Documentário aborda os tempos da censura

Documentário relata resistência do Estadão à censura militar

Estranhos na Noite – Mordaça no Estadão em Tempos de Censura tem pré-estreia neste sábado (20) em sessão única no Memorial da Resistência

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Um dos períodos mais emblemáticos da história do Estadão acaba de virar filme. A resistência do jornal durante a ditadura militar e a censura pela qual o veículo passou são o tema do documentário Estranhos na Noite – Mordaça no Estadão em Tempos de Censura, com pré-estreia em sessão aberta neste sábado (20), às 14h, no Memorial da Resistência de São Paulo (antiga sede do Departamento de Ordem Política e Social – Dops).

Com roteiro do jornalista José Maria Mayrink, direção do cineasta Camilo Tavares e produção do próprio Estadão, Estranhos na Noite – Mordaça no Estadão em Tempos de Censura mostra os fatos desse período, por meio de depoimentos dos jornalistas e outros profissionais que trabalhavam na redação naquela época.

O filme também traz depoimentos das atrizes Eva Wilma e Irene Ravache e do ex-ministro Delfim Neto. O jornal foi único veículo a recusar a autocensura e, por isso, teve censores atuando diariamente por três anos em sua sede como forma de proibir a publicação de notícias incômodas ao governo.

Para contar os bastidores dessa história única na imprensa brasileira e mundial, Mayrink, também autor do livro Mordaça no Estadão, e Tavares, que já havia dirigido o premiado O Dia que Durou 21 Anos, entrevistaram os jornalistas Ricardo Kotscho, Miguel Jorge, Carlos Chagas, Oliveiros Ferreira, Fernando Mitre, Flavio Tavares, Sérgio Mota Melo e outros profissionais que participaram desse importante capítulo da história brasileira.

Estranhos na Noite conta ainda como nasceu a estratégia de denunciar a censura aos leitores publicando versos de Luiz de Camões e receitas culinárias no lugar das notícias proibidas. Também relata como, mesmo depois do fim desse controle, o regime militar perseguiu jornalistas do Estadão com prisões, torturas e ameaças de morte.

Além dessa estreia, serão promovidas sessões de exibição com os funcionários do Grupo Estado e com o público externo em salas de cinema comerciais, instituições de memória, palestras em faculdades de jornalismo, entre outros eventos. Também serão distribuídos DVDs a leitores, mercado e outros públicos a serem definidos.

Serviço:
Sessão de pré-estreia do documentário Estranhos na Noite – Mordaça no Estadão em Tempos de Censura
Data: 20 de fevereiro (sábado), às 14h
Local: Memorial da Resistência de São Paulo (Largo General Osório, 66 – Luz)
Entrada gratuita (vagas limitadas) – serão distribuídas senhas no local a partir das 13h30

Fonte: Lucia Faria Comunicação Corporativa – Marco Barone

Marcas unem forças em ação

Outback invade sala da Cinemark em ação inédita para celebrar 18 anos das marcas no Brasil

Na ação interativa, o ator e humorista Robson Nunes aparece ao vivo na telona e surpreende as pessoas dentro da sala de cinema

O Outback Steakhouse e a Rede Cinemark se uniram para uma intervenção inédita em comemoração aos 18 anos das duas marcas no Brasil. Na ação, o Outback surpreende os espectadores em duas sessões nas salas da Cinemark e interrompe o trailer com uma interação ao vivo do ator e humorista Robson Nunes com a plateia.

Após conversar e interagir com alguns dos convidados, o ator revela o motivo da intervenção e convoca todos a cantar um grande Parabéns para o Outback e Cinemark. A surpresa fica completa com a chegada dos Outbackers, que entram na sala agitando o Parabéns e distribuindo o brownie que compõe o Chocolate Thunder From Down Under®, uma das mais famosas sobremesas do restaurante.

A divertida surpresa no cinema resultou em um vídeo que mostra as reações dos clientes e toda a comemoração da data especial. O vídeo será veiculado em todas as plataformas digitais de ambas as marcas e nas sessões da Rede Cinemark a partir de 20 novembro.

“Surpreender o cliente faz parte da nossa essência e compartilhar bons momentos também. O Outback Steakhouse é conhecido pelas pessoas por ser um local de celebrações. Por isso, queremos nos conectar mais uma vez com os fãs da marca e dividir esse momento especial”, diz Renata Lamarco, gerente de Marketing do Outback Brasil.

“A Rede Cinemark completa 18 anos em 2015, consolidando-se como a maior rede de cinema do país. É um grande prazer poder dividir esse momento de celebração com um dos mais renomados restaurantes em operação no Brasil, o Outback. Resolvemos comemorar juntos o aniversário das duas redes com uma ação que envolve justamente quem nos ajudou a chegar nesse patamar ao longo desses anos: nossos clientes”, comemora a diretora de Marketing do Cinemark Bettina Boklis.

A ação foi desenvolvida pela ID em parceria com a HSTK, agência de comunicação que cuida da marca Outback desde os primeiros anos da rede no Brasil.

FICHA TÉCNICA
Agência: ID
Cliente: Paula Crosta Castellan, Renata Lamarco e Ticiana Sundfeld
CCO: Domenico Massareto
Supervisor de Criação: Gustavo Vieira
Criação: Rafael Darri, Leila Germano, Marcela Calura, Giulio Beloto e Lara Roncatti
Atendimento: Monica Cerantola e Mayara Cortez
Gerente de Projetos: Silmara Ferreira
Direção: Edu Figueiredo e Felipe Macedo
Direção de Fotografia: André Fancio
Assistente de direção: Tays Perez
Editor: Harry Amaral
Produção: ID e HSTK

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‘’ Pois eu não pertenço a um mundo onde nós não terminamos juntos. Não mesmo. ‘’

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Comet, mas para cá chegou como ‘’Eu estava justamente pensando em você’’

Um mistura de 500 dias com ela e do Brilho eterno de uma mente sem lembranças, ganhamos mais um delicioso filme de romance, ou que conta uma historia sobre o amor e não de amor. No decorrer do longa, vemos nitidamente a mistura dos personagens dos filmes citados, várias referencias em inúmeras situações.

Por exemplo, a toca que Dell usa, muito semelhante com a do Jim Carey no Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Outro exemplo é o reencontro de Kimberly e Dell no trem, o que nos lembra muito o reencontro de Summer e Tom no 500 dias com ela.

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Até mesmo em características dos personagens você consegue viajar no universo de um dos dois filmes. Comet é simplesmente a mistura exata e mesmo assim consegue ser um filme único.

No primeiro contato que se tem com o filme, acredita-se que será mais um clichê com direito a bastante mimimi e uma trilha das boas pros dias chuvosos. Mas ai é que tá, a trilha boa para dias chuvosos você acerta, mas no clichê você erra muito feio.

O longa foge de tudo que é comum, desde sua produção até no jeito que se conta a historia de Kimberly e Dell.
Tudo começa quando Dell vai até um evento que acontecera no cemitério, todos de Los Angeles irão para ver uma chuva de meteoros que acontecera e será vista de lá.

Por um acaso da vida, quando Dell se vira, seu olhar se encontra com o de Kimberly que já está acompanhada. Dell é um cara descontraído e que fala tudo que vem em sua mente, diferente de Kimberly, uma garota tímida que fala muito pouco e tem uma leve pitada de loucura em suas atitudes, como o próprio Dell identificou de primeira.

Ele fica inconformado dela estar com um cara aleatório, e não estar com ele, e bom, não quer deixar aquela oportunidade passar e acaba que a vida dá um jeito de os colocar perto de novo, criando situações maravilhosas na mesma noite.

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A linha de tempo do filme te deixa um pouco confuso, mas quando está para chegar no fim tudo começa a fazer sentido. Você chega a se questionar se os momentos que você estava vendo dos dois são divididos em várias vidas ou tem uma certa continuidade.

O longa não segue com um começo meio e fim, você entende a historia de amor dos dois por lembranças do Dell de outras épocas vividas por ambos. Na verdade o filme se passa dentro de um sonho dele e só no final você consegue compreender o motivo.

O filme inteiro é um plot twiste, quando você acha que está tudo bem algo vira tudo de cabeça para baixo e assim vai indo. Mas é impossível não se apaixonar pelos personagens, construídos com uma doçura e com um cuidado inacreditável. Mas, você também consegue sentir bastante raiva dos mesmos, em algumas situações.

O final fica extremamente aberto. Você não consegue saber se os dois ficam ou não juntos, o roteirista teve um cuidado com todos esses detalhes, a chuva de meteoros que foi a que os juntou está presente de alguma forma em todos os momentos do filme, nos mostrando o grau de importância que essa noite teve na vida dos dois.

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Dell, acaba deixando Kimberly, e ela acaba ficando noiva do ex namorado Jack. Mas, Dell tem que lhe contar sobre o tal sonho estranho que ele teve, e em todas as suas lembranças era como se fosse uma eterna chuva de meteoros. Na verdade, a historia de amor de Kimberly e Dell foi tão intensa quanto uma chuva de meteoros.

‘’YEAH, provavelmente irei me apaixonar por você.’’

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“Eu acho que qualquer pessoa que se apaixona é uma aberração. É uma coisa louca para fazer. É mais ou menos como uma forma de insanidade socialmente aceitável.”

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Her, ganhador de Oscar como melhor roteiro original do ano de 2013, o que dizer sobre esse filme simplesmente incrível e apaixonante? Um filme americano, com gênero de comédia dramática, eu diria que é mais drama, um lindo filme, dirigido por Spike Jonze.

Theodoro é o personagem principal, com uma atuação incrível de Joaquin Phonex. Um escritor solitário, que sofreu uma separação a pouco menos a um ano e ainda não sabe como lidar com isso. Todo dia é a mesma coisa, pelo comando de voz sempre lê seus e-mails, pede para colocar músicas melancólicas e responde e-mails.

Theodoro, trabalha em um lugar onde escreve cartas para as pessoas, um tipo de ‘’correio’’ tecnológico, as pessoas contratam o serviço e ele escreve as cartas ou melhor, ele dita e o computador digita, algo que acho que não estamos tão distante. Aliás, o filme se passa em Los Angeles, porém em um futuro próximo.

Her, produção vencedora do Oscar

Her, produção vencedora do Oscar de Melhor Roteiro Original em 2013

O filme nos mostra o quanto o mundo está tecnológico. Conseguimos ver o desespero das pessoas por querer ter um contato mais ‘’humano’’ com as outras, mas estõ tão presas àquilo que achamos de necessidade tecnológica, que perderam o habito de se comunicar cara a cara.

Theodoro não tem muitos amigos. É um cara que segue sua rotina a risca e aquilo o deixa vazio e o incomoda ao extremo. O diretor teve um cuidado absurdo em conseguir nos passar toda a angustia que o personagem sente, apenas com as feições ou o simples movimento das sobrancelhas, uma construção genial de personagem.
Por mais, que todas as pessoas a sua volta fossem vazias e apáticas a qualquer tipo de relação, percebemos as cores fortes como por exemplo o vermelho, laranja, amarelo e outras. Misturando essas três temos um resultado de cores quentes. Essas cores não foram colocadas por acaso, elas estão presentes a todo tempo pra nos mostrar que por mais vazio de emoção que o mundo esteja, ainda existe um pouco de ‘’amor’’ em nós e a vontade de o querer. Se você reparar, Theodoro usa constantemente ao menos uma peça vermelha, laranja ou amarela, porque por mais que ele esteja solitário, e triste com tudo, ele ainda sente muito amor. E isso é uma sacada fantástica do filme, com poucas falas e mais sequencias de cenas nos passa toda essa mensagem.

Bom, como Theodoro não tem muita companhia, em uma de suas passagens rotineiras, ele vê um comercial sobre um novo sistema operacional que tem inteligência artificial. Ele logo compra.

Chegando em sua casa já instala para testar. O legal desta cena é que enquanto ele está inicializando o sistema o comando de voz pergunta a ele como é o relacionamento dele com a mãe. Enquanto ele está se abrindo e contando a instalação fica pronta, e então é cortado. Isso só mostra, que por mais que ele demonstre ser fechado, se alguém até mesmo um comando de computador demonstrar interesse por alguma coisa dele, ele se abre e conta.

O personagem sempre veste uma peça com cor quente

O personagem sempre veste uma peça com cor quente

E é ai que a Samantha aparece, ele opta pelo seu sistema ser voz feminina, e dá o nome dela de Samantha, a voz do sistema é interpretada por Scarlett Johansson.

No primeiro contato que ele tem com ela, algo diferente começa a surgir, a afinidade dos dois é simplesmente absurda, e isso não poderia dar um bom resultado.

O filme gira em torno do ’’relacionamento’’ dos dois, o crescimento deste vínculo, o ‘’amadurecimento’’ de Samantha, quando ela começa a ‘’sentir’’ emoções, e o fato de Theodoro ver despertar sentimentos por ela também.

Enquanto assiste o filme, você se perde nesse universo de voz entre os dois, um piano bem de leve fica no fundo em várias situações que você não consegue muitas vezes nem perceber, de tanto que te faz mergulhar no universo que não vemos, apenas ouvimos.

Samantha ajuda Theodoro, a lidar com sua separação e ter coragem para assinar os papeis do divorcio. Tudo começa a parecer estar bem, mas Samantha começa a se descobrir muito e a perceber que ela pode crescer muito ainda, mas que não pode prender Theodoro.

E as brigas começam a aparecer como em todo relacionamento.

Então, chega um dia em que Samantha decide ir embora, ela diz amar Theodoro, mas precisa ir porque o universo em que ela vive é algo muito maior, não só ela, mas todos os outros sistemas operacionais se desligam e somem para algum lugar que nós nunca chegaríamos.

E mais uma vez Theodoro se vê sozinho em seu mundo, mas algo está diferente nele, talvez uma esperança maior na humanidade ou em qualquer outra coisa em que ele acredite.

Com o crescer do filme, percebemos a falta de conectividade entre as pessoas, mas não a do mundo virtual e sim a do mundo físico, o tocar, o sentir. A obra nos mostra como estão vazias e sedentas por amar, ser notadas ou por sentir qualquer coisa.

Acredito que HER seja um filme que nos faça pensar sobre esse tal amor do homem e sua máquina. Nos fazer pensar que o virtual não é tudo e que as palavras ditas cara a cara e com sentimento valem muito mais do que um simples e-mail ou uma mensagem de texto.

‘’Mas é neste espaço infinito entre as palavras que eu estou me encontrando agora. É um lugar que não é o mundo fisico, é onde tudo é, e que eu nem sabia que existia’’