O impacto da propaganda na economia

A publicidade na economia moderna

por Josué Brazil

Atualmente, a forte concorrência e a grande capacidade produtiva obrigam o empresariado a apostar cada vez mais no uso da publicidade para comercializar com sucesso seus produtos.

Outro fator que pesa na decisão do uso da propaganda é a necessidade de desenvolvimento e lançamento de novos produtos, além da construção da marca da empresa.

É preciso deixar claro, entretanto, que a publicidade é apenas uma das forças que levam a venda de produtos. Existem diversas forças que devemos combinar para poder efetuar a venda de produtos e serviços. São elas:

1 – o próprio produto;
2 – a distribuição;
3 – a embalagem;
4 – os vendedores;
5 – a promoção de vendas;
6 – o preço.

Efeitos da publicidade na economia das empresas

a) Criação de mercados – quando se trata de produto ou serviço novo, a publicidade pode criar um mercado onde antes não existia.

b) Ampliação de mercados – se o mercado já existe, a propaganda pode ampliá-lo em duas direções:
– verticalmente, alcançando novas faixas de consumidores;
– horizontalmente, ampliando o campo de uso do produto.

c) Ação reguladora – quando o ciclo de produção não se desenvolve paralelamente ao de consumo, a publicidade pode atuar como um regularizador.

d) Redução de custos – a produção em série foi obtida graças ao uso da publicidade que introduziu produtos padronizados, que sem dúvida alguma foi fator fundamental na queda dos custos.

e) Ação sobre os preços – a publicidade favorece a prática de preços reduzidos para atrair a atenção dos consumidores.

f) Aceleração da rotação de estoques – a publicidade permite acelerar a rotação de estoques (“turnover”) o que permite a liberação do capital empregado na estocagem e distribuição para outras áreas estratégicas da empresa.

g) Melhoria da qualidade – por ser um compromisso público a publicidade influi na qualidade. Basta apenas um produto ruim para comprometer toda a empresa.

O tamanho da propaganda no Brasil

O mercado brasileiro movimentou R$ 134 bilhões em compra de mídia – compra de espaços publicitários nos meios de comunicação – no ano de 2017. A informação vem do Kantar Ibope Media, que utiliza como métrica os preços cheios das tabelas dos veículos de comunicação, sem os descontos praticados com as agências para seus respectivos anunciantes.

Esses são números apenas da compra de espaços publicitários. Se pensarmos nos empregos gerados direta e indiretamente, a contratação de fornecedores (gráficas, produtoras etc), a contratação de profissionais freelancers e etc, podemos imaginar um número ainda maior.

Você pode ter uma ideia bem mais completa do impacto da publicidade&propaganda na economia brasileira acessando este material.

Fontes:

CABRAL, Plínio. Propaganda: técnica da comunicação industrial e comercial. 3º Ed. São Paulo, Atlas, 1990.
RIBEIRO, J. Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar. 3ª Ed. São Paulo, Atlas, 1989.
SAMPAIO, R. Propaganda de A a Z: como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso. Rio de Janeiro, Campus, 1995.
SANT’ANA, A. Propaganda – Teoria, técnica e prática da comunicação. 7ª ed. São Paulo, Pioneira, 1998.

www.abap.com.br

A origem das agências

Drops fala do começo das agências de propaganda

O drops de rádio do Publicitando que foi ao ar ontem no Panorama, programa exibido de segunta a sexta feira pela Rádio UNitau trata da origem das agências de propaganda, como elas surgiram a partir do desenvolvimento dos jornais.

Confira:

 

 

Coluna “Discutindo a relação…”

Você sabia que a propaganda nem sempre foi criativa?

É verdade!

No início da revolução industrial a propaganda era usada basicamente para informar as pessoas de que os produtos, agora padronizados e produzidos em série, existiam e estavam a disposição dos consumidores. A propaganda, neste momento, era basicamente informativa pois quase tudo era absolutamente novo.

Com a proliferação dos métodos e recursos de produção industrial começou a surgir a concorrência entre produtos similares, semelhantes, que ofereciam os mesmos benefícios para quem os comprasse e utilizasse. Aí surge a necessidade de a propaganda começar a criar diferenciais para tais produtos. Era preciso algo mais do que simplesmente informar.

Aí a propaganda parte para a persuasão, para o encantamento e, portanto, passa a buscar elementos criativos. Ela passa a ser criativa.

Olha o que o Carlos Domingos escreveu sobre isso em seu famoso livro “Criação sem pistolão – Segredos para você se tornar um grande criativo”:

“Depois da Revolução Industrial, o mundo assistiu ao lançamento de milhares de produtos novos. A geladeira, o automóvel, o liqüidificador, o creme dental, a margarina e produtos de beleza passaram a ser vendidos em larga escala. Como tudo era novidade, bastava mostrar o produto, dizer para que ele servia e pronto: as pessoas iam correndo comprar. Por isso os anúncios eram óbvios, diretos, sem qualquer criatividade. Por ser praticamente educativa, a propaganda introduziu na sociedade novos hábitos de higiene, saúde, beleza e cuidados com o lar. Foi ela que ensinou, por exemplo, as crianças a escovar os dentes.

Essa situação começou a mudar na segunda metade do século 20. Os produtos deixaram de ser novidade e foram surgindo diversos concorrentes no mercado. A pergunta do consumidor não era mais “por que preciso de uma geladeira?”, mas sim “qual geladeira eu devo comprar?”Descobriu-se que o produto que tinha a imagem mais simpática junto ao consumidor levava vantagem no ponto-de-venda. E para ter imagem simpática era preciso uma comunicação simpática. Foi por isso que surgiu a propaganda criativa: para ganhar a preferência do consumidor, diferenciar os produtos e construir a imagem das marcas.”

Sem o correto e adequado uso da criatividade é impossível, atualmente, conseguir a atenção e a simpatia dos consumidores.

A gente pode dizer que a propaganda moderna, criativa e estratégica é consequência da revolução industrial e da
concorrência.

E aqui no Brasil?

A grande virada criativa da propaganda brasileira ocorreu nos anos 1960. Até então ou se reproduzia ou se copiava o que era feito nos países sedes dos grandes anunciantes. Mas um grupo de publicitários brasileiros resolveu mudar isso e propor uma linguagem criativa que tivesse mais ligação com o jeito de ser do brasileiro.

Veja o que ecreveram Daniela Regina da Silva e Jairo de Araújo Lopes em “Publicidade no Brasil: novos caminhos, novas linguagens”:

“Para a publicidade, a década de 1960 foi revolucionária. Muitas mudanças ocorreram e outras práticas se consolidaram. O primeiro ponto a ser destacado é a criatividade reconhecida pelo ramo como fundamental. Houve a integração entre redação e arte e a valorização de profissionais versáteis que criam para diferentes mídias. Com relação à linguagem, houve a mudança de ênfase dos apelos racionais para os apelos emocionais.”

Essa mudança fez com que a propaganda brasileira se destacasse no cenário mundial nas décadas seguintes e possibilitou que o Brasil seja, atualmente, uma das três maiores potencias criativas da propaganda mundial, ganhando prêmios nos principais festivais internacionais de criatividade publicitária.

Premiando trabalhos sobre a livre concorrência

TIM e IBRAC premiam pesquisadores sobre Defesa da Concorrência no Brasil
Iniciativa visa a estimular a cultura da livre concorrência no país; evento de 2016 reuniu número recorde de trabalhos inscritos

Na sétima edição do Prêmio IBRAC TIM 2016, que aconteceu na última semana no Grande Hotel de Campos do Jordão (SP), foram premiados os sete melhores trabalhos acadêmicos sobre Defesa da Concorrência na categoria “Graduação” e “Pós-Graduação”. Neste ano, a premiação registrou um número recorde de pesquisas inscritas, 44 no total, quase o dobro do ano passado. Ao longo dos sete anos de premiação, foram avaliados 250 trabalhos.

unnamed-3Na categoria Graduação, os vencedores foram Vinícius Uler Lavorato (Instituto de Educação Superior de Brasília) em primeiro lugar; Zack Douer (Fundação Getúlio Vargas) em segundo e, empatados em terceiro, Gabriella de Alarcón Guimarães (USP) e Mônica Tiemy Fujimoto (USP).

Já na categoria pós-graduação/profissionais, os vencedores foram Patrícia Serson Deluca em primeiro lugar (CEABE – Master in Business Economics); Ricardo Villela Mafra Alves da Silva (University of California) em segundo lugar e Ana Paula Paschoalini (Faculdade de Direito da USP) em terceiro lugar. O primeiro lugar dessa categoria ganhou R$ 15 mil reais e a inscrição no 64rd Antitrust Law Spring Meeting (ABA), em Washington, EUA, com direito a hospedagem e passagem aérea.

Estiveram presentes na cerimônia de premiação no dia 20 de outubro Eduardo Caminati, Presidente do Ibrac; Mario Girasole, vice-presidente de Assuntos Institucionais e Regulatórios da TIM; Marcio Junior, Presidente do CADE, entre outras autoridades.

Confira abaixo os trabalhos premiados:

Categoria Graduação:

1º COLOCADO

Título: A quantificação econômica de danos decorrentes de cartel como instrumento de efetivação do papel dissuasor do dano moral coletivo: um estudo de caso do cartel de combustíveis em Guaporé – RS

Autor: Vinícius Uler Lavorato (Instituto de Educação Superior de Brasília)

2º COLOCADO

Título: Um novo velho desafio antitruste: cooperação ou colusão?

Autor: Zack Douer (Fundação Getúlio Vargas)

3º COLOCADO (1)

Título: A interface entre política industrial e política concorrencial sob a perspectiva do subdesenvolvimento

Autora: Gabriella de Alarcón Guimarães (Universidade de São Paulo)

3º COLOCADO (2)

Título: Análise crítica do transplante do programa de leniência brasileiro

Autora: Mônica Tiemy Fujimoto (Universidade de São Paulo)

Categoria pós-graduação/profissionais

1º COLOCADO

Título: Cláusula de raio em contratos de locação por shopping centers como conduta anticompetitiva: metodologias de análise no contexto brasileiro

Autora: Patrícia Serson Deluca (CEABE – Master in Business Economics)

2º COLOCADO

Título: The approach of antitrust law toward excessive pricing: a matter of policy or fairness?

Autor: Ricardo Villela Mafra Alves da Silva (University of California)

3º COLOCADO

Título: Fixação e sugestão de preços de revenda: principais efeitos concorrenciais e distribuição do ônus de prova

Autora: Ana Paula Paschoalini (Faculdade de Direito da USP)

Fonte: Alamaeda Comunicação – Viviane Sorbile