Coluna {De dentro pra fora}

Uma pausa para as pessoas

vitor-2016

Entre tanta correria, a gente acaba se esquecendo de coisas simples. Um exemplo? Comunicação é feita para pessoas. Não adianta nada você desgastar as relações para fazer aquela campanha linda ou para não perder o prazo. Se está desgastando uma relação, já começou errado.

E isso pode ser a relação cliente-agência, a relação redator-diretor, a relação atendimento-criação ou qualquer outra relação. Vivemos correndo e acabamos esquecendo que somos pessoas trabalhando por/para pessoas. E pessoas erram. E erros não precisam ser o fim do mundo. Ok, não dá pra repetir falhas nem ter erros amadores. Mas todos estamos sujeitos a errar.

O que tudo isso tem a ver com comunicação interna? A gente, de comunicação, fica muito na tecla de que precisamos emitir uma mensagem. Porém, esquecemos de que mensagem é uma coisa e discurso é outra. Mensagem é o que a gente tenta formular
bonitinho. Discurso é como nossos públicos criam sentido para o que estamos “dizendo”.

people-apple-iphone-writing-640x429

E aí entram vários fatores para a construção desse sentido. Eu arrisco dizer que o mais forte deles é o contexto (sócio-histórico). Ou seja, a gente se esforça tanto para fazer uma comunicação que seja próxima, atrativa, que converse com nossos empregados/funcionários, mas todo o resto diz muito mais que as peças de comunicação: o comportamento da empresa com os empregados, o comportamento dos
líderes, os processos, a relação das pessoas. Tudo impacta diretamente no discurso.

Já falei antes e repito, se o que acontece é diferente do que a gente tenta dizer, não existe credibilidade. Então, antes de “humanizar” a comunicação, vamos realmente humanizar as empresas, as relações e jamais esquecer que o objetivo de tudo é alcançar as pessoas. As pessoas não são o fim, elas são o começo.

Coluna {De dentro pra fora}

Feliz Ano Novo! Feliz Comunicação Interna nova!

Vitor 2016

No finalzinho do ano passado, estava numa reunião de alinhamento de estratégias e meu Diretor soltou uma frase que eu achei muito interessante. Era mais ou menos assim: “2015 foi o ano das empresas cortarem verbas de comunicação. 2016 vai ser o ano de cortarem profissionais de comunicação”. (É claro que sempre existem exceções. Segmentos que vão melhor ainda em –tempos difíceis-). Porém, essa afirmação nos faz refletir sobre como será o cenário neste ano.

As agências terão que fazer muito mais pelos clientes. Inclusive assumir responsabilidades que a princípio seriam de um analista de comunicação (da empresa). Para isso tudo funcionar, as parcerias precisam ser fortalecidas e as empresas necessitarão confiar totalmente nas agências que contratam. Ponto positivo pra quem já faz trabalhos alinhados às estratégias das empresas! Afinal, o superficial vai perder espaço para o que realmente é importante. (Como deveria ser naturalmente, não?).

work-985543_640

Mas não quero focar muito nessa questão de como será e o que as agências terão que fazer. Quero refletir sobre as pessoas. A gente sempre estabelece aquelas metas pessoais de ano novo. Vamos estabelecer metas para essa relação agência-empresa? Agências e clientes terão que estreitar o relacionamento mais que nunca. Lembrar que são pessoas dos dois lados. E que tudo o que fazemos também é pelas pessoas. A chapa vai esquentar. A pressão vai aumentar. A demanda também! Pra gente não sair frito dessa história, é preciso de mais gentileza. Mais compreensão. Mais planejamento. Mais flexibilidade. Então, antes de qualquer correria e desespero em 2016, eu quero desejar que todos nós sejamos mais parceiros, mais tolerantes e mais unidos num ano que promete grandes desafios.

Coluna {De dentro pra fora}

Segmentar. Tão importante, mas tão difícil

Vitor coluna

Em propaganda, talvez seja até um absurdo falar de segmentação. Definir o público-alvo da marca/produto é um dos primeiros critérios para desenhar a estratégia. Porém, em Comunicação Interna, a realidade deixa tudo mais complicado. Você não vai ter um público específico para acertar, mas diversos públicos com hábitos, idades e interesses totalmente distintos. E, para piorar, todos eles são fundamentais na sua comunicação. Geralmente, os profissionais de CI acabam cometendo dois erros:

• Massificar e fazer uma comunicação café com leite para todo mundo.
• Arriscar e fazer uma comunicação que não atinge a todos.

Difícil, né? Como lidar? Antes de tudo, vale reforçar que a gente não pode desconsiderar NUNCA a identidade da marca. Não dá pra ser informal se a marca não sustenta esse discurso. Nem para ser formal se a marca é totalmente informal. O primeiro critério que devemos avaliar é quem é a marca.

Ferramentas de comunicação
Também é importante conhecer toda a estrutura de comunicação da empresa. Os canais formais e informais, o mobiliário, os pontos de contato com os diferentes públicos, as possibilidades (inclusive, um ótimo momento para descobrir se o mix de canais funciona, se atinge todos os colaboradores). Nem preciso dizer que para isso é preciso de uma imersão total nas diferentes realidades da empresa. Conhecer os escritórios, conhecer as fábricas, conhecer os terceiros. Enfim, todas as etapas do processo.

Uma empresa, diferentes públicos
Finalmente, conheça as pessoas. Ande com eles. Entenda o percurso dentro da empresa, As diferenças de uma área para outra. As diferenças nas atividades. As diferenças, inclusive, regionais. Aqui, começa a sua estratificação. Você precisa identificar quais são as características desses públicos e começar a segmentá-los. Faça um mapa dos empregados, agrupando-os de forma que você possa direcionar a comunicação.
Para tudo isso, você vai precisar andar muito. Eu acho que quando um profissional de comunicação assume uma vaga em empresa a primeira coisa que ele deve fazer é uma integração/imersão. Andar tudo que for possível. Dominar o ambiente e as pessoas.

globalisation-1014512_1920

Entender – segmentar – acertar
Conhecendo os diferentes públicos e as diferentes formas de se comunicar com eles, você vai ter mais segurança para desenhar estratégias de comunicação. E, então, conseguir segmentar suas mensagens, definindo abordagens e táticas conforme as características dos públicos. Muitas vezes, uma única mensagem vai precisar ser dita de maneiras diferentes, com estratégias diferentes. Talvez, até campanhas com conceitos diferentes. Tudo vai depender da estratificação do seu público. Tente fazer esse mapa. Garanto que ele vai ajudá-lo a ter uma comunicação muito mais assertiva!