Qual é a nova fronteira a ser rompida pelo marketing de performance?

Por João Brognoli*

É inegável que os consumidores mudaram seus padrões de consumo nos últimos anos. Com o avanço exponencial da tecnologia e do e-commerce, a busca por personalização e experiências mais próximas e relevantes têm se tornado cada vez mais comuns nas estratégias de marketing. Nesse cenário, a hiper proximidade surge como uma nova fronteira a ser rompida no marketing de performance.

Mas afinal, o que é isso? A hiper proximidade nada mais é do que uma estratégia de marketing que visa se aproximar do consumidor em um nível mais profundo e pessoal, oferecendo experiências altamente personalizadas e relevantes. Essa abordagem exige um conhecimento aprofundado do perfil e das necessidades do público-alvo, bem como o uso de tecnologias e ferramentas que permitam a criação de experiências únicas e memoráveis.

Por isso, a adoção da hiper proximidade no marketing traz inúmeros benefícios para as marcas, como a criação de conexões mais fortes e duradouras com os clientes. Ao oferecer experiências personalizadas e relevantes, é possível estabelecer um vínculo emocional com seus consumidores, aumentando a fidelidade e a satisfação dos mesmos.

No entanto, é importante destacar que a hiper proximidade não se resume apenas a personalização de conteúdo e ofertas. Ela também envolve a regionalização das estratégias de marketing, ou seja, a adaptação das campanhas e ações de acordo com as particularidades e necessidades de cada região. Em um país de dimensões continentais, como o Brasil, isso pode ser o grande fator diferencial entre o sucesso ou não de uma campanha.

Vale lembrar que o potencial de consumo fora das capitais é imenso. Segundo o levantamento realizado pelo IPC Maps, no ano passado, as regiões interioranas do país tiveram um volume de compras de 54,9%. Esse dado é maior que o apresentado, por exemplo, em toda a Região Sudeste, que representa 49% do consumo nacional.

Por isso, regionalizar é fundamental para o sucesso da hiper proximidade, uma vez que cada região apresenta características únicas e diferentes necessidades e desejos do público-alvo. Ao considerar essas particularidades, as empresas conseguem criar experiências mais relevantes e impactantes para seus clientes, aumentando a efetividade das campanhas e ações de marketing.

Deste modo, a hiper proximidade é a nova fronteira a ser rompida no marketing de performance, e a regionalização das estratégias de marketing é uma peça-chave para o sucesso dessa abordagem. As empresas que conseguirem entender e atender às necessidades individuais de seus clientes, adaptando suas campanhas e ações de acordo com as particularidades de cada região, têm a oportunidade de se destacar em um mercado cada vez mais exigente e competitivo, oferecendo experiências únicas e memoráveis aos seus consumidores.

*João Brognoli é fundador e CEO do Grupo Duo, holding de agências de marketing 360º.

Brandformance, construção de marca em canais digitais e o impacto direto no crescimento de negócios

Por Yolanda Mendez*

Já não é novidade para ninguém que o marketing de performance vem ganhando espaço nas estratégias das empresas. Das menores até as grandes corporações, observamos uma verdadeira disputa entre anúncios em busca da atenção dos consumidores. Com a necessidade latente de direcionar investimentos para canais que, em um primeiro momento, tendem a apresentar resultados diretos pelo valor investido, muitos gestores de marketing podem se perguntar: e a construção de marca, como fica?

Yolanda Mendez

A grande realidade é que não são necessárias, em um primeiro momento, grandes ações de marketing para se construir uma marca forte. É claro que os investimentos ajudam a ter iniciativas mais ousadas, com maior alcance e frequência de impacto — que, no fim das contas, afetam positivamente a lembrança e o reconhecimento de uma marca — mas vale reforçar que possíveis limitações financeiras são uma enorme oportunidade para estimular a criatividade dos times e otimizar a performance dos canais à disposição. E é aí que a brandformance entra em cena.

A expressão “brandformance” vem do inglês e é a combinação das palavras “brand” (marca) e performance. O termo une os conceitos de branding e performance para designar campanhas ou ações de marketing que trabalhem de uma só vez objetivos de reconhecimento de marca e performance.

O passo mais importante para que a brandformance funcione começa pela experiência do usuário e a garantia de que exista coesão na comunicação em todos os pontos de contato entre uma marca e sua audiência. Imagine que, depois de um maravilhoso anúncio na televisão, uma pessoa interessada em seu produto ou serviço vá procurar mais informações sobre o que viu na TV nas redes sociais ou no site da sua marca e não encontre nada? Pega muito mal, não é mesmo? O mesmo pode acontecer caso alguém tenha sido impactado por um anúncio da sua marca nas redes sociais e depois pesquise mais sobre ela na internet, mas não encontre nada no site oficial da empresa.

A brandformance une o melhor das estratégias de marca e comunicação com a rapidez e o termômetro em tempo real de performance —- essa soma de esforços mostra que a brandformance é uma tendência que veio pra ficar, uma poderosa ferramenta para melhorar constantemente o funil de vendas e de marketing.

Além de tudo isso, o trabalho de brandformance apoia muito as estratégias de growth, pois tem como ponto central testes rápidos de diferentes criativos e mensagens. A brandformance como estratégia de growth tem como objetivo promover o crescimento massivo nos negócios em um curto período de tempo. Ou seja: conquistar resultados mais rápidos!

*Sobre Yolanda Mendez

Diretora de marketing na Intuit Quickbooks do Brasil, Yolanda tem mais de 15 anos de experiência em marketing e vivência em diversos países, como Estados Unidos, Itália, México, Brasil e América Central, proporcionada por passagens em startups e empresas multinacionais dos segmentos de consumo, automotivo e aviação. A executiva construiu uma vasta carreira de 10 anos na Coca-Cola, onde liderou todas as iniciativas da marca no Nordeste do Brasil durante a Copa do Mundo de 2014. Antes de assumir o desafio na Intuit, foi Diretora de Marketing Estratégico da Creditas, liderando a construção e desenvolvimento da marca. Foi responsável por estruturar a área do zero e atuou também diretamente na expansão da fintech para Espanha e México.