Episódio da terceira temporada do podcast “Cérebro do Namura” apresenta case de sucesso sobre empresa familiar
No Brasil, 90% das empresas têm perfil familiar, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa modalidade de gestão emprega 75% da mão de obra no País e responde por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB). Quem faz parte dessa estatística é o Sócio-diretor da Concessionária Veibras, Rafael Davoli, convidado do episódio 54 da terceira temporada do podcast Cérebro do Namura.
O bate-papo entre os empresários, que também conta com a intervenção do apresentador Danilo Magri, foi inspirado no tópico Meu Pai, Meu Herói (páginas 305 a 309), do capítulo 13 do livro “Yes, You Can!”. A produção inédita vai ao ar na próxima segunda-feira (19) às 18h59 e ficará disponível no canal do YouTube do Namura.
Sem querer dar spoiler, só quem assistir o podcast vai saber que o início das histórias de empreendedorismo nas famílias do mentor e do empresário têm algo em comum. Aliás, toda a discussão foi norteada nos ensinamentos que impulsionaram suas carreiras. Rafael faz parte da terceira geração de empreendedores da família e durante a conversa de quase uma hora falou sobre a importância dos que vieram antes dele trabalharem para que a sucessão dos negócios seja sustentável, os desafios de um setor instável e com bastante concorrência, estratégias para manter a empresa como umas das líderes no setor de varejo automotivo há 65 anos na região metropolitana do Vale do Paraíba, a importância de investir em ações de responsabilidade social na comunidade onde atua e muito mais.
Já Namura pontuou a respeito das finanças comportamentais, fluxo de caixa, como inspirar colaboradores, modelos de liderança, a importância do enfrentamento do medo quando o assunto é negócios, entre outros tópicos.
“Para mim esse é um dos capítulos mais especiais do livro, porque ele foi um divisor de águas no início da minha carreira e meu pai acabou me preparando para ter uma visão mais crítica a respeito do empreendedorismo. São ensinamentos que levo para a vida e não somente para o mundo dos negócios, mas quem quiser saber os detalhes dessa história vai ter que assistir o podcast. Espero vocês!”
E quem quiser aproveitar para maratonar os episódios anteriores do podcast “Cérebro do Namura”, é só acessar o canal do especialista no link
Falar sobre Live Marketing sempre me enche de entusiasmo, porque é simplesmente a forma mais incrível de conectar marcas com seus consumidores de maneira autêntica e imediata. É como se fosse a ponte mágica entre o que a empresa quer transmitir e o que o público realmente deseja sentir.
Com a tecnologia avançando a passos largos e as preferências dos consumidores mudando constantemente, novas tendências estão surgindo e transformando esse cenário. Agora, em 2024, estamos vendo algumas dessas tendências tomando forma e prometendo revolucionar a maneira como as marcas se comunicam e interagem com seu público.
Experiências imersivas
A realidade aumentada e a realidade virtual não são novidades, mas em 2024, estão sendo usadas de maneiras cada vez mais criativas e envolventes no live marketing. Imagine entrar em uma loja virtual onde você pode experimentar roupas, testar produtos e até participar de eventos ao vivo sem sair de casa. As marcas estão investindo nessas tecnologias para criar experiências memoráveis e interativas que vão além do tradicional.
Eventos híbridos
A pandemia acelerou a adoção de eventos online, mas a tendência agora é a combinação do melhor dos dois mundos: o físico e o digital. Os eventos híbridos oferecem a flexibilidade de participar de qualquer lugar, enquanto ainda mantêm a energia e a conexão dos eventos presenciais. Isso permite que as marcas alcancem um público mais amplo e diversificado, oferecendo uma experiência personalizada para cada participante.
Conteúdo gerado pelo usuário (UGC)
Os consumidores não querem apenas ser espectadores, eles querem fazer parte da história. O conteúdo gerado pelo usuário está se tornando uma ferramenta poderosa no live marketing, permitindo que os consumidores compartilhem suas próprias experiências com a marca em tempo real. Isso não só aumenta a autenticidade da comunicação, mas também cria um senso de comunidade e engajamento que é difícil de alcançar de outra maneira.
Influenciadores ao vivo
Os influenciadores digitais têm sido um pilar do marketing há algum tempo, mas a tendência agora é utilizar esses influenciadores em tempo real. Sessões de perguntas e respostas ao vivo, unboxings, tutoriais e eventos exclusivos são apenas algumas das formas como as marcas estão colaborando com influenciadores para criar conteúdo autêntico e envolvente.
Tecnologia 5G
A chegada do 5G está transformando a maneira como consumimos e interagimos com conteúdo ao vivo. Com velocidades de internet incrivelmente rápidas e baixa latência, a qualidade das transmissões ao vivo melhorou significativamente, permitindo experiências mais fluídas e envolventes. As marcas estão aproveitando essa tecnologia para oferecer eventos ao vivo de alta qualidade, sem interrupções.
Sustentabilidade e responsabilidade social
Os consumidores estão cada vez mais conscientes do impacto ambiental e social das marcas que escolhem apoiar. Em 2024, vemos um aumento na demanda por eventos e campanhas de live marketing que não só promovem produtos, mas também defendem causas importantes. Desde eventos neutros em carbono até campanhas que apoiam iniciativas sociais, a sustentabilidade está no centro das estratégias de live marketing.
Personalização em tempo real
A personalização já é uma tendência consolidada, mas a capacidade de oferecer experiências personalizadas em tempo real está redefinindo o live marketing. Utilizando dados e insights em tempo real, as marcas podem ajustar suas mensagens e ofertas instantaneamente para atender às necessidades e preferências dos consumidores, criando uma conexão ainda mais forte e relevante.
O futuro do live marketing está repleto de possibilidades. À medida que as marcas continuam a inovar e explorar essas tendências, a conexão com os consumidores se torna mais profunda e significativa. Em 2024, o live marketing não é apenas sobre vender produtos, mas sobre criar experiências inesquecíveis que tocam o coração e a mente das pessoas.
*Ti Bernardes, Diretor Geral da Agência MAK, é um especialista de destaque no mercado de live marketing no Brasil. Estudou Engenharia Civil na UNESP e Administração de Empresas na Business School São Paulo, além de cursos no Oxford College, Inglaterra, e na FGV-SP, ele traz uma visão estratégica e inovadora para a agência. Sua carreira inclui passagens pela Votorantim Cimentos S/A e Grupo Nutrabrands, até assumir a liderança da agência MAK em 2014. Atualmente é responsável pelas conexões entre grandes marcas, consolidando a posição da MAK como uma das principais agências de live marketing do país.
Pesadelo Publicitário: Como Empresas Estão Usando Seus Sonhos para Vender Produtos
Por R. Guerra Cruz
Em 2021, a cervejaria Molson Coors lançou uma campanha publicitária inovadora que explorou a técnica de incubação de sonho direcionado (TDI) para influenciar os sonhos dos participantes com imagens de suas cervejas. A campanha consistia em mostrar um vídeo de 90 segundos com cachoeiras, montanhas e produtos Coors antes que os participantes dormissem. Entre os 18 participantes, cinco relataram ter sonhado com as bebidas da marca. Embora o número de pessoas influenciadas possa parecer pequeno, o experimento levantou questões significativas sobre os limites da publicidade e a manipulação do subconsciente.
A Técnica de Incubação de Sonho Direcionado (TDI)
A TDI é uma técnica que visa induzir imagens ou temas específicos nos sonhos de uma pessoa. A Molson Coors utilizou essa técnica de maneira pioneira no campo da publicidade, mas os resultados foram variados. Alguns participantes foram suscetíveis à indução dos sonhos, enquanto outros não relataram qualquer influência. A eficácia dessa técnica ainda está em debate, mas a iniciativa certamente colocou a Molson Coors no centro das discussões sobre ética na publicidade.
Repercussões Éticas e Regulatórias
A campanha da Molson Coors não passou despercebida pelos especialistas. Neurocientistas e psicólogos do sono expressaram sérias preocupações sobre a manipulação do subconsciente sem o consentimento explícito dos participantes. A falta de um consenso claro sobre as implicações éticas dessa prática levantou debates intensos sobre até onde a publicidade deve ir para captar a atenção dos consumidores.
Uma questão central é a vulnerabilidade do estado de sono. Durante o sono, as pessoas estão em um estado de consciência reduzida, o que levanta a questão sobre a capacidade de consentimento e a possibilidade de abuso dessa técnica. Alguns especialistas defendem a criação de diretrizes claras e regulamentações específicas para proteger os consumidores de possíveis manipulações.
Experiência Pessoal com Publicidade em Sonhos
Recentemente, baixei um aplicativo que funciona como um diário dos sonhos, onde posso registrar meus sonhos diariamente em texto ou áudio e adicionar tags para facilitar a organização. Para minha surpresa, fui alvo de uma publicidade dentro do app que parecia estar diretamente relacionada ao tema de um sonho que registrei.
Essa experiência pessoal ressaltou a presença crescente da publicidade intrusiva em áreas íntimas da vida, como nossos sonhos. A sensação de ser “vigiado” e influenciado até mesmo durante o sono é perturbadora e levanta ainda mais questionamentos sobre a privacidade e os limites éticos da publicidade.
O sonho acabou?
A utilização da TDI pela Molson Coors e a experiência com publicidade em um diário dos sonhos apontam para uma tendência preocupante: a exploração cada vez mais sofisticada e invasiva da mente humana pelas marcas. É essencial que consumidores, legisladores e profissionais da área de comunicação estejam atentos a essas práticas e discutam abertamente as implicações éticas e regulatórias.
Se nem nos nossos sonhos estamos seguros ou temos privacidade, talvez seja hora de capitalizar isso. Sonhos patrocinados podem ser a nova fronteira da publicidade, onde as marcas finalmente entram na cabeça dos clientes – literalmente. Afinal, o sonho de todo publicitário é fazer sua marca ser lembrada, mesmo que seja durante o sono.
O uso de dados para entender os consumidores consolidou-se na rotina dos profissionais de marketing. No entanto, o cenário mudou significativamente, com uma quantidade sem precedentes de dados e tecnologias disponíveis para analisar e extrair insights dessas informações, apoiando a criação e oferta de experiências altamente personalizadas aos clientes.
Imagem de Stefan Schweihofer por Pixabay
A hiperpersonalização está se tornando uma estratégia essencial para empresas que desejam destacar-se em mercados competitivos. Neste artigo, apresento uma visão sobre o potencial dos dados nesta abordagem dentro do marketing, e como essas tecnologias estão moldando o futuro das interações entre empresas e consumidores.
Existem diversos métodos analíticos que organizações podem utilizar para implementar a hiperpersonalização de forma efetiva. Entre eles, o uso de modelos supervisionados e não supervisionados, análise de recomendações e busca por perfis similares. A ideia é encontrar perfis que se assemelhem a um tipo específico de cliente, seja em termos de comportamento ou aspectos socioeconômicos, e combinar esses insights com novos dados para entregar comunicações extremamente relevantes, que promovam a compra ou a lealdade à marca, entre outros objetivos.
Também é essencial incorporar contexto à hiperpersonalização. Ela vai além de apenas personalizar a comunicação, ao incluir o contexto e preferências específicas de um indivíduo. Isso pode envolver ofertas específicas, mas também ações e até um tom de voz apropriado para aquele consumidor. Não adianta, por exemplo, promover ofertas de roupas de verão se sabemos que a navegação do cliente é focada em roupas de inverno, ou comunicar-se com a Geração Z como se fossem Millennials. Esses detalhes são fundamentais para o sucesso de uma estratégia de personalização.
A capacidade de antecipar os desejos dos consumidores e melhorar significativamente sua experiência é outra grande vantagem da hiperpersonalização. Ao analisar padrões e comportamentos, é possível identificar tendências entre os diversos grupos de consumidores e tomar medidas específicas para atender às suas expectativas. Isso inclui, por exemplo, compreender o tipo de comportamento que geralmente leva uma pessoa a cancelar um serviço de streaming e agir proativamente para evitar essa situação. Essa capacidade preditiva envolve o uso de dados sintéticos para aprimorar a análise, além da geração de conteúdo personalizado como estratégia para reduzir a taxa de cancelamento.
Contudo, a jornada de hiperpersonalização requer atenção a alguns aspectos, principalmente o uso ético dessas técnicas. As organizações precisam considerar fatores como transparência e consentimento, comunicando aos clientes como seus dados serão utilizados. Isso não é trivial e enfrenta a complexidade dos termos e condições de uso, que são apresentados aos usuários, mas raramente lidos. Portanto, simplificar essas informações sobre o rastreamento de comportamentos é importante. Também é válido pensar em oferecer incentivos ou benefícios aos consumidores em troca dos dados fornecidos. Nesse contexto, é crucial lembrar que, se o cliente se sentir enganado, existe um risco significativo de quebra de confiança. Portanto, é crucial avaliar os trade-offs entre o que é recebido e o que é oferecido nesta jornada.
Além disso, é necessário considerar as métricas de sucesso de projetos de hiperpersonalização, que variam de acordo com o foco da campanha e podem estar relacionadas a engajamento, satisfação do cliente ou retorno sobre o investimento. É essencial estabelecer métricas básicas antes de implementar um plano cujo objetivo é oferecer uma experiência altamente personalizada. Definir claramente os resultados esperados da campanha, como mais cliques, visualizações, conscientização, retenção, conversões, ou outros objetivos, é fundamental.
Olhando para o futuro, as organizações que desejam liderar devem adaptar e evoluir suas estratégias de hiperpersonalização, atualizando-se sobre as técnicas em uso. Não é necessário esperar a coleta de todos os dados, de todos os canais, para iniciar a estratégia; é possível começar com pequenas ações.
Por exemplo, se uma plataforma de streaming conhece o time pelo qual seu assinante torce, pode personalizar a tela inicial com informações desse time, partindo do mínimo de informação e incrementando a oferta ao longo do tempo. É útil revisitar periodicamente o que foi construído, com base nas novas informações fornecidas pelo cliente.
Por fim, além de qualquer abordagem tecnológica, as empresas precisarão estar atentas às mudanças nas preferências de sua base para criar campanhas altamente relevantes. Manter uma abordagem centrada no cliente será essencial para garantir a eficácia de uma estratégia de hiperpersonalização.