O aumento do tráfego via mobile

Tráfego mobile: os desafios do crescimento

*por Felipe Vilarinho

O crescimento do tráfego de dados móveis tem sido contínuo e, sem dúvidas, continuará evoluindo em taxas representativas. Recentemente, o estudo Visual Network Index Mobile da Cisco mensurou essa percepção e identificou que até 2021 o crescimento desse tráfego será de sete vezes. E isso apenas considerando as redes de celulares, o que não inclui internet wi-fi. Impressionante, não? Mas, principalmente, desafiador para os negócios que usam a internet em seu dia a dia.

Independentemente do meio de acesso – dados, wi-fi, etc. – esse “boom” se dá pela forma de consumo de conteúdo online, que vem mudando e utilizando cada vez mais recursos de imagens e vídeos, principalmente. Além do crescimento do streaming de vídeo – incluindo as transmissões ao vivo -, há também o crescimento de usuários conectados, que evolui de forma muito rápida. Ou seja, mais gente conectada, fazendo e consumindo conteúdo em todos os formatos disponíveis.

Muitas das empresas têm entendido a necessidade de se adaptar a esse cenário e, inclusive, têm adotado novos formatos de conteúdo em suas estratégias. Mas ainda há pontos a serem aprimorados. Essa melhora é, na verdade, constante, pois é preciso lidar com o crescimento e os novos desafios que surgem dia a dia. Felizmente, já temos tecnologias robustas e aptas a suprir tudo isso.

Antes de definí-las, é importante considerar os riscos desse crescimento. Os primeiros são ligados à segurança da informação. Com o aumento do uso de dispositivos móveis, aliado à tendência da IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas), o número de hackers está aumentando muito e, hoje, o Brasil já é 3o país mais prejudicado por ataques em dispositivos móveis, segundo estudo da Trend Micro. Quando o dispositivo móvel é comprometido, o atacante pode roubar informações importantes e utilizá-las para conseguir acesso ou comprometer outra aplicação e/ou serviço. Além disso, pode utilizar as informações como um gerador de DDoS (Distributed Denial of Service) a aplicações e/ou serviços.

Outro ponto importante é com relação à performance e disponibilidade no acesso das aplicações e/ou serviços. Se as empresas não construírem suas aplicações e/ou serviços pensando nesses aspectos, o impacto negativo – como o site passar algum tempo fora do ar – pode ser bastante prejudicial à imagem da marca, além de poder reduzir a conversão de vendas.

As soluções que visam segurança, performance e disponibilidade devem fazer parte de um processo de revisão e aperfeiçoamento contínuo das aplicações e serviços como, por exemplo: análise da experiência de navegação dos usuários, análise de vulnerabilidades, revisão/sugestão de regras de bloqueios, etc.

Daqui para frente, os acessos continuarão a crescer indiscriminadamente, principalmente quando a IoT (Internet of Things) se popularizar e os ataques cibernéticos ficarem cada vez mais sofisticados e de difícil detecção. E sem esse processo de revisão e aperfeiçoamento contínuos, as empresas que definem seu planejamento estratégico com foco em aplicações e/ou serviços online ficarão vulneráveis.

Como comentei, estamos bem munidos de tecnologias, porém, nem todas as empresas buscam se informar a respeito disso e algumas não usam de maneira adequada as tecnologias que adotam. Acredito que, ainda mais importante do que a tecnologia em si, é ter um parceiro que saiba como ela pode ser melhor aproveitada, considerando as necessidades da empresa e visando sempre o aperfeiçoamento contínuo. Afinal, como disse anteriormente, o volume de acessos continuará crescendo, assim como os ataques ficarão mais sofisticados.

*Felipe Vilarinho é gerente de projetos da Exceda, líder na América Latina em soluções de segurança e web performance e representante da Akamai.

Canção Nova conquista seis vezes mais audiência online com tecnologia Exceda

Adoção de ferramentas para entrega e aceleração de conteúdo elevou, no total, 500% o acesso aos conteúdos de streaming e 150% do site da rede de televisão

Cliente da Exceda desde 2013, a Canção Nova passou a utilizar a solução da empresa líder na América Latina em soluções de segurança e web performance para estreitar seu relacionamento com espectadores. Isso foi possível por meio da melhora da experiência nos canais online da emissora, fruto da adoção de tecnologias de distribuição e aceleração de conteúdo. Com isso, aumentou em 500% a audiência no streaming e em 150% nos websites, além de otimizar a proteção a ataques, com as soluções Content Delivery Network (CDN) e Dynamic Site Delivery (DSD).

“A quantidade de acessos aumentou porque agora a disponibilidade do streaming é maior. As ferramentas também contribuem para elevar a segurança, o que é muito importante para nós”, pontua João Paulo Kruschewsky, superintendente de TI da Canção Nova.

A trajetória de melhoria contínua teve início em 2007, durante a visita do Papa Bento XVI ao Brasil. Nessa ocasião, a rede identificou que o site não suportava, de forma consistente, a demanda de acessos pelas transmissões ao vivo. Assim, foi buscar alternativas no mercado e identificou na Exceda a parceira ideal, visando à transmissão de outro grande evento: a Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro em 2013.

“Devido à capilaridade da rede CDN da Akamai, empresa norte-americana representada no Brasil pela Exceda, o carregamento do vídeo no dispositivo do usuário durante a JMJ do Rio ficou muito mais rápido, assim como a disponibilidade, já que trabalhamos com um SLA de 100%”, resume Kruschewsky.

As soluções Content Delivery Network (CDN) para streaming e Dynamic Site Delivery foram as escolhidas. Elas provêm, respectivamente, entrega de conteúdo eficiente e com segurança – independentemente da localização do usuário – e otimização da experiência na web, com gestão do crescimento do tráfego e de custos de infraestrutura. Para reforçar os benefícios do processo, as plataformas foram implantadas com o apoio do Disaster Recovery, solução que permite a continuidade do negócio, preservando a confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação.

“Com as tecnologias adotadas, conseguimos dividir os nossos vídeos em vários bit rates para que localizassem qual era a banda do usuário e, assim, entregassem uma codificação muito forte e garantia de disponibilidade de 100% para diversos formatos. Os resultados foram rápidos e têm se mantido. São poucas as empresas que oferecem garantia total de entrega da qualidade como a Exceda”, afirma Kruschewsky.

Segundo o superintendente de TI da Canção Nova, os resultados conquistados com as soluções propostas pela Exceda viabilizam projetos futuros com a provedora: “A disponibilidade do serviço é perfeita. Então, estamos atrás de mais inovações”, sinaliza.

Hoje a Canção Nova oferece aos espectadores: programação na TV aberta, online (site) e pelo celular; portal; plataforma Canção Nova Play para acesso ao conteúdo on demand; canal pago no YouTube; rádio física e por streaming, acessível em qualquer lugar do mundo; e cinco aplicativos (TV Canção Nova, Rádio Canção Nova, Liturgia Diária, Canção Nova Kids e Música Católica). A expectativa é unir a este leque de oportunidades a plataforma própria no YouTube.

Fonte: RMA Comunicação – Pâmela Lee/Giselli Boldrin

Coluna “Discutindo a relação…”

A comunicação puxada

Josué coluna correto

Houve um tempo em que a comunicação mercadológica era quase que 100% baseada na comunicação de massa. Era, portanto, totalmente unilateral. As marcas e/ou empresas falavam e os públicos apenas recebiam. Praticávamos a comunicação empurrada. E não só a comunicação comercial era assim. O entretenimento também. Colocava-se um conteúdo dentro de uma grade fixa de programação e o público que desse um jeito de acompanhá-lo.

Muita coisa mudou e hoje vivemos a época da comunicação multidirecional na qual cada pessoa é uma canal. Um produtor de conteúdo. Um player de comunicação. Neste novo cenário marcado fortemente pela web e pela comunicação digital, grade fixa não funciona mais. As pessoas querem o conteúdo quando estiverem dispostas a consumi-lo. E onde quiserem. Ah… tem mais: sem interrupções comerciais.

Diferente do que ocorria antes, como afirma Evan Schwartz em seu livro “Webonomics”, publicado em maio de 1997: “Na mídia tradicional, a publicidade é intrusiva. O anunciante compra espaço e tem controle total sobre o que acontece nesse espaço. O espectador ou leitor tem de ver o anúncio exatamente como o anunciante quer que ele veja”.

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As novas gerações de consumidores preferem o vídeo (Netflix) e o áudio (Spotfy) on demand. A TV e o rádio tradicionais vão perdendo espaço. Há também a questão da atenção. Ela se fragmentou terrivelmente nas duas últimas décadas. Há menos atenção aos meios tradicionais e a sua comunicação empurrada.

Na luta para conseguir atenção é necessário fazer comunicação comercial atraente e com cara de entretenimento. É preciso ser relevante e sedutora a ponto de ser puxada pelos consumidores. Falávamos em “Era da Atenção”.Depois em “Economia da Atração”. Entretanto, Cris Rother, Sócia-Diretora de Mídia da LOV em artigo publicado em 12 de Março de 2008, já falava de Era da Expectativa.

Ela afirmou: “Quando analisamos algumas informações, percebemos que os usuários mudaram, amadureceram e que eles não querem mais somente serem atraídos por uma campanha, site ou peça, mas sim colaborar, se entreter e opinar sobre tudo. Esperam que o escutem e preencham suas expectativas sobre um produto ou serviço, que lhe ofereçam muito mais, além daquilo que ele já esperava e do estava pronto para não esperar.”

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Neste contexto, estratégias como o branded content, o transmedia storytelling, o gamefication e o live marketing parecem ser mais eficazes. O apagamento das fronteiras entre comercial e entretenimento e a disponibilização de conteúdo que possa ser puxado em diferentes plataformas também são necessidades urgentes.

Walter Longo já disse que o novo marketing se baseará no tripé informação, interatividade e entretenimento. Ele afirmou em uma matéria publicada na HSM Management (n°70, setembro/outubro de 2008): “Acontece que nós estamos inundados por dados e famintos por informação. Por isso, várias coisas vão ter de acontecer: primeiro, a propaganda, de alguma forma, vai ter que se integrar ao conteúdo. A segunda é o crescimento dos documercials e advertorials, respectivamente programas e artigos feitos por empresas para dar todas as informações sobre seus produtos. E a terceira coisa é a inclusão de conteúdo nos intervalos de TV, rádio, revista, financiada por anunciantes. A sinergia entre publicidade e conteúdo deve crescer muito. Mas é importante dizer isso com todas as letras, jamais enganando o consumidor. Não é propaganda disfarçada de conteúdo; tem de deixar claro o emissor da mensagem. O que importa é a integração com o ambiente editorial em que o material será inserido.Nesse caso, o meio também é a mensagem”.

Walter Longo

Walter Longo

É fundamental que as agências de comunicação e os novos profissionais de comunicação mercadológica estejam amplamente preparados e inseridos nesta realidade. Não haverá volta. Os jovens e as crianças não abandonarão a música streaming e nem as séries vistas na Netflix sem a interferência de comerciais de 30 segundos. O jogo será cada vez mais da comunicação puxada em detrimento da empurrada.

Puxar gera mais atenção. Comunicação empurrada é cada vez menos atraente. Fato! E irreversível.

De olho em seu consumo de internet

Você sabe o quanto de internet consome?
Docente do Senac Guaratinguetá explica como é medido o consumo de dados na hora da navegação

binary-1327493_640O uso de dados da internet tornou-se preocupação de muitos consumidores, após a notícia sobre a limitação do serviço por operadoras de telefonia. A partir de então, a procura por informações sobre o uso de dados na hora da navegação deixou uma interrogação: você sabe quanto de dados consome?

O docente da área de tecnologia da informação do Senac Guaratinguetá, Mateus Monteiro Brebal Hespana, explica com o que e como os usuários gastam os dados, que são medidos em bytes – unidade de medida de volume de dados. “Conteúdo de áudio, vídeo e imagens são os campeões em consumo de plano de dados. Acredita-se que um usuário que acessa com frequência as redes sociais e os serviços de streaming de vídeo, gaste, aproximadamente, 75% de sua franquia”, revela o especialista.

Ainda segundo Mateus, o consumo de dados pode mudar de acordo com o dispositivo de acesso. Tudo porque o tamanho do conteúdo replicado na tela implica diretamente no consumo do plano. “Uma foto que visualizamos no Facebook pelo notebook tem dimensões bem superiores à mesma imagem visualizada ou pré-visualizada pelo smartphone, gastando, desse modo, muito mais dados de internet”, explica.

Entenda as unidades de medida de dados
O docente explica qual o valor de cada unidade de medida de dados. Confira:

Byte (B) é a segunda menor unidade de medida e representa 8 bits;
Megabyte (MB) representa 1024 bytes (B);
Gigabyte (GB) representa 1024 megabytes (MB);

Geralmente, a quantidade de dados que as franquias entregam mensalmente aos usuários são medidas em Gigabytes (GB);

Fonte: KMS Comunicação e Marketing – Bruna Sales/Thaís Mazini