Distritos de mídia: o pulsar vibrante das cidades e a transformação urbana inspirada pela Teoria da Janela Quebrada

por Fabi Soriano*

Imagine uma cidade que pulsa, que respira modernidade e que convida as pessoas a viverem sua melhor versão. Assim são os distritos de mídia espalhados pelo mundo: Times Square, Piccadilly Circus, Shibuya Crossing, a Free Zone em Seul – verdadeiros ícones urbanos que não apenas refletem a essência da publicidade exterior, mas também revitalizam e redefinem o que é viver em um centro urbano moderno.

Esses espaços são mais do que aglomerações de painéis luminosos. São corações pulsantes das cidades, pontos de encontro entre criatividade, tecnologia e cultura. E, se você olhar com atenção, eles contam uma história poderosa sobre transformação.

Segundo a Teoria da Janela Quebrada, ambientes que demonstram cuidado e organização desencadeiam comportamentos positivos. Quando uma janela quebrada é consertada rapidamente, passa-se a mensagem de que aquele espaço importa – e, com isso, cria-se um ambiente onde as pessoas se sentem seguras, respeitadas e parte de algo maior.

Agora, pense nos distritos de mídia! Antes de Times Square se tornar o epicentro da energia nova-iorquina, era um lugar degradado, com ruas que muitos evitavam. Com planejamento, criatividade e investimentos em OOH (out of home), ela se tornou um ícone global. Hoje, Times Square recebe milhões de turistas por ano e gera uma economia bilionária para a cidade. Isso não é magia; é a força de como um ambiente visualmente impactante pode transformar um local.

A publicidade exterior, em seus formatos mais tecnológicos e criativos, é muito mais do que uma ferramenta para marcas. Ela é um termômetro do progresso das cidades. Cidades que valorizam o OOH entendem que ele é, ao mesmo tempo, um espelho e uma vitrine. Ele reflete a inovação, o dinamismo e a pulsação da vida urbana. E, ao mesmo tempo, é uma vitrine que conecta as pessoas com o que há de mais novo e relevante – desde grandes marcas até manifestações artísticas.

Piccadilly Circus, em Londres, é um exemplo claro disso. O cruzamento, com seus painéis que dialogam com o público em tempo real, é muito mais do que uma área de publicidade: é uma plataforma que projeta Londres como uma capital criativa, diversa e inovadora.

Já em Shibuya, Tóquio, a convergência de luzes, sons e movimento é uma celebração da vida urbana. É um lembrete de que a publicidade OOH não é invasiva – ela é a trilha sonora visual das cidades que não dormem, que sonham alto e que inspiram o mundo.

Agora, o Brasil entra no jogo com a criação do distrito de mídia em Curitiba. Um projeto ousado que promete transformar três quadras centrais em uma espécie de Times Square brasileira. Esse espaço será muito mais do que um centro de publicidade: será um palco para o talento brasileiro, um ponto de convergência entre marcas, cultura e inovação.

A criação de um espaço vibrante e atrativo como um distrito de mídia pode trazer benefícios que se espalham como ondas: mais turismo, mais movimentação econômica, mais orgulho para os moradores e mais segurança natural pela ocupação positiva do espaço público.

Quando olhamos para os grandes distritos de mídia do mundo, percebemos que eles não são apenas pedaços de cidade iluminados por LEDs. São símbolos de progresso, criatividade e do poder que as cidades têm de se reinventar.

Curitiba agora tem a oportunidade de dar esse salto. De criar um espaço que inspire, que atraia pessoas, que conecte marcas às histórias que queremos contar. Porque, no fim, distritos de mídia não são apenas sobre publicidade. São sobre imaginar o futuro e ter coragem de construí-lo.

E você, está pronto para enxergar nossas cidades brilhando com todo o seu potencial?

*Fabi Soriano é diretora executiva da Central de Outdoor

Como definir a continuidade de uma campanha

por Josué Brazil

Iniciei uma sequência de textos sobre planejamento aqui no blog. Começamos falando do planejamento como um todo. Depois detalhamos um pouco mais no texto seguinte, no qual abordamos os três conceitos fundamentais para definição da estratégia. Em um terceiro texto explicamos como definir o alcance de uma campanha.

Esse texto aqui tem a pretensão de finalizar esta sequência trazendo os indicadores que vão nos ajudar a definir qual é a continuidade ideal para sua campanha ou ação de comunicação.

Imagem por annca de Pixabay

Só para lembrar, continuidade é um conceito ligado a extensão de tempo de sua campanha e, principalmente, como são definidos os esforços de mídia ao longo deste tempo. E que nós adotamos quatro tipos básicos de continuidade: linear, concentrada, ondas e pulsação.

Nos últimos anos podemos nos arriscar a dizer que em função de mercados quase todos muito mais dinâmicos e competitivos, a continuidade do tipo pulsação virou uma espécie de coringa e acaba sendo a mais utilizada por planejadores de mídia.

Vamos aos indicadores:

▹CATEGORIA DE PRODUTO/SAZONALIDADE – consumo horizontal leva a continuidade linear ou pulsação. Sazonalidade conduz ao uso de concentrada;

▹CICLO DE VIDA DO PRODUTO – lançamento/relançamento levam a linear. Para marcas/produtos em sustentação podem ser usadas ondas, linear e até pulsação;

▹FREQÜÊNCIA DE COMPRA – alta frequência de compra indica continuidade linear ou pulsação. Baixa frequência permite o uso de ondas;

▹FIDELIDADE DE MARCA – baixa fidelidade conduz á linear, alta fidelidade indica atuação em ondas;

▹DIFERENCIAÇÃO DE DESEMPENHO – ondas para produto com claro desempenho superior aos concorrente. Desempenho pouco diferenciado leva ao uso de linear ou pulsação;

▹CONCORRÊNCIA – a atividade da concorrência é importantíssima e pode modificar totalmente qualquer decisão já tomada em função de situações anteriormente colocadas;

▹CONTEÚDO DE COMUNICAÇÃO – alto impacto de comunicação permite atuação em ondas ou pulsação. Já baixo impacto da mensagem sugere o uso de linear ou pulsação, dependendo da concorrência;

▹IMAGEM DE MARCA – boa imagem de marca conduz ao uso de ondas ou pulsação. Fraca imagem de marca leva a adoção de continuidade linear ou de pulsação.

Novamente nos apoiamos bastante aqui nas ideias de Edson Benetti em seu capítulo do livro “Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar”.

Importante ressaltar que para um bom planejamento de mídia os três pilares ou conceitos fundamentais (alcance, frequência e continuidade) devem estar equilibrados e atender aos objetivos de comunicação e marketing.

Consuma todos os textos desta sequência sobre planejamento de mídia. Sem moderação!