Procuram-se resolvedores de problemas: a nova era dos profissionais multifuncionais

Por Ivan Seidel Gomes*

A busca por talentos está cada vez mais acirrada, tanto para empresas, quanto para os candidatos. Principalmente, porque a demanda por estes profissionais também mudou: mais do que dominar técnicas, é necessário que eles sejam capazes de assumir desafios sob uma perspectiva holística, em vez de estarem limitados a uma única função ou domínio de expertise. Esta descrição é típica do que podemos chamar de uma nova profissão: o resolvedor de problemas.

IVAN SEIDEL
FOTO: GABRIEL REIS

Os resolvedores de problemas emergem como profissionais versáteis e habilidosos, que transcendem as barreiras tradicionais de funções para analisar e solucionar problemas de maneira abrangente. Eles não apenas identificam os sintomas de um problema, mas também investigam suas causas subjacentes, procurando soluções inovadoras que possam transcender fronteiras convencionais.

Para serem considerados para esse “cargo”, os profissionais interessados precisam desenvolver algumas habilidades, como combinar criatividade e comportamento (soft skills) com técnica (hard skills). A criatividade permite que explorem alternativas não convencionais e encontrem soluções inovadoras, enquanto as habilidades técnicas fornecem a base para a implementação prática dessas soluções.

Como estamos falando mais de flexibilidade do que técnica, as soft skills pesam bastante no dia a dia do resolvedor de problema. Alguns exemplos de habilidades que devem fazer parte do perfil deste profissional envolvem ter pensamento analítico, conhecimento multidisciplinar de várias áreas, vontade de ter um aprendizado contínuo de coisas novas e aprimorar o que já se domina, comunicação eficaz e comportamento colaborativo.

Esse equilíbrio entre o lado criativo e técnico é exemplificado por alguns Product Managers (PMs) que, no mundo atual, são responsáveis por trabalhar o valor de um produto perante os clientes. Mas aplicado o viés de resolvedor de problema a este cargo, esses profissionais enxergam o produto em sua totalidade, desde o desenvolvimento até o mercado, identificando oportunidades de aprimoramento, resolvendo bloqueios no processo e alinhando estratégias de marketing com os aspectos técnicos do produto.

Com um repertório tão diverso, o resolvedor de problema pode atuar em qualquer área da empresa, desde que o seu conhecimento técnico não seja limitador. Por outro lado, fica desafiador para a empresa reter um profissional como este, principalmente em um período em que os diferenciais que mantém um colaborador na empresa vão além do salário: flexibilidade, trabalho híbrido, apoio à saúde física, mental e à educação, entre outros.

A presença de resolvedores de problemas em uma organização pode ser transformadora. Eles impulsionam a inovação, identificam gargalos operacionais, melhoram a eficiência e fortalecem a colaboração interdisciplinar. Sua mentalidade voltada para soluções também pode impulsionar a cultura organizacional em direção à resolução proativa de problemas.

Mas as empresas precisam estar preparadas para essa modalidade de colaborador e dispostas a realizarem ajustes na estrutura e nas políticas para permitir que esses profissionais multifuncionais prosperem e contribuam de maneira significativa para o sucesso da empresa.

*Ivan Seidel Gomes é CTO da Layers Education

Comunicação Interna: 4 dicas para engajar de verdade o colaborador operacional

Por Gabriel Kessler*

Uma boa experiência é considerada por 96% dos profissionais como fator relevante para se manter na empresa, segundo pesquisa do LinkedIn. Entretanto, as conversas sobre o assunto priorizam profissionais administrativos, geralmente. No meio disso, como fica o público operacional?

Investir em iniciativas que tenham como foco times operacionais é importante para o engajamento desse público e, consequentemente, para uma experiência mais positiva que resulte em melhores resultados e performance.

Uma das maiores consequências da pandemia foi o empoderamento do colaborador, que passou a ser menos tolerante com experiências medianas ou até mesmo ruins dentro das organizações.

E isso já pode ser notado: a grande resignação, por exemplo, mostra como motivos que antes eram determinantes para a permanência de talentos, como salários e benefícios, hoje não tem tanta influência no poder de decisão.

Sendo assim, empresas precisam correr para quebrar paradigmas e oferecer uma experiência cada vez melhor para seu público interno, caso contrário, eles não vão ficar parados esperando por isso.

Voltando o olhar para o operacional

Não é segredo que esses times não são alcançados com a mesma facilidade do que as áreas administrativas, seja por planejamentos ou estratégias obsoletos, o que acaba dificultando o sentimento de “uma só empresa” nesse público, que se sente prejudicado ou ignorado pela liderança e por áreas estratégicas, como RH e Comunicação Interna.

Essa diferença de tratamento, intencional ou não, causa uma experiência negativa aos colaboradores operacionais, podendo levar ao aumento do turnover e impactos no clima organizacional como um todo.

Outro fator que prejudica (e muito) é a adoção de ferramentas ou estratégias que não contemplem as necessidades desse público. Por exemplo: se uma empresa usar o e-mail como canal de comunicação interna principal, aqueles que não trabalham com computador não vão ficar a par da informação tão facilmente.

Indo além, mesmo contando com murais impressos ou a liderança como replicadores dessa informação, a disparidade segue forte. E a comunicação tem papel direto na experiência do colaborador, já que a falta de clareza e alinhamento por parte de Comunicação Interna com esse público atrapalha e até mesmo inviabiliza o sentimento de pertencimento dessas pessoas, assim como a confiança que elas têm na empresa.

Entra aí a tecnologia, que pode (e deve) ser usada como forma de quebrar as barreiras, sejam elas geográficas ou de tempo.

É importante salientar que a experiência do colaborador é formada por 6 fatores, de acordo com a State of the Sector (Gallagher): cultura organizacional; comunicação; reconhecimento, prêmios e benefícios; ambiente de trabalho; bem-estar; carreira. As áreas de Comunicação Interna e RH são responsáveis (de forma parcial ou integral) por todos esses pontos, então as dicas que compartilhamos abaixo são direcionadas aos profissionais desses departamentos.

Abaixo, listo quatro dicas. Confira!

1 – Antes de tudo, conheça seu público: Você conhece as características dos seus públicos operacionais? Sabe quais são suas necessidades, desejos e desafios? Antes de qualquer estratégia de comunicação interna, as organizações precisam entender a realidade dessas equipes. Dê voz e espaço para pessoas do operacional e, além disso, tenha interesse em conhecê-las.

2 – Envolva a liderança: Mesmo com uma boa cultura, clima e comunicação, se a relação com o líder não for positiva, muito dificilmente a experiência será. Líderes precisam gostar de gente, precisam entender pessoas. E a empresa deve capacitar esse público para que isso aconteça. No ambiente operacional, muitas vezes a liderança é o que liga profissionais ao resto da organização, aumentando ainda mais a importância dessa capacitação. Além disso, líderes precisam se esforçar para proporcionar (e fazer tudo que está ao seu alcance) a melhor experiência para seus liderados.

3 – Foco no propósito: O propósito tem ganhado cada vez mais espaço e importância na experiência do colaborador e agora, mais do que nunca, está conectado pelo valor percebido pelas pessoas nas organizações. Isso significa que: para ter uma comunicação interna melhor, é preciso pensar no propósito, no porquê as pessoas devem se sentir parte do todo. Vale a revisão da visão, missão e valores organizacionais.

4 – Comunicação fácil e democrática: Investir em uma ferramenta que promova a democratização da informação é de extrema importância para a experiência do colaborador operacional. A rede social corporativa ou aplicativo de comunicação interna, por exemplo, é uma solução criada justamente para atender as diferentes necessidades dos profissionais em geral, principalmente de quem fica na operação.

*Gabriel Kessler é CGO do Dialog.ci, startup responsável por desenvolver uma plataforma online de comunicação interna e RH, que funciona como um hub para o colaborador e melhorar o engajamento dentro das empresas.

Fonte: Comunica PR

Na atividade

Agência de São José dos Campos faz ação com seus colaboradores no Setembro Amarelo

Com o slogan “Sua Melhor Conexão é Com a Vida!”, a agência Pilares Relações Públicas promoveu um encontro entre seus colaboradores e a terapeuta e psicóloga Sonylena Sonnemaker, na última sexta-feira (10), em São José dos Campos.

Equipe PilaresRP

O evento, criado pela empresária e CEO da Pilares RP Michelle Laboissiere, faz parte das ações da agência durante o Setembro Amarelo e tem como objetivo proporcionar ferramentas que contribuem para o bem estar de toda a equipe.

“O tema é extremamente relevante para todos nós e sempre merece nossa atenção. Acredito na importância de envolver toda a equipe nas ações positivas da empresa. É preciso estarmos bem dentro e fora do ambiente de trabalho”, disse Michelle.

Durante o encontro, a psicóloga Sonylena Sonnemaker falou sobre a importância de perceber o valor da vida, a identificar os verdadeiros sentimentos e refletir sobre qual é o sentido dado aos momentos mais importantes durante a trajetória.

Ela explica que é importante iniciativas em oferecer um espaço de escuta e acolhimento que pode ir além das relações profissionais, visando sempre o bem estar pessoal e coletivo.

“É colocar a todos na mesma condição humana, com as mesmas questões, anseios, dúvidas, alegrias e tristezas. É dar a possibilidade de perceber e viver como seres juntos no mesmo espaço e tempo”, disse.

Colaborador há 3 anos, o designer Lucas Cassimiro, avaliou o encontro de forma positiva e importante para agregar todos que compartilham o ambiente de trabalho. “É muito interessante nos reunirmos com o propósito de refletir sobre a vida. Ficamos super à vontade e falamos sobre os nossos sentimentos no dia a dia”, disse.

Aproveitando o clima para celebrar a vida, a Pilares Relações Públicas encerrou o encontro com um café especial para a convidada e seus colaboradores.

Fonte: Pilares Relações Públicas – Rodrigo Machado – Assessor de Imprensa