O mobile streaming conquista o grande público, abrindo oportunidades publicitárias imperdíveis em vários mercados

O novo Relatório da Adjust sobre o Mobile Streaming descobriu que 52,5% dos consumidores pelo mundo usaram seus smartphones para ver streaming de conteúdos de vídeo desde o surto da Covid-19

O streaming por Over The Top (OTT) explodiu durante a pandemia mundial, de acordo com um novo relatório lançado hoje pela plataforma global de app marketing analytics Adjust, revelando uma mudança decisiva nos padrões de consumo em direção ao mobile. Quebrando o mito de que a maior parte do mobile streaming acontece durante viagens no transporte público, 84% dos consumidores nos países pesquisados usam seus smartphones para assistir a streamings na mesma quantidade ou mais desde o começo da pandemia.

Em média, mais da metade dos consumidores entrevistados (52,51%) disse assistir mais ao streaming de vídeos desde o lockdown. Apenas 12% dos consumidores estão vendo menos streamings — o que significa que quatro vezes mais consumidores estão usando seus smartphones para o streaming de vídeos.

Com base em uma pesquisa com mais de 8 mil entrevistados, nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Turquia, Japão, Singapura, Coréia e China, o Relatório sobre o Mobile Streaming 2021 também encontrou fortes hábitos de streaming em todas as gerações nos países “mobile first”. Ao todo, quase 90% dos usuários com ou mais de 55 anos na China (89,8%) e na Turquia (88,9%) disseram assistir a streamings pelo celular todos os dias ou, pelo menos, uma vez por semana.

“Essa mudança drástica para um mobile streaming que faz parte da rotina do mundo todo e de várias gerações criou grandes oportunidades publicitárias e um novo papel para o mobile analytics”,disse Dr. Gijsbert Pols, Estrategista de Produto na Adjust.

“Entendendo como e quando os consumidores assistem a streamings, assim como quais canais e campanhas entregam o maior impacto de marketing, o potencial para criar bases de usuários grandes e leais com um LTV alto é praticamente ilimitado.”

Outras descobertas do relatório incluem:

A maioria dos consumidores assiste a um mobile streaming pelo menos uma vez por dia. Usuários na China (93,75%) e na Turquia (91,9%) veem um streaming com mais frequência — todos os dias uma vez por semana — comparados com 69,4% nos Estados Unidos e 45,7% no Reino Unido.

Usuários de todas as gerações e regiões assistem a um streaming, pelo menos, por uma hora por sessão, uma prova de que os espectadores não estão mais consumindo somente conteúdos curtos — eles estão maratonando episódios e filmes inteiros.
Os millennials, os maiores usuários de mobile streaming, também assistem por mais tempo. A duração da sessão leva, em média, 90 minutos (94,2), enquanto a Geração Z vem logo em seguida, pouco abaixo dos 90 minutos (87,6).
Segundo os dados, os usuários com ou mais de 55 anos são menos intensos, porém com 65 minutos em média por sessão, esse público parece estar aquecendo.

Os consumidores estão gastando uma quantia considerável em serviços de entretenimento de streaming e sob demanda. A Coreia sai na frente com US$ 42,68 por mês em comparação com US$ 33,58 nos Estados Unidos e US$ 34,82 no Reino Unido.

A CTV abre oportunidades novas para a segunda tela

A pesquisa da Adjust também destaca quão disseminada a segunda tela se tornou pelo mundo, com a ascensão da Connected TV (CTV). Em média, mais de três quartos (76%) dos entrevistados usam seus celulares mobile ao assistir à televisão; esse comportamento de audiência é mais pronunciado em Singapura e na China (ambos com 85%), seguidos de perto pelos Estados Unidos (83%).

Os aplicativos sociais são a escolha número 1 de quem usa uma segunda tela — a opção de 65,4% dos entrevistados, em média —, seguidos pelos aplicativos de banking (54,9%) e jogos (44,9%). Os usuários de segunda tela na Ásia-Pacífico têm um apetite saudável por aplicativos de delivery de comida, com o uso mais forte na China (65,2%), Coreia (36,6%) e Singapura (48,2%).

Image by mohamed Hassan from Pixabay

Os anunciantes podem explorar a tendência da segunda tela colocando um CTA nos anúncios de TV, por exemplo, com o download do aplicativo via um código QR. Isso tem o potencial de criar uma experiência totalmente nova e interativa com a marca em dois dispositivos.

Para mais insights, baixe o relatório completo aqui.

Metodologia

O Relatório Mobile Streaming 2021 baseia-se em uma pesquisa de consumo conduzida pelo Censuswide em nome da Adjust, a partir de uma pesquisa global com 8.000 consumidores de streaming de TV/vídeo com mais de 16 anos. A pesquisa usa amostras representativas nacionalmente de 1.000 consumidores de streaming de TV/vídeo em cada um dos seguintes países: Reino Unido, Alemanha, Turquia, Japão, Cingapura, Coréia e China entre 6 de novembro de 2020 e 10 de novembro de 2020, e os EUA entre 23 e 29 de setembro de 2020.

Fonte: aboutCOM

Publicidade digital – Onde estará nosso consumidor em 2021?

As redes sociais, Gaming e TV Conectada e OTT são os espaços em que as marcas devem estar para interagir com os seus públicos

*por Alberto Pardo

A forma como nos comunicamos, nos relacionamos e consumimos mudou radicalmente com a pandemia. Da mesma forma, mudou a maneira como as pessoas vivem, pensam sobre o quê e como compram. O canal online se consolidou como o preferido dos consumidores em todo o mundo. De acordo com um estudo recente da eMarketer, a América Latina posicionou-se no ano passado como o mercado com o maior crescimento no varejo eletrônico (36,7%), seguido pela América do Norte (31,8%). E, no top 10 dos países classificados, o Brasil ocupou a 4ͣ colocação, com 35%, atrás, apenas, da Argentina (79%), Singapura (71,1%) e Espanha (36%), e à frente do Reino Unido (34,7%), Finlândia (33,5%), Filipinas (33%), Estados Unidos (32,4%), Noruega (32,2%) e Índia (30%). O País ficou acima da média mundial que foi de 27,6%.

O comércio eletrônico não foi o único favorecido no último ano. As redes sociais ganharam ainda mais destaque, não só na vida dos consumidores, mas, também, para as marcas. O orçamento de publicidade migrou para canais online, tendo como principal objetivo encurtar a jornada do consumidor: menos cliques para mais conversões. O que popularizou ainda mais os formatos de publicidade voltados para compras online, os chamados Shoppable Ads, uma solução que permite o acesso rápido, simples e intuitivo aos produtos e / ou serviços que as marcas oferecem nos canais digitais.

Um fator que as marcas devem levar em consideração para atingir seus objetivos é entender onde estão os públicos ou clientes. E, então, entender bem o que eles querem fazer. Tentativa e erro acaba sendo uma boa estratégia para começar, pois permite medir ações e tomar as melhores decisões com base nos resultados. A mudança de mentalidade da sociedade traz grandes desafios para as marcas, mas, também, oportunidades de falar sobre você para o seu consumidor.

Os conteúdos devem agregar cada vez mais valor ao usuário que os consome e oferecer informações úteis: Como? Onde? O quê? ou Por que? Sempre haverá perguntas para avaliar se o conteúdo é relevante. As pesquisas na Internet, se já eram importantes, para muitos tornaram-se a porta de entrada dos consumidores, onde mídia, redes sociais, games e TV conectada e OTT são os formatos preferidos para entreter e interagir com outras pessoas:

Jogos para celular e redes sociais

Os jogos serão uma das futuras fronteiras da publicidade. Hoje, 2,4 bilhões de usuários jogam algum tipo de game por mês. É muito! Um número quase comparável ao tamanho das redes sociais, que têm, aproximadamente, 3 bilhões de usuários. Instagram e Tik Tok têm sido os fenômenos e continuarão sendo, porque chegou a era de desapegar do “comércio social”, que faz uso das ferramentas das redes mais procuradas como Facebook Business ou Instagram Shops, além do Google com suas ferramentas de compras.

Conteúdos via streaming

Outra tendência global que continuará em ascensão é o consumo de conteúdo via streaming, por meio das plataformas Connected TV e OTT, onde o espectador busca um conteúdo atraente com base em seus gostos e interesses e, por sua vez, decide como e quando consumi-los. O público mais jovem tem mais probabilidade de ser espectador de CTV, embora os mais velhos estejam acompanhando. Dados publicados no eMarketer apontam que os telespectadores da CTV dos EUA, em 2020, totalizaram 45,7 milhões para a Geração Z; 56,5 milhões de Millennials; 48,5 milhões da Geração X; e 32,8 milhões de baby boomers.

Todos esses canais de comunicação nos oferecem uma grande oportunidade de falar ao público certo com mensagens relevantes. E, trabalhando por meio de big data e geolocalização, as campanhas se tornam mais eficazes e lucrativas.

A América Latina é um continente com um grande número de jovens conectados. Temos cerca de 50% da população conectada à Internet. Hoje, existem quase 200 milhões de pessoas na América Latina que compram online. Este é um dado importante para as empresas começarem a prestar atenção nos canais digitais e traçar suas estratégias, analisando onde e com quem querem interagir.

* Alberto Pardo, CEO & Fundador de Adsmovil

O futuro da TV Conectada

TV, TE VI: o futuro é conectado

Por Rafael Pallarés, General Manager da Telaria no Brasil*

Fico pensando sobre Assis Chateaubriand em 1950, quando fundou o primeiro canal televisivo no Brasil, a TV Tupi. Por muitas décadas o princípio “dessa televisão” era ser um receptor, ou seja, uma caixa que transmite conteúdo vindo de outros lugares. Depois de alguns anos, os nossos hábitos de audiência evoluíram, principalmente depois do advento do cabo nos anos 1970. Esse progresso não parou, lembro que passamos por alguns formatos, até chegar nos modelos de distribuição de streaming e over-the-top (OTT, qualquer app ou website que entrega conteúdo em streaming via internet), que também é conhecido por um termo genérico para descrever o que a TV se tornou: TV avançada, que representa a convergência da TV tradicional com o streaming de vídeo fornecido por plataformas OTT e TVs conectadas.

Foto: Pixabay

Essa evolução é tão evidente que o consumo de televisão com hora marcada está morto! Isso mesmo, morto, pelo menos entre Millennials (nascidos após 2000) e a GenZ (os nativos digitais nascidos em meados da década de 90), que em alguns poucos anos vão comandar o mercado de consumo. Os jovens de 18 a 34 anos já dedicam 24% do tempo de consumo de TV nos Estados Unidos a TVs conectadas, em comparação a 10% entre toda a população adulta, de acordo com estudo recente da Nielsen. Eles esperam assistir o que eles querem, quando eles querem e da forma que eles querem. Isso mesmo, estamos falando de streaming, de VOD (vídeo por demanda).

E essa mudança de comportamento está recriando a indústria de mídia, produzindo novos modelos de negócio. A Netflix, com seu investimento de US$ 8 bilhões, é o exemplo mais proeminente, mas há outras dezenas de bilhões sendo investidos em produção de conteúdo para streaming por empresas como Hulu, Amazon e Apple, além de fusões multibilionárias, derretendo e recriando modelos que nascem da intersecção de mídia, ad tech e telco a se sucederem. Disney e Fox, AT&T e Warner Media são casos recentes, e a evolução da Roku, de um hardware para o consumo de vídeo para um ecossistema de conteúdo, distribuição e publicidade segmentada é outro exemplo da transformação pela qual a indústria está passando.

No Brasil, que tem enorme tradição com TV, a tendência não é diferente. E mais, a receptividade a anúncios nos torna um mercado de alto potencial para um futuro AVOD (ad-based video on demand). Um estudo recente da Telaria com painéis em cinco países, incluindo o Brasil, mostra que somos o mercado que mais bem aceita a publicidade como uma troca para acessar conteúdo de qualidade. A única coisa que não dá para esquecer é que Millennials e GenZ toleram – até gostam da publicidade e a tratam como Conteúdo – mas desde que ela seja relevante e altamente personalizada. O que é boa notícia, pois as TVs conectadas reúnem o melhor dos dois mundos, a experiência lean back de consumo de vídeo associada às possibilidades de segmentação do ambiente digital, com 100% de viewability e 95% de completion rate (taxa de conclusão de vídeo), já que é non-skippable.

Imagem: Pixabay

Então, quem diria, a TV está mais viva que nunca. O que muda é a forma de ver. O OTT cresceu 200% em audiência no mundo nos últimos três anos, e muitos produtores de conteúdo premium estão surfando a onda. No Brasil, onde TV linear, tradicional, tem qualidade e um alcance gigantesco ainda há muito espaço para convívio amigável entre o que foi e o que será.

Mas o ambiente para o streaming já existe, e as oportunidades para os produtores de conteúdo de conquistar audiências e para as marcas de conversar com seus públicos já está aí. E você, não vai aproveitar essa oportunidade? Recomendo você dar o play, não perca tempo.

*Rafael Pallarés, General Manager da Telaria no Brasil, é especialista em Ad-tech, Marketing e Mídia com foco em publicidade programática, streaming de vídeo e TVs Conectadas.