Entenda mais sobre H-Commerce e Retail Media e as oportunidades que oferecem para marcas

IAB Brasil aponta como o crescimento do comércio eletrônico e a volta das lojas físicas abriram um leque de oportunidades para marcas e varejistas

Em todo o mundo, o panorama das compras está passando por uma transformação significativa devido ao rápido crescimento do e-commerce e à recuperação das lojas físicas após o período de isolamento social. Esses elementos impulsionaram o surgimento da era das “compras híbridas”, também chamada de H-Commerce. Essa tendência está moldando o setor do varejo e criando novas oportunidades para marcas e varejistas.

Diante deste cenário, o IAB Brasil, associação que tem como objetivo o desenvolvimento sustentável da publicidade digital no país, levantou os principais pontos para explicar o que é o H-Commerce e como as marcas podem se aproveitar dessa tendência.

O que é o H-Commerce?

O H-Commerce representa a fusão entre compras online e offline, à medida que os consumidores combinam as duas modalidades para atender às suas necessidades de compra. Atualmente, três em cada quatro consumidores já adotam essa abordagem híbrida, com quase 80% das pessoas pesquisando produtos e preços online antes de fazer compras em lojas físicas. No entanto, o H-Commerce não deve ser confundido com a multicanalidade, já que representa uma mudança na forma como os consumidores interagem com as marcas, unindo experiências online e offline de maneira complementar.

Como se dá o avanço do H-Commerce e do Retail Media?

Nos últimos seis meses, oito em cada dez consumidores compraram em três ou quatro canais diferentes, com mais da metade fazendo compras diárias ou semanais. O Retail Media, que engloba publicidade em sites, aplicativos e perfis de comércio eletrônico, bem como soluções de visual merchandising e sinalização digital em lojas físicas, está se expandindo rapidamente para atender a essa demanda diversificada.

A presença digital das redes de varejo fez com que elas se tornassem mídias proprietárias e estratégicas, permitindo que os anunciantes alcancem os consumidores de forma eficaz e personalizada. Como resultado, o mercado de Retail Media deve movimentar cerca de US$ 1 bilhão na América Latina em 2023, representando até 16,5% dos investimentos em e-commerce nos próximos dois anos, segundo um estudo publicado pelo eMarketer.

Os principais motivos para esse crescimento incluem a qualidade do tráfego, a capacidade de segmentação de público, o retorno sobre o investimento, os relatórios avançados em métricas e os dados primários dos consumidores. O ambiente rico em dados do varejo permite que o Retail Media ofereça uma visão completa das vendas em todos os canais.

E quais são as tendências para o futuro em H-Commerce e Retail Media?

As marcas e varejistas estão investindo em tecnologia para aprimorar cada vez mais a experiência do H-Commerce. Tecnologias de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) estão desempenhando um papel fundamental nesse processo, proporcionando uma integração das experiências online e offline. A tecnologia de compras com AR já é um mercado de US$ 2 bilhões e deve crescer significativamente até 2031, de acordo com uma pesquisa do Allied Market Research.

O H-Commerce está redefinindo a maneira como as marcas interagem com os consumidores, oferecendo novas oportunidades e desafios. À medida que o Retail Media continua a crescer, as marcas que se adaptam a essa nova realidade e investem em inovação e estão bem-posicionadas para prosperar na era das compras híbridas.

O IAB Brasil tem trabalhado para auxiliar marcas e anunciantes a conhecerem mais sobre as tendências que permeiam a publicidade digital. Neste sentido, a associação lançou o whitepaper “Novos rumos do varejo online: oportunidades para marcas em retail media e H-Commerce” e abordou o tópico no episódio #38 do IABCast, intitulado “Os novos rumos do varejo online”.

Para saber mais, acesse o site do IAB Brasil.

Fonte: IAB Brasil

Forte presença do varejo online no cotidiano da população acima de 60 anos, afirma estudo da SBVC

Estudo realizado pela SBVC revela que 48% desse consumidor utiliza smartphones para suas compras online

Segundo estimativas do IBGE, nos próximos 20 anos a população acima de 60 anos, mais que triplicará, chegando a 88,9 milhões de brasileiros (39,2% da população). Ou seja, o Brasil está no momento de proporcionar mudanças e novas oportunidades de negócios em muitos segmentos, pois a população está envelhecendo em uma velocidade muito rápida, o que trará um grande impacto sobre os sistemas de saúde e outros, com elevação de custos e do uso dos serviços.

Pensando neste futuro cenário, a SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo em parceria com a AGP Pesquisas atualizou a pesquisa feita em 2017, com informações sobre os atuais hábitos de compra da população com idade superior a 60 anos. “Realizamos este estudo para analisar os fatores que levam este público a consumir, que aspectos eles mais prezam em suas compras e a presença do varejo digital entre essa população. Além disso, avaliamos a experiência de compra e os aspectos mais valorizados no consumo de produtos e serviços”, comenta Eduardo Terra, Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

O estudo da SBVC contou com 510 entrevistados numa pesquisa 83,3% dos 60+ afirmaram que eles mesmos são o elemento responsável pelo controle das finanças e decisões de compra em sua residência. Na média da população entrevistada, o item mais importante no orçamento mensal são os gastos com mantimentos (R$ 666), seguidos por Moradia (R$ 591) e Saúde (R$ 395), que obtiveram queda em relação ao ano passado, R$892, R$805 e R$758 respectivamente. É importante ressaltar que o consumo se dá em uma ampla variedade de canais: 47% dos entrevistados costumam ir semanalmente a redes de hipermercados ou supermercados, 55% ao mercado local e 59% às lojas de hortifrúti. Apenas 31% costumam ir toda semana à feira livre (sendo que 21% afirmam nunca frequentar esse canal). Percebe-se que o consumidor com mais de 60 anos, ao mesmo tempo em que utiliza super e hipermercados, tradicionais e de vizinhança, em seu mix de consumo, também vai aos hortifrútis para o abastecimento de itens perecíveis.

Sobre a experiência no ponto de venda dos supermercados, em 2017 os consumidores não a consideravam tão positiva, porém para este ano houve alteração, 32% consideram a experiência “muito boa”, versus 12% do ano anterior. Shopping centers não fazem parte do rol de escolhas e farmácias é considerado canal de reposição, 46% visita mensalmente.

Lojas cheias, filas, falta de atendimento são aspectos que atrapalham bastante a experiência de compra, pois dificultam o deslocamento pelo PDV e a finalização bem-sucedida da compra. “Assim como na 1ª pesquisa, o que mais nos chamou a atenção é o fato de que itens relacionados exclusivamente à experiência de consumidores 60+, como a disponibilidade de áreas de descanso, elevadores, escadas rolantes, são muito menos relevantes para a satisfação dos clientes do que itens que também são importantes para clientes de outras faixas etárias, como caixa sem filas”, ressalta Eduardo Terra.

Metodologia

O estudo entrevistou 510 consumidores em todo o país, e teve como objetivo quantificar aspectos relacionados aos hábitos de compra da população acima de 60 anos, com especial interesse na comparação entre lojas físicas e online

Disponível no site: http://sbvc.com.br/2a-pesquisa-habitos-de-compra-do-consumidor-60

Fonte: SBVC – Fernanda Besnosoff