IA no Design Gráfico: como a tecnologia está transformando a criatividade e a produtividade no setor

Por Thiago Leon Marti.*

É fato que a inteligência artificial veio para ficar, de modo que as empresas brasileiras já estão inserindo esse tipo de tecnologia em seu dia a dia, como mostra uma pesquisa recente da Microsoft. O estudo revela que o uso de IA está presente em 74% MPMEs do país. Essa infraestrutura tecnológica, por sua vez, traz benefícios para os negócios, otimizando e inovando processos em diversas áreas. De acordo com um estudo da Universidade de Stanford e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a produtividade dos colaboradores pode aumentar em até 14% com o auxílio da ferramenta. Na indústria gráfica não teria como ser diferente.

Existem várias formas pelas quais a IA pode ser aplicada no mercado, automatizando tarefas repetitivas, por exemplo. Isso permite que a indústria cresça e que os trabalhadores possam dar atenção ao que realmente importa, como as atividades mais estratégicas dentro do negócio. Na área de design, por sua vez, algumas vantagens como criar insights baseados em dados, personalizar experiências e até mesmo gerar novas ideias melhoram a eficiência e a qualidade de trabalho desse segmento.

Entretanto, a inteligência artificial não pode substituir a visão humana, pois ela é incapaz de provocar sentimentos por meio de um projeto visual, uma vez que somente o designer pode traduzir a necessidade do cliente. Sendo assim, ao ser usada de apoio para a criação de layouts, geração de imagens, seleção de cores e outros, não estará impedindo que o profissional seja menos criativo, mas sim irá ajudá-lo a ter mais tempo e organização para criar e editar os detalhes da obra.

Por outro lado, o designer precisa se conscientizar sobre a necessidade de colocar limites para o uso da IA, para não esbarrar em questões relacionadas a plágio e direitos autorais. Além disso, é importante não depender somente da ferramenta na hora de iniciar um projeto, pois podem existir momentos em que ela não estará disponível.

Dentre as vantagens principais da inteligência artificial no design gráfico, três se destacam: maior eficiência, criatividade ilimitada e maior acessibilidade. Ao ser utilizada como uma ferramenta de brainstorming, o profissional irá enxergar outros conceitos e explorar outras visões inusitadas. Além disso, o software identifica erros de legibilidade, contraste de cores e defeitos que passam despercebidos em um primeiro momento.

Com o avanço da tecnologia, é possível ir por caminhos até então desconhecidos. Para sobreviver a esse mercado, é necessário estar atento às tendências que estão surgindo. Isso é fundamental para as empresas e os profissionais que buscam crescer e prosperar nesse mercado.

Enquanto alguns veem a ascensão da IA como uma ameaça, outros a enxergam como uma oportunidade de evolução profissional. A função do designer está migrando de uma atuação estritamente operacional para um papel mais curatorial e estratégico. A interpretação dos dados, a definição de objetivos claros e a criação de narrativas impactantes continuam sendo atividades eminentemente humanas, mesmo em um mundo cada vez mais automatizado.

Em última análise, o futuro do design gráfico não será dominado por máquinas nem por humanos, mas sim por uma colaboração sinérgica entre ambos. A IA oferece a possibilidade de romper barreiras técnicas e expor designers a novas formas de criar e imaginar. No entanto, a essência do design – contar histórias, evocar emoções e criar conexões significativas – permanece como uma prerrogativa exclusivamente humana.

Cabe aos profissionais da área abraçarem essas inovações com um olhar crítico, utilizando-as como ferramentas para amplificar sua capacidade de impacto. No encontro entre a tecnologia e a criatividade, descobre-se o verdadeiro potencial do design gráfico no século XXI.

*Thiago Leon Marti é Head de Branding, Design e Comunicação na Printi. É formado em Produção Gráfica e Design Gráfico, com Pós-graduação em Design Gráfico pela Faculdade de Belas Artes da Hungria e também em Design Estratégico e Inovação pelo IED-Brasil. O executivo conta com uma trajetória multidisciplinar nas áreas de design e experiência no universo do terceiro setor e impacto social, e tem passagens pelo Instituto Máquina do Bem e eduK.

Marketing digital B2B em 2025: negócio, execução e inovação integrados geram o desafio

Por Mário Soma*

O marketing digital no B2B “subiu a régua” em 2024. O que antes era considerado quase suficiente (pensar em campanhas e gerar leads), hoje não funciona como antes. As empresas enfrentam um dilema mais complexo: como educar o mercado e criar um diferencial competitivo real quando a comunicação digital virou commodity?

As tendências para 2025 no marketing digital não são muito diferentes se comparadas com as do ano passado, a não ser pela Inteligência Artificial (IA), que deve acelerar uma série de mudanças em termos de produtividade.

Mesmo assim, dá para continuar apostando que tudo começa na base: o negócio. Poucas empresas conseguem conectar comunicação e marketing às estratégias que realmente impulsionam o crescimento. É aqui que muitas falham.

Nos diagnósticos que tenho participado, os padrões de erros são claros:

  • Excesso de foco em conteúdos e canais digitais, sem estratégia definida.
  • Indicadores Chave de Performance (KPIs) que não se sustentam.
  • Muito investimento em mídia paga, mas quase nada em dados sobre o Perfil Ideal de Cliente (ICP ) e inteligência de mercado.
  • Marketing e Comercial trabalhando sem integração, duplicando esforços, com mensagens e visões diferentes.
  • Gestão de Relacionamento com Cliente (CRM) mal gerido, com dados ruins que resultam em insights distorcidos.
  • Assessoria de imprensa (PR) subutilizada na estratégia digital.
  • Branding colocado em segundo plano.

Segundo a pesquisa “O Estado do Marketing no Brasil”, conduzida pelo Hubspot, a aproximação dos times de diversas especialidades é vital para o crescimento, sendo que 59% dos profissionais entrevistados concordam que trabalhar em equipe para aumentar a qualidade dos dados é fundamental na caminhada rumo à uma compreensão sólida do cliente.

Por isso, uma possível solução é a prática do marketing ambidestro que equilibra execução eficiente com exploração inovadora:

  • A execução eficiente garante o funcionamento diário: Campanhas regulares, anúncios pagos e conteúdos evergreen. Aqui o Retorno Sobre o Investimento (ROI) tende a dar sinais de vida.
  • A exploração criativa abre espaço para novas ideias, como Account Based Marketing (ABM) personalizado e IA para nutrir leads: É o que constroi a diferenciação a longo prazo.

Dessa forma, alcançar o sucesso exige:

  • Alinhar ainda mais a área de marketing com a área de negócios: Estratégias de comunicação são ferramentas, não o fim em si mesmas.
  • Investir nos dois lados: Execução sem inovação é previsível; inovação sem execução é insustentável.
  • Questionar sempre: Quando foi a última vez que sua equipe propôs algo disruptivo?
  • Testar, ajustar e aprender: É na consistência que surgem os resultados.

Comunicação no B2B não é custo, é investimento. Gera melhores resultados quando alinhada ao negócio e guiada por uma estratégia ambidestra.

E você? Está explorando novas possibilidades enquanto domina a execução ou preso a táticas que já não entregam resultados? O futuro pertence a quem une maestria e ousadia, com foco no que realmente importa: o negócio.

*Mário Soma é CEO e Head B2B da Pólvora Comunicação

 

 

Uma boa estratégia para engajar equipes: gamificação

Gamificação com instrumento de engajar equipes

*por Luiz Alexandre Castanha

Em meio a um cenário cada vez mais desafiador para aprimorar a qualificação e aumentar a produtividade de profissionais, a educação corporativa tem sido uma solução cada vez mais adotada pelas empresas e algumas abordagens inovadoras têm se destacado.

É o caso da gamificação (do inglês gamification). O uso do design e da mecânica de jogos para enriquecer conteúdos educativos aumenta o engajamento, a produtividade e a sensação de pertencimento e propósito dos trabalhadores à corporação.

Luiz Alexandre Castanha

E a verdade é que a gamificação não é nenhuma novidade. Já tem dez anos de história, mas segue evoluindo de forma exponencial. Seu uso continua crescendo porque é amplamente validada em termos de resultados.

O mercado de gamification foi avaliado em US$6.8 bilhões em 2018, com a projeção de que a área alcance a marca de US$40 bilhões por volta de 2024. O retorno que a gamificação traz para as empresas fala por si próprio. Cada vez mais ouvimos sobre a qualidade do ambiente do trabalho, a motivação dos colaboradores e seu desempenho.

O momento também ajuda: nunca se jogou tanto no Brasil. De acordo com a 7ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), em 2020, 73,4% dos brasileiros dizem jogar jogos eletrônicos, independentemente da plataforma, um crescimento de 7,1% em relação ao ano passado.

As aplicações de gamification crescem nos mais diversos segmentos, em todo o mundo. Na área da Saúde, por exemplo, elas geralmente envolvem automonitoramento, atividades físicas e formação de profissionais de saúde, como é o caso da solução gamificada adotada em um hospital de referência de São Paulo. Trata-se de um simulador digital centrado no treinamento de uma situação de socorro a uma vítima de parada cardiorrespiratória.

No setor de Mobilidade também vemos cada vez mais novidades. No final de 2019, foi lançado o programa Uber Rewards – programa de fidelidade para usuários do app de transporte, que já chegou a 15 cidades brasileiras. Com ele, a empresa pretende aumentar a vantagem sobre os concorrentes. Seguindo o exemplo da Uber, o mercado de mobilidade e logística tende a apostar no gamification como fator de diferenciação e competitividade.

Já para treinamentos corporativos, o conceito de gamificação vem se apresentando como um complemento importante em e-learnings e outras soluções digitais voltadas à especialização, aprimoramento técnico e produtividade.

Utilizando recursos similares aos de jogos eletrônicos, são criados cenários capazes de envolver cada colaborador em um esforço individual, mas com metas e objetivos compartilhados.

A estratégia propõe uma competição saudável entre os colaboradores, com recompensas estimulantes. Além da chance de compartilhar evoluções pessoais e buscar soluções complementares para os desafios.

O exército americano, por exemplo, desenvolveu um simulador em realidade virtual para treinamento dos seus soldados. Utilizando um sistema de captura de movimentos, o game cria um ambiente realista, por meio de um equipamento com um display no capacete (que não tira a visão periférica) e permite que soldados e treinadores assumam diferentes papéis para simular vários cenários, com civis ou soldados inimigos.

A multinacional Microsoft também usa a gamificação para os colaboradores, por meio de um sistema que ajuda as equipes de testes a encontrarem falhas nas traduções dos softwares da empresa.

Desta forma, a estratégia tem se mostrado bastante efetiva em corporações. Tornar o trabalho mais eficiente usando a tecnologia para estimular os colaboradores e também divertir é algo possível.

E o que podemos perceber diante disso tudo é que não existem limites para a gamificação. Aplicar as técnicas dos jogos em universos que vão além da imaginação, com caminhos por ora mais lúdicos, por ora mais técnicos, é algo que tem um potencial indiscutível.

Ao lembrar que o Brasil é o 13º maior mercado de games do mundo, podemos perceber que temos conhecimento na área e habilidades a serem exploradas como maneira de expandir a aplicação do gamification, que é uma tendência mundial, sobretudo neste novo momento.

A ideia é exatamente não remar contra o que surge e vem de novo, e sim, aliar todas essas ferramentas digitais que temos hoje. É essencial avaliar o contexto para escolher a estratégia correta para educação. Só assim será possível tornar as atividades mais produtivas e os funcionários mais engajados e qualificados.

*Luiz Alexandre Castanha é especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais. Mais informações em https://alexandrecastanha.wordpress.com/

Fonte: Conecte Comunicação – Eliane Tanaka

O que você está fazendo?

O que as pessoas estão fazendo no isolamento social

Já há algum tempo sigo/assino a newsletter do Gabriel Ishida. E ele sempre traz ótimas dicas e resumos das principais notícias relacionadas a marketing, comunicação, tecnologia e inovação. Recomento fortemente.

A última que recebi traz um conteúdo muito legal. Trata-se de uma pesquisa realizada pela monday.com. A partir de uma amostra de 1.000 entrevistados coletada nesse mês, buscou-se saber quais as principais atividades que as pessoas estão fazendo durante a quarentena. Como elas estão se virando em casa?

E o Gabriel separou as principais e eu reproduzo aqui pra vocês:

  • 69% dos pesquisados estão gostando mais de trabalhar em casa do que esperavam
  • 54% se sentem mais produtivos em casa
  • 17% trabalham com algum pet em seus colos
  • 61% sentem que estão trabalhando com maior frequência à noite ou mais cedo
  • 50% sentem falta da separação casa-escritório
  • 44% sentem falta dos colegas de trabalho
  • 21% sentem falta dos almoços fora do escritório
  • 37% usam pijama durante o dia inteiro
  • 42% estão conversando mais com a família e amigos
  • 28% sentem que estão se alimentando melhor
  • 17% estão tomando menos banhos

Confesso que me identifiquei fortemente com algumas das coisas levantadas na pesquisa. Mas não fico de pijamas o dia inteiro…rsrs

E você? Está fazendo o que nessa quarentena?