordadas sob uma perspectiva moldada em self skills, o autor convida os leitores para construírem seus próprios projetos de vida e explorarem ao máximo os potenciais das habilidades.

Ficha técnica:
Título: Self Skills
Subtítulo: A chave para a liderança
Autor: Ângelo Accorsi
Editora: Literare Books International
Categoria: Não Ficção/ Negócios
ISBN: 9786559225279
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 192
Preço: R$ 59,90
Preço ebook: R$ 45,90
Onde encontrar: Literare Books e Amazon

As habilidades que o novo profissional de marketing digital precisa ter – e servem para qualquer profissão

Por Bruno Campos de Oliveira*

Se você está considerando uma carreira em marketing, pode estar se perguntando se seu conjunto de habilidades e especializações profissionais são ideais para a área. O marketing digital hoje é diferente de apenas alguns anos atrás, o que significa que, embora certas habilidades (como criatividade e comunicação) ainda sejam importantes e aplicáveis, há uma série de outras competências mais recentes que os empregadores estão procurando na hora de contratar.

Bruno Campos de Oliveira

Uma coisa legal de se falar é sobre o conceito de profissionais ambidestros. No Vale do Silício, o autor e empreendedor Steve Blank, fala muito sobre “ambidextrous organizations”. Basicamente, ele diz que no mundo atual não existe mais espaço para empresas que só fazem inovação ou ainda, para empresas que só focam em melhorar eficiência operacional. Esse conceito diz que sempre devemos nos organizar em proporções que façam sentido, entre dois tipos de atividade: Explotation e Exploration.

Podemos entender que explotation é quando pegamos algo, testamos, aprendemos com aquilo, aprimoramos, testamos de novo e por aí vai. É a inovação e exploração de melhorias, mas focada sempre em algo existente como, por exemplo: “como podemos fazer melhor nosso trabalho?”. Já em exploration, o conceito considera que é preciso ir atrás de algo completamente novo, que vai mudar como as coisas são feitas. Então, é como se exploration pagasse nosso salário e explotation, a nossa aposentadoria.

No mundo do profissional é preciso mesclar os pensamentos: você pode ser a pessoa mais técnica do mundo, mas é importante pensar fora da caixa se quiser ser um profissional de ponta. Isso vale para quase tudo, ainda que seja do senso comum dizer que tal discurso faz mais sentido para a economia criativa do que para médicos, por exemplo. Mas vale observar: um médico pode ser o cirurgião mais técnico do mundo, não errar nada. E simplesmente travar diante de um problema inédito como uma doença ou vírus que não existia até ontem.

Outra coisa que acho essencial considerar atualmente, é o lifelong learning, que se trata da ideia de que o profissional do futuro tem que estar sempre aprendendo. Não faz mais sentido sair da faculdade e achar que acabou o estudo por aí. Os melhores profissionais nunca param de aprender e, além disso, são bons resolvedores de problemas, afinal, no fim do dia, independentemente de serem simples ou complexos, as pessoas são pagas para resolverem o problema de outras pessoas

Quando falamos em soft skills, a filosofia Ikigai cabe como uma luva. Em uma tradução livre, a palavra Ikigai em japonês significa “razão de ser”. A versão ocidental do Ikigai, diz que é possível encontrar o seu propósito e sua carreira dos sonhos analisando 4 fatores principais: o que eu amo fazer, o que faço bem feito, o que o mundo precisa e o que posso ser pago para fazer. É um desafio, mas quando se encontra algo que para abranger estes 4 aspectos, você encontra seu Ikigai e se torna não apenas um bom profissional, como uma pessoa completa.

*Bruno Campos de Oliveira é CMO da ADSPLAY. É formado em Marketing pela EACH-USP e se especializou em digital através de imersões diretamente no Vale do Silício – EUA. Também concluiu o xBA, Xponential Business Administration, ministrado pela StartSe University (EUA) e Nova SBE (Portugal). Há mais de dez anos trabalha com marketing digital, mídia de performance, e-commerce, tendo a oportunidade de trabalhar com diversas grandes marcas no Brasil e no exterior. É professor e embaixador de digital marketing da Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia no Brasil e co-autor do livro “Mídia Programática de A a Z”, o primeiro livro impresso sobre o tema no Brasil.

Vaga para especialista na área comercial

Vaga aberta para área comercial

Se você se identifica com as skills e atividades descritas abaixo  e gosta de trabalhar em equipe, mande seu currículo e perfil do Linkedin para: willian@midax.com.br.