Coluna Propaganda&Arte

Crowdfunding: a arte de fazer o impossível possível

Por R. Guerra Cruz

No mundo da propaganda e da arte, o crowdfunding é uma força imparável que impulsiona a criatividade e a mudança social. Mas não se engane, não é só chegar e pedir dinheiro para as pessoas. É preciso ter uma boa ideia, um bom planejamento e, claro, um pouco de sorte. Para explicar melhor esta grande potência que está em nossas mãos, gostaria de falar de 3 dimensões dessa ferramenta: inovação, causa social e arte.

Startups: a inovação do coletivo

Startups frequentemente enfrentam desafios financeiros. O crowdfunding, por sua vez, tem surgido como um aliado crucial para muitas delas. Nos dados mais recentes, o Catarse, uma plataforma de crowdfunding líder no Brasil, se destaca pela captação de recursos para projetos inovadores. Em 2020, o Catarse arrecadou impressionantes R$47.978.150 na plataforma, o que representa um aumento de 68% em relação ao volume transacionado em 2019. Além disso, 274.713 apoiadores únicos participaram, o que equivale a 45% a mais do que o número de apoiadores em 2019. Essa tendência de financiamento coletivo não apenas auxilia na superação de obstáculos financeiros, mas também cultiva uma comunidade em torno de ideias inovadoras.

Projetos sociais: a onda de solidariedade

A segunda dimensão do crowdfunding é a sua capacidade de impactar projetos sociais. Com o uso crescente de plataformas como o Catarse, as causas sociais podem alcançar um público mais amplo e diversificado. Em um mundo que valoriza a responsabilidade social corporativa, o financiamento coletivo se tornou uma ferramenta crucial. Projetos sociais têm arrecadado quantias significativas, ajudando a enfrentar desafios prementes e a criar impacto real.

O gráfico de 2020 apresenta um volume maior arrecadado em projetos de literatura, quadrinhos, música, jogos e socioambientais.

Arte: a expressão da coletividade

A terceira dimensão do crowdfunding é o seu papel na arte e cultura. Plataformas como o Catarse permitem que artistas compartilhem suas visões com um público global. Seja para financiar um filme independente, uma exposição de arte ou um álbum musical, o financiamento coletivo proporciona uma maneira única de dar vida a projetos artísticos. A arrecadação bem-sucedida nesse contexto não apenas apoia artistas, mas também conecta apoiadores a obras que fazem muito sentido para eles.

Um pouco do meu trabalho de Pós-Graduação

Eu tenho um exemplo bem interessante e pessoal. Em meu trabalho de pós-graduação, conduzi um estudo de caso detalhado de um projeto literário financiado pelo Catarse. Analisei as estratégias e elementos que levaram a esse projeto ao sucesso, destacando como a apresentação do projeto, a interação nas redes sociais e o engajamento do público desempenharam papéis fundamentais. Os dados revelaram que 82% dos apoiadores do projeto nunca haviam utilizado o Catarse, evidenciando a dimensão ampla e diversificada do público envolvido.

Quando o impossível é possível

À medida que exploramos os sucessos do Catarse e de outras plataformas de financiamento coletivo, é evidente que a força da colaboração coletiva é uma das maiores ferramentas de mudança que une tecnologia e pessoas. A ação conjunta pode transformar ideias em realidade, superar desafios e criar um impacto positivo na sociedade.

No contexto do financiamento coletivo, o futuro é coletivo, e as possibilidades são infinitas. Qual é o seu maior sonho? Criar um novo produto, ajudar um projeto social ou lançar um livro? Talvez sozinho você não consiga realizar, mas existe sim uma grande oportunidade a poucos cliques de nós. Como disse Helen Keller, renomada autora e ativista, “Sozinhos podemos fazer muito pouco; juntos podemos fazer muito”.

Projeto arrecada fundos via financiamento coletivo

Nasce um projeto de financiamento coletivo original no Vale do Paraíba

O publicitário e compositor R. Guerra Cruz apresenta o livro de ficção científica Última Nota junto com uma trilha sonora especial.

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A história se passa em um tempo em que os seres humanos dependem de androides e máquinas para sobreviverem. Será tão distante assim da nossa realidade? Nesse cenário apocalíptico, a música é proibida por lei, mas alguns personagens não irão se contentar em viver nessa triste ausência de qualquer melodia e farão suas próprias músicas para um verdadeiro público underground.

As composições dessa história são de autoria do próprio escritor que com a colaboração de outros músicos, junta em um só projeto seu talento literário com o musical.

Publicar um livro de ficção científica no Brasil não é uma tarefa fácil, mas com ferramentas de financiamento coletivo como o Catarse ficou mais fácil concretizar essa ideia com a ajuda de amigos e apoiadores. O Catarse é um site seguro e devolve todo o dinheiro dos contribuintes caso o projeto não alcance a meta de arrecadação dentro de 60 dias.

Gostou da ideia e quer ajudar? Existem várias formas e valores para colaborar. A cada tipo de apoiador serão oferecidas diferentes recompensas. O Apoiador Androide, por exemplo, recebe o e-book do livro, a trilha sonora do projeto e um agradecimento nominal. Já o Apoiador Humano, que faz questão de sentir o cheiro e pegar o livro com as próprias mãos, recebe, além das recompensas anteriores, o livro impresso, e assim por diante.

O projeto tem até 05/01/2016 para juntar todos os recursos e se tornar uma realidade. Incentive a literatura nacional e novas ideias. Como o próprio autor diz: “Nossos androides agradecem”.

Site do projeto: https://www.catarse.me/ultimanota
Página oficial no Facebook: www.facebook.com/ultimanotalivro

Sobre o autor:

Nascido em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, em 1988, o redator publicitário e R. Guerra Cruz, desde pequeno trilhou o caminho das artes. Ainda menino criava histórias em quadrinhos que eram vendidas entre amigos e familiares.

O publicitário, escritor e músico Ricardo Guerra

O publicitário, escritor e músico Ricardo Guerra

A atividade musical exercida por seus pais, Sandra e Flávio Guerra, presente em sua vida desde a infância, tornou-se sua principal fonte de inspiração. Aos 12 anos iniciou seus estudos em guitarra e mais tarde veio a formar sua própria banda.

Aos 14 anos tem início sua produção literária, quando esboça seus primeiros poemas. Com o passar dos anos seus textos adquirem volume de produção e qualidade suficientes para produzir seu primeiro livro. O ano de 2006 marcou sua estreia literária, com a publicação de “No Silêncio do Mirante”.

Atualmente trabalha na finalização de seu primeiro livro de ficção científica e um possível segundo volume de poesias.