Como o Vale do Paraíba consome cultura?

Mapa do consumo de cultura na RM Vale será apresentado no 1º BrainFitness de 2018

Evento acontecerá no dia 28 de janeiro, a partir das 13h, no Taubaté Shopping e terá especialistas que apresentarão dados sobre os hábitos culturais do valeparaibano

Como o valeparaibano se relaciona com cultura? Qual o potencial de crescimento das atividades culturais? Que impacto podemos esperar de eventos ou equipamentos culturais?

Estes serão alguns dos dados apresentados no evento “Economia de cultura: você sabe o que é?”, que será realizado no dia 28 de janeiro, a partir das 13h,no Taubaté Shopping.

No painel sobre o mapa de consumo cultural na RM Vale estarão Carlos Alberto Silva, professor da FGV IDE Management, e Ricardo Meirelles, jornalista que integra o Núcleo de Estudos e Pesquisas da consultoria JLeiva Cultura & Esporte – especializada em políticas culturais.

O mapa tem como objetivo capacitar quem produz, estuda ou patrocina cultura com informações que ajudem a compreender a dinâmica das práticas culturais, além de fomentar o debate para formação de políticas públicas para o setor.

No evento ainda serão realizados os painéis “Como gravar seu álbum musical?”, com participação de produtores e representantes de selos e estúdios da região, “Como publicar seu livro”, com John Petson, do Coletivo Editorial, e “Como transformar sua ideia em um projeto?” com Jennifer Botossi, da Transformare – Cultura Gestão e Projetos.

Além disso, durante todo o evento haverá área de encontro com produtores e prestadores do setor cultural da RM Vale.

O evento “Economia de Cultura. Você sabe o que é?” é gratuito e acontece no espaço em frente ao Moviecom Cinema.

Programação “Economia de cultura. Você sabe o que é?”
14h00 – Painel: “Como gravar um disco?”, com participação de produtores e representantes de selos e estúdios da região
15h00 – Painel: “Mapa do consumo de cultura na RM Vale”, com Ricardo Meirelles e Carlos Alberto Silva
16h30 – Painel: “Como publicar seu livro”, com John Petson, do Coletivo Editorial
17h30- Painel: “Como transformar minha ideia em um projeto?”, com Jennifer Botossi, da Transformare – Cultura Gestão e Projetos
Das 13h às 18h – Espaço de meeting entre produtores e prestadores de serviço da área cultural da RM Vale.

BrainFitness
O BrainFitness é um evento cultural realizado pelo Taubaté Shopping, Livraria Leitura e Almanaque Urupês que tem como missão incentivar o hábito da leitura e estimular o mercado consumidor de produtos e serviços da nossa indústria cultural.
Na primeira temporada, realizada em 2017, o BrainFitness reuniu mais de 10 mil pessoas em 4 edições realizadas em maio – com Amyr e Marina Klink -, em junho – como parte da celebração mundial dos 20 anos de lançamento do 1º livro de Harry Potter -, em setembro – com três dos mais importantes booktubers brasileiros com o tema “Ler pra quê?” – e em novembro – celebrando os 40 anos de lançamento do primeiro livro da saga Star Wars no Brasil.

Coluna Branding: a alma da marca

É noite de Natal

Não existe nada mais mágico que a noite de Natal. E já que esta coluna deu a sorte de frequentar as redes sociais justamente no dia 25, fecho o assunto sobre o “conhecimento mágico”, justamente hoje, neste dia 25 de Dezembro.

Estamos vivendo o “Dividir para conquistar.” Esta máxima da arte da guerra, nos serve bem para explicar nossos dias de empobrecido do mundo sem cultura.

Não digo que não tem nascido boas ideias aqui e ali. Mas perceberam como estas descobertas são vasos bem cuidados que dão bonitas flores bem restringidas em seus habitates artificiais?

Quando penso em cultura de verdade, me vem à cabeça a imagem daquele jardim gigantesco, cujas plantas, quando florescem, surpreendem até quem as plantou, pois nem mesmo ele imaginaria tamanha beleza.

Sabe aquela experiência que encontramos nos muitos pintores renascentistas, nos designers que surgiram em uma Bauhaus ou até mesmo na música surgida no Brasil do movimento tropicalista. Cadê estas ideias brilhantes?

O homem não perdeu sua capacidade de criar, mas enquanto acreditarmos que o conhecimento humano pode ser partido em ciência, religião, arte, política ou em assuntos ainda mais stricto senso, ou pior, odiarmos aquele que pensa diferente de nós, sem questionar, discutir e refletir o que o outro tem dito, estamos fadados a estar isolados em nossas certezas egoístas e distante das pontes que atravessam estas áreas e conectam os ensinamentos críticos e criativos, que chamo aqui de conhecimento mágico.

Então, enquanto não buscarmos uma formação que prima pelos princípios válidos e testados pelo tempo, e pela comparação investigativa entre assuntos distintos, estaremos formando jovens “copy and past”, talvez aptos para o trabalho repetitivo, mas menos capaz de conectar informações que uma inteligência artificial da IBM.

O cenário futuro, nesse exemplo atual é catastrófico e desagrada a toda humanidade, digno de filme de ficção científica. E isso não é pessimismo. É um manifesto!

Nós podemos desenvolver um futuro onde a evolução da nossa inteligência (que significa eleger internamente o melhor caminho) pode ser congruente ao desenvolvimento tecnológico, mas é preciso agora educar as pessoas pensando em:

•Que tenham contato com conteúdos de comunicação de melhor qualidade e que vendam mais valores do que só o consumo material.
•Que comparem estes conteúdos e discutam os assuntos sem se colocarem em torcidas diferentes.
•Que busquem os motivos de cada um desses valores apresentados e vejam isso aplicáveis a suas vidas descartando o inútil.

Pode parecer uma utopia (projeção ideal), mas vejo isso como fácil de se conquistar.

Basta que cada um que me lê mude 3 atitudes e convença outros dessa mesma mudança.

•Quando forem observar alguma comunicação se perguntem por que consumo isso. O que me traz de bom e de ruim?
•Quando tenham visto alguma comunicação até o fim se perguntem o que isso me ensinou? E com o que posso comparar?
•Quando forem fazer as suas comunicações, compartilhar um conteúdo, se perguntem: Por que compartilho isso? O que trago de bom para o mundo com essa atitude?

Pronto, está aí um mundo mais mágico e digno do espírito de Natal. Pode até ser utopia, mas nunca foi tão fácil de resolver.

Realmente estamos vivendo a quarta etapa do mundo de Kottler, onde a realidade se constrói daquilo que comunicamos.

Dessa forma o problema não está em criarmos a realidade a partir de um imaginário, afinal isso sempre existiu, o problema está em não conseguirmos imaginar um cenário melhor, porque nossos sonhos estão acorrentados a este pobre jardim controlável.

Boas festas a todos e estaremos juntos em 2018.

Ilharriba 2017 está chegando

Maior festival brasileiro de música latina promete agitar a Praça da Vila entre os dias 22 e 24 de setembro

Ilhabela vai entrar na primavera deste ano no embalo da música latina. Entre 22 e 24 de setembro, a ilha vai ser palco do Ilharriba! Una Fiesta Latina, festival internacional de música e dança latina, que chega à sua quarta edição já fazendo parte do calendário oficial de eventos do município.

É uma festa para ninguém ficar parado.

Sucesso de público e de crítica nas edições anteriores, o Ilharriba! 2017 traz
uma novidade: vai ocorrer agora em um novo endereço. Este ano, em razão do volume de público (mais de 8.000 pessoas por noite em 2016), o festival será realizado na Praça Coronel Julião de Moura Negrão, a Praça da Vila, na entrada do Centro Histórico de Ilhabela. Um cenário deslumbrante.

Basta olhar a programação para perceber: as atrações do Ilharriba! Una
Fiesta Latina prometem dar um tom caribenho a Ilhabela, sem perder o sotaque brasileiro e, em especial, a musicalidade baiana. No total, serão 10 shows em três noites de festival.

A primeira atração do festival, no dia 22, sexta-feira, será Cesar Cardozo, artista regional que abre a primeira noite do evento. Em seguida sobem ao palco Edwin Pitre e Son Caribe. Músico, compositor e pesquisador nascido no Panamá, Pitre festeja em Ilhabela seus 39 anos de Brasil e prepara um show que mistura música latina e MPB. Fecha a noite o vibrante Rumba D’Akokan, formado por músicos cubanos e brasileiros, inspirado na tradição das Rumbas de Quintal de Cuba.

A noite de sábado, 23, promete ser animada. Fernando Punk e Banda Ilhabela abrem a segunda noite. Em seguida o som bem brasileiro de Baianos Tocam Baianos, sobre ao palco com o quarteto que traz canções da Bahia com arranjos inusitados. Na sequência entra no palco o grupo Timba Havana, formado por músicos cubanos e brasileiros que vão embalar o público ao som da timba, gênero que é considerado uma evolução musical da salsa.

A noite de encerramento do festival começa com o artista regional Beto Di Franco e Banda. Depois a música porto-riquenha da Banda Azúcar toma conta do palco, conhecida por sua participação na trilha sonora de algumas novelas brasileiras. Mambo Jam Sessions dá sequencia a última noite de show, e traz salsa, mambo e rumba ao palco do Ilharriba!. Para fechar a noite abanda formada por músicos de Cuba, Colômbia, Chile e Brasil, a La Orkestra K.

Serviço

Os shows do Ilharriba! acontecem das 17h às 22h. Durante os três dias de
festival, o público vai poder dançar também ao som do DJ Bade e se encantar com as apresentações do Balé Julio Lima Company.

Idealizado e dirigido pela RCS Music, o Ilharriba! Una Fiesta Latina é
uma realização da Prefeitura de Ilhabela, da Secretaria de Cultura de Ilhabela e da Fundação Cultural de Ilhabela. A entrada dos shows é gratuita.

Ilharriba! Una Fiesta Latina
Data: De 22 a 24 setembro
Local: Praça Coronel Julião, em Ilhabela
Horário: Das 17k às 22h
Atrações: Dia 22 – Cesar Cardoso e Grupo, Edwin Pitre e Son Caribe, Rumba D’Akokan; Dia 23 – Fernando Punk e Banda Ilhabela, La Orkestra K, Banda Azúcar, Mambo Jam Sessions; Dia 24 – Beto di Franco e Banda, Baianos Tocam Baianos, Timba Havana.
Todas as Noites: DJ Bade, Balé Júlio Lima Company

Fonte: Matéria Consultoria & Mídia – Nathalia Barcelos

Coluna Branding: a alma da marca

A aula da palavra “marca”

Gosto de refazer alguns caminhos, tentando observar e melhorar os passos que havia dado anteriormente. Encontrando olhares que passaram despercebidos.

Em um destes momentos, quando refazia uma de minhas aulas lecionadas neste semestre que, me deparei com um princípio sutil, mas muito profundo sobre o Branding.

Ao ensinar gestão de marcas é preciso explicar a origem das coisas. É na origem histórica das coisas que se encontra a “alma” que define qualquer símbolo. Uma palavra, assim como uma ilustração ou uma imagem pictórica, é um símbolo portador de um conceito.

E foi exatamente na origem semântica e histórica da palavra “Brand” que encontrei um conceito interessante que parecia estar escondido e protegido, pouco comentado no meio de estudo desta ciência.

“Branding não é um princípio da guerra mercadológica que promove a conquista, mas sim, uma ação de colonização.” E, a história das palavras que a constroem parece corroborar para entender este sentido.

No Brasil, a palavra que define os símbolos representantes de um conceito institucional é MARCA. Mas de onde vem esta palavra?

Em minhas pesquisas encontrei que a origem desta palavra é “MARKA” advindo do germânico. Está associada a um pequeno espaço delimitado de terra usado tanto para indicar um ponto estratégico de ataque, como também uma conquista de batalha que recebia a bandeira hasteada. Portanto, marca está ligado à arte da guerra, à propriedade conquistada em batalha.

Como exemplo, podemos citar a chegada à Lua, o símbolo de posse americano foi o hasteamento da bandeira estrelada. Esta é, portanto, a marca da conquista. Dessa forma, do pertencimento da Lua.

Mas há outra palavra na língua inglesa, de origem escandinava e que representa a ciência da gestão de marcas, do “Branding”, que é Brand, palavra derivada de “BRANDR” que representa a consequência da queima por fogo que modifica a carne deixando uma marcação.

A imagem mais associada a origem dessa palavra é a do FERRETE, o ferro que marca o gado após ser aquecido.

Alguém pode se perguntar, mas qual a diferença entre os dois conceitos? Se ambos definem a posse!?

Sim, marca de forma genérica é garantia da posse. Mas essa posse pode vir por combate e tomada ou por pertencimento e cultura.

Mesmo a queima por fogo uma outra forma de ver o Brand é um ato de cultura, é uma transformação natural.

O limite entre o significado dessas duas palavras é sutil, estreito, mas não pouco importante. Podemos construir uma marca pensando em conquistar mercados ou cultivar mercados.

Para o ato da conquista, a estratégia é de fortalecer suas vantagens para aproveitar as fraquezas do outro lado, portanto, a pesquisa de público tem como objetivo achar as vulnerabilidades para que possa levar vantagem na entrada, se preocupando apenas com a tomada do espaço na cabeça do consumidor.

Já o ato da cultura tem a preocupação com o transformar do consumidor, tem como objetivo procriar e reproduzir uma ideia.

De forma prática, o primeiro se baseia na atitude da propaganda clássica, que invade e reforça sua presença, e o segundo na construção da imagem a partir do cuidado com seus valores e seus pontos de contato com o consumidor.

Uma aula inteira, e o princípio da palavra já era o suficiente. E como uma boa cultura, precisava apenas que eu voltasse para alimentá-la. Um bom exemplo de que refazer caminhos tem muito mais a ver com fazer “Brand” do que com conquistar “marcas”.