Coluna “Discutindo a relação…”

Próspero ano novo. Exclamação ou interrogação?

Josué coluna correto

Normalmente esta coluna é opinativa e sempre procura destacar pontos possíveis de discussão sobre o mercado publicitário e de comunicação do Vale do Paraíba. Mas desta vez, dado o tamanho da incógnita que nos parece o ano vindouro, resolvi ouvir algumas lideranças deste mercado para que eles falassem das expectativas para o ano de 2015.

O leitor atento detectará algumas semelhanças de pensamento e de expectativa. Vamos ver:

José Luis Ovando, diretor da Supera Comunicação

2015 será um ano tão, ou mesmo ainda mais difícil, do que este. O Brasil sofre uma grave crise de confiança por parte dos investidores. E apesar da plena consciência do governo de que nosso crescimento está estagnado, até aqui nossos líderes não emitiram sinais favoráveis a mudanças na condução econômica. Num ambiente de insegurança poucos se sentem confortáveis para apostas.
Sendo assim, mais uma vez, trabalharemos muito para ganhar menos do que merecemos.

As agências e os veículos precisarão manter equipes enxutas e capacitadas a oferecer serviços de alta qualidade, pois somente os melhores e mais persistentes atravessarão esse difícil período.

José Luis, da Supera Comunicação

José Luis, da Supera Comunicação, diz que trabalharemos muito para ganhar menos

Na Supera continuaremos a ofertar serviços estratégicos, com uma postura crescente de consultoria e foco em especializações dentro da comunicação. E ainda, ampliar cada vez mais nossa atuação para não dependermos apenas do nosso mercado regional. Atualmente, além de São Paulo – capital e interior – já temos clientes fixos no Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Ceará e Mato Grosso do Sul. Temos, portanto, ainda muito espaço para avançar.

Empresários e profissionais precisam entender que não há uma desvalorização da comunicação, e sim uma crise geral, onde todos os setores já são afetados. Nada de sofrer com a escolha da profissão, pois a vida não está fácil para ninguém. Olhar sob essa perspectiva minimiza angústias e nos ajuda a encontrar caminhos que outros ainda não enxergaram. Afinal, a teoria do posicionamento é a primeira lição que aprendemos numa faculdade de propaganda e marketing. Agora é hora de aplicar o que temos de melhor.

Eduardo Costa, sócio e CEO da Phocus Interact

Ainda estou dividido em relação a esse quadro.
Como empresário, analisando de maneira macro, vejo 2015 como a continuação de 2014. Se não há os eventos esportivos e políticos do ano passado, estamos entrando o novo ano com uma economia em recessão técnica, com os índices econômicos mostrando essa dura realidade e os Investimentos em todas as áreas rareando, devido a essa crise de confiança.Some-se a isso uma enorme crise política, com notícias diárias de desvios , propinas e acusações que estão transformando nossa maior empresa em pó e vemos um quadro de quase desgoverno, levando nosso país a um clima de divisão. Se nada for feito de imediato, para acelerar nossa economia, teremos um 2015 para ser esquecido.
Esse quadro separa os “homens” dos “meninos”. A empresa que não se reinventar e não aprender a remar (já que 2015 não promete ventos nem ondas de progresso e crescimento) vai correr sérios riscos.

Eduardo da Phocus

Eduardo, da Phocus, para quem os anunciantes buscarão mais com menos

Como empresário de comunicação, vejo um quadro parecido, devido à desconfiança do que estar por vir. Anunciantes e empresas buscarão ROI maior, com investimentos menores o que, por si só é uma grande oportunidade para empresas que fazem a diferença. Oferecer mais do mesmo não terá vez nesse cenário.

Agora o lado bom: por trabalhar exclusivamente com comunicação e soluções digitais, vejo um ano de 2015 de muitas alegrias e projetos para minha empresa (e para outras que trabalham nessa área) . A migração constante das verbas publicitárias para o digital, a popularização dos smartphones (e consequentemente dos apps), a interação cada vez mais acentuada das redes sociais e as novas demandas de IoT (internet das coisas), Big Data, wereable devices e smart cities abre um leque enorme de oportunidades em nossa área. Quem já tem expertise digital para suportar tais demandas, estará navegando por um oceano azul, independente de qualquer crise. Esse segundo cenário é o que enxergo para minha empresa e o mercado digital em 2015 e nos próximos anos.

Gustavo Gobbato, diretor da Avalanche SJCampos

Gobbato, da Avalanche SJCampos

Gobbato, da Avalanche SJCampos, fala em revisão do modelo de agência

Minha expectativa é de que sem diferenciação, não tem solução. As agencias não apresentam diferenciais umas das outras. O modelo tradicional de agência precisa de uma revisão e o mercado discute bastante isso. Caso contrário, o cliente passou encontrar varias alternativas que dão a ele próprio o controle de sua comunicação. Num cenário de crise, a minha expectativa é que o mercado se reinvente ou os clientes, que estarão mais retraídos e em cenário econômico difícil, farão por nós.

Renato Pulice, Diretor na Outracena Produtora de Vídeo

Renato, da Outracena, mantém o otimismo

Renato, da Outracena, mantém o otimismo

Estamos otimistas, apesar de tudo. A Copado Mundo foi uma tragédia, não só pra o nosso mercado. E mesmo com a campanha eleitoral o mercado aqueceu e o fim de ano está bem agitado.

Com isso acreditamos que 2015 deva vir com tudo.

Eduardo Spinelli, sócio e diretor de criação da Molotov Propaganda

Eu costumo dizer que 2014 foi um ano em que só os fortes sobreviveram. Em um ano que teve crise econômica, Copa do Mundo e Eleições, houve uma grande retração de investimentos. Sentimos uma sensível melhora no segundo semestre, devido à demanda reprimida. Na minha opinião, em 2015, a palavra de ordem será reter e fidelizar clientes.

Eduardo

Para Eduardo, da Molotov, a palavra de ordem será reter e fidelizar clientes

Embora, os economistas estejam pessimistas, prefiro acreditar que o ano que vem será de crescimento. Não será um ano fácil. As verbas estão cada vez menores e a cobrança por resultado, cada vez maior. No entanto, os anunciantes estão dispostos a correr riscos, a investir mais e a viabilizar projetos que ficaram engavetados em 2014. Ontem, por exemplo, um cliente nosso nos apresentou um projeto que irá revolucionar o mercado imobiliário do Vale do Paraíba.

Além disso, continuaremos a participar de concorrências privadas (somente as éticas). 2015 será um ano bom. Só depende da gente. Tem uma frase que eu gosto bastante: ‘Mar calmo nunca fez bom marinheiro.’. A meu ver, 2015 não será um ano calmo. Por isso, teremos que ser bons em tudo: gestão, finanças e, é claro, em criatividade.

E você, amigo leitor do Publicitando, o que espera de 2015?

 

Discutindo a relação…

Arregaçar as mangas e encarar

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Artigo de Josué Brazil

Antes de tudo devo escrever: não quero ser nem parecer pessimista, mas algumas coisas devem ser ditas. Então vamos lá!

Os números atuais da economia brasileira não são nada alentadores. Nova revisão (para baixo) do crescimento do PIB o coloca em algo próximo ou abaixo de 1%. A inflação continua resistindo e avançando. A confiança da indústria diminui e o varejo está apertado com estoques altos.

Passada a Copa do Mundo teremos que encarar o período (quase improdutivo) das eleições. A Meio&Mensagem de 28 de julho vem com matéria de capa (longa e muito boa) com a seguinte manchete: “Mercado revê estratégias para o segundo semestre”.De acordo com a Folha de São Paulo o setor de serviços também perdeu confiança na economia brasileira (folha.com.br/no1493743).

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Como disse isso tudo está aí colocado não apenas para compor um cenário de fim de mundo e promover o pessimismo, mas sim para contextualizar a grande indagação: como o mercado de comunicação do Vale do Paraíba vai encarar o segundo semestre de 2014?

A acima citada matéria da Meio&Mensagem traz informação de que as agências esperam redução das verbas e maior cobrança por resultados. Vai rolar isso por aqui também? O tempo dirá.

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Uma das carências de nosso mercado é não ter números que evidenciem o tamanho de nosso mercado e que indiquem se estamos crescendo, encolhendo ou mantendo posições.Esta ausência torna complicada uma abordagem estratégica de médio e longo prazo. Os players do setor movimentam-se apenas baseados em seus próprios números e em observações não muito amplas do mercado. Que tal lançar uma pesquisa que indique, ao menos, se houve crescimento, estagnação ou encolhimento? Ninguém precisa abrir números, só dizer como foi, em dados percentuais, esse primeiro semestre. Todos: veículos, agências e fornecedores. Seria ótimo!!!

Neste momento em que a atividade publicitária lida com grande perda de valor e a quase extinção do tão comentado glamour, nada pior que a atividade econômica perder força. Devemos estar prontos para reagir, para rever estratégias e, principalmente, olhar mais a frente e reposicionar de vez nosso ganha pão.

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Patricia Cordeiro em foto da época em que atuou no marketing da TV Vanguarda

É hora de lembrar que temos que partir para a briga! Temos que trabalhar mais e não só pelos nossos negócios e sim pelo mercado e atividade como um todo. Trago aqui o comentário feito no post da entrevista do Jair Rodrigues (essa causou mesmo) feito pela nossa querida Patricia Cordeiro. Vale a leitura:

“Que bela entrevista! Sou fã do Jair desde que trabalhamos (eu bem menos que ele) na extinta KS Propaganda, em Taubaté, quando comecei minha carreira profissional, como estagiária. De lá pra cá vi muita coisa do mercado do Vale do Paraíba, São Paulo e agora da região de Campinas. E digo a vocês: não há outro caminho senão um trabalho sério de desenvolvimento de mercado. Pra que vocês não se desesperem, as agências daqui sofrem com a proximidade de São Paulo, e têm problemas comuns, porém, pouco foi feito em conjunto. Agora, o pontapé inicial foi dado. Agências, veículos, anunciantes sentados na mesma mesa pra entender o modelo ideal de negócio da região. É preciso explicar ao mercado anunciante qual é o valor de uma agência e de profissionais competentes. É preciso explicar pras agências, e seus diretores, como se ganha respeito trabalhando de forma ética, criativa, investindo em pesquisas e valorizando o trabalho de seus profissionais. É preciso explicar aos profissionais que só tem valor quem constrói uma carreira de muito trabalho e transparência. Há esperança, mas há também muito trabalho. O mercado será de quem tiver forças e determinação pra fazer a lição de casa.
Um abraço saudoso (que palavra antiga) aos amigos do Vale do Paraíba.”

Simbora arregaçar as mangas porque o bagulho promete ser ainda mais louco neste segundo semestre!

Ciclo Contribuição Profissional na APP

Negociando Valor com Mônica de Carvalho

Uma grande profissional de mídia tradicional, agora na mídia digital. Quais as diferenças existentes nas determinadas áreas? O que esta correto na relação atual entre profissionais de mídia e veículos? Nesse contexto, Mônica de Carvalho, diretora de negócios do Google, comanda a palestra “Negociando Valor”, para o Ciclo Contribuição Profissional, no próximo dia 23 de julho, aqui na sede da APP.

Com mais de 20 anos de experiência e reconhecida internacionalmente, Mônica mostrará os aspectos mais influentes para o sucesso na negociação entre agência, veículos e clientes e levantará etapas importantes, como na hora de negociar e lidar com as pressões no momento dos descontos e concessões. As diferenças e desafios da mídia tradicional e da mídia online também serão apresentados ao público.

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Antes de assumir o cargo de diretora de negócios do Google em 2014, Mônica de Carvalho atuou na DM9DDB na área de Mídia e Atendimento por 13 anos, até chegar à vice-presidência de business da agência.

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Horário: 23 julho 2014 de 19:30 a 21:00
Local: Sede da APP Brasil – Auditório Ivandir Kotait
Rua: Rua Hungria, 664, Jardim Europa – 12º andar
Cidade: São Paulo – SP

Adesão:
Associados APP – Gratuito
Não Associados – R$ 120,00

Inscrições: http://www.appbrasil.org.br/formulario/formulario_palestra.htm

Atendimento em veículos

 1º Workshop vendas e atendimento de veículos de comunicação

A APP realiza o 1º Workshop vendas e atendimento de veículos de comunicação, com o objetivo de trazer os temas mais atuais do dia a dia dos profissionais que atuam nas áreas comerciais dos veículos, tais como networking, comunicação e técnicas de vendas. Além de discutir o papel e o perfil do profissional de vendas do ponto de vista do mercado.

Agenda:

17/Julho – Das 08:30H as 18:45H

ESPM – Campus Joaquim Távora

ADESÃO:
Associados da APP: R$ 160,00

Não associados: R$ 380,00

Confira a programação completa e faça sua inscrição:

08:30H – Welcome Coffe

Das 09 as 10:30H – O profissional de vendas dos veículos de comunicação com Fred Muller, Diretor Executivo Comercial da Globosat

Das 10:30 as 10:45 – Coffe Break

Das 10:45 as 12:15H – Vendas x Networking com Raquel Rodrigues, Diretora do BNI – Business Network Internacional

Das 12:15 as 13:45H – Almoço Livre

Das 14:00 as 15:30H – Profissão: Vendedor (Técnicas de Vendas) com Carlo Hauschild – Sócio-diretor da Sandler Trainnig

Das 15:30 as 15:45H – Coffe Break

Das 15:45 as 17:15H – Comunicação em Vendas com Reinaldo Passadori, CEO do Instituto Passadori

Das 17:15 as 18:45H – Seu interlocutor: o mídia, com Gustavo Gaion – VP da Y&R/Diretor do Grupo de Mídia

Maiores informações: https://www.doity.com.br/app-workshopvendas-e-atendimento