2025: Mídia OOH vai ser verde, tecnológica, influenciadora e mensurável!

por Chico Preto*

Foto: Cintia Ferro Fotografia

O próximo ano, 2025, revela-se um ano estratégico para a mídia OOH no Brasil, e é inspirador ver como o setor está evoluindo para se adaptar às demandas de um público cada vez mais exigente. Com um calendário repleto de feriados e eventos, como a COP 30, há diversas oportunidades para as marcas impactarem os consumidores em pontos estratégicos por todo o país, fortalecendo-se como uma mídia influenciadora de compras e comportamento, verde, tecnológica e mensurável.

Uma das tendências mais interessantes que observo para 2025 é o Retail Media, uma estratégia que associa a mídia OOH ao momento da compra. Essa abordagem permite que as marcas se conectem diretamente com o consumidor, personalizando campanhas com base nas informações obtidas no próprio ponto de venda. Além de tornar a comunicação mais eficaz, melhora a experiência de compra e cria oportunidades para influenciar o cliente no momento exato em que ele está propenso a adquirir produtos.

O Retail Media conecta as marcas com os consumidores no próprio ponto de venda, semelhante ao que um influenciador faz ao recomendar um produto no momento certo, induzindo uma compra. Assim como uma campanha OOH bem posicionada pode impulsionar uma decisão de compra no local, os influenciadores têm o poder de influenciar a audiência a considerar e comprar produtos no instante em que a recomendação é feita.

Assim como venho destacando nas minhas conversas ao longo do ano, não podemos pensar no futuro da mídia exterior sem priorizar a sustentabilidade. Com a COP 30 acontecendo no Brasil, acredito que esse foco deve ser ainda maior. É gratificante ver o avanço de práticas sustentáveis, como displays movidos a energia solar e a adoção de políticas públicas que as incentivam. Temos a responsabilidade de atender a essa demanda, promovendo campanhas que respeitem o meio ambiente.

Além disso, a mídia programática (DOOH) tem sido uma aliada. Com métricas avançadas e feedback em tempo real, conseguimos ajustar as campanhas para que sejam ainda mais relevantes, de acordo com o perfil de cada público e as especificidades regionais. Tecnologias como a realidade aumentada e os painéis interativos também vieram para ficar. Essas inovações permitem que as campanhas se destaquem em um mercado cada vez mais dinâmico e conectem-se com as particularidades de cada região.

Para garantir que cada coisa esteja em seu devido lugar, o checking fotográfico será um ponto crucial no ano que se aproxima. Essa ferramenta permite que as marcas confirmem a instalação correta de seus materiais e garantam que a mensagem será transmitida conforme planejado. É um detalhe que reforça a credibilidade e a qualidade da campanha.

A mídia OOH se posiciona para ser mais do que uma exibição estática, tal como os influenciadores, que buscam construir uma relação contínua e de confiança com a audiência. Ao criar campanhas que falam a mesma linguagem do público e estão estrategicamente posicionadas, ambas as estratégias contribuem para fortalecer as relações com os consumidores e gerar valor genuíno para as marcas.

Esses elementos refletem a convergência entre a mídia exterior e o mercado de influência, cada um aproveitando tecnologia e propósito para se tornar mais relevante e integrado à vida do público.

Vejo 2025 como um ano em que a mídia OOH continuará a evoluir, impulsionada pela tecnologia e pela sustentabilidade. Integrando todas essas expectativas, podemos fazer da mídia exterior uma plataforma cada vez mais conectada.

*Chico Preto é CEO e Founder da CHICOOH+, a primeira trading desk de OOH/DOOH com atuação na América Latina.

Marketing e eSports: como as marcas estão aproveitando o mercado gamer

Por Thiago Tieri *

A indústria de jogos eletrônicos está cada vez mais competitiva, visto que houve um crescimento exponencial, nos últimos anos, de pessoas ativas nas plataformas online de games. Os eSports, como são conhecidos, tiveram sua popularidade aumentada devido aos eventos transmitidos ao vivo e simultaneamente para diversos países, com milhares de competidores em todo o mundo.

Esse público é conhecido por ser tech-savvy – termo em inglês que se refere às pessoas que possuem alto conhecimento e são habilidosas no uso de tecnologia e dispositivos digitais –, por isso, é engajado e leal às suas marcas favoritas de jogos e equipes. A diversidade de interesses, e de jogadores internacionais, torna o público dos eSports um mercado atraente e dinâmico.

De acordo com a Pesquisa Game Brasil (PGB), 81,2% dos entrevistados revelaram que costumam jogar no universo de eSports, e 88,3% das pessoas assistem a partidas e campeonatos de jogos eletrônicos. O tempo investido na atividade dura entre 1 e 3 horas para 50,8% dos gamers que responderam à pesquisa.

Com tamanha expressividade no mercado, as empresas perceberam o potencial que o setor traz para as marcas e estão começando a utilizar estratégias de marketing para aumentar a visibilidade, engajar novos públicos e explorar novas oportunidades de negócios.

Ainda segundo o estudo da PGB, 55,5% dos entrevistados afirmam utilizar notebooks e computadores para jogar games eletrônicos. Por isso, a comercialização de hardwares que melhoram o desempenho dos jogos, além de equipamentos e acessórios tecnológicos para PC, tende a ter muitos adeptos no mercado gamer.

Dispositivos de armazenamento e memórias para PC de alta qualidade, como HDs e SSDs internos e externos, por exemplo, influenciam diretamente na execução dos jogos eletrônicos, trazendo mais dinamismo, velocidade, processamento de dados e alto desempenho durante as partidas e torneios. Gabinetes e teclados de design inovador também podem ser atrativos para o público gamer, que deseja itens mais personalizados para a atividade.

Não podemos esquecer da importância de ter uma fonte de alimentação confiável, como as da XPG, por exemplo, que garantem um fluxo de energia contínuo e otimizado, maior economia de energia e a segurança de jogar por horas ininterruptas, sem surpresas.

Além de estratégias de vendas de hardware, campanhas publicitárias nas plataformas de jogos, conteúdo de influenciadores e patrocínios estão entre as possibilidades de marketing que as empresas podem investir dentro deste cenário.

As marcas podem aproveitar a popularidade dos eSports patrocinando eventos, equipes ou streamers. Anúncios em transmissões ao vivo, banners digitais e campanhas direcionadas dentro dos jogos também são formas eficazes de alcançar o público dos jogos eletrônicos. Além disso, os influenciadores têm uma relação íntima com suas audiências e podem promover produtos e serviços de maneira autêntica e convincente.

Uma dica importante para quem está planejando fazer ações de marketing nesta área é procurar as organizações, equipes ou jogadores que estão preparados para produzir conteúdo de qualidade e ter entregas profissionais e satisfatórias para o cliente. Dessa forma, é possível conquistar o retorno sobre o investimento tão almejado no mundo do marketing e estabelecer uma parceria duradoura e benéfica para ambos os lados.

Portanto, entrar no mercado de eSports pode ser desafiador devido à necessidade de entender a cultura e as dinâmicas da comunidade. As empresas precisam investir tempo em pesquisa e estabelecer conexões autênticas com o público, seja para estratégias de comercialização de peças para PC ou para visibilidade de marca.

*Thiago Tieri é Gerente de Marketing da ADATA/XPG no Brasil.

Coluna Propaganda&Arte

“Eu vejo marcas mortas.” Com que frequência? “O tempo todo.”

Por R. Guerra Cruz

O fenômeno do Overbranding é uma realidade incontornável na era da hiperestimulação (reforçado pelo novo formato do Youtube que passa anúncio durante o pause. Isso mesmo!). As marcas estão presentes em todos os aspectos da vida cotidiana, desde nossas redes sociais até momentos mais íntimos que antes eram preservados.

Essa invasão constante gera uma sobrecarga de informações, o que pode não apenas cansar o consumidor, mas também diluir a essência das marcas. Para profissionais de marketing e comunicação, o desafio é encontrar o equilíbrio entre presença e privacidade, garantindo que a marca permaneça relevante sem parecer invasiva.

Com o avanço da inteligência artificial e tecnologias como a realidade aumentada, entramos na era da ultrapersonalização. As marcas têm hoje a capacidade de oferecer experiências altamente personalizadas e sob medida para os desejos de cada consumidor. Porém, ao cruzar a linha da personalização, o risco de invasão de privacidade aumenta.

Usar IA de maneira ética e responsável se torna fundamental para evitar que o consumidor se sinta monitorado ou excessivamente exposto, mantendo assim a confiança e o relacionamento saudável com a marca.

A privatização do espaço público através do naming rights, como estádios e eventos culturais carregando nomes de marcas, exemplifica a crescente apropriação comercial de territórios coletivos. Apesar dessa prática oferecer visibilidade e receita, ela pode impactar negativamente a memória coletiva e a experiência urbana.

O papel do profissional de comunicação é avaliar até que ponto essa exposição comercial interfere na identidade cultural e no uso comunitário desses espaços, promovendo um equilíbrio entre lucro e responsabilidade social.

Além da hiperexposição, temos a questão da “hipercultura da criatividade”, na qual os consumidores são incentivados a serem co-criadores de produtos e experiências, como embalagens customizáveis ou itens que mudam de cor.

Embora essa abordagem possa engajar, ela pode também colocar uma pressão desnecessária sobre os consumidores, forçando-os a inovar constantemente. Profissionais de marketing devem ser cautelosos para não transformar essa expectativa em uma sobrecarga emocional, alienando o público em vez de envolvê-lo.

Por fim, o conceito de branding sustentável vai além da questão ambiental; trata-se de manter a identidade da marca intacta ao longo do tempo, mesmo enquanto ela expande sua presença.

Uma marca que tenta ser tudo para todos corre o risco de perder sua essência. Construir marcas que tenham um propósito claro, autêntico e relevante, enquanto evitam a tentação da onipresença, é a chave para garantir que elas permaneçam sólidas e confiáveis em um mercado cada vez mais saturado e competitivo. A exposição excessiva, se não for gerida com cuidado, pode corroer a percepção de valor das marcas, minando sua longevidade e relevância.

Em um cenário onde todos querem ser vistos, será que apenas ser notado e lembrado ainda é suficiente? Ou o verdadeiro desafio agora é saber quando e como dar um passo para trás, respeitando o espaço e a individualidade do consumidor, sem perder relevância?

O futuro das marcas depende, mais do que nunca, da capacidade de equilibrar o “VIP” do branding: Visibilidade, Inovação e Privacidade.

Boa conversa, boas reflexões sobre um tema muito importante

Por Josué Brazil

Ontem a noite tive a oportunidade de acompanhar in loco o “Reflexões Sobre o Mercado: Influencers”, evento que aconteceu na Strong Business School em Santo André e organizado pelos alunos da instituição.

Estruturado em formato de colóquio, o evento contou com a mediação dos professores Cláudio Cesar Gonçalves Edson de Paiva Dias. Os influencers ou criadores de conteúdo convidados para o colóqui foram: Ana Chiyo, Arthur Viana, Julia Saidel, Keen Arakaki e Malu Marques.

Ana Chiyo é uma criadora de conteúdo na linha de humor, atraindo o público com tiradas bem humoradas de situações cotidianas. Arthur Viana, por sua vez, produz conteúdo sobre cinema, explorando nuances de linguagem, roteiro e direção, além de colocar seus pontos de vista. Já Julia Saidel é sócia proprietária de uma agência que lida com produção de conteúdo para mídias digitais e também agencia creators. O Keen Arakaki está afrente de um perfil regional (ABC paulista) no qual basicamente visita restaurantes e dá sua opinião. Malu Marques é a caçula do grupo, tem apenas 19 anos e seu conteúdo principal é sobre livros.

O que mais me chamou a atenção no debate foi a busca por profissionalização por parte dos influencers. Alguns deles estão em estágio mais avançado, outros em um ponto intermediário da carreira e alguns estão no início. Todos eles, entretanto, já conseguem “viver de conteúdo”. Já afirmam orgulhosamente que são Criadores/Produtores de Conteúdo.

Julia Saidel fez a explanação mais longa da noite, mas também a mais didática. Explicou como foi a sua trajetória até aqui, o modelo de negócios de sua empresa, o que é o mercado de criadores de conteúdo e a relação entre marcas e influencers. Apesar de jovem, mostrou ter experiência e conhecimento, além de um grande tino comercial e de negócios.

Os componentes da mesa se soltaram e a conversa fluiu melhor e mais rica a partir das perguntas feitas pelo público que compareceu.

Outro ponto que me chamou a atenção é que as empresas especializadas em agenciar creators, criar estratégias de criação e produção de conteúdo, e fazer acontecer a sinergia do tripé agências convencionais/marcas/agências de criação e produção de conteúdo já são um grande realidade do mercado brasileiro de marketing e comunicação. A partir deste fato, há toda uma nova série de func~ões, cargos e atividades que está sendo ocupada e será ocupada por jovens talentos oriundos dos cursos de comunicação social.

Achei muito boa a iniciativa da Strong Business School. Trazer para dentro da academia um tema que precisa ser visitado e estudado é louvável. Afinal de contas, é um mercado em franca expansão e que já movimenta cifras expressivas no setor de marketing e comunicação.

Não pode ser ignorado ou diminuido!