Coluna “Discutindo a relação…”

Pense em gente. Pense em coletivo

A primeira coluna de 2020. Que coisa! Embora tenha sido demonstrado – teve até um telejornal que entrevistou um matemático – que não entramos em uma nova década, não dá para escapar da sensação de um período ou ciclo mais longo terminado. Os anos 10 dos anos 2000 não foram nada fáceis: crise política, polarização, crise econômica, propaganda em cheque…

Agora que vencemos definitivamente o período de festas e que boa parte do pessoal que trabalha com publicidade e propaganda já está em seus negócios enfrentando jobs variados é hora de refletir um pouco sobre os principais desafios dos próximos 10 anos na comunicação publicitária.

Surgiram em diferentes publicações da nossa área dezenas de relatórios apontando tendências para 2020 e para os próximos cinco ou dez anos. Alguns são muito bons (veja esse aqui) mesmo e vale a pena (na verdade é quase obrigação) dar uma boa olhada.

Eu, humildemente, quero destacar alguns pontos que julgo mesmo importantes. Vamos lá:

Influenciadores – muitas pesquisas, relatórios e estudos apontam para a eficácia de um uso planejado e bem pensado dos chamados influencers. Não dá para ignorá-los. O importante é saber como trabalhar com eles para o bem das marcas que atendemos. Co-criação é o caminho!

Criatividade – os números, o analytics, o big data… tudo ajuda, é claro, óbvio ululante. Mas impactar seus interlocutores com algo original, pertinente e relevante não tem preço. Criatividade segue sendo o principal ativo da nossa atividade. Persiga boas ideias com afinco e determinação.

Diversidade – ideias surgem de pensamentos, culturas e modos de ver as coisas diferentes. A diversidade é fundamental para a propaganda. É fator que não pode ser adiado. Temos que ser mais inclusivos. Pra valer!

Gente – deixei por último de propósito… Em um ambiente de extrema inovação e enorme presença (bem vinda) da tecnologia é fundamental que pensemos em gente o tempo todo. A ponta do processo é uma pessoa. Como melhorar a vida daquela pessoa. Como deixar o dia, a semana, o mês dela melhor? Comunicação liga pessoas. Por mais traquitanas digitais/tecnológicas que lancemos mão, no final são pessoas nas duas pontas do processo. Pense em pessoas, preocupe-se com pessoas. Faça comunicação com cara de gente!

Imagem de Sasin Tipchai por Pixabay

Uma última coisa que não é dica de tendência e sim uma necessidade: o mercado publicitário do Vale do Paraíba precisa voltar a se reunir e trocar ideias. Precisamos falar como um mercado. Precisamos aumentar a percepção de valor da nossa atividade. Chega de praticar um esporte individual e vamos para um mais coletivo. Precisamos urgentemente disso!!!

Um 2020 cheio de cases bacanas pra rechear o portifa de todo mundo!

Pra ficar ligado! Dicas de conteúdo

Quer ficar sintonizado com novas tecnologias, marketing e comunicação? Veja essas dicas de conteúdo

por Josué Brazil

Não são poucas as vezes em que meus alunos e até alguns ex alunos me pedem dicas sobre o que ler, ouvir e assistir para ficar sintonizado com as novidades e tendências do mundo do marketing e da comunicação. Então resolvi dar algumas dicas aqui no blog.

Está cada vez mais evidente que entender de tecnologia fará toda a diferença. Na verdade já está fazendo. Então algumas dicas vão nessa direção também. Vamos lá!

Um bom caminho é assinar algumas newsletters. Recomendo ao menos três que são gratuitas. A primeira é a Think With Google. Normalmente eles enviam um pacote com dois ou três artigos repletos de dados e insights do Google. Ajudam demais a entender cenários e tendências.

A segunda newsletter que recomendo é a Morse, editada pelo pessoal da Hands Mobile. Atualidades do mundo digital e mobile com linguagem leve e textos curtos. Muito bom!

E a terceira newsletter que recomendo é a do Gabriel Ishida. Baita profissional, o Gabriel fala de marketing e publicidade digital, plataformas, últimas notícias etc. Também com texto leve, fácil e pra consumir rapidinho.

Outra formato de conteúdo interessante é o podcast. E aqui vou indicar dois bem interessantes. Primeiro vou repetir a dica em relação a Morse, pois eles também tem um podcast bem bacanudo e que vale a pena ouvir. Notícias e entrevistas com gente fera da área de tecnologia e negócios.O segundo podcast é o Código Aberto, da Brainstorm 9 (ou B9). Eles entrevistam muita gente interessante e importante das áreas de propaganda, marketing, comunicação e tecnologia.

Outra coisa legal é acompanhar bons documentários. Fico caçando bons documentários no Netflix. Algumas indicações:

– Abstract – The art of design – A primeira temporada foi muito boa e eles acabaram de disponibilizar a segunda. Já assisti a dois episódios desta nova temporada e eles mantiveram o ótimo nível da primeira. Caso você curta design e goste de referências de diferentes áreas pra se inspirar essa série documental é obrigatória

– Como o cérebro cria – esse documentário desvenda ( ou tenta desvendar)os mistérios da inventividade e criatividade humanas e para tanto mostra diversas atividades artísticas e a relação do processo criativo com as capacidades de nosso cérebro. Ótimo ritmo e edição. Gostoso de assistir.

– Está tudo nos números – já que só se fala de Big Data, IA, Analytics, algoritmos e dados, nada melhor do que um documentários que mostre o universo dos números. Bem bacana e quase que obrigatório para que o povo de humanas se aproxime e passe a gostar um pouco mais dos números.

Acho que por enquanto tá bom! Tente degustar alguns destes conteúdos. Vai valer a pena!

Coluna Propaganda&Arte

A criatividade morreu na Propaganda? Pode ser que sim.

Em tempos de evoluções tecnológicas e comunicações instantâneas, o trabalho do designer ou publicitário caricato parece não mais fazer sentido. Mas será que a criatividade não tem mais espaço nesse novo mundo digital onde tudo já é pré-definido e cada vez mais automático?

Para entender alguma palavra ou a relação entre elas é sempre bom buscar seu real significado. Isso clareia o raciocínio. Vejamos. Propaganda é: divulgação de uma ideia, crença, religião”.

Dentre outras definições específicas, podemos entender que a Propaganda de ontem, a de hoje e, arrisco dizer, a de amanhã vai ser sobre divulgações de ideias. Não importa como: vídeos, fotos, impressos, aplicativos, tendências, crenças, marcas etc.

Já a palavra arte, que está intimamente ligada à criatividade, significa, dentre outras coisas: “uso dessa habilidade nos diversos campos do pensamento e do conhecimento humano”.

Dessa forma, complementamos a definição de criatividade, para encontrarmos o ponto em comum destes itens: “inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar”.

Então, vemos que a arte é apenas uma das resultantes de alguém que possui criatividade. Assim, é um ponto a ser considerado, pois entendemos então que, pelo menos do ponto de vista lógico, é possível ser criativo em qualquer área do conhecimento humano. Até na hora de escolher qual exercício físico fazer ou como preparar seu almoço ou até na hora de levar o cachorro para passear, alternando caminhos e inovando.

E quando este conhecimento humano trata da comunicação?

Então, entramos no campo da propaganda, que pode ser de qualquer cunho, político, comercial, religioso, social etc., mas respeita algumas regras atuais, ainda mais neste novo cenário digital.

É preciso ter claro o público que iremos falar, hoje conseguimos segmentações espetaculares nas mídias sociais, sabendo direcionar nossas campanhas para uma pessoa que torce para o time X, que gosta de comer Y, e curte a marca de roupa Z. Tudo fica mais fácil e, às vezes, nem precisamos ser muito criativos nessa comunicação. Certo? Talvez.

Hoje encontramos programas que enviam e-mails, criam layouts, fazem vídeos, criam imagens personalizadas, fazem logotipos com base nas suas indicações e até fazem todo o planejamento e monitoramento de mídia, com base em inteligências artificiais dos programas, tudo visando uma otimização de tempo, dinheiro e resultados. Mas sempre existe um risco.

Então, você quer dizer que não podemos aproveitar a (da) tecnologia?

Não sou do tipo contra os avanços tecnológicos, mas acho que alguns sinais precisam ser considerados antes de abraçar uma nova ferramenta ou facilidades on-line que prometem fazer todo o seu trabalho de publicitário, por exemplo, selecionar suas paletas de cores, as melhores palavras-chave, as fotos e trilhas sonoras que são ideais para despertar aquele sentimento no público. Isso precisa ser um complemento do conhecimento seu, não uma bengala criativa.

Ainda penso que temos que aprender sim, sobre tecnologia, mergulhar nesse mundo, mas não se afogar. A ciência humana não é exata, por isso, o ser humano precisa ser sempre o foco. Tanto na hora de criar novas peças publicitárias, como na hora de planejar novas campanhas, ainda mais as que forem focadas em valores.

Máquinas ainda não selecionam os melhores valores para a sua marca. Ainda.

Como esta nova geração se preocupa ainda mais com valores das marcas que compram, é preciso entender que uma má escolha vai prejudicar qualquer campanha. Definido isso: tendo um planejamento transparente e uma comunicação bem alinhada com seu cliente, as propagandas só vão acompanhar aquele universo lógico. Daí podemos ser criativos. Não necessariamente na arte, mas talvez na forma, no jeito de falar, no ambiente em que aparecemos, na voz, no momento que a marca ganha destaque dentro da vida do público ou até na forma de se posicionar como marca.

A criatividade precisa existir em algum lugar. Mesmo que não seja na arte.

Se você não sabe os valores da empresa, não entende os quereres do público, não conhece as ferramentas, os prazos, a verba e as possibilidades, você não vai conseguir articular as ideias para ser criativo. Vai ficar lá no passado, achando que a arte precisa ser surrealista, minimalista, impactante ou animada, para fazer sucesso. Vai achar que ter uma marca conhecida já vai bastar. Que as pessoas falarem de você já vai ser suficiente. Vai ficar no campo superficial da antiga criatividade que já morreu. Faz tempo. E renasceu como várias outras formas de se inovar. Será que você está trabalhando com um cadáver e não sabia? Acho que já passou da hora de repensar a criatividade na sua empresa, sua agência ou até na sua vida. Vamos mudar o trajeto de volta do trabalho, só para começar?

Vaga em faculdade

Vaga para Designer Gráfico

Vaga aberta para fazer parte da Equipe São Lucas

Foto de Moose Photos no Pexels

Atividades: Design e diagramação de materiais didáticos.

Conhecimentos: Pacote Office, diagramação, Adobe Photoshop, Illustrator e InDesign (desejado).

Habilidades requeridas: Criatividade, proatividade, senso de urgência, trabalho em equipe, relacionamento interpessoal e trabalho sob pressão.

Benefícios: Plano de saúde, vale-alimentação e vale-transporte.

E-mail: rh.cacapava@saolucas.edu.br
Título do e-mail: Designer Gráfico
Horário: 9h às 19h
Local: Caçapava, SP
Formação: Designer Gráfico