Conheça 05 caminhos criativos que estarão em evidência em 2024

Chefe de Operações e de Criação do hub de negócios Gotcha, comunicação e inovação destaca cinco tendências que merecerão atenção das marcas, no próximo ano

Com um crescimento de 7,7% no último ano e a movimentação de US$ 21 bilhões de dólares em apenas um semestre — de acordo com dados do Cenp-Meios — o mercado publicitário brasileiro está se preparando para a chegada de 2024 em um clima tido por muitos como desafiador, devido a fatores como a ampliação do uso de Inteligência Artificial no setor, a crescente demanda por personalização da experiência do cliente em campanhas e o aumento contínuo do número de plataformas capazes de se tornarem pontos de contato entre marca e público.

Mais do que a integração desses novos elementos ao dia a dia das agências, o verdadeiro desafio, muitas vezes, está relacionado à elaboração de conteúdo pela área de Criação Publicitária, que, seguindo a nova dinâmica, deve desenvolver os criativos para diferentes ambientes, em formatos que precisam interagir com o objetivo geral das campanhas e com o storytelling da marca, sem deixar de conversar com a lógica das plataformas e responder à dinâmica de dados ligada aos algoritmos.

Frente a essa realidade multifacetada dos canais, o CEO da Gotcha, hub de negócios, comunicação e inovação, faz um levantamento de tendências que deverão ganhar destaque como caminhos criativos em 2024. Dentro do hub, Carlos Coelho também assume a responsabilidade de chefe de Criação, ou CCO, embasado em anos de experiência e passagens por grandes agências sua análise dos novos cenários e sua visão para o futuro que se aproxima.

1. Conceitos e estratégias modulares para a comunicação omnichannel

A expectativa é que a criatividade ultrapasse, de fato, os limites convencionais em 2024. O conceito, tão precioso como sempre, deve nutrir e inspirar todas as possibilidades de desdobramentos, inclusive em novas frentes. A fusão de diferentes mídias, como realidade aumentada, virtual e IA, promete criar experiências imersivas e responsivas únicas para os consumidores. A cultura da interface e a relação homem-máquina já está por todo o canto. A interatividade deve se tornar uma prioridade, com anúncios que não apenas contam histórias, mas também convidam o público a participar ativamente.

2. O estreitamento entre a Social Media e a Criação Publicitária

Umas das principais áreas a utilizar as produções da Criação Publicitária, Social Media terá como palavra-chave de 2024 a personalização, com conteúdos segmentados e adaptados aos interesses individuais dos usuários. Além disso, a autenticidade se tornará ainda mais crucial. Marcas que abraçam a transparência e se conectam verdadeiramente com seus públicos conquistarão uma vantagem significativa.

3. Estratégias criativas integradas às novas potencialidades do ambiente digital

A integração de tecnologias emergentes será um diferencial marcante. A inteligência artificial e a análise de dados se tornarão essenciais para compreender as tendências do mercado e moldar campanhas mais eficazes. A automação também desempenhará um papel crucial na otimização do processo criativo, permitindo uma execução mais rápida e precisa. Longe de assustar pela ameaça, a IA já começa a ser abraçada para agilizar processos e gerar respostas que são uma base segura para iluminar as ideias humanas.

4. Diversidade, pluralidade e visibilidade permeando posicionamentos e narrativas

A crescente necessidade de inclusão e representatividade reflete diretamente na forma como as marcas devem comunicar suas mensagens. Em 2024, a diversidade não será apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa para as campanhas publicitárias. A representação de diferentes perfis étnicos, culturais, de gênero e socioeconômicos não deve estar presente apenas para levar comunicação para uma gama mais ampla de consumidores, mas também demonstrará o compromisso das marcas com a inclusão genuína. As narrativas devem refletir não só a sociedade como é, mas também como desejamos que ela seja: plural, inclusiva e respeitosa em todos os seus aspectos.

5. Sustentabilidade, ESG e responsabilidade social

Em 2024, a expectativa é que as marcas sejam cada vez mais cobradas por suas práticas sustentáveis e pela transparência em relação ao papel que desempenham na sociedade. Nesse cenário, o foco no ESG (Ambiente, Social e Governança), deve se tornar um apelo importante; campanhas publicitárias que destacam práticas ambientalmente responsáveis, apoiam causas sociais relevantes e têm políticas de governança sólidas tendem a ganhar a confiança e a preferência dos consumidores. Assim, integrar esses valores éticos e sustentáveis às linhas criativas das campanhas não é uma conduta cobrada apenas para obedecer a uma estratégia de marketing ou a um posicionamento empresarial, mas representa uma preocupação legítima e contínua de uma empresa ou produto com a correção e melhora das relações entre as pessoas e com o ambiente.

Carlos Coelho é CEO e CCO da Gotcha, hub de negócios, inovação e comunicação.

 

Farm inaugurou primeira loja da região no CenterVale Shopping

Marca aposta na Sustentabilidade para conquistar a mulher contemporânea.

Uma das marcas preferidas das fashionistas inaugurou sua primeira unidade do Vale do Paraíba no CenterVale Shopping nesta sexta-feira (25). A Farm chega com o conceito de Sustentabilidade, alinhado aos valores do centro de compras. A loja está instalada no Piso Dutra, próximo da Bacio di Latte, ao lado da cascata.

Em 2022 a marca completou 25 anos de uma história única na moda. Junto ao Grupo Soma, alcançou resultados positivos e avançou na agenda ESG, com o objetivo de ser a maior marca de moda responsável do país. A Farm trabalha 4 pilares dentro da Sustentabilidade: Natureza, Gente, Cultura e Circularidade.

Entre os indicadores expressivos da Circularidade, que estão ligados diretamente ao segmento da Moda e são um dos grandes diferenciais da marca, destacam-se:

*91% da matéria-prima é renovável

*16,5 toneladas de peças repaginadas e revalorizadas pela Oficina Moda

*18 toneladas de materiais aproveitados na iniciativa Banco de Tecidos

*100% de embalagens compensadas através de parceria com a Eureciclo

*+ de 1800 peças antigas de clientes ganharam um novo destino, em parceria com a Enjoei

*+ 6 mil peças- piloto e roupas que não foram vendidas nas lojas ou site ganharam um destino responsável na Feirinha Re-Farm

*100% dos resíduos têxteis de ponta de corte foram doados para a Rede Asta, que transforma tecidos excedentes em novos produtos.

“Estamos muito satisfeitos com a chegada da Farm ao CenterVale, uma grife carioca que apresenta um conceito diferenciado que desperta a atenção da mulher contemporânea. A loja está abastecida com novidades da coleção primavera-verão e é uma oportunidade para as clientes da região conhecerem esse novo espaço da moda”, disse o Gerente de Marketing do centro de compras, André Santi.

Fonte: Alameda Comunicação – Patrícia Lima

O impacto da força da marca no relacionamento com o consumidor

Por Luis Fernando Guggenberger*

Uma marca se fortalece com a consolidação de diversos fatores. A qualidade é condição básica de sobrevivência de um produto ou um serviço, a diferença neste campo está em seu grau de resolução dos problemas das pessoas, ou seja, é o fator humano quem realmente faz a diferença. A relação transparente e verdadeira com o consumidor, os compromissos assumidos com a sociedade, o comprometimento dos colaboradores (dos que passaram, dos que estão e dos que virão), é esta visão sistêmica e interdependente que consolida a sua força, independente do mercado em que atua.

Há algumas décadas, ao falarmos sobre marcas referência, lembrávamos sempre daquelas que viraram sinônimos dos produtos: tem aquela do refrigerante, do achocolatado em pó, da esponja de aço, do impermeabilizante com o balde amarelo. Essa conexão com o produto por meio de técnicas funcionais e da propaganda repetitiva, quase como um chiclete que gruda em nossas mentes, continua sendo fundamental, mas será que somente isso funciona neste mundo contemporâneo? Os consumidores querem conhecer o posicionamento das empresas, o que defendem, em que acreditam. Não é à toa que as assistentes virtuais fazem tanto sucesso, pois são mais uma forma de aproximação com os clientes na tentativa de humanização das empresas, é como diz a expressão já popular de “dar match”.

O tempo de atuação deve ser uma vantagem para a marca e não um empecilho, um sinônimo de confiança e de que ela irá além de não lhe deixar na mão, escutará qual o seu desejo, a sua necessidade. Que os mais de X anos de mercado sejam um diferencial competitivo – “ela segue inovando, continua atual, conquista cada vez mais consumidores” – e não um sinônimo de obsolescência – “faz mais do mesmo, continua oferecendo as mesmas soluções, é mais conhecida pela história de sucesso no passado do que no presente”. Mas como manter essa vitalidade?

É claro que não há receita pronta, mas algumas características são comuns àquelas que obtém sucesso. Ter um propósito consistente e genuíno, que realmente faça sentido na empresa e que tenha um impacto na sociedade é um ponto de partida. O da Vedacit, por exemplo, é “transformar a vida de milhões de pessoas, melhorando as condições de habitação, fazendo da sua casa a nossa causa”, ou seja, enfatiza o compromisso com iniciativas, tecnologias e soluções que garantam a saúde das edificações e a prevenção de problemas que comprometam a saúde das famílias brasileiras. Mais do que vender produtos, a empresa assume um compromisso público com a saúde e até mesmo com a educação das pessoas, ao melhorar o local onde vivem. E esse compromisso inclui ações efetivas, próprias ou em parceria com negócios sociais, ONGs e outras indústrias que compartilham desse propósito.

Outra questão importante é ser genuíno também com as atribuições que assume. Não basta dizer que é inovadora. O que a companhia faz para isso? Ou em Sustentabilidade, quais são os compromissos assumidos publicamente? A empresa tem certificações, metas claras para evoluir em sua jornada, objetivos a serem alcançados? Outro assunto em alta, Diversidade & Inclusão, não bastam posts coloridos nas redes sociais, quais são as ações efetivas, desde o processo seletivo até a retenção dos talentos? Como é a relação com o consumidor? Há um cuidado para não estar no topo dos rankings que fiscalizam o nível de atendimento e resolução de problemas? Tem agilidade para sanar dúvidas e resolver suas não entregas?

Veja, não é preciso falar sobre tudo o que está em alta, mas sim se comprometer de verdade com aquilo que faz sentido para a cultura da empresa. Os colaboradores também fazem parte desse processo. Eles precisam compartilhar os mesmos valores e colocar em prática no dia a dia. Ter diversas gerações convivendo harmonicamente também reflete nessa vitalidade. Unir os jovens recém-formados com profissionais com mais de 20, 30, 40 anos de empresa e incentivar o que há de melhor em cada um.

O que faz uma marca ser valiosa é o fruto dessa combinação: o quanto ela mostra os interesses nas questões que as mobilizam, o impacto social gerado, a conexão e identificação dos funcionários, a atuação como agente transformador, a real consequência na sociedade. Afinal, o consumidor sabe quando é de verdade e valoriza isso.

Independente de marcas serem adquiridas por outras empresas, o mais importante para a manutenção de seu sucesso e perenidade é garantir com que ela permaneça capturando o espírito da época (Zeitgeist), em especial entendendo as necessidades das pessoas e do planeta.

* Luís Fernando Guggenberger é executivo de Marketing, Inovação e Sustentabilidade da Vedacit, responsável pela coordenação das iniciativas de Inovação Aberta e Sustentável e pelo Instituto Vedacit. Formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Guarulhos e pós-graduado em Comunicação Empresarial pela Faculdade Cásper Líbero. Sua experiência profissional é marcada pela passagem em fundações empresariais como Fundação Telefônica e Instituto Vivo, além de organizações sociais na cidade de São Paulo. Luis participa do Conselho de Governança do GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas e do Conselho Fiscal do ICE – Instituto de Cidadania Empresarial. É mentor de startups de impacto socioambiental.

 

Formação dos consumidores do futuro é tema de debate na ESPM

Evento debaterá sustentabilidade, educação e o cenário pós-pandemia

O Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS) promove nesta quinta-feira (13) o evento Jovens Hoje, Consumidores Amanhã. O encontro virtual terá a participação de Maíra Bosi e JP Amaral, do Instituto Alana, e de Tatiana Amendola, da ESPM, com mediação de Marcus Nakagawa, coordenador do CEDS/ESPM. O evento integra a série Diálogos CEDS. “A sustentabilidade deve ser central no desenvolvimento e na socialização das crianças. Ao lado da educação financeira e digital, ela é fundamental para formar consumidores mais responsáveis no futuro e precisa fazer parte da formação escolar e familiar”, afirma Marcus Nakagawa, coordenador do CEDS/ESPM.

Para Maíra Bosi, coordenadora de comunicação do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, garantir que a infância esteja livre de pressões consumistas também é um ponto central na formação saudável dos consumidores do futuro. “A criança vivencia um estágio peculiar e fundamental de desenvolvimento e ainda não tem formação cognitiva e emocional para lidar com estímulos persuasivos. A publicidade dirigida a crianças se aproveita de sua falta de experiência e vulnerabilidade para estimular práticas e valores consumistas. Se queremos formar consumidores responsáveis na idade adulta, não podemos aceitar que crianças cresçam acreditando que ter vale mais do que ser”, afirma.

O tema do consumo infantil foi objeto de uma cartilha produzida pelo Conselho Federal de Psicologia. O documento aponta que a publicidade infantil no Brasil causa problemas em dois eixos. Primeiro, incentiva a aquisição de bens de consumo sem utilidade ou até inapropriados para as crianças. Em segundo lugar, é um instrumento de reforço da desigualdade social no país, uma vez que crianças de classes sociais diferentes têm acessos desiguais a bens de consumo.

Tatiana Amendola, professora de Comportamento do Consumo e Shopology da ESPM São Paulo, sustenta que o cenário atual – combinando pressão social por mais sustentabilidade e pandemia – também deve influenciar significativamente a formação dos consumidores do amanhã. “A tendência para o futuro é que o conceito de sustentabilidade no consumo seja integrado em três esferas: o meio ambiente; o outro, em seu sentido social; e o eu. Todas essas três esferas serão influenciadas por essa lembrança da pandemia, que acompanhará os consumidores do futuro, que hoje ainda são crianças”, afirma a especialista da ESPM.

Serviço

Diálogos CEDS | Jovens Hoje, Consumidores Amanhã

Quando | 13 de maio (quinta-feira)

Horário | 14h às 16h

Link | https://espm.zoom.us/j/97883861856 (ID 978 8386 1856)

Fonte: NovaPR – Jonatas Torresan