Como co-criar com creators e influenciadores: confira a análise de três cases de sucesso

Creator Economy: Veja quais foram as marcas e suas respectivas ações com criadores de conteúdo que se destacaram no primeiro semestre

Análise reforça como co-criar com creators e influenciadores pode ajudar marcas a se conectarem genuinamente com seu público-alvo; Club Social, iFood e Intimus são algumas das marcas que tiveram ações de destaque

Atrair e engajar consumidores por meio de ações de marketing tem se tornado um grande desafio, exigindo das equipes envolvidas cada vez mais criatividade e conhecimento sobre o público que se pretende impactar. Neste cenário, as iniciativas co-criadas com criadores de conteúdo e influenciadores, por exemplo, são uma alternativa bastante eficiente e têm proporcionado ótimos resultados para as marcas. É o que destaca Luiz Menezes, fundador da martech Trope, consultoria de geração Z.

Foto de ConvertKit na Unsplash

“Autenticidade, identificação e diversidade devem estar no centro das estratégias de comunicação, especialmente quando estas buscam a atenção de consumidores membros da Geração Z. Com o apoio de criadores de conteúdo, as marcas têm a oportunidade de proporcionar estes fatores de forma genuína para o seu público, colocando estes profissionais no centro da estratégia e tornando-os, também, tomadores de decisão”, diz Luiz.

Em um contexto brasileiro em que a tendência é o baixo vínculo de fidelidade entre consumidor e marca, Luiz ainda destaca que furar a bolha vai além do sucesso de impressões e engajamento, sendo necessário também “promover mudanças efetivas na sociedade”.

Para exemplificar como tais ações de comunicação podem ser bem sucedidas, a Trope, por meio do InstitutoZ, frente da empresa especializada em estudos de comportamento e consumo da Geração Z pelo olhar de verdadeiros nativos digitais, analisou quais foram as marcas e suas respectivas ações de comunicação com influenciadores que mais se destacaram nos primeiros seis meses do ano e por quê.

Club Social

A empresa faz parte de uma iniciativa que visa incentivar a profissionalização de novos talentos da creator economy. Para isso, uniu forças com a Trope no Fundo de Investimentos, que apoia produtores de conteúdo no início de suas carreiras. Além de alavancar novos nomes da indústria de conteúdo, o projeto criou um grupo de influenciadores ligados à cultura urbana. O diferencial dessa iniciativa está no interesse genuíno da marca em fomentar a profissionalização desses influenciadores, criando uma conexão autêntica com o nicho e contribuindo para impulsionar a economia brasileira.

Club Social é uma marca consolidada e apresenta uma comunicação jovem e autêntica, com foco em se conectar mais com a Geração Z, cativando a atenção de seu público-alvo. Colocar a marca em ambiente de cultura de rua ainda é quebrar a lógica de pesquisas de mercado, que visualizam números e invisibilizam as mudanças rápidas e constantes que acontecem na cultura urbana.

iFood

Por meio de suas recentes iniciativas, o iFood conseguiu estabelecer uma forte conexão com o público jovem, ao mesmo tempo em que fortaleceu o compromisso social da empresa. Vale destacar a parceria entre iFood e o Instituto Kondzilla, que possui duas frentes de atuação: uma dedicada à estruturação e expansão do programa de impacto social e educação chamado “Escola de Criadores”, voltado para jovens das periferias, e outra com foco na capacitação e promoção de carreira para entregadores que desejam se tornar criadores de conteúdo.

Além disso, os participantes do programa, fruto desta parceria, recebem uma bolsa-auxílio no valor de R$ 500 durante o curso. A análise do InstitutoZ aponta que iniciativas como essa destacam o iFood como uma empresa de delivery que promove transformação social, identificando as lacunas existentes na sociedade em que atua e utilizando sua capacidade e ferramentas para fazer a diferença. Além disso, essa ação direciona o olhar para o futuro da comunicação, evidenciando o papel fundamental da creator economy e do protagonismo dos jovens neste processo.

A Trope também desempenhou um papel nesse projeto, proporcionando um workshop de edição de conteúdo virtual para os alunos do programa, contribuindo, desta forma, para o objetivo de co-criar soluções de negócios com a Geração Z e impulsionar o crescimento sustentável desse mercado. “Quanto mais empresas se unirem nesse processo de profissionalização de um mercado emergente, maior será a capacidade de crescimento alcançada”.

Intimus

Por fim, podemos destacar a ação da Intimus, empresa de produtos para higiene menstrual. A sacada, neste caso, foi colocar um homem para responder perguntas sobre menstruação, tema este restrito a mulheres na maioria das vezes. A criadora de conteúdo Bibi Tatto pediu para que o seu irmão respondesse os questionamentos e ele acertou todas as perguntas, fazendo com que o vídeo viralizasse, alcançando mais de 1 milhão de visualizações no TikTok, um grande feito para uma publi sem tráfego pago. Este, segundo a análise, é um ótimo exemplo de como fazer uma publi sem cara de publi e que prenda atenção do público-alvo da marca. Com uma linguagem jovem e um formato amigável para o TikTok, a Intimus conseguiu comunicar sobre um produto estritamente feminino numa estrutura moderna e leve, demonstrando que há formas de fazer diferente sem precisar reinventar a roda.

Sobre o InstitutoZ

O InstitutoZ é o primeiro no mercado voltado especificamente para o estudo de comportamento e consumo da Geração Z. Trata-se de uma iniciativa da Trope, martech especializada em soluções de negócios para marcas com foco na geração Z e Alpha. O braço de pesquisa da empresa tem como foco interpretar dados e tendências da GenZ, bem como da creator economy brasileira. O objetivo é trazer dados que supram a demanda reprimida do mercado por estudos desenvolvidos por verdadeiros nativos digitais e, desta forma, poder contribuir para estratégias mais assertivas de pesquisa e desenvolvimento, criação de novos produtos e serviços, intraempreendedorismo e inovação.

Fonte: Seven PR

Quatro tendências para impulsionar o mobile marketing

Por Bruno Cedaro*

O smartphone se tornou um recurso poderoso de comunicação na palma das nossas mãos. Os dispositivos móveis dispõem de ferramentas robustas que facilitam a troca de mensagens entre pessoas de qualquer lugar do mundo, por meio de canais velozes, seguros e completos. Muitos deles estão sendo crescentemente explorados pelas empresas para aproximar e agilizar o relacionamento com seus consumidores, ressaltando tendências muito bem aceitas pelos usuários que devem ser investidas em prol de uma experiência mais marcante.

Bruno Cedaro

O avanço da digitalização no mercado abriu portas para o desenvolvimento de plataformas e redes de mensageria completos que vêm trazendo maior praticidade e eficiência para os consumidores. Seus benefícios nas estratégias de comunicação das empresas são enormes – contribuindo para que conduzam sua jornada de compras no meio que preferirem e mantenham contato com a marca para objetivos variados no canal que tiverem maior afinidade.

Tanto é que uma pesquisa realizada pela Juniper Research mostra que o mercado de mensagens mobile crescerá 45% nos próximos quatro anos, com uma expectativa de atingir um tráfego de 2,8 trilhões de mensagens até 2027, em comparação com uma média de 1,9 trilhões enviados atualmente. Dentre os canais disponíveis, veja os quatro que mais vêm se destacando nas empresas e que devem ser investidos para impulsionar o marketing dos negócios:

#1 E-mail: embora possa parecer fora de moda, esse canal ainda é um dos mais estratégicos para cativar laços com os clientes e conquistar excelentes resultados. O e-mail é mais utilizado como um meio de entrada para as ações de marketing das empresas e, para isso, precisa ter uma comunicação clara e objetiva para que consiga converter seus usuários. Segundo dados divulgados pelo HubSpot e CampaignMonitor, cerca de 80% da abertura de e-mails ocorre pelo celular. Então, nada de ignorar essa ferramenta na sua próxima campanha de mobile marketing.

#2 WhatsApp: além de ser um dos canais mais utilizados diariamente para a troca de mensagens no Brasil, o WhatsApp Business também é uma ótima opção para as empresas se comunicarem de forma mais personalizada e otimizada com seus clientes. Além de oferecer uma maior flexibilidade e conveniência no atendimento, possibilita um maior alcance e prospecção de usuários – considerando que cerca de 93% dos internautas brasileiros entre 16 e 64 anos usam o WhatsApp, segundo um estudo da We Are Social. Mas, para que seja assertivo, ele demanda uma estratégia de comunicação mais segmentada e personalizada, evitando o envio de mensagens excessivas e sempre dando a opção de continuar o atendimento em outro canal que tenha preferência.

#3 SMS: não, definitivamente, ele não morreu. Com mais de 30 anos de existência, ainda é um canal super estratégico para a comunicação entre empresas e clientes, principalmente pelo custo acessível e enorme alcance. Estima-se que a tecnologia irá gerar mais de US$ 50 bilhões em todo o mundo no segmento de publicidade em 2023, segundo a empresa Juniper Research.

#4 RCS: considerado por muitos como a evolução do SMS, o RCS (Rich Communication Service) é uma novidade que veio para ficar. A ferramenta é capaz de melhorar a credibilidade do negócio e a experiencia do cliente, já que oferece um protocolo de comunicação muito mais completo e rico por meio do envio de mensagens com textos, imagens, gifs e carrosséis ao mesmo tempo. Com ele, as empresas conseguem elaborar campanhas mais assertivas, personalizadas e agilizar a jornada de compra, revolucionando a comunicação B2C e sendo considerado por muitos como o futuro a mensageria no mercado.

Cada um desses canais apresenta propósitos e características diferentes que devem ser muito bem analisados para evitar que os usuários caiam em um atendimento genérico. A comunicação implementada nestes meios precisa ser a mais fluída possível, abordando o usuário de maneira personalizada, afetiva e sempre servindo como um complemento para sua jornada.

Independentemente se forem incorporados para estratégias ativas (nas quais são a fonte primária do plano de marketing) ou receptivas (servindo como ponte de conexão para o objetivo desejado) o mobile marketing deve ser coerente e não invasivo, sempre se adaptando às necessidades do público-alvo. Quando bem estruturadas, as campanhas que usam essas ferramentas conseguirão impactar cada vez mais clientes e fidelizá-los à marca.

*Bruno Cedaro é COO Digital da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.