PR e ZMOT

Relações públicas em tempos de ZMOT

Na era do Momento Zero da Verdade, quando o consumo é pautado pelas pesquisas online e opiniões na Internet, o profissional de RP precisa de um “upgrade”

*Por Fabiana Macedo

Em um jantar com amigos experimentei determinado vinho pela primeira vez. Anotei o nome e fiz o que quase todos passaram a fazer quando um produto chama sua atenção: pesquisei, comparei preços, li opiniões e peguei indicações de onde comprá-lo. Pude me informar que se tratava de um vinho nacional e premiado, cultivado em uma cidadezinha do interior paulista, Espírito Santo do Pinhal. Depois, visitei a vinícola, entendi seu engenhoso processo de produção e confirmei que o Brasil avança na vinicultura. Tornei-me consumidora do produto e recomendo o rótulo aos amigos.

Mas o que essa história de descoberta de um produto tem a ver com relações públicas? A trajetória que percorri até me transformar em consumidora do vinho passou pelo que o Google batizou de ZMOT (Zero Moment of Truth, ou Momento Zero da Verdade). Segundo o estudo divulgado pela empresa, o processo mental de compra do consumidor mudou. Encerrou-se o ciclo em que o comprador, impactado por um anúncio, se servia de determinado produto na prateleira e então tinha a experiência do uso. Agora, depois de ter conhecimento de que aquele produto existe, o consumidor vai pesquisar. Quem falou, o que falou, quais os benefícios, quais os problemas. Reviews e comentários de quem já teve a experiência passaram a ser mais importantes que nunca.

Mas onde entra a disciplina de Relações Públicas? Esse contexto deixa claro que não são apenas os processos de marketing que devem se adequar à mudança da jornada de consumo para atingir suas metas. Com a internet literalmente nas mãos dos consumidores, a reputação nunca foi tão importante. O estágio que antecede a compra passou a ocupar lugar central no comportamento do consumidor, que é influenciado pelo que acessa e, em especial pelas recomendações embaladas em credibilidade. O boca-a-boca está mais forte do que nunca. O consumidor “mudou de fase”, ganhou complexidade, e faz valer também a dimensão de sua cidadania quando se relaciona com marcas e organizações da sociedade.

Ora, a quem compete zelar pela marca, estabelecer pontes entre os novos e diferentes atores que hoje influenciam a imagem com que empresas e instituições são percebidas? Não importa a atividade, qual é o produto ou serviço, mas ter referências favoráveis e credibilidade é imprescindível para qualquer ator desse complexo ecossistema. As pessoas pesquisam de apartamentos, assistência médica e escolas a canetas e copos. E conforme o uso de celulares cresce, mais as pessoas criam seus próprios guias de bolso, com análises, tweets, blogs, posts nas redes sociais, artigos de jornais, revistas e vídeos de produtos e serviços de todo tipo. Ou seja, o modelo mental de consumo mudou e isso atinge todos os processos de comunicação.

E a atuação dos profissionais de Relações Públicas, está acompanhando essa evolução? Muitos relatos falam de agências que operam de modo tradicional, limitam-se a cuidar do relacionamento com uma imprensa cada vez menos influente e a disparar press releases de modo pouco estratégico, quando muito produzindo conteúdo para perfis de redes sociais.

Buscar novos conhecimentos, esforçar-se para entender o comportamento do consumidor-cidadão, inserir-se na conversa que acontece nas redes é o primeiro passo para propor ações que façam diferença para o cliente. Não se trata apenas de colocá-lo em evidência, mas de fortalecer sua reputação. Uma marca forte, que conta com uma percepção positiva tem vantagem competitiva.

Esse trabalho de “zeladoria”, no entanto, só será efetivo caso a agência esteja aberta para a checagem contínua do que se diz a respeito de seu cliente – e onde fica esse lugar de fala. Para exercer seu ofício de modo eficiente, o profissional de relações públicas precisa abandonar velhas muletas, abrir a mente para a inovação e parar de encarar a tecnologia com aversão. Vai longe o tempo em que bastava saber “vender boas pautas” para os veículos, fazer o cliente ser citado em várias reportagens e a glória era conquistar uma citação favorável em veículo de circulação nacional.

O campo está aberto para um profissional curioso e atento, que seja capaz de transitar do diálogo com editores do que ainda se considera grande imprensa ao convívio com as redes sociais (o que inclui influenciadores que se comportam como estrelas) e ferramentas de monitoramento a cada dia mais complexas. É um cenário que não para de evoluir e se transformar, o que, é claro, causa um friozinho na barriga. Mas quem não encarar esse desafio pode estar abreviando sua carreira.

*Fabiana Macedo é CEO da Punto Comunicação – www.puntocomm.com.br

Coluna Propaganda&Arte

A arte da Inteligência Artificial chegou para ficar. E você?

A cada nova ferramenta, sejam bots para chat, programas de IA que facilitam a vida dos designers, até alguns robôs artistas, vemos que o ser humano está ficando para trás. Você está se preparando para isso?

Nos últimos meses, estou sendo bombardeado de máquinas e robôs. São bots que respondem as minhas perguntas em sites, são novas experiências do Google ou da Sony, que estão criando verdadeiros robôs artistas. E no meio de tanta novidade, estou pensando comigo: estamos nos preparando para esse futuro com máquinas artistas?

Vejamos o experimento da Sony, que criou um programa que reconhece padrões musicais e compõe as suas próprias melodias (https://super.abril.com.br/tecnologia/ouca-as-duas-primeiras-musicas-criadas-por-inteligencia-artificial/). Ou então, o projeto da Google que já alimentou o nosso amigo robô com obras de grandes pintores e agora a máquina reconhece o estilo e reproduz com fidelidade pouco vista em humanos (http://www.b9.com.br/89559/artista-alemao-cria-inteligencia-artificial-que-pinta-como-pintores-do-seculo-xix/).

Se você gostou do que viu e ouviu, estamos caminhando para um mundo artístico bastante confuso. Onde pouco irá importar se aquele artista existe ou não (em carne e osso).

IA é assim: você ensina padrões, ela aprende e reproduz. Tudo sai perfeito? Ainda não, as criações precisam de um “empurrão” humano, mas a tendência é essa dependência acabar. E aí teremos robôs superinteligentes interagindo mais do que nunca com a gente. E competindo.

Você está estudando, se aperfeiçoando para o mercado de trabalho? Se as coisas já andam bem competitiva entre humanos, imagine quando entrar de vez no mercado de trabalho inteligências autônomas. Elas irão fazer o seu trabalho, artístico ou não, com maestria invejável e não teremos nada o que fazer, a não ser, compreendê-las e evoluir com elas.

Se você não tem um amigo robô ainda, acho melhor rever sua network e rede de amizades. O grande lance aqui é viver grandes experiências, revelações artísticas. Se do outro lado é uma pessoa física ou um programa, não importa. Não importará no futuro. Se tudo é arte, quem somos nós para dizer que isso não é? Qual será o futuro da Inteligência Artificial? Com certeza, se tornarão mais inteligentes e menos artificiais.

GoGirls em SJCampos

Publicitárias criam projeto para inclusão de mulheres nas áreas de tecnologia

Bruna Lima e Paula Vilela, jovens publicitárias formadas pela Unitau e que trabalham na Mult-e, alocadas na Embraer,  criaram e colocaram em ação um projeto/movimento bem legal dentro da empresa.

O projeto é chamado de “#GoGirls: Por mais mulheres na tecnologia”. Confira a página do projeto aqui.

Paula Vilela é publicitária, possui experiência como designer gráfico e social media nos setores de tecnologia e propaganda. Entrou para o time de marketing da Embraer em 2016 e hoje atua como consultora de branding e design na área de desenvolvimento de soluções digitais pela Mult-e.

Bruna Lima também é publicitária, atuou no setor de criação em agências de publicidade e em projetos de impacto social em Taubaté. Atualmente compõe o time da Mult-e alocado na Embraer como designer gráfico e UX no setor de tecnologia e desenvolvimento de soluções digitais.

Como consequência desta iniciativa elas irão palestrar no Women Techmakers, evento do Google, sábado dia 07/04, que acontecerá na Faculdades Bilac.

Você pode se inscrever no evento por aqui.

Tecnologia ajudando na organização

5 passos para ser mais organizado com ajuda da tecnologia

Os atrativos da internet muitas vezes contribuem para que as pessoas se tornem mais dispersas e sem foco. No entanto, quando utilizada de maneira adequada, a rede oferece diversas ferramentas capazes de transformar até o mais desorganizado dos internautas em exemplo de planejamento e pontualidade.

Henrique Carmellino Filho, Diretor de Operações da SIEG, dá 5 conselhos imperdíveis para quem busca uma forma eficiente de sair do caos e ter um cotidiano mais organizado com o auxílio da tecnologia. Confira:

1 – Use e abuse da agenda

Há séculos a agenda é a maior aliada das pessoas organizadas. Ali estarão presentes as datas e horários de reuniões, eventos, aniversários, consultas médicas e todos os compromissos que fazem parte do nosso dia a dia. Utilizar um aplicativo de agenda, como o Google Agenda (Google Calendar no iOS), significa ter no bolso, a um toque, informações fundamentais para planejar seus dias e não deixar passar nada. Se você for do tipo que esquece até mesmo de consultar a agenda, é simples: basta ativar as notificações e não terá mais desculpas para atrasos e esquecimentos.

2 – Faça listas e anotações

Criar listas das tarefas a serem realizadas no dia ou na semana seguinte é outro passo interessante, sempre estabelecendo prioridades de acordo com a urgência de cada uma e definindo objetivos. Anotar aquela ideia brilhante que veio à mente de repente, no caminho do trabalho ou na hora de dormir, também é outra prática que pode ter recompensas impagáveis. Para essas finalidades, softwares como Google Keep, Any.do e Evernote são ótimas opções.

3 – Salve seus arquivos na nuvem

Salvar arquivos em locais seguros e de fácil acesso é imprescindível nessa jornada de organização. Afinal, ter imagens e documentos importantes roubados por hackers ou simplesmente deletados é das piores experiências. Uma solução interessante para essa questão é o armazenamento em nuvem (ou cloud computing), que permite salvar arquivos em um espaço virtual. Lá, os documentos ficam a salvo, e só você poderá ter acesso através de login e senha. Google Drive e OneDrive são duas opções acessíveis e excelentes.

4 – Adote os mapas mentais

De nada adianta organizar suas tarefas e compromissos se em sua mente as coisas ainda não estiverem muito claras. É aí que entra a importância de se desenvolver mapas mentais, que funcionam como uma espécie de software cerebral e oferecem um suporte para estruturar e aprofundar o pensamento e a comunicação, pontos fundamentais especialmente em trabalhos criativos. MindMeister e MindNode são duas das várias aplicações que fornecem um bom serviço.

5 – Controle suas finanças

Lidar com dinheiro não é o seu forte? A tecnologia também pode te dar uma mão no gerenciamento de suas finanças pessoais e controlar o vendaval que parece se apossar de suas notas logo no começo do mês. Apps especializados em registrar seus gastos e transações, criar alertas de pagamentos e gerar gráficos e relatórios estão aí justamente para te ajudar com isso. É o caso de softwares como GuiaBolso, Minhas Economias e Organizze.

Fonte: Renown – Assessoria de Imprensa Digital – Felipe Silva