Do Nordeste para o Brasil. Ou como é importante entender os diversos Brasis do nosso país

Por Murilo Moreno*

Devo começar lembrando que sou mineiro. E Minas Gerais, pela sua posição central no Brasil, reúne características de todas as regiões do país. Entre as quais as do Nordeste. Quem, como eu, rodou todo o estado, vivenciou a cultura nordestina sem sair das fronteiras. Para aumentar ainda mais meu amor pela nossa região mais ensolarada, parte da minha família vive em João Pessoa, onde sempre passo parte dos meus dias.

Por conta dos meus empregos já passei carnaval em Salvador, sai em trio elétrico no Galo da Madrugada, dancei frevo nas ruas de Olinda e comemorei São João em Campina Grande. Parte dos clientes de minha consultoria são do Nordeste. E cada vez que visito a região, me surpreendo com alguma empresa que é forte na região, a ponto de colocar pra correr diversas multinacionais.

Também é bom lembrar que sou um imigrante. Já morei em quatro estados e, hoje em dia, minha geladeira está permanentemente fixada em São Paulo. Ou seja, entendo bem os problemas do quanto é difícil conhecer os detalhes e características regionais. E o quanto as pessoas do Sudeste têm imagens pré-concebidas sobre o que acontece acima da divisa Minas com Bahia.

Por conta disso tudo, sou um entusiasta do movimento que a Intertotal está fazendo. Abrir uma filial em plena capital financeira do Brasil e se oferecer para ser o intérprete da região Nordeste para empresas do eixo Sul-Sudeste é espetacular. Dar chance dessas marcas procurarem novos mercados sem o risco de falar de forma preconceituosa, por desconhecimento, é inteligente. Quem me dera, na minha época de executivo de multinacional, já existisse uma agência como essa.

Lembro de uma passagem quando a agência que atendia a Fiat me apresentou um roteiro que os criativos achavam brilhante. Era uma piada que eles morriam de rir só ao ler a estória. Fiquei olhando para eles como quem fica na frente de uma placa escrita em russo. Falei que a piada era muito de paulistanos e eles me criticaram pois, “como já se viu”, TV Globo estava no Brasil inteiro e aquela era uma situação supernormal. Pedi a eles que fizessem uma pesquisa com moradores do Acre e do Rio Grande do Norte. Se todo mundo entendesse, eu aprovava.

Passou-se uma semana e eles voltaram com novos roteiros. “O que aconteceu com o anterior, que era ótimo”, perguntei. Já sabia a resposta, mas ouvi deles que ninguém entendeu a piada. Dali pra diante, a agência entendeu que o Brasil são muitos Brasis.

Fico feliz em poder, de alguma forma, contribuir com esse movimento. Afinal, não é qualquer empresa, como a Intertotal, que faz 30 anos com energia de criança.

*Murilo Moreno – Top Voice do Linkedin, autor de livros, colunista do Automotive Business e professor ESPM e FGV.

Cineastas realizam mostra de cinema no Parque Vicentina Aranha

Cinelab Criativo acontece nos dias 26, 27 e 28 de outubro, em São José dos Campos

O cinema do Vale do Paraíba vive um momento de grande efervescência criativa. E para dar mais visibilidade à produção destes novos expoentes do cinema regional, o Parque Vicentina Aranha recebe no final de outubro a 1ª edição do Cinelab Criativo.

Criado pelos cineastas Daniel Leite e Eduardo Spinelli, o Cinelab é uma mostra de cinema com debates e oficinas, que valoriza o Cinema Nacional e regional. O evento será realizado nos dias 26, 27 e 28 de outubro. Além das exibições de curtas-metragens de ficção e documentários, contará com oficinas de Roteiro, Direção de Fotografia e Animação, voltadas aos alunos do ensino médio e ao público em geral.

“A ideia é valorizar os produtores audiovisuais da nossa região, inspirando as novas gerações de cineastas a produzirem seus primeiros filmes. Queremos também dar vez e voz a cineastas mulheres, negros e LGBTs, trazendo essas pessoas para exibir seus filmes e discutir questões como diversidade e representatividade nas rodas de conversa com o púbico”, conta Eduardo Spinelli, idealizador e curador da mostra.

Eduardo Spinelli
Foto: Daniel Leite

Além da mostra, o Cinelab apresenta em primeira mão uma ferramenta que será de grande importância para o mercado audiovisual do Vale do Paraíba: o acervo online.

“O acervo vem suprir uma dor do mercado: mapear os produtores de audiovisual do Vale do Paraíba. Hoje é muito difícil saber quem são as pessoas que estão produzindo filmes em cada cidade. Com o acervo online, será possível catalogar e fortalecer o audiovisual do Vale, gerando dados confiáveis para mostrar todo o potencial criativo da nossa região”, explica Daniel Leite, idealizador e curador do Cinelab Criativo.

Daniel Leite
Foto: Daniel Leite

Todas as atividades do Cinelab Criativo são gratuitas. O Parque Vicentina Aranha fica na Rua Prudente Meireles de Morais, 302, na Vila Adyana, em São José dos Campos.

Para saber mais sobre a programação completa, acesse: cinelabcriativo.com

Fonte: Eduardo Spinelli – Daniel Leite

Planejando a mídia

Hora de pensar no melhor caminho para chegar ao público alvo

por Josué Brazil

O planejamento de mídia é o aspecto fundamental do trabalho do profissional de mídia. É a hora de detalhar o pensamento estratégico em mídia. O planejamento de mídia é o momento estratégico/tático do trabalho de veiculação.

Imagem por PDPics do Pixabay

É o momento em que traçamos um caminho criativo apoiado em informações objetivas e dados concretos que seja capaz de levar a mensagem com eficiência e rentabilidade até ao público alvo. Esse caminho criativo não pode jamais perder de vista os objetivos de marketing e de comunicação estabelecidos para a campanha.

Segundo Barban, A, Cristol S., & Kopec, F. (2001), a chave para desenvolver um planejamento de mídia é entender três palavras: objetivo, estratégia e tática.

O objetivo é a avaliação do contexto mercadológico em que o produto/marca/serviço está inserido visando a definição de metas. A estratégia compreende os meios determinados para se alcançar o objetivo. Já a tática pode ser entendida como as atividades mais específicas e detalhadas necessárias para que se implante a estratégia.

Há também que se entender e aplicar três conceitos essenciais para o estabelecimento dos objetivos: alcance, frequência e continuidade.

Alcance é o percentual de pessoas expostas pelo menos uma vez a determinada mensagem. O Alcance é dado em números percentuais. Nem sempre uma campanha quer e precisa atingir “todo mundo” e também nem sempre é preciso tentar alcançar a maior parte de seu target.

Frequência é o número de vezes que a pessoa – componente do público alvo da ação de comunicação – pode e deve vir a receber a mensagem. A frequência é estabelecida em intervalos. Por exemplo, meu público deverá receber a mensagem entre oito (08) e 12 (12) vezes.

Continuidade diz respeito ao tempo de duração de uma campanha ou ação de comunicação e também ao modo como as mensagens são programadas ao longo do tempo de campanha.

Cada agência acaba desenvolvendo um roteiro de planejamento de mídia com o qual melhor se adapta, mas tudo gira em torno das três etapas (objetivos, estratégia e tática) e dos três conceitos fundamentais (alcance, frequência e continuidade).

Em breve vamos falar um pouco mais sobre planejamento de mídia por aqui. Fique ligado!

 

Equipe do Vale do Paraíba vence festival

Ex-alunos da Comunicação Social da UNITAU vencem o GO Film Festival

No último dia 21, os ex-alunos do Departamento de Comunicação Social da UNITAU Marcela Barreto (PP), Eduardo Spinelli (PP) e André Pires (JO) reuniram um grupo de profissionais de audiovisual do Vale do Paraíba para um grande desafio: criar um curta-metragem em apenas 24 horas. O desafio foi proposto pela 2ª edição do GO Film Goiânia Film Festival e a equipe do Vale participou com o curta “Tudo Vira Filme”, que aborda o tema “o lado bom da vida” e presta uma homenagem aos grandes nomes do Cinema Nacional. O curta venceu a categoria “Melhor Curta Nacional (Público)”.

“Tivemos 24 horas para criar o roteiro, produzir, gravar, editar, finalizar e entregar o filme. E sem nenhuma verba. Foi corrido, mas foi uma experiência incrível, o resultado final valeu a pena. Ficamos muito felizes de sermos eleitos pelo público”, revela Marcela Barreto, produtora executiva do projeto.

A equipe foi composta por Eduardo Spinelli (Roteiro), Marcela Barreto (Produção Executiva), André Pires (Montagem), Marcos Alves (Direção de Cena / Fotografia), Guilherme Midões (Câmera), os atores Jean Oliveira e Rodrigo Pinelli e o músico Cassinho Vieira (Trilha Sonora Original).

“Produzir um curta era um sonho de todos nós. Reunimos pessoas movidas pela paixão pelo cinema e pela vontade de fazer acontecer. Pessoas que colocaram todo o seu tempo, talento e energia no projeto para realizar o melhor trabalho possível. Este troféu é o reconhecimento de todo esse esforço coletivo”, conta Spinelli.

No total, foram 156 equipes inscritas, sendo 152 do Brasil e 4 do exterior. As inscrições internacionais incluem cidades como New York (EUA) e Almada (Portugal). O curta “Tudo Vira Filme” foi selecionado entre os 38 classificados do GO Film. Os vencedores foram revelados na cerimônia de premiação, realizada no dia 29 de outubro, no Cinema Lumière do Shopping Bougainville, em Goiânia.