Pesquisa VANPRO mostra que a maioria das agências manteve crescimento no 1º semestre

Sondagem, realizada pelo Ecossistema Sinapro/Fenapro, aponta que 42,8% elevaram sua receita no primeiro semestre, e que 63,3% preveem um futuro melhor. Já 31,9% registraram estabilidade, e 25,3%, queda de receita, mostrando um cenário diversificado por conta dos desafios

As expectativas das agências para os seus negócios e o setor de publicidade seguem positivas, segundo indica a nova edição da pesquisa VanPro, realizada pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO, junto a 229 agências de 20 Estados e do Distrito Federal. Os dados, relativos ao primeiro semestre, mostram que 42,8% das agências elevaram sua receita no primeiro semestre de 2025. Por outro lado, mais de um terço (31,9%) apontaram estabilidade na receita, e 25,3% registraram queda, na comparação com o primeiro semestre de 2024.

Entre as agências que cresceram, 28,6% elevaram sua receita em até 10%; 36,7% registraram aumento entre 10% e 20%, e 34,7% ultrapassaram os 20%. Já entre as 25,3% que tiveram queda de receita, esta foi de até 10% para 12,1% das agências; de 10% a 20% para 34,5% delas, e superior a 20% para 53,4% das empresas entrevistadas.

Apesar das pressões sobre a receita, o horizonte de futuro é visto de forma relativamente positivo por 63,3% das agências. A maior parte delas (44,1%) classifica suas perspectivas como boas, e outras 19,2% como muito boas. Aproximadamente 27,1% acreditam que o futuro será estável, e 6,1% enxergam um cenário ruim. Há também uma minoria (3,0%) que não consegue prever ou considera a situação muito ruim.

“A pesquisa VanPro oferece um retrato atualizado do ambiente de negócios e tem confirmado que o otimismo em relação ao futuro predomina entre as agências, e também o crescimento das receitas, embora haja muitos desafios hoje na gestão dos negócios”, afirma Daniel Queiroz, presidente da Fenapro.

Daniel Queiroz, presidente da Fenapro

Avaliando-se as perspectivas por região, a pesquisa mostra que o otimismo é maior no Sudeste – com 71% apontando expectativas boas e muito boas, índice próximo ao do Centro-Oeste (70%) – e é menos acentuado no Nordeste – onde as expectativas otimistas foram registradas junto a 60,6% das agências – e na região Sul, onde, mesmo com melhores resultados, as expectativas otimistas são apontadas por 62,9% das agências.

“Os dados regionais são relevantes como vetor que ajuda a nortear as políticas setoriais, os debates institucionais e atuação dos Sinapros que compõem o nosso ecossistema”, destaca Roberto Tourinho, presidente do Sinapro-SP e integrante do GT da Fenapro. “Por ser uma pesquisa conduzida por uma entidade nacional representativa do setor, a VanPro ganha ainda mais legitimidade devido à proximidade com a realidade vivida pelas agências”, ressalta Tourinho.

Roberto Tourinho, presidente do Sinapro-SP e integrante do GT da Fenapro

Além das expectativas para os negócios, a pesquisa mostra “tendências e desafios que precisam ser enfrentados, servindo como bússola para decisões estratégicas e o fortalecimento das agências”, segundo o presidente da Fenapro. Queiroz conta que o estudo apontou as principais dores das agências, entre as quais destacaram-se cinco tópicos: Pessoas e mão de obra, Cultura do mercado e Cliente, Tecnologia e IA, Precificação, mercado e concorrência e Contexto político e econômico. “São questões que influenciam diretamente hoje os negócios das agências”, observa.

As principais dores das agências

A VanPro mostrou que a carência de profissionais qualificados é a dor mais recorrente entre as agências entrevistadas, agravada pela dificuldade de remunerar em patamares compatíveis com suas expectativas. Essa escassez é especialmente citada em regiões fora dos grandes centros, onde a competição por talentos é ainda mais intensa.

“Às dificuldades de contratação somam-se a relatos de equipes instáveis, desmotivadas ou emocionalmente fragilizadas, o que tem tornado a gestão ainda mais desafiadora”, conta Ana Celina, diretora da Fenapro, ao ressaltar que “a rotatividade e a dificuldade de retenção de capital intelectual aparecem inclusive como ameaças diretas à continuidade do negócio”. A chegada da IA adicionou a isso uma nova camada: muitas empresas do setor reconhecem que os profissionais atuais ainda não têm preparo para lidar com as novas ferramentas, exigindo um processo de requalificação.

Ana Celina, diretora da Fenapro

Cultura do mercado e clientes

Há uma forte percepção de desalinhamento entre expectativas de clientes e a forma de trabalho das agências. Resistência dos clientes em aceitar o planejamento de longo prazo e preferir os resultados imediatos, a frustração com contratos que se limitam a entregas pontuais e as disputas muito focadas em preços, sem valorização de diferenciais, também despontam entre as principais dores das agências.

Roberto Tourinho, comenta que “as agências relatam frustração com contratos que se limitam a entregas pontuais e com disputas muito focadas em preço, sem valorização de consistência ou diferenciais”. Também foram citadas, com menor frequência, queixas sobre erosão da confiança e da reputação do setor, dificuldades de relacionamento em processos de concorrência e clientes que absorvem serviços internos, reduzindo as demandas para as agências.

Precificação, mercado e concorrência

Segundo Daniel Queiroz, a dificuldade em estabelecer preços justos para os serviços é um ponto que desafia o setor, sendo citada de forma recorrente. “Muitos descrevem um mercado ‘desequilibrado’, com valores muito diferentes entre agências, o que compromete margens e cria insegurança”, conta o presidente da Fenapro. Ele acrescenta que também foi identificada a ausência de padrões de referência setoriais claros e a desconfiança quanto à sustentabilidade financeira de concorrentes que praticam preços muito baixos.

A concorrência com o negócio das agências aparece sob várias formas: houses internas de clientes, influenciadores, freelancers e prestadores informais que oferecem serviços de comunicação sem registro ou estrutura profissional. “Esse movimento não só reduz o espaço para as agências, mas também compromete a imagem do setor, já que práticas amadoras geram desconfiança e desvalorização”, observa Queiroz.

Outro ponto relatado com alguma frequência foi a dificuldade de converter prospecções em novos contratos de maior porte, com alto esforço de prospecção e baixa taxa de conversão.

Contexto político e econômico

As oscilações políticas e econômicas são apontadas como fatores que afetam diretamente a previsibilidade das agências, levando à retração de anunciantes em períodos de crise e incerteza política, a postergação de investimentos e a cautela em liberar verbas. “A percepção é de um setor altamente exposto a variáveis externas, que influenciam fortemente os resultados comerciais e a receita”, conta Roberto Tourinho.

Com menos frequência, foram lembrados ainda os impactos da instabilidade cambial sobre custos de mídia digital, variações regionais na dinâmica de investimentos públicos em comunicação e insegurança sobre mudanças regulatórias.

Setores de atuação e perfil das agências

Com relação aos setores de atuação, a pesquisa revela ampla presença em âmbito nacional da atuação das agências em: serviços (77,0%), governo (74,9%), indústria (53,0%), saúde (55,5%) e varejo (55,0%). Em seguida, vêm incorporação imobiliária (49,3%), agronegócio (29,3%), terceiro setor/ONGs (28,8%) e setor financeiro (26,6%). Moda (24,0%), tecnologia (21,8%) e startups (11,4%) aparecem em posições intermediárias, enquanto bets e jogos de azar (4,8%) e educação (2,2%) têm presença limitada.

O “top 5”de cada região em termos de presenças das agências no mercado:

O perfil predominante dos participantes da pesquisa VanPro é similar ao das sondagens anteriores. A maioria opera como full service (97,4%), com poucas dedicadas exclusivamente ao digital (2,6%). No foco de atendimento, 55% não distinguem entre clientes públicos ou privados, 32,3% concentram-se somente no setor privado e 12,7% somente no setor público.

O perfil das empresas revela maturidade. Mais da metade existe há mais de 21 anos, e apenas 6,1% têm até cinco anos de atividade. Já com relação ao tamanho das equipes, quase 54% estão entre 11 e 40 pessoas, com menor concentração nos extremos de estruturas pequenas (6,1% até 5 pessoas) ou grandes times (10% com mais de 80 pessoas).

O perfil da receita anual é distribuído de forma bastante heterogênea. Cerca de um terço (33,4%) faturam até R$ 1 milhão, outro terço (35,7%) ficam entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, e o terço final (30,8%) acima de R$ 5 milhões.

Fonte: GPCOM Comunicação Corporativa

Pesquisa VanPro mostra que a maioria das agências manteve crescimento no 1º semestre

Sondagem, realizada pelo Ecossistema Sinapro/Fenapro, aponta que 45% elevaram sua receita no primeiro semestre, e que 64% preveem um futuro melhor. Mas 30% registraram estabilidade, e 25%, queda de receita, mostrando um cenário diversificado por conta dos desafios

As expectativas das agências para os seus negócios e o setor de publicidade seguem positivas, segundo indica a nova edição da pesquisa VanPro, realizada pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO, junto a 221 agências de 20 Estados e do Distrito Federal. Os dados, colhidos em agosto de 2024, mostram que 45% das agências elevaram sua receita no primeiro semestre de 2024. Por outro lado, mais de um terço (30%) apontaram estabilidade na receita, e 25% registraram queda na comparação com os primeiros semestres de 2024 e de 2023.

As agências que cresceram entre 10% e 30% foram 23% do total; enquanto 12% ampliaram a receita acima de 30%, e 10%, em menos de 10%. Já as que registraram perdas superiores a 30% foram 10% das entrevistadas.

As perspectivas sobre o futuro situaram-se próximas à sondagem de janeiro último. O índice de agências que apontou perspectivas de futuro boas ou muito boas foi de 64%, em comparação a 66%. Em contrapartida, o índice de agências que consideram o cenário futuro como ruim, muito ruim ou têm previsão de interromper as atividades aumentou de 5% para 8%, enquanto 3% – um ponto percentual acima da pesquisa anterior – não conseguem prever. Já o índice das que projetam estabilidade caiu de 27% para 25%.

“A nova sondagem mostra que o cenário financeiro para as agências é diversificado, com a maioria delas crescendo, mas uma parte expressiva apontando estabilidade ou mesmo queda. São números que refletem os atuais desafios competitivos do mercado”, destaca Daniel Queiroz, presidente da Fenapro.

Em sua avaliação, o fato de que um número significativo de empresas elevou sua receita e manteve seus lucros estáveis, ao passo que outras enfrentaram quedas, evidencia a importância dos investimentos em gestão, equipes, inovação e tecnologia, bem como a necessidade de revisão dos modelos de negócio, apontada como um desafio.

Para Ana Celina, diretora da Fenapro, a gestão eficaz continua a ser um pilar central para o sucesso, especialmente em um ambiente no qual a otimização de processos e a gestão de pessoas são os maiores desafios. “A realização de um planejamento estratégico e de reflexão sobre mercado pode trazer soluções para os problemas comerciais e de crescimento, apontados, cada um, por cerca de um terço das agências”, completa.

Desafios

Quando perguntadas sobre os três principais desafios, 50% das agências indicam a gestão de processos e equipes. Em segundo lugar, com 44%, vem a gestão de pessoas e políticas de RH, e, em terceiro, a gestão comercial e a captação de clientes, apontada por 38% das agências.

Outros desafios são a gestão do crescimento e a criação de novos negócios, mencionada por 36% dos entrevistados, e a inovação tecnológica e otimização da execução, apontada por 30% como sendo um dos principais desafios de sua agência.

“Estes indicadores demonstram que as agências, mesmo registrando crescimento nos negócios, ainda têm desafios em termos de gestão, principalmente no que se refere às pessoas, que são o seu maior ativo”, observa Roberto Tourinho, presidente do Sinapro-SP e integrante do GT da Fenapro. “É preciso que elas se voltem mais ao desenvolvimento de políticas e processos que tornarão a sua gestão mais eficaz nos diversos aspectos da operação”, destaca.

Ferramentas de automação e IA

O uso de ferramentas de automação e Inteligência Artificial (IA) no trabalho criativo das agências, tais como ChatGPT e DALL-E, vem avançando, com 79% das agências já adotando esses recursos, em comparação a 64% no ano passado, e 31% há dois anos. Já 14% pretendem implantá-las ao longo dos próximos seis meses.

Por outro lado, 6% não pretendem utilizar ferramentas de automação e IA no trabalho criativo, índice que mostra uma queda em relação aos 11% registrados no ano passado, e 30% há dois anos. As ferramentas de IA mais utilizadas são o ChatGPT, Midjourney, Gemini, ferramentas da Adobe e Copilot.

Ao avaliar a evolução no uso de automação e IA nos processos da agência, 17% conseguem observar impactos significativos; 43%, moderados, e 28%, pequenos. Já 3% não identificaram mudanças, enquanto 9% não aplicam ferramentas de automação e IA.

Os tipos de impacto mais mencionados foram aqueles relacionados à otimização do trabalho, com maior agilidade na execução de tarefas, redução de custos e automação de tarefas repetitivas, bem como a melhoria na qualidade, com processos menos suscetíveis a erros humanos, melhor aproveitamento dos profissionais, maior atenção destes aos detalhes, aprimoramento analítico e insights mais profundos obtidos a partir da análise de dados, fatores estes que estão permitindo tomar decisões melhor embasadas e estratégicas.

A crescente adoção de ferramentas de automação e IA nas agências reflete uma mobilização para mudanças em busca de competitividade e inovação. No entanto, o impacto variado dessas tecnologias e a concentração na tecnologia promovida pelo hype corporativo, o ChatGPT, sugere que é necessário um movimento proativo dos empresários do setor em busca de novas ferramentas.

Perfil das agências participantes

O perfil predominante dos participantes da pesquisa VanPro é similar ao das sondagens anteriores. A maioria dos respondentes são agências full-service (97%), com equipe de até 20 pessoas (54%), que têm mais de 20 anos de existência (51%), ou entre 11 e 20 anos (35%), e 96% delas são associadas ao Sinapro de seu estado, e 73% ao CENP.

Assim como em todas as sondagens VanPro realizadas até hoje, o perfil de receita anual das empresas é mais diversificado do que os outros fatores. A maior frequência é de agências com receita de até R$ 1 milhão, representando cerca de 34% das entrevistadas.

Cerca de 22% do conjunto dos participantes da sondagem têm receita anual entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões; 16%, entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, e 13% entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões. As empresas com receita anual superior a R$ 10 milhões foram 15% das respondentes.

Sobre a Pesquisa VanPro

A pesquisa Visão de Ambiente de Negócios – VANPRO é feita pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO desde 2017, e tem como principal objetivo medir e mapear o cenário atual e quais são as perspectivas para o futuro, além de conhecer os principais desafios dos sócios e executivos de agências de todo o país.

Fonte: GPCOM Comunicação Corporativa

Pesquisa VanPro mostra melhoria expressiva do cenário para as agências de publicidade

Realizada pelo Sistema SINAPRO/FENAPRO, junto a 293 agências do País, a sondagem mostra que 64% delas apontam perspectiva mais favorável e 39% conseguiram elevar ou manter o faturamento no segundo trimestre

O processo de retomada do mercado de publicidade segue avançando e abrindo um cenário mais positivo para as agências de publicidade do País, segundo mostra a nova edição da pesquisa VanPro, importante termômetro dos negócios e da gestão das empresas do setor, realizada pelo Sistema SINAPRO/FENAPRO. Segundo os dados apurados junto a 293 agências de 20 estados e do Distrito Federal o índice de agências que veem melhores perspectivas de mercado cresceu 28%, representando 64% do total das empresas entrevistadas em setembro, ao mesmo tempo que 62% conseguiram manter ou elevar seu faturamento no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020.

Daniel Queiroz – Presidente da Fenapro

Entre as agências entrevistadas, 39% aumentaram o faturamento, 30% mantiveram e 18% perderam 30% ou mais. Para o futuro, as perspectivas também são positivas. As que preveem estabilidade são 26% e as que consideram o cenário negativo são 5%, algumas inclusive não descartando a interrupção das atividades, enquanto 5% não têm uma previsão.

“A pesquisa VanPro mostrou que os maiores impactos da pandemia já foram superados, e que as perspectivas de futuro são muito melhores do que no mesmo período de 2020. As agências brasileiras encontraram seus caminhos para a sustentação ou retomada do crescimento, estão recuperando ou mesmo aumentando sua receita, embora ainda persistam desafios”, afirma Daniel Queiroz, presidente da FENAPRO.

Entre os desafios que as agências precisam equacionar está o desequilíbrio entre demanda e remuneração. Apenas 15% das agências entrevistadas avaliam que a carteira tem um equilíbrio de 70% ou mais entre demanda e remuneração. Em contrapartida, 55% consideram que há sobrecarga de demandas sobre a equipe e apenas 7% têm algum tipo de folga operacional.

“Mesmo com o aumento na receita, há mais desequilíbrio do que equilíbrio contratual, em relação a demanda versus remuneração, o que indica uma oportunidade para as agências renegociarem seus contratos junto aos clientes”, observa Ana Celina Bueno, diretora da FENAPRO, ao ressaltar que, apesar do desequilíbrio, o relacionamento com os clientes é de parceria, segundo 84% das agências entrevistadas, e neutro para 12% delas – apenas 4% apontam alguma divergência.

Práticas de gestão, uso de sistemas e o desempenho das lideranças

A pesquisa VanPro também analisou a gestão das agências, os sistemas utilizados por elas e o desempenho das lideranças. Os dados levantados até o mês de julho apontam que ainda é preciso avançar em termos de gestão, e obter maior dedicação ao tema da parte das lideranças e maior engajamento das equipes.

Quase a metade das agências (47%) vê o nível de engajamento de suas equipes com a gestão em níveis moderados, comparativamente a 43% que consideram o engajamento alto ou muito alto. Por outro lado, as lideranças têm dedicado apenas 18% de seu tempo às atividades de gestão, comparativamente a 38% do tempo gasto com atividades operacionais; 28%, ao relacionamento com o cliente, e 16%, em atividades burocráticas.

“A pesquisa mostra que boa parte das empresas ainda pode ‘subir a régua’ do investimento em modelos de gestão que permitam às pessoas darem o seu melhor e ter um engajamento genuíno. As próprias lideranças das agências devem se engajar mais, pois hoje dedicam apenas 18% do seu tempo, em média, com a gestão”, destaca Daniel Queiroz. “Em contrapartida, os níveis de atividades burocráticas parecem excessivos para um mercado que exige tanta velocidade e altos níveis de carga operacional. Por isso, é preciso engajar as equipes com práticas e sistemas de gestão, principalmente quando os times têm autonomia moderada.”

Em relação às práticas de gestão, prevalecem aquelas consolidadas e tradicionais, como o planejamento estratégico (65%) e orçamentário (59%) e acompanhamento de indicadores / KPI (28%), seguidas por aquelas que tratam da gestão de recursos humanos, como feedback gerencial (48%), avaliação de desempenho (46%), programa de remuneração variável (30%) e pesquisa de clima (25%).

Iniciativas estruturadas de desenvolvimento vêm em terceiro lugar (22%), com planos de desenvolvimento individual, no mesmo patamar de programas de desenvolvimento gerencial e de liderança (22%), e seguidos por programas de mentoria interna (17%). Práticas relacionadas ao relacionamento com clientes vêm em quarto lugar, com pesquisas de satisfação e NPS (20%) e uso de CRM (14%). Práticas mais ousadas como a gestão ágil (18%), OKRs (14%) e avaliações 360º (13%) aparecem em penúltimo lugar no levantamento, sendo que as práticas relacionadas à inovação, como design sprint (8%), colegiados de inovação (7%) e hackathons (6%) vêm em último lugar.

“O fato de as práticas relacionadas à inovação empresarial e à inovação em gestão estarem nas últimas posições, indica que, embora isso seja esperado na maioria das localidades, é crucial que se modifique, em um mercado que está em transformação acelerada”, completa Ana Celina.

Perfil das agências entrevistadas

O perfil predominante dos participantes da sondagem VanPro é de agências full-service (96%), sendo 41% com faturamento até R$ 1 milhão: 28%, entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões; 10% entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões; 11%, entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões e outros 10% acima deste patamar. A maioria das empresas têm mais de 20 anos de existência (39%) ou entre 11 e 20 anos (37%); 91% são associadas ao Sinapro (Sindicato das Agências de Propaganda) de seu estado e 78% ao CENP (Conselho Executivo das Normas-Padrão).

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