Quais serão as habilidades dos líderes no futuro?

Em lançamento da Literare Books International, consultor e psicoterapeuta Ângelo Accorsi enfatiza a necessidade de focar na autogestão

Doutor em psicologia clínica e mestre em psicologia social, Ângelo Accorsi, assim como as grandes escolas de negócios do mundo todo, acredita que novas “inteligências” precisarão ser desenvolvidas no futuro. Para ele, as self skills, ou seja, a capacidade de gestão evolutiva de si mesmo, serão a chave para o desenvolvimento pessoal e profissional. É justamente sobre esse tema que o especialista discorre em “Self Skills: A chave para a liderança”, lançamento da Literare Books International.

Neste livro, o autor busca abrir um novo horizonte na formação de pessoas que desejam realizar mais para si mesmas e para o social, especialmente aquelas que querem desenvolver a liderança na competência da autogestão/autogerenciamento e ter como pilar elementar o autoconhecimento e o desenvolvimento integral.

Self Skills: A chave para a liderança apresenta exemplos e estudos para comprovar que as self skills (sensibilidade à própria intuição, identificação dos gatilhos de autossabotagem, cultivo de um estilo de vida coerente, gestão das emoções e relações etc.) são competências fundamentais à formação de um líder. Segundo Ângelo Accorsi, a prosperidade nos negócios, nos projetos e em uma carreira é reflexo do autoconhecimento, algo que vai além das hard skills (habilidades técnicas) e das soft skills (habilidades socioemocionais).

Com foco nas competências fundamentais à formação do líder, o psicoterapeuta explica que a construção de uma liderança autêntica passa por temas como propósito, personalidade, mecanismos de autossabotagem, ambição, relações, emoções, estilo de vida.

Ângelo Accorsi defende, ainda, que o posicionamento de eterno aprendiz precisa ser adotado por aqueles que almejam o sucesso no futuro, e fundamenta esta tese ao citar as correntes do inatismo e do empirismo, por meio dos filósofos Platão e Aristóteles e, na modernidade, o construtivismo de Jean Piaget.

Com o desenvolvimento das self skills, existe a possibilidade de maior gestão de si e alargamento da própria consciência. Caso não haja essa competência de autogerenciamento, pode-se saber toda a técnica; mas, se um aspecto imaturo da própria personalidade entra em cena, aquele saber não vale denada. Maturidade é uma concepção central quando falamosem self skills, uma vez que ela envolve tanto a dimensão subjetivaquanto aquela relacional da pessoa.
(Self Skills: A chave para a liderança, p. 25)

De forma simples, didática e fluída, com inúmeras provocações sobre temáticas como autoconhecimento, core business, intuição, autossabotagem, propósito, personalidade, dentre outras, abordadas sob uma perspectiva moldada em self skills, o autor convida os leitores para construírem seus próprios projetos de vida e explorarem ao máximo os potenciais das habilidades.

Ficha técnica:
Título: Self Skills
Subtítulo: A chave para a liderança
Autor: Ângelo Accorsi
Editora: Literare Books International
Categoria: Não Ficção/ Negócios
ISBN: 9786559225279
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 192
Preço: R$ 59,90
Preço ebook: R$ 45,90
Onde encontrar: Literare Books e Amazon

As habilidades que o novo profissional de marketing digital precisa ter – e servem para qualquer profissão

Por Bruno Campos de Oliveira*

Se você está considerando uma carreira em marketing, pode estar se perguntando se seu conjunto de habilidades e especializações profissionais são ideais para a área. O marketing digital hoje é diferente de apenas alguns anos atrás, o que significa que, embora certas habilidades (como criatividade e comunicação) ainda sejam importantes e aplicáveis, há uma série de outras competências mais recentes que os empregadores estão procurando na hora de contratar.

Bruno Campos de Oliveira

Uma coisa legal de se falar é sobre o conceito de profissionais ambidestros. No Vale do Silício, o autor e empreendedor Steve Blank, fala muito sobre “ambidextrous organizations”. Basicamente, ele diz que no mundo atual não existe mais espaço para empresas que só fazem inovação ou ainda, para empresas que só focam em melhorar eficiência operacional. Esse conceito diz que sempre devemos nos organizar em proporções que façam sentido, entre dois tipos de atividade: Explotation e Exploration.

Podemos entender que explotation é quando pegamos algo, testamos, aprendemos com aquilo, aprimoramos, testamos de novo e por aí vai. É a inovação e exploração de melhorias, mas focada sempre em algo existente como, por exemplo: “como podemos fazer melhor nosso trabalho?”. Já em exploration, o conceito considera que é preciso ir atrás de algo completamente novo, que vai mudar como as coisas são feitas. Então, é como se exploration pagasse nosso salário e explotation, a nossa aposentadoria.

No mundo do profissional é preciso mesclar os pensamentos: você pode ser a pessoa mais técnica do mundo, mas é importante pensar fora da caixa se quiser ser um profissional de ponta. Isso vale para quase tudo, ainda que seja do senso comum dizer que tal discurso faz mais sentido para a economia criativa do que para médicos, por exemplo. Mas vale observar: um médico pode ser o cirurgião mais técnico do mundo, não errar nada. E simplesmente travar diante de um problema inédito como uma doença ou vírus que não existia até ontem.

Outra coisa que acho essencial considerar atualmente, é o lifelong learning, que se trata da ideia de que o profissional do futuro tem que estar sempre aprendendo. Não faz mais sentido sair da faculdade e achar que acabou o estudo por aí. Os melhores profissionais nunca param de aprender e, além disso, são bons resolvedores de problemas, afinal, no fim do dia, independentemente de serem simples ou complexos, as pessoas são pagas para resolverem o problema de outras pessoas

Quando falamos em soft skills, a filosofia Ikigai cabe como uma luva. Em uma tradução livre, a palavra Ikigai em japonês significa “razão de ser”. A versão ocidental do Ikigai, diz que é possível encontrar o seu propósito e sua carreira dos sonhos analisando 4 fatores principais: o que eu amo fazer, o que faço bem feito, o que o mundo precisa e o que posso ser pago para fazer. É um desafio, mas quando se encontra algo que para abranger estes 4 aspectos, você encontra seu Ikigai e se torna não apenas um bom profissional, como uma pessoa completa.

*Bruno Campos de Oliveira é CMO da ADSPLAY. É formado em Marketing pela EACH-USP e se especializou em digital através de imersões diretamente no Vale do Silício – EUA. Também concluiu o xBA, Xponential Business Administration, ministrado pela StartSe University (EUA) e Nova SBE (Portugal). Há mais de dez anos trabalha com marketing digital, mídia de performance, e-commerce, tendo a oportunidade de trabalhar com diversas grandes marcas no Brasil e no exterior. É professor e embaixador de digital marketing da Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia no Brasil e co-autor do livro “Mídia Programática de A a Z”, o primeiro livro impresso sobre o tema no Brasil.

Vaga para especialista na área comercial

Vaga aberta para área comercial

Se você se identifica com as skills e atividades descritas abaixo  e gosta de trabalhar em equipe, mande seu currículo e perfil do Linkedin para: willian@midax.com.br.

Quais são os desafios numa era de carreiras digitais

Futuro do Trabalho: Os desafios de carreira na era digital

*Por Valdir Scalabrin Superintendente do Instituto da Via de Acesso

A tecnologia impôs mudanças rápidas em todas as áreas das nossas vidas. Cadernos deram lugar a tablets; lousa e giz têm há tempos sua versão digital; enciclopédias tornaram-se Wikipedia etc. A curva das inovações avança de forma progressiva. Enquanto as gerações de nossos pais, avós e bisavós passavam 20 ou 30 anos sem mudanças disruptivas, atualmente não há um dia sequer sem que alguma inovação seja anunciada ao mercado.

Imagem de Eluj por Pixabay

A internet alavancou a inovação a uma velocidade praticamente impossível de ser acompanhada. Segundo o Data Never Sleeps, relatório gerado anualmente desde 2013 pela empresa Domo, a estimativa é que em 2020 o universo digital atinja os 44 zettabytes e que cada pessoa no mundo gere 1.7 MB de dados por segundo. Este volume de dados não para de crescer, e a expectativa é que tenhamos cada vez mais informações disponíveis.

Associado a isso, temos o avanço da Inteligência Artificial que, segundo estudo realizado em 2019 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Microsoft, pode elevar a taxa de desemprego no país em 4 pontos percentuais nos próximos 15 anos, e, no cenário mais agressivo, considerando os empregados menos qualificados, esse aumento deve chegar a 5,14 pontos na taxa de desemprego e 1,56 ponto de aumento de empregos qualificados.

A estimativa do Fórum Econômico Mundial é um pouco mais preocupante. Segundo relatório de 2018 apresentado novamente em 2020, a taxa de automação no trabalho passa de 29% em 2018 para 42% em 2022 e deve ultrapassar os 52% em 2025. Essa taxa de automação influi diretamente no desemprego, por isso a necessidade de aprender novas habilidades tem sido ressaltada nos últimos anos.

Mas a situação não é para desespero, a tecnologia elimina empregos, mas também os cria. Segundo relatório anterior sobre Futuro do Trabalho do Fórum Econômico Mundial, as estimativas são de que 65% das crianças que estão começando a estudar hoje terão empregos que ainda não existem.

Não é por acaso que as teorias que aprendemos na universidade estão sendo revisitadas, reformuladas e até substituídas por algo inteiramente novo. A forma como nos relacionamos, trabalhamos, nos alimentamos ou, ainda, como nos transportamos, talvez esteja sendo alterada nesse exato momento por uma startup, que pode estar dando os últimos retoques no aplicativo que revolucionará nossas vidas, e isso, “mais uma vez”.

O grande desafio atualmente é o de estar sempre aprendendo novas habilidades, alimentando o ciclo do conhecimento e antenado com as novas tecnologias, para não correr o risco da obsolescência profissional e, consequentemente, o desemprego.