Vaga para Social Media

Presencial em Taubaté, SP.

Neste cargo, você será responsável por apoiar, criar e planejar conteúdos para as redes sociais, acompanhar tendências e interagir com o público em diferentes plataformas. Além disso, terá a oportunidade de auxiliar na execução de campanhas digitais e no monitoramento de métricas para análise de resultados. Contato com franqueados para auxílio com a redes sociais das lojas.

Qualificações

· Marketing e Mídias Sociais:
Conhecimento em marketing, estratégias voltadas para redes sociais e criação de conteúdo original para diferentes plataformas digitais.
· Comunicação: Habilidades de comunicação escrita e interação nas redes sociais para engajar o público de forma criativa e eficiente.
· Desejável familiaridade com ferramentas de design gráfico e edição de vídeos, gerenciamento de perfis de redes sociais será considerada um diferencial.
· Habilidade para trabalhar em equipe.

Enviar CV direto pra mim ou para: carlos.santis@unhascariocas.com.br

Marcas querem ser influencers e influencers querem ser marcas. A disputa não é por alcance e sim por confiança.

Ewerton Mokarzel, CEO e Sócio na FutureBrand São Paulo. Créditos: Ester Mendes

Por Ewerton Mokarzel*

Marcas tradicionais, com budgets bilionários, olham, com inveja mal disfarçada, para a autenticidade e o vínculo que os creators digitais constroem com suas audiências. O paradoxo é um tapa na cara da velha guarda do marketing: marcas querem ser influencers (ter a voz autêntica e a confiança do público) e influencers querem ser marcas (ter a estrutura, a perenidade e o valuation de um negócio). Alcance se compra, confiança se conquista no tempo das relações e com entregas consistentes.

Analisando o ciclo 2024–2025 dos nossos clientes, três sinais ficam claros: as redes sociais viraram o principal canal publicitário do planeta; o investimento em creators cresceu mais rápido que a mídia como um todo; e as marcas que performaram melhor aprenderam a operar a influência como estratégia, não como mídia tática.

Pessoas influenciam pessoas

Em 2024, havia 144 milhões de usuários de redes sociais no país [DataReportal], 81% dos brasileiros afirmam ser influenciados por anúncios personalizados nas mídias sociais [A Voz do Consumidor 2024 PwC] e 69% dos brasileiros já compraram por indicação de influenciadores.

O país já figura entre os maiores ecossistemas de creators no Instagram, com cerca de 13 milhões de criadores. Isso cria abundância de nichos, formatos e comunidades onde recomendações circulam com intimidade e autenticidade social. É muita gente conversando, comparando e compartilhando experiências todos os dias.

Para o creator que sonha em ser uma marca, a influência é um canal, não o negócio. Creators precisam se profissionalizar e operar como empresas, investindo em qualidade, operação, métricas, logística e governança.

Os grandes casos de sucesso de creator brands que alcançaram valuations elevados operam em parceria com grandes empresas e investidores, unindo a força da influência à solidez da gestão.

Aqueles que apostaram tudo na audiência e negligenciaram o básico, como qualidade do produto e eficiência operacional, estão no cemitério das boas intenções. A influência sozinha não sustenta a valuation de um negócio no longo prazo. O caso da Prime Hydration (Logan Paul e KSI), que viu a receita cair cerca de 70% no Reino Unido em 2024, e o MrBeast Burger, que enfrentou litígios e controvérsia de qualidade, mostram o custo de uma execução irregular.

Marcas ainda influenciam pessoas

Marcas não perderam poder de persuasão, só mudaram a forma de exercê-lo. Evidências da Kantar mostram que marcas percebidas como significativamente diferentes por mais gente atingem até cinco vezes mais penetração, com efeito de preço e preferência. Influência de marca se acumula em experiência, não em picos isolados do “viral”.

Menos obsessão em “parecer influencer”, mais projeto para se tornar influência. Ir além da tática superficial e abraçar o trabalho duro de construir uma proposta de valor real. Creators precisam de liberdade criativa — eles entendem o próprio público e sabem o que funciona. Isso significa tratar creators como canal de distribuição de reputação e não apenas de cupom, e aceitar que parte do controle mora nas pessoas.

O dinheiro seguiu a influência

O mercado global de influencer marketing foi estimado em 24 bilhões de dólares em 2024 e projeta 32,55 bilhões em 2025. O mesmo estudo registra social como maior rubrica de mídia em 2024, com 247,3 bilhões de dólares, e nova alta prevista para 2025. O Brasil aparece como líder mundial em número de influenciadores no Instagram, com 15,8%, e segundo em posts patrocinados.

Essa migração de capital confirma os dados de que consumidores acreditam mais em um indivíduo que fala diretamente com eles do que em uma comunicação polida da marca. Nesse cenário, a relação Marcas X Influencers muda de eixo. As marcas ainda influenciam, mas o fazem de forma indireta, através da credibilidade emprestada dos creators.

Marcas X Influencers

Creators querem preservar voz, risco criativo e timing próprio, mas batem na parede de briefings que achatam estilo, humor e repertório até virar produto de agência. Marcas querem previsibilidade, performance e accountability. Desse choque nasce a frustração crônica do mercado, porque espontaneidade sem método parece vaidade e controle sem sensibilidade mata a faísca criativa que move a comunidade.

Marcas + Influencers

É a ponte estratégica que conecta a marca ao consumidor, ampliando a relevância e o valuation. SKIMS chegou a 5 bilhões de dólares em 2025 com capital sofisticado e logística de gente grande. Glossier atingiu 1,8 bilhão na Série E ao transformar comunidade em pipeline de produto. Rare Beauty circula com estimativa de 2,7 bilhões depois de pausar um processo de venda que mirava 2 bilhões no ano anterior. Kylie Cosmetics cravou valuation implícito de 1,2 bilhão na venda de 51%. Quando a audiência certa encontra a máquina certa, a marca deixa de pedir atenção e passa a ser desejada. Marcas buscam influencers para recuperar confiança e influencers que a conquistaram buscam a estrutura de marca para perenizá-la.

*Ewerton Mokarzel é designer e executivo com mais de 25 anos de experiência em branding. CEO e sócio da FutureBrand, lidera projetos de transformação para grandes empresas no Brasil e no exterior, com passagens pela Austrália e Singapura. Reconhecido por unir estratégia e execução criativa, conquistou mais de 250 prêmios nacionais e internacionais, incluindo os mais importantes do setor, e consolidou a FutureBrand como a maior consultoria de marcas do país e uma das líderes globais. Ao longo da carreira, já trabalhou com empresas como Grupo Boticário, Santander, Nestlé, Hering, BTG Pactual, Track&Field, Localiza, Banco do Brasil, Porto Seguro, JBS, Nespresso, entre outras.

User Generated Content já não lidera engajamento, mas continua relevante para pequenos negócios, aponta pesquisa da Photoroom

Só 7% das marcas veem o UGC como motor de engajamento nas redes, mas ele segue gerando confiança e conversões em segmentos como beleza e moda

Ao longo dos anos, as mídias sociais sempre defenderam a ideia de que User Generated Content, conhecido como UGC, seria a força vital do engajamento digital. A ideia de que clientes reais dariam autenticidade às páginas das marcas e construiriam comunidades fiéis era quase um consenso no marketing. Porém, um novo levantamento da Photoroom, plataforma líder em edição de imagens com IA, revela que essa crença já não se sustenta.

De acordo com a pesquisa, apenas 7% das marcas ainda consideram o UGC um dos principais motores de engajamento nas redes sociais, apesar de quase um terço continuar a utilizá-lo em páginas de e-commerce. O levantamento ainda indica que 77% das empresas incorporam o UGC em algum ponto de sua comunicação, como nas listagens de produtos (30%), em ativos de marketing (21%) e em ambos (26%), mas menos de 10% avaliam que ele contribui de forma significativa para interações nas redes.

Para Matt Rouif, CEO da Photoroom, a percepção das marcas nem sempre corresponde ao impacto real do UGC. “O conteúdo gerado por usuário já foi sinônimo de autenticidade, mas as redes estão saturadas e até fotos amadoras podem parecer roteirizadas. Isso não significa que perdeu valor, e sim que precisa ser usado no contexto certo, com qualidade visual que valorize o produto”, pontua.

A queda de eficácia está ligada à supersaturação de conteúdo e à mudança nas expectativas do público. Consumidores mais jovens, como millenials e Geração Z, são expostos a tantos formatos que deixaram de ver o UGC como algo espontâneo. Além disso, imagens amadoras muitas vezes não mostram os produtos em seu melhor ângulo, criando uma barreira visual que desestimula cliques e interações.

O estudo revela, porém, que o UGC mantém relevância em setores específicos, como beleza e cuidados com a pele, que são categorias em que ele segue impulsionando conversões. Nesses casos, consumidores valorizam ver texturas, cores reais e resultados práticos, ou seja, fatores que fotos de clientes costumam mostrar melhor do que imagens de estúdio. Em contrapartida, nichos como joias e acessórios dependem de imagens profissionais, pois os consumidores exigem alta resolução para avaliar detalhes e acabamento.

Para pequenos varejistas, o UGC segue sendo um recurso estratégico e acessível. Muitos contam com orçamentos reduzidos para fotografia ou campanhas profissionais e aproveitam as fotos enviadas por clientes como ponto de partida para divulgar produtos.

Rouif conta que, segundo relatos recebidos de pequenos lojistas, avaliações com fotos feitas por clientes aumentam o clique e a intenção de compra. Quando combinadas a fotos de estúdio, essas imagens ajudam os consumidores a se verem no produto e contribuem para a conversão. Ele acrescenta que, com editores de fotos baseados em IA, mesmo lojas de menor porte conseguem redimensionar e ajustar a qualidade dessas fotos para garantir consistência visual nas páginas e campanhas.

Entre 2015 e 2020 sabe-se que o Instagram favoreceu imagens mais elaboradas e estéticas, enquanto o TikTok popularizou vídeos curtos e crus, considerados mais autênticos. Durante a pandemia, por exemplo, o uso de UGC cresceu quando as marcas recorreram a ele para suprir restrições orçamentárias e operacionais. Isso mostra que a importância do conteúdo gerado por usuário oscila conforme as plataformas, as tendências culturais e as condições do mercado.

A análise da Photoroom reforça que, mesmo com a perda de protagonismo nas redes sociais, o UGC continua sendo um recurso eficaz para construir confiança, reduzir barreiras de compra e fortalecer marcas menores, especialmente quando combinado com ferramentas de edição de fotos que melhoram a qualidade visual sem comprometer a autenticidade.

Metodologia

O relatório é baseado em duas fontes de dados: uma pesquisa interna da Photoroom entre os usuários e uma pesquisa externa entre proprietários de pequenas empresas e gerentes do setor. A Photoroom realizou a pesquisa com clientes em um painel de 1.131 usuários nos EUA, no Reino Unido e no Brasil, de 5 de dezembro de 2024 a 13 de janeiro de 2025. A pesquisa externa foi realizada via Centiment em um painel de 1.575 profissionais de 12 de dezembro de 2024 a 31 de dezembro de 2024.