Artigo aborda nova tendência em broadcast

Playout na nuvem é a nova tendência em Broadcast

*por Danillo Garcia

Como se adequar ao grande impacto da introdução das novas mídias e novos sistemas nos ambientes de produção de jornalismo e entretenimento? Um dos caminhos está na formação e na transformação do perfil dos profissionais que trabalham nesse segmento, além de investimentos na modernização da tecnologia.

A mudança nos perfis dos consumidores impôs uma demanda expressiva de ferramentas e tecnologia avançada para o setor. A tendência que vemos crescer agora é a necessidade de automação, sobretudo em conectividade, armazenamento e automatização dos processos, seja na área de produção ou na exibição, onde há uma grande busca por eficiência e metodologias.

Com essa evolução, a arquitetura de armazenamento de dados em nuvem foi incorporada a indústria por apresentar valores mais competitivos e por ser bastante flexível. Essa adoção impactou o mercado de broadcast e mudou a forma de trabalhar, antes setorizado e isolado, para um modelo mais colaborativo e com novos “players”.

Playout na nuvem

A solução baseada em nuvem, seja ela privada, hibrida ou publica, tende a ser o próximo passo dos canais televisivos para distribuição de conteúdo, as vezes com processos técnicos mais complexos, porem com de aumento de eficiência. Desta forma, poderão descartar arquiteturas pesadas de TI – que requerem altos investimentos – e migrar para uma plataforma alojada em uma estrutura com disponibilidade e confiabilidade muito elevadas, criando assim uma extensão na nuvem para um negócio já existente ou ainda permitindo, desde o início de um novo projeto, que toda a infraestrutura esteja focada na produção de conteúdo.

A aplicação de sistema de playout baseado em “cloud” abre um leque de possibilidades completamente novo para canais televisivos em todo o mundo, com acesso aos conteúdos descentralizados, favorecendo a troca de dados entre emissoras próprias e afiliadas.

Esta tecnologia permite uma gestão autônoma dos canais, importação de playlist a partir de sistemas de tráfego externos – via arquivo ou também via web -, controle de múltiplos canais a partir de um posto de trabalho e a criação de alinhamentos remotamente por acesso web.

Certamente as tecnologias adotadas dependem do perfil de cada companhia, mas os projetos de playout em cloud e automação de master e produção estão cada vez mais passando por processos de inovação, de modo que vale ficar atento às possíveis transformações para entender como elas poderão auxiliar o seu negócio.

* Danillo Garcia é diretor de Vendas da Seal Broadcast & Content, divisão da Seal Telecom

Viacom amplia espaço

Viacom Brasil anuncia aumento na distribuição de seus canais nas principais operadoras do país

Movimentação inclui a chegada do Comedy Central no pacote básico da América Móvil e o lançamento dos canais Nick Jr. HD e MTV HD na SKY

A Viacom Brasil, proprietária de diversas marcas globais de entretenimento e seus respectivos canais de TV por assinatura, anuncia mudanças e conquistas importantes na distribuição de seus canais nas principais operadoras do país.

O Comedy Central – única marca global multiplataforma 100% dedicada à comédia, 24 horas por dia – passou a fazer parte do pacote básico para os assinantes da NET e Claro HDTV (canal 137), desde a última sexta-feira, 5 de maio.

Para a Nickelodeon, uma das marcas multimídia de entretenimento para crianças e família mais reconhecidas e amplamente distribuída em todo o mundo, a novidade está no lançamento do canal Nick Jr. na SKY (canal 287), em HD, no ar desde o dia 28 de abril. O canal reúne atrações voltadas às crianças em idade pré-escolar.

A MTV também ganhou a versão HD na SKY, disponível no canal 285.

Já na Oi TV, a MTV – canal 134 (HD) – passa a integrar o pacote ‘mini-básico’ a partir desta quinta-feira, 4 de maio. Com a mudança, os assinantes passam a ter acesso à programação variada e multiconectada do canal, que é top of mind dos jovens brasileiros.

Rogério Francis, Diretor Sênior de Distribuição de Conteúdo da Viacom Brasil, avalia o momento da empresa como “muito positivo” e afirma que a estratégia é seguir ampliando a penetração das marcas nos domicílios brasileiros: “Além de oferecer mais qualidade aos conteúdos de canais consolidados e amplamente distribuídos como MTV e Nickelodeon, com o lançamento de canais HD nas principais operadoras do país, nosso objetivo para um futuro próximo é seguir ampliando o alcance de Comedy Central e Paramount Channel, que hoje já possuem uma base de assinantes bastante expressiva”, explica o executivo.

Fonte: Fundamento Marketing – Luís Siciliano

Coluna {De dentro pra fora}

Viramos escravos dos canais?

Vitor 2016

Reflita sobre os processos na sua empresa:
A) Corremos atrás de conteúdo para conseguir fechar mais uma edição dos nossos canais de comunicação interna. Ou:
B) Identificamos conteúdos relevantes e, então, distribuímos entre nossos canais, conforme seus objetivos.

Parece meio complexo, mas é simples. Se a gente corre atrás de conteúdo e pauta pra, com muito suor, elaborar mais uma edição dos nossos canais, estamos, na verdade, com o objetivo de fazer o canal. Porém, o canal não deve ser o objetivo final. Ele deve ser apenas a ferramenta para comunicar. E é isso que muda na opção B, e faz toda a diferença. Os canais estão à nossa disposição, para escoar as mensagens que identificamos e que são coerentes ao momento da empresa.

O que isso quer dizer?
Muitas vezes, temos um mix de canais nas empresas que não funciona mais. E a gente vive se desdobrando pra conseguir alimentar todos eles. E, nesse processo todo, o que realmente deveria ser comunicado se perde.
Por isso, é extremamente importante reavaliar os canais e sua efetividade com certa frequência. O que funcionava ano passado pode não funcionar mais este ano.

Outro ponto importante: estabeleça objetivos para seus canais.
A é para informações estratégicas, com profundidade. B é para notas e processos do dia a dia. C é para ações e necessidades das áreas. Assim, fica mais fácil organizar o fluxo e a natureza das informações dentro da empresa.

O que não dá mais é para sair caçando conteúdo e virar escravos dos canais. Uma comunicação estratégica começa com objetivos bem definidos e um olhar atento ao que acontece na empresa.

• Organize seus canais: estabeleça o objetivo de cada um.
• Crie um fluxo de prioridades e relevância: primeiro identifique o que precisa ser divulgado na empresa, depois análise a natureza da informação e, então, selecione o canal mais adequado.
• Avalie o mix de canais pelo menos uma vez por ano.

Coluna {De dentro pra fora}

Fechado para balanço. Hora de planejar.

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Geralmente, nesta época, a gente costuma fazer um balanço do ano. Relembrar as metas que foram alcançadas, lamentar as que ficaram para trás e também já definir as básicas para o Ano Novo. Academia, esporte, comer melhor, dormir mais, ler tantos livros por mês. São muitas.

Na Comunicação, também é hora de dar uma calibrada nos planejamentos e estruturá-los para o próximo ano. Então, vou tentar elencar alguns itens que são importantes nessa elaboração. Se eu esquecer algo (que é bem provável), dá um desconto, vai!

Estratégia
Você já sabe qual é o objetivo da empresa para o próximo ano/período? Com base nessa informação, você já definiu a estratégia de comunicação para suportar essa meta?

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Conteúdo
Somando a estratégia da empresa mais a situação do mercado, você já definiu quais serão as mensagens-chave para o período? Sobre o que os funcionários poderão ter dúvidas ou querer mais informações? E o que a empresa vai precisar reforçar o ano inteiro? O que terá relevância nesse cenário? Essas respostas ajudarão você a definir as mensagens-chave e sempre explorá-las nas diversas comunicações.

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Estratificação
Com quem você está falando? De que forma você está falando? Funcionou neste ano? Se você ainda não fez uma pesquisa formal sobre os canais da sua empresa, vale a pena conversar com algumas pessoas e entender o que realmente funciona e o que pode ser aprimorado para o próximo ano. Aqui, vale repensar o formato, a linguagem e até criar novas segmentações.

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Atratividade
Como você tem transmitido as mensagens? A comunicação equilibra os interesses de informação dos funcionários com os interesses de comunicação da empresa? Seu público se sente atraído a ler e participar da comunicação? Quais abordagens são usadas? É possível transformar comunicações do dia a dia em mensagens mais atrativas? Existe um diálogo com os funcionários?

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Mensuração
Você estabelece metas para a comunicação e mede o quanto elas foram alcançadas? Essas metas podem ser estabelecidas em diferentes esferas (produção dos canais, compreensão das mensagens, mudanças de comportamento). Porém, esse assunto é mais complexo. Você pode começar pelo básico ou chamar uma agência para ajudá-lo a criar um processo de mensuração.

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Esses são alguns pontos importantes para se considerar num planejamento anual, mas com certeza você pode implementá-lo. É importante você também considerar a verba da área e o tamanho da sua equipe. Não adianta estabelecer metas que não podem ser cumpridas por falta de mão de obra. Comprometa-se com o que você definir, mesmo que precise enxugar alguns canais para dar conta. Antes o básico bem feito do que muita coisa pela metade.

Agora é sentar e organizar tudo isso. E que 2016 seja melhor, com objetivos alcançados e um avanço na percepção da importância da comunicação para a sua empresa. Vamos nessa!