Quero começar minha carreira…

Como começar sua carreira em comunicação

por Josué Brazil

Tempos atrás fui elogiado por uma leitora do blog em função de um texto publicado. E ela me fez uma sugestão e/ou pedido: fale sobre o início de carreira, sobre como entrar no mercado.

Vou tentar atender esse pedido usando um pouco das coisas que vi e vivi tanto no mercado de agências de propaganda quanto nas universidades. Vamos lá:

1 – Comece sua carreira na faculdade – sempre digo aos meus alunos que a carreira profissional deles começou exatamente no primeiro dia de aula. Na primeira vez que se sentou na carteira escolar em sua sala de aula. É na faculdade que, desde o início, o aluno/profissional deve mostrar o que quer, o quanto quer e o que vai fazer para conseguir chegar lá. Tratar cada trabalho escolar como um desafio e fazer coisas incríveis e não apenas para tirar nota, aproximar-se dos professores, colaborar com os colegas, voluntariar-se, participar de TUDO, frequentar os eventos da faculdade e depois tentar conversar com os palestrantes. Ser um ótimo aluno!

2 – Leia! – leitura ainda é uma das mais poderosas armas para aumentar sua qualificação e empregabilidade. Não tenha preguiça. Não me venha com aquele história de que não gosta de ler: aprenda a gostar. E rápido! Leia livros de sua área, leia publicações de sua área, leia blogs de sua área. Mas leia! Literatura, poesia, entrevistas e artigos científicos. LEIA!

3 – Comece por algum lugar – não fique escolhendo muito qual estágio fazer. Tudo bem, há propostas indecorosas de estágio. Então, exageros negativos a parte, é melhor um estágio ruim do que ficar em casa sem fazer nada. Um estágio ruim pode gerar, mais a frente, um emprego bom. Começar em algum lugar é bom para conhecer gente, conhecer o mercado, fazer relacionamentos e usar isso para buscar uma posição melhor. Há de se engolir vários sapos e ralar um pouco para chegar em algo legal. Quase sempre será assim. Caso tenha condição e achar que o lugar vale a pena tente estagiar sem remuneração. Pode valer muita coisa lá na frente.

4 – Faça um bom CV – há muitos modelos disponíveis na internet. Há tutoriais, dicas, textos… Pesquise e tente fazer um bom currículo. Mesmo que num primeiro momento você não tenha muita coisa para incluir no CV, o importante é tê-lo bem redigido, organizado e claro. E, por favor, evite abreviações no texto do CV. Caso você queira ir para uma área criativa faça um portfólio. Há plataformas digitais disponíveis para fazer um portifa minimamente bom. Capriche ao máximo. Mas cara, eu ainda não trabalhei, como vou ter portfólio??? Onde estão os seus melhores trabalhos de faculdade?

5 – Chegue preparado para entrevistas – o CV e o portifa fizeram a parte deles e você conseguiu uma entrevista! Prepare-se, arrume-se (vista-se adequadamente), pesquise e vá com tudo para uma entrevista de estágio/emprego. Não seja convencido ou arrogante, mas tenha confiança e mostre o que você é capaz de – realmente – fazer. Nunca fale coisas negativas de seu emprego/estágio anterior e nem desmereça sua faculdade/curso. Por que alguém iria querer contratar alguém de um curso que tem todos os defeitos que você citar na entrevista? Diga o quanto a faculdade ajudou você a conhecer sua área. Seja positivo! E seja autêntico e honesto. SEMPRE!

6 – Não tenha vergonha – peça indicações, solicite nomes, contatos. Fale com seus amigos, familiares, professores, parentes distantes, namorado(a), sogo ou sogra… diga que está a fim, que precisa. Mantenha contato com seus professores mesmo depois de formado. Acompanhe sites de emprego/vagas/estágios. Leia sobre o mercado e identifique oportunidades. Quem quer tem que se virar!

7 – Marque presença – vá a eventos, palestras, cursos, treinamentos, workshops etc. Há muita coisa barata e as vezes até gratuita. Faça cursos online. Faça cursos rápidos. E em todas as oportunidades conheça pessoas. Fale com elas, pegue contatos.

8 – Use o Linkedin – ele é uma grande ferramenta. Caso não tenha um perfil lá faça. Imediatamente! Agora! Procure dicas de como se comportar nesta rede social. O que fazer lá. Como ter um bom perfil. E faça!!!

9 – Seja gente boa – seja íntegro, honesto, correto, verdadeiro. Seja autêntico! E seja comunicativo. Mesmo que você não seja a pessoa mais extrovertida do mundo, entenda que é necessário saber conversar bem. E escrever bem.

10 – Dica final – o melhor momento para procurar um bom emprego é quando se está empregado. Conserte seu telhado nos meses em que faz sol. Quando chove, e as goteiras aparecem, já é tarde demais.

Outros muitos fatores podem intervir para sua entrada no mercado de trabalho. Portanto, mantenha-se atento e forte. Cave chances. Mantenha olhos e ouvidos bem abertos. E boa sorte

 

Livro trata de gestão de imagem

Editora Senac São Paulo lança livro com foco em gestão de imagem

A máxima popular “a primeira impressão é a que fica” nunca foi tão atual. Em um mundo extremamente conectado, as incontáveis quantidades de selfies, posts, vlogs e os mais diversos conteúdos visuais são responsáveis pela impulsão da imagem como primeiro contato com alguém, seja ele no âmbito profissional ou pessoal. É praticamente impossível não ler uma pessoa pela sua postura, sua forma de falar ou de cruzar as pernas. No âmbito profissional, essa leitura pode ser fator determinante para conquistas.

Para ajudar o público a entender a importância da imagem para sua carreira, Joel Reis e Roseli Mazulo lançam, pela Editora Senac São Paulo, o livro Gestão de Imagem | Propósito, plano de carreira e êxito profissional. Nele, os profissionais destacam a importância da imagem para a conquista de realizações profissionais e pessoais e apresentam ferramentas e caminhos para quem deseja melhorar ou até mesmo reposicionar sua percepção.

Com prefácio de Arlindo Grund, a obra mostra que cuidar de sua imagem pessoal está além do que é visto no exterior, como uso de uma roupa com um bom corte ou de acessórios caros, por exemplo. Na verdade, ela abrange um conjunto de atitudes e complementos que valorizam quaisquer itens vestidos por alguém. O interior reflete no exterior.

Para eles, o passo inicial de todo o processo é o autoconhecimento. É por meio disso que se torna possível entender a real essência de quem você é e qual seu propósito de vida. E é essa análise que permite que sejam desenhados e/ ou ajustados os pontos destoantes da mensagem que uma pessoa quer transmitir da que ela está transmitindo de fato, em sua apresentação.

Ao longo de mais de 200 páginas, Joel e Roseli instigam e inspiram seus leitores a se descobrirem e a adotarem ferramentas que valorizem e destaquem sua personalidade. Da administração do tempo com sabedoria a questões que agreguem cultura, são apresentados pontos que ajudam na construção de um plano de carreira pautado por uma imagem verdadeira e única, um importante diferencial dos grandes profissionais.

Indispensável para o aprimoramento pessoal e profissional de cada leitor, Gestão de Imagem | Propósito, plano de carreira e êxito profissional propicia conteúdo de qualidade a todos que desejam melhorar sua imagem para alçar voos mais altos em suas carreiras.

Sobre os autores

Joel Reis

Formado em publicidade e propaganda, tornou-se um dos relações públicas mais respeitados do país, sendo responsável pelos eventos mais disputados do eixo São Paulo–Minas Gerais–Rio de Janeiro–Nova York, onde produziu desfiles de moda para a Calvin Klein. Depois de trabalhar para as marcas mais consagradas do mundo, como LG, Perrier-Jouët e Prada, escreveu o livro Sou Produtor de Eventos | Diário de bordo para o aperfeiçoamento profissional, publicado pela Editora Senac São Paulo.

Roseli Mazulo

Formada em letras e pós-graduada em psicopedagogia, foi secretária executiva de grandes empresas. Atua em educação há mais de trinta anos e é organizadora de eventos e cerimônias, entre outras atividades. É docente do Senac São Paulo nos cursos de comunicação, organização de eventos, protocolo e cerimonial, marketing pessoal, etc. Coautora do livro Secretária | Rotina gerencial, habilidades comportamentais e plano de carreira, publicado pela Editora Senac São Paulo.

Fonte: Fernanda Spagnuolo – Estrela Comunicação

Coluna Branding: a alma da marca

O que você é?

Nessa última semana fui surpreendido com uma pergunta de um aluno que questionava o que eu era além de professor?

Esse questionamento, que soou inicialmente como aquela velha história de desprestígio com a função de professor, me deu a oportunidade de refletir um pouco mais sobre um assunto importante e contemporâneo, então, relutei um pouco mas respondi: “SOU HUMANO!”

Passadas as risadas do grupo que estava ao meu redor, tive a oportunidade de desenvolver mais o assunto com os alunos e gerar um aprendizado muito interessante. O que nos define não poderia ser tão stricto sensu.

Temos como mania, nos definir por nossa profissão. Sou publicitário, design, arquiteto, ou ainda mais stricto, sou diretor de arte, design gráfico ou design de interiores … mas aí a pergunta que fica é …E quando nos falta o emprego o que somos? Perdemos a nossa finalidade e assim a nossa identidade?

No mundo de hoje, quantos de nós se sentem frustrados com o que não conseguem representar profissionalmente? Será que ao colocar tanta importância em uma empregabilidade não estamos fragilizando a nossa natureza?

É interessante também perceber que, se tivesse que me definir mais assertivamente, provavelmente diria que sou algo como ” um cientista social aplicado”, e neste caso é até lógico que como tal, deveria me preocupar com os principais assuntos sociais do mundo e a clara falta de “Humanidade” em que nos deparamos por todos os lados.

É como se de repente nos víssemos todos desempregados dos cargos de “Humanos” e nos definíssemos a partir do nosso bico, que é ter uma profissão.

Não estou me desfazendo da importância da formação profissional, seria até um contra-senso trabalhando como um professor fazê-lo mas, questiono sim, se estamos posicionando acertadamente o valor da empregabilidade nessa relação.

Os jovens, os quais ensino diariamente, deixam claro que não querem estar limitados a um projeto de vida que os fixe a um cargo, setor, empresa, profissão ou país. São claramente sonhadores de espírito livre que precisam de nós apenas para dar-lhes um ancoradouro moral, uma trilha mais justa e sustentável.

No mundo novo, me parece claro que eles irão mais longe tecnicamente que a nossa geração, e com muito menos esforço, pois, estão vivendo uma revolução tecnológica que avança em velocidade maior que a dos séculos anteriores. Este processo garante também um conforto menor ao emprego, o que talvez preocupe demasiadamente a atual geração de adultos de 35 a 50.

Ser hoje, portanto, um ser humano, um cientista social no cargo de professor, me obriga a pensar melhor no que posso contribuir para o futuro desses jovens .

Sendo assim, acho que preciso aprimorar as minhas aulas para que consiga transferir claramente qual é a hierarquia das coisas, pois, se no futuro faltar-lhes o emprego, ainda assim devem estar preparados para serem um analista da vida cotidiana, e se tiverem calada a sua voz social, mesmo assim, NUNCA PODERÃO PERDER A SUA HUMANIDADE!

Para nós professores, #FicaDica!