Um homem de comunicação

“… eu faço de tudo isso a minha diversão.”

O nosso entrevistado desta semana é Gerson Monteiro. Ele é Gerente de Comunicação, Tecnologia e Eventos do Colégio Progressão. Também é correspondente do jornal O Estado de S.Paulo e Fotojornalista da Agência Estado, além de Gestor de Conteúdo Freelancer.

Acompanhe abaixo o que ele tem a nos dizer:

1 – Fale um pouco de sua formação e do início de sua carreira?
Iniciei meus trabalhos em comunicação mais precisamente em 1995, quando comecei a estudar sites e a sua estrutura (lembra do HTML, das tags <html><head><title>Meu primeiro job</title></head><body>Oi!</body></html>?). Naquela época as fontes eram muito restritas, quase não existia literatura sobre o assunto. Produzia os sites no bloco de notas, era bem trabalhoso. Aí com a evolução da própria internet o trabalho foi sendo conhecido e abrindo portas, fui trabalhar na sucursal de anúncios/classificados da Folha de S.Paulo em Taubaté. Um dia fui conhecer a redação da Folha em SJC e gostei do que vi – obrigado pela oportunidade, senhor L.E., você foi aquele anjo que todo mundo recebe na vida, gostaria que você soubesse. Mais adiante a coisa evoluiu até que me surgiu a oportunidade de permutar (sim! em comunicação muitas vezes precisamos nos submeter a isso) um curso pré-vestibular e na sequência já estava matriculado no curso de Jornalismo da Universidade de Taubaté (Unitau).

Gerson é Gerente de comunicação, repórter e fotojornalista.

Gerson é Gerente de comunicação, repórter e fotojornalista.

O início do curso foi bem bacana e logo de cara cheguei com a ideia de “montar uma tv para internet”. O que hoje você faz com o celular e automaticamente, naquela época (2001) existiam pouquíssimas experiências na área e sempre me achei “inovador”, pois nos bancos da faculdade ninguém falava disso, nem mesmo os professores – que até hoje servem de muita inspiração aos calouros. Nisso abandonei um estágio/contrato em rádio para tocar um projeto pessoal que era um portal para estudantes de jornalismo e recém formados (pretendo retomar isso algum dia, hoje necessito de tempo para organizar) que me rendeu um Prêmio Expocom.

Depois de passagens por jornal diário, por assessorias de imprensa e rádio, terminei a faculdade trabalhando com edição de imagem numa emissora de TV local em um período e no outro era contratado do Colégio Progressão onde criei o site e segui na assessoria de comunicação. Formado, optei em ficar apenas no colégio.

Mais adiante (2009) fiz MBA em Gerência Empresarial, também na Unitau, que apurou meu olhar enquanto gestor. Nessa época acumulei a gerência administrativa do colégio onde implantei alguns processos organizacionais. Na sequência retomei a gerência de comunicação acumulando da área de tecnologia. Com os resultados, hoje tenho três departamentos sob a minha responsabilidade: comunicação, tecnologia e eventos. Costumo dizer que os três estão interligados, pois sempre atuei de forma direta ou indireta nessas três áreas – na época da faculdade eu organizava as viagens para o Intercom (congresso nacional de comunicação), ajudava na organização dos eventos do Departamento de Comunicação da Unitau… posso dizer que muito do que sei eu aprendi na Agência de Comunicação Integrada, que naquela época era comandada pela Renata, Karina, Aline, Lúcia, Expedito, sob o olhar próximo dos professores Eliane Freire, Robson Bastos, Ângela, entre outros.

No Estadão iniciei em 2010 fazendo uma cobertura fotográfica da enchente em São Luiz do Paraitinga, sendo o primeiro fotojornalista a entrar na área atingida pela cheia do Rio Paraitinga – que apesar da tragédia histórica e prejuízos financeiros, não teve sequer a perda de um vida graças aos heróis dos grupos de rafting. Fiz a última matéria nacional antes da queda do ministro dos esportes Orlando Silva – uma denúncia sobre gastos para a construção de um centro esportivo que nunca existiu, o ministro já era investigado por desvios de dinheiro público, e a apuração me rendeu a manchete do jornal, sendo a última reportagem sobre o então ministro que foi substituído por Aldo Rebelo. Outra cobertura importante que fiz foi sobre um obra milionária em área de proteção ambiental que me rendeu uma “fuga” do cenário por uns tempos – é o famoso coronelismo, donos de grandes fortunas e capazes de fazer o que for necessário para garantir seus lucros, deixando sempre em segundo plano a sociedade, os recursos naturais, etc. Depois trabalhei na cobertura da reintegração de posse do Pinheirinho em São José dos Campos – nunca vivi experiência maior de adrenalina, as famílias que resistiam sendo retiradas das casas e eu ali, acompanhando tudo de dentro do acampamento, eu ainda inexperiente na situação (aliás, ainda me acho inexperiente), reportando ao vivo para todo o Grupo Estado (rádio, site, jornal, agência)… uma experiência incrível!

Costumo brincar que não sou exemplo, pois não sei descansar. Basta uma folga para eu cutucar algum assunto e escrever sobre ele para o jornal. Basta ler algo bacana para buscar a solução de algum problema no colégio. Vivo ligado 24 horas, não sei e não consigo me desligar – acho que nem quero, pois vivo bem assim, é o que me faz feliz. Lembro até hoje de uma frase que li na entrada do Senai (ah, sou Ajustador Mecânico formado… se algum dia a Comunicação não me atender mais, posso trabalhar com mecânica, ferramentaria e afins… rsrs) que era algo como “faça do seu trabalho a sua diversão”, eu faço de tudo isso a minha diversão.

Em 2015, passados 15 anos da faculdade e a ideia inicial de TV na internet, conquistei (junto com minha equipe) um prêmio nacional realizado pelo Sistema de Ensino Poliedro, o Prêmio Excelência por Iniciativa Inovadora, que foi a TV Progressão (www.progressao.tv). Fazemos TV com nosso próprio conteúdo diário produzido em sala de aula por professores e alunos. Viramos uma verdadeira redação. Essa conquista me confirmou a importância de não desistir dos projetos. O que em 2001 foi uma “simples viagem” da minha cabeça, hoje é uma realidade a pleno vapor e com resultados muito positivos.

2 – Que habilidades são mais exigidas no dia a dia de um coordenador de comunicação?
As habilidades necessárias para um gestor de comunicação penso que começa na disposição pela busca de coisas novas, não parar, não esperar acontecer, mas estar adiante sempre. Habilidades técnicas, pois não adianta querer cobrar de algum colaborador uma tarefa que sequer sei realizar. É importante o gestor ter a noção técnica e de espaço para as funções desempenhadas pela equipe, pois na ausência de um integrante é hora de sair da sua cadeira e pular para a cadeira do lado que é da produção. A mais importante acho mesmo que é a capacidade de inovação, inovar sempre.

3 – Você também atua como correspondente de um grande jornal. Como consegue lidar com as duas atividades?
Acredito que o profissional de Comunicação hoje em dia não pode pensar em apenas ser o especialista, ele deve dominar tanto a emissão quanto a recepção da informação. Atuar na gestão de comunicação de uma empresa e na reportagem de outra empresa é um desafio que não me vejo mais fora dele. A mim deu a experiência do refino do tratamento das informações, pois se de um lado eu dependo da informação para escrever bem, de outro preciso ser o mais eficiente possível para dar a oportunidade de um retorno bacana quando trato bem um colega da imprensa. Sempre encontro com amigos e colegas que me agradecem por ajuda-los na produção de alguma pauta – se não posso atender os colegas, sempre indico quem possa atende-los, sei bem o “desespero” por ter que fazer a pauta virar e não ter o personagem. Embora quem está de fora da situação possa ver como atividades concorrentes, seja pelo tempo ou pela dedicação, eu vejo que para mim elas me completam, pois vivo a pressão de resultados o tempo todo, mas ao mesmo tempo tenho a “fuga” do outro lado da informação – isso que me fascina, me faz bem, me realiza.

4 – Que dicas daria para quem está buscando espaço no mercado de comunicação no Vale do Paraíba?
Para quem está começando eu diria que, embora o mundo seja capitalista e a gente precise da grana, não pense na grana agora. Ela é a consequência da gestão de seu investimento. Investir hoje pode ser mais importante que tudo o que você investiu ontem ou pretende investir amanhã.

Um ótimo papo com um ótimo redator

“Aprenda a escrever conteúdos, matérias, artigos, contos, romances. Resumindo, seja um escritor.”

O entrevistado desta semana aqui no Publicitando é o redator Mário Nunes. Ele está atualmente na Focusnetworks – OnLife Business Group e conta um pouco de sua trajetória profissional até aqui, além de dar algumas ótimas dicas para quem está dando os primeiros passos na profissão de publicitário e quer ser redator.

Confira:

1 – Você já atuou em agências “tradicionais” e agora atua numa agência focada em digital. O que mudou em seu trabalho como redator?

Basicamente, tudo. Nas agências “tradicionais”, os clientes requisitavam campanhas com um único objetivo: vender mais (seja produto ou serviço). Sendo assim, o meu trabalho como redator era direto, incisivo e essencialmente persuasivo.
Na Focusnetworks, eu trabalho principalmente com produção de conteúdo. Nós usamos a criatividade para desenvolver uma relação positiva e duradoura entre marca/cliente. A venda, nesse caso, é uma consequência natural, não um objetivo primordial. Esse simples fato abre inúmeras possibilidades para a redação. Eu posso explorar o universo do produto ou serviço, sem nem ao menos citá-lo no material. As métricas também são sensacionais para o trabalho do redator. É possível perceber instantaneamente se uma determinada linguagem adotada deu certo ou não. Assim, podemos corrigir a rota, buscando outro caminho criativo.

Mário Nunes, nosso entrevistado da vez

Mário Nunes, nosso entrevistado da vez

2 – Em sua opinião por que há poucos redatores no mercado valeparaibano?

Não acho que esse seja um problema exclusivo do vale. O mercado em geral forma menos redatores do que outros profissionais. Agora, focando em nossa região, vejo alguns pontos cruciais. Primeiro, é importante lembrar que, até pouco tempo, grande parte das agências regionais de pequeno e até médio porte não possuíam um redator em sua equipe. O tal ‘criativo’ fazia os dois papéis, era designer e redator. Eu mesmo trabalhei dessa forma em duas agências. Isso causava um afastamento de quem queria trabalhar exclusivamente com redação. Porém, tenho observado uma mudança nesse ponto. Segundo, a própria profissão não é muito difundida por aqui. Os alunos entram na faculdade de publicidade e só vão descobrir que existe a possibilidade de ser redator, quando se deparam com a matéria Redação Publicitária I. E por último, entra o fator oportunidade. Se o aluno se destaca como criativo, é mais fácil ele achar oportunidades como designer do que como redator. Principalmente como freelancer.

3 – Que dicas você daria para quem está iniciando em propaganda/comunicação e quer ser redator?

Monte um portfólio com peças fantasma e encontre um estágio. Esses são os dois primeiros passos.
No segundo ano de PP, quando eu decidi ser redator, abordei o KK Abdalla em uma palestra da Secom. Pedi pra ele me dar uma oportunidade de estágio na KMS, e ele me deu uma lista de exercícios para redação. rsrsrs. Escrevi centenas de títulos e recebi várias dicas dele, mas não consegui um estágio porque eles estavam sem vagas. Com os títulos em mãos, apresentei um portfólio na Supera e fui contratado como estagiário. Daí em diante, eu me desenvolvi como redator.
E pra passar um pulo do gato, estude outras técnicas de redação, além da redação publicitária. Aprenda a escrever conteúdos, matérias, artigos, contos, romances. Resumindo, seja um escritor.

4 – O que faz para se manter criativo?

Para responder essa pergunta, vou dividir o meu processo criativo em duas etapas: 1- ter a ideia; 2- escrever a ideia.
Para me manter criativo na etapa 1, eu exploro a maior diversidade de experiências e interações possíveis. Saio de casa e vou ter com o mundo. Gosto de observar o comportamento das pessoas, faço muitas perguntas e tiro insights criativos de conversas cotidianas.
E para me manter criativo na etapa 2, eu escrevo e leio muito, muito mesmo. Nas horas vagas, escrevo músicas e contos literários. E para abastecer o repertório, leio, pelo menos, um autor diferente por mês.

Alexandre Lemes é o nosso novo entrevistado

“Todos os dias a tecnologia lança sobre os profissionais de todas as áreas desafios novos. Saber usar as novas ferramentas de forma estratégica é o grande diferencial.”

Nosso entrevistado da vez aqui no Publicitando é o Alexandre Lemes. Atualmente ele atua como designer gráfico no Senac SP, mas começou sua carreira no Vale do Paraíba. Leia o que ele nos disse:

1 – Sua carreira teve início aqui no Vale do Paraíba. Fale um pouco deste início de trajetória.

Me formei em publicidade e propaganda pela Unitau em 2004. Já no segundo ano fui convidado para um estágio como designer gráfico em uma empresa holandesa de impressão digital têxtil. A partir daí fiz uma imersão no mundo da criação e da propaganda. Fiz cursos de direção de arte, diagramação e redação na Belas Artes de São Paulo, me envolvi em grupos de estudo de Photoshop, Corel (na época), Indesign e Illustrator, ferramentas que reconheci como essenciais para desenvolver meu trabalho. Também passei por cursos de criação na ESPM e de softwares na Impacta. Parte do que eu ganhava era rigorosamente investido em estudos e aprimoramentos. Depois de estagiar nessa empresa, fui convidado para assumir uma vaga como webdesigner em uma pequena empresa em Taubaté onde aprendi a conduzir projetos em contato direto com os clientes. Um outro convite me levou a trabalhar em uma empresa de comunicação visual, expandindo meu conhecimento em relação a materiais, impressoras e processos de instalação de adesivos e fachadas. Um trabalho muito pesado, porém, enriquecedor. O grande salto aconteceu quando fui convidado a assumir uma vaga como diretor de arte na agência Tríadaz em Taubaté, onde, com o tempo, passei a gerenciar equipes e projetos de criação, criei processos e fluxos de trabalho envolvendo as equipes de criação e a de atendimento. Nessa época se destacam dois profissionais pelos quais desenvolvi grande admiração: Lucas Rodrigues, criativo e Liv Muhlbauer, atendimento.
Após 3 anos e 6 meses na Tríadaz fui para a Macost onde fiquei 1 ano. Por indicação de um criativo com o qual eu já havia trabalho, fui convidado a fazer uma entrevista na FAV/Ogilvy em São Paulo. O foco da agência era o marketing imobiliário e lá conheci processos eficazes e inovadores de criação e atendimento. Nessa época, fiz pós graduação em gerenciamento de projetos pela FGV. Novamente por indicação fui para a agência interna da Artefacto Móveis, a maior fabricante de móveis de luxo da América latina. Lá me especializei em fotografia de produto, propaganda de luxo, cobertura de eventos, criei campanhas para a marca, atuei no desenvolvimento visual das lojas e na produção e diagramação das revistas da empresa e do portal, bem como na captação e edição de imagens para comerciais de tv. Após 3 anos na Artefacto, me inscrevi para uma vaga de designer multimídia no Senac São Paulo e passei. Atualmente trabalho a 2 anos e 6 mese na sede do Senac, área TAE – Tecnologias Aplicadas à Educação, onde desenvolvo os recursos multimídia dos cursos do Senac, bem como para empresas como Metro, CPTM, Sebrae, entre outros. Pelo Senac fiz cursos de HTML5, CSS3, MS-Project, Wireframe e Prototipagem, além de User Experience pela Mergo. Além de trabalhar no Senac SP, desenvolvo trabalhos como freelancer e alguns desses trabalhos poder ser vistos no link www.behance.net/alexandre_lemes.

Alexandre Lemes: "A crise é real e pesada, mas também é uma excelente oportunidade para aprimorar e evoluir."

Alexandre Lemes: “A crise é real e pesada, mas também é uma excelente oportunidade para aprimorar e evoluir.”

2 – Em sua atividade atual você se envolve com que etapas/áreas da comunicação?

A equipe da qual faço parte desenvolve cursos, desde o conteúdo até os recursos com os quais os alunos terão contato. Participo dos briefings, juntamente com ilustradores, programadores, videomakers, artistas 3D e designers de conteúdo. A partir dessa reunião, cada participante recebe sua atribuição. As minhas atribuições geralmente compreendem a identidade visual e a direção de arte dos cursos, em alguns casos participo das gravações em estúdio. A equipe é grande e por isso cada um tem sua função bem definida. Nas empresas menores em que atuei era normal minha participação desde o atendimento ao cliente até a apresentação do projeto. Isso provoca acumulo de função, porém, é muito enriquecedor para um profissional no início de carreira.

3 – Como tem visto o cenário atual da comunicação? O digital tem trazido novos desafios para sua atuação profissional?

Sou da época em que o digital ainda tinha pouco impacto na comunicação. Acompanho desde sempre a evolução dos meios e recursos através das novas tecnologias e posso dizer que, tanto na área de propaganda, quanto na área educacional, o digital tem reduzido custos e aumentado expressivamente a eficiência da comunicação. É uma realidade incontestável. Atualmente, gestores e agências têm dado preferência para os meios digitais pela rapidez de produção e pela alta capacidade de aferição de resultados, tornando a comunicação muito mais cirúrgica e inteligente. Percebo no dia-a-dia, em diversas ocasiões, que as empresas ainda têm dificuldade de planejar e aplicar meios digitais de forma coerente. Para mim, o maior desafio da gestão criativa atualmente é conciliar a base de conhecimentos analógicos bem desenvolvidos ao longo de décadas e convertê-la em ações a partir de ferramentas digitais disponíveis, bem como, manter-se devidamente atualizado com o desenvolvimento incessante de novas tecnologias e tendências.
Todos os dias a tecnologia lança sobre os profissionais de todas as áreas desafios novos. Saber usar as novas ferramentas de forma estratégica é o grande diferencial.
Lembrando de um saudoso slogan de uma marca de pneus: Potência não é nada sem controle.

4 – O momento econômico atual é desafiador e complicado. O que você vê como essencial para a indústria da propaganda atravessar esta fase?

A propaganda precisa se reinventar administrativamente, rever métodos e processos, quebrar barreiras comerciais e principalmente usar a gestão estruturada a seu favor. Tendo em vista minha passagem por agências de diversos portes posso concluir que todas elas têm uma característica em comum: A gestão, ou a falta dela. Sinto que a criatividade é um ponto muito forte do brasileiro, mas a gestão não. As empresas de criatividade precisam agregar processos administrativos desenvolvidos e avançados, adaptando e usando-os a seu favor. Equipes enxutas, processos e operações controlados, gerenciamento aprimorado de stakeholders e principalmente, excelência em aferição de resultados. O cliente atual espera, e em muitos casos exige, números claros sobre o retorno do investimento e aparentemente, as agências não conseguem dar o suporte necessário. A estratégia precisa ser aliada da criatividade, caso contrário, as empresas sentirão cada vez mais o peso da economia volátil. Particularmente, meus trabalhos nunca foram tão solicitados como hoje em dia, mesmo diante da crise econômica e política que atrasa nosso país. A crise é real e pesada, mas também é uma excelente oportunidade para aprimorar e evoluir.

Mais uma agência do V.Paraíba na LEAG

Liberta chega a LEAG

Entrevistamos o jovem publicitário Junior Milião. Ele comanda a Liberta, uma agência que em poucos meses de vida já conquistou alguns clientes e conseguiu se unir a LEAG – Local Expert Agency Group, uma importante rede de agências independentes que já conta com algumas outras agências da nossa região.

Vamos ver o que ele nos conta!

1 – A Liberta tem bem pouco tempo de mercado. Como chegou tão rapidamente à LEAG – Local Expert Agency Group?

Pois é, a Liberta existe oficialmente desde setembro/2015, são apenas meses na ativa, acredito que a necessidade do mercado em que atuamos tenha facilitado este crescimento acelerado.
Clientes importantes e a constante presença de novidades na agência despertaram o interesse do pessoal da LEAG, que até então não tinha representatividade na nossa região.
O convite chegou através de um ex-professor, muito respeitado por mim e pelo mercado, Gustavo Gobbato, também membro da LEAG com a Avalanche – SJC.

Junior da Liberta

Junior da Liberta

2 – O quanto o fato de pertencer a rede impacta nos negócios atuais e futuros?

Em relação aos clientes atuais, ainda estamos apresentando esta novidade, até agora a recepção tem sido muito bacana e sem dúvida a marca LEAG agrega a todos, inclusive aos clientes.
Já os futuros, tenho certeza de que temos um grande diferencial nas mãos, trabalharemos isso fortemente nos próximos negócios.
Além disso, temos a possibilidade de atender aos clientes das demais agências do grupo em nossa região. Estamos prontos!
3 – A Liberta vai ter que investir em estrutura (ampliação) para fazer frente aos novos desafios?

A princípio não, nossa estrutura atual é capaz de suprir as necessidades da LEAG neste momento. Futuramente sim, com o aumento da demanda precisaremos ampliar. (Espero que seja rápido também! rs)

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4 – Quais os desafios de se trabalhar com comunicação no chamado Vale Histórico/Religioso?

Sem dúvida o principal desafio é a barreira que existe ao se falar de publicidade, marketing, etc.
Muitas empresas ainda consideram que investir nesta área não gera resultados e é inviável financeiramente, pensam logo em altos investimentos.
Isso se deve muito à ausência de um mercado publicitário na região, à medida que as coisas se desenvolvem e eles percebem que sim, é possível “fazer marketing” sem investir tanto, e os resultados aparecem, pronto, derrubamos a barreira.

A Liberta nasceu e possui este nome justamente com o intuito de libertar o mercado da nossa região deste pensamento.