Novas vagas no Santuário em Aparecida

Santuário abre duas vagas

O Santuário Nacional de Aparecida (A12) abre duas novas vags em suas equipes de comunicação. Confira tudo sobre elas nas artes abaixo.

Coluna Propaganda&Arte

Overdose de storytelling: ele está contaminando as redes sociais?

Por R. Guerra Cruz

Era uma vez um mundo cheio de histórias. Contos fantásticos, dramas emocionantes e até mesmo comédias hilárias. Mas como tudo na vida, o equilíbrio é essencial. E o mundo atual parece estar sofrendo de uma overdose de storytelling. É como se todos, de propagandas a redes sociais, estivessem competindo para ver quem pode contar a história mais emocionante ou inspiradora. Mas será que precisamos realmente de tanto drama para tornar a vida interessante?

Vamos começar com as propagandas. Lembro-me de quando assistir a um comercial era apenas uma questão de conhecer o produto e suas características. Simples e direto ao ponto. Mas agora, parece que não podemos escapar das narrativas elaboradas que nos envolvem em uma montanha-russa de emoções.

Você já reparou como até mesmo um anúncio de pasta de dentes consegue transformar uma simples escovação em uma experiência épica? Sério, tem momentos em que me sinto como se estivesse assistindo a um trailer de um filme de ação. É um pouco exagerado, não acha?

E não podemos esquecer das redes sociais, o terreno fértil onde o storytelling floresce. A foto do café da manhã vira uma jornada épica de descoberta gastronômica. O passeio no parque transforma-se em uma odisseia de aventuras. E aí vem a chuva de metáforas e frases motivacionais nos perfis do LinkedIn, fanfics, como se a vida fosse um eterno discurso motivacional. Quem precisa de ficção quando temos a realidade hiperbolizada nas redes sociais?

Mas vamos dar uma pausa no humor e mergulhar um pouco na técnica do storytelling, porque não podemos negar que ele tem seu valor. Afinal, uma boa história segue um padrão bem definido. Começa com uma situação comum, uma introdução que apresenta os personagens e o contexto. Em seguida, ocorre um incidente, uma virada que desencadeia uma série de eventos. É aqui que a história fica interessante. E, por fim, temos a reviravolta e a mensagem final, a moral da história que nos faz refletir sobre a experiência.

Então, talvez o problema não seja o storytelling em si, mas sim o seu uso exagerado e desnecessário. Afinal, nem tudo precisa se tornar uma narrativa épica. Às vezes, uma informação direta e objetiva é tudo o que precisamos. Será que um comercial de pasta de dentes precisa ter um herói corajoso enfrentando monstros de tártaro para nos convencer a comprar o produto? Será que um post nas redes sociais precisa ser uma peça de ficção para ser interessante? E será que nossas histórias do LinkedIn precisam sempre terminar com uma lição de vida?

Às vezes, menos é mais. Talvez seja hora de resgatarmos a simplicidade e a autenticidade em nossas comunicações. Precisamos lembrar que a vida real nem sempre é uma novela mexicana. E está tudo bem. Podemos apreciar um bom storytelling, mas também devemos reconhecer quando ele está sendo exagerado e nos afastar um pouco desse mundo artificial de histórias perfeitas e motivacionais.

Então, da próxima vez que você se deparar com mais um conto épico na forma de uma propaganda ou um post nas redes sociais, lembre-se de questionar se aquela história é realmente necessária ou se é apenas mais um capítulo da overdose de storytelling que está deixando o mundo um pouco cansativo. E talvez, quem sabe, possamos trazer de volta um pouco de autenticidade e simplicidade para nossas vidas.

Vaga para Copywriter em São José dos Campos

Vaga para Copywriter na Quero Educação em São José dos Campos

A Quero Educação é uma EdTech brasileira que desenvolve produtos e soluções educacionais para alunos instituições de ensino. Seu principal produto é a Quero Bolsa, marketplace que ajuda futuros alunos do Brasil inteiro a escolherem o curso ideal por um preço que possam pagar. Com a Quero, milhões de brasileiros podem comparar faculdades, cursos e escolas, fazer a matrícula e pagar o menor preço pelos seus estudos – tudo online, a qualquer hora.

O setor B2B da Quero é responsável pelo relacionamento com Instituições de ensino parceiras e a busca de novas Instituições.

Responsabilidades:

Desenvolver conteúdos pertinentes ao gestor de educação;
Organizar eventos, brindes e materiais que aumente o relacionamento com parceiros e traga novas parcerias.

Requisitos:

Experiência com copywriter por no mínimo 2 anos;
Experiência com organização de eventos;
Experiência com publicação em blogs e campanhas de marketing digital;
Disponibilidade para atuar em modelo presencial na cidade de São José dos Campos.

Diferenciais:

Ter experiência com assessoria de imprensa;
Saber fórmula de lançamento;
Já ter feito produtos digitais como e-book, podcasting ou formatação de cursos.

Candidate-se por aqui

O futuro da área de criação com o uso da Inteligência Artificial

Por Ricardo Tarza*

No final de 2022, viralizou nas redes sociais o uso de ferramentas de inteligência artificial específicas para criação de imagens de diferentes estilos, a partir de fotos pessoais. Por meio de um pequeno e simples descritivo de ações e poucos cliques, os usuários conseguiam transformar suas fotos normais em avatares robóticos, animalescos ou antiquados, representados através de ilustrações de nível artístico bastante alto.

Além de servir como uma prova de como a IA está bastante avançada, esse movimento viral acabou reacendendo um alerta que paira há algum tempo na nossa sociedade: o quanto o desenvolvimento tecnológico se tornará uma ameaça ao mercado de trabalho?

Antes de mais nada, não acredito que o desenvolvimento da IA irá substituir de forma integral a participação humana em qualquer atividade. Creio, por outro lado, que esse movimento inevitável e, porque não, irreversível, irá servir como ferramenta fundamental para que seja possível melhorar o nível de qualidade dos produtos e serviços. Digo isso, pois acredito que existe uma fronteira que, além de não ter sido superada até agora, talvez nunca seja rompida pela tecnologia: a criatividade e a inovação.

Na publicidade, por exemplo, há um contexto muito difícil de ser substituído por algum recurso tecnológico. Trata-se do relacionamento humano entre marcas e consumidores. Entretanto, não podemos esquecer que a IA é uma ferramenta capaz de elevar a entrega e a resposta de uma campanha, além de ser importante para aproximar uma marca de seu público.

Com as demandas de marketing digital cada vez mais aceleradas, produzir regularmente conteúdos de alta qualidade se tornou um passo extremamente importante para se manter competitivo no mercado. É aí que essas ferramentas de IA podem auxiliar como, por exemplo, na produção de um texto. Mesmo que não consiga substituir todo o trabalho feito pelos redatores, a tecnologia contribui com a estrutura e a sintaxe desses materiais, deixando o mais atraente e compreensível, sem comprometer o estilo de escrita do autor. No caso de um designer, softwares como o citado logo no início do texto podem ser importantes para construir as primeiras prévias das imagens que serão utilizadas no case, auxiliando o processo de criação de todo o componente visual do produto.

Além desses fatores, podemos ressaltar ainda que o uso do recurso tecnológico também traz novas oportunidades para os profissionais criativos. Com a automatização de tarefas rotineiras, os responsáveis pelos processos mais inventivos terão mais tempo para se dedicar à criação de materiais de alto nível e à experimentação, testando novas técnicas e formatos para o produto.

Neste caso, a tecnologia pode contribuir também para a distribuição das ações publicitárias por meio de um trabalho de identificação de comportamentos e preferências por parte do público-alvo almejado, melhorando assim a compra de mídia. Além disso, algoritmos de IA podem analisar dados em tempo real e ajustar as campanhas de acordo com a necessidade, permitindo elevar as taxas de conversão e um retorno sobre o investimento mais significante.

Vale ressaltar que não vamos deixar de lado as diversas lutas e transformações na criação ao longo das últimas três décadas, como os avanços nas formas manuais de se produzir uma campanha, passando pelos equipamentos de grande impressão, máquinas de escrever ou vetores de imagem, muito pelo contrário. O movimento tecnológico no segmento a partir dos anos 2000, ajudou a Inteligência Artificial a ficar cada vez mais presente nos processos criativos.

Por isso, acredito que a utilização de IA no processo criativo é uma realidade. O uso correto de ferramentas como Chat GPT, que pode ser utilizado pelos planners e redatores conteudistas, e o trio DALL-E, Midjourney e Lensa, para os diretores de arte, pode ser de grande valia para milhares de agências e profissionais na execução de campanhas de comunicação – deixando de ser vista como uma inimiga, mas como uma aliada no processo criativo. Até porque, por mais avançada que seja a tecnologia, a jornada da criatividade ainda é uma qualidade essencialmente humana. Sugiro que estejamos abertos e preparemos nosso caminho para desfrutarmos da melhor forma as novidades que estão por vir em 2023.

*Ricardo Tarza é sócio e diretor de inovação e criatividade na DreamOne. Pós-graduado em gestão, marcas e produtos de multimídia pela Faculdade Belas Artes de São Paulo, NA agência é responsável direto pela liderança de talentos, gestão, planejamento criativo, marketing digital e coordenação de ações com UX e UI, sempre com intuito de desenvolver estratégias e oportunidades com foco na conversão durante a jornada e experiência do usuário online e offline.