Artigo aponta quem são os consumidores com mais de 60 anos

Quem são os consumidores com mais de 60 anos?

Por Julio Moretti

Nos últimos anos marcas, produtos, serviços e empresas de todas as áreas, buscam desvendar o comportamento dos millennials (nascidos entre o início dos anos 80 e meados dos anos 90) e mais recentemente da Geração Z (nascidos entre meados dos anos 90 e 2009). Enquanto isso, a Geração X (nascidos em meados dos anos 60 e início dos anos 80) e os Babies Boomers (nascidos entre 1945 e meados dos anos 60) estão se sentindo invisíveis, segundo estudo realizado pela consultoria Hype60+, uma consultoria de marketing especializada no consumidor sênior. O que é um erro, já que eles são os maiores detentores da renda, sendo que mais de 63% deles ainda são os provedores da família.

Esqueça tudo o que você imagina sobre os maduros. Acredite, eles não estão em casa assistindo a programas de culinária ou novelas, muito menos jogando dominó. Em março, a consultoria realizou uma pesquisa bastante abrangente, considerada a maior já feita no Brasil sobre a chamada Economia Prateada, envolvendo quase 2.500 pessoas acima dos 60 anos. O título do estudo é Tsunami60+ e nela, a maioria dos pesquisados declarou estar bem de saúde física e mental, muitos ainda trabalham, além de serem bem ativos no dia a dia. Passeiam, namoram e navegam com cada vez mais facilidade na internet, inclusive, muitos são superativos em redes sociais como Facebook e WhatsApp, entre outras plataformas, como games.

Geração economicamente ativa!

Mas, você ainda não se convenceu do potencial dessa faixa etária? Então, veja isso: a economia prateada, como são chamados, é considerada a terceira maior atividade econômica do mundo, indústria que movimenta US$ 7,1 tri anuais. Nos EUA, esse segmento já representa mais de 25% do consumo e no Brasil, o público maduro movimenta cerca de R$ 1,6 tri ao ano.

De acordo com o grupo financeiro multinacional Goldman Sachs, se comparado aos mais jovens – como os millennials e os da geração Z – o consumo dos 60+ cresceu três vezes mais rápido nos últimos dez anos, mas, ainda assim, 63% dos negócios não posicionam este público como alvo de suas estratégias, o que pode ser contraditório, pois apesar de essa indústria movimentar a economia, ainda existem poucos produtos e serviços que sejam desenvolvidos e pensados na perspectiva das pessoas mais velhas. E, por vezes, consomem produtos que são mais ou menos adequados.

De frente com o seu público

Se na oferta de produtos falta atenção a este público, nos aspectos de atendimento e relacionamento com este consumidor, além da pouca atenção, as empresas também estão perdidas nas estratégias. É preciso urgentemente que as marcas tenham empatia. Só isso poderá alinhar as estratégias. Ainda no estudo Tsunami60+, a empatia tem o poder de curar relacionamentos desfeitos, derrubar preconceitos, nos fazer pensar em nossas ambições e até mesmo mudar o mundo.

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Ao meu ver, os 60+ ainda são uma novidade para o mercado, e com grandes oportunidades, basta apenas as empresas entenderem as novas necessidades desse público mais maduro. Nas propagandas, uma simples imagem de pessoas reais que não sejam estereótipos já aproxima o público da marca. A pesquisa feita pela Hype60+ comprovou que eles não se sentem representados em comerciais. No atendimento, processos bem desenhados e treinamentos específicos para as equipes vão criar diferencial ao lidar com esse público e certamente podem colocar uma empresa um passo a frente da concorrência. Uma dica: dê protagonismo a eles! Não faça propagandas com pessoas jovens ajudando um idoso a usar o celular, por exemplo. E nas interações, ouça mais esse público e crie fluxos especiais para atendê-los.

Outro ponto importante revelado no estudo diz respeito ao UX, ou Experiência do Usuário, em português. No design dos produtos e dos serviços, para eles, menos é mais. Se sua empresa oferece aplicativos e interfaces digitais de atendimento, use letras maiores, cores fortes e com contraste para facilitar a leitura do público 60+. Se você tem um e-commerce, encurte o número de cliques e o fluxo de venda para ter mais conversão desse consumidor.

Você pode estar achando exagero falar de aplicativos e e-commerce para essa turma, mas as pesquisas dizem o contrário. O Tsunami60+ comprovou que eles estão na internet, principalmente nas redes sociais como Facebook e no Whatsapp. O público maduro é digital e quem ainda não se atentou para isso muito provavelmente está perdendo vendas. E se isso não te impressiona, saiba também que em um estudo sobre os Babies Boomers, feito pela U.S. News & World Report, apontou que 72% dos chamados novos idosos já realizaram ao menos uma compra online, enquanto 83% deles já pesquisaram um produto na internet antes de realizar uma compra offline.

A conclusão mais óbvia disso tudo é que as empresas estarão perdendo grandes oportunidades se simplesmente incluírem o público 60+ como uma fatia a mais na quantidade do seu público-alvo. Esse consumidor deve ser uma Persona em suas estratégias de negócio, e isso vale especialmente para os SAC das empresas. Por isso a consultoria em design de atendimento é tão importante, para, entre outras coisas, desenhar a forma certa de falar com cada público.

O pagamento mobile

Os millenials e os pagamentos móveis: o caminho a seguir

Por Brennan Creaney*

Cada geração tem um impacto na sociedade – os baby boomers estão associados à redefinição de valores tradicionais, e a Geração X inaugurou uma era de tecnologia emergente. É, no entanto, a geração Millenial, que atingiu a maioridade em uma era digital, que é creditada por mudar não apenas como nos comunicamos, mas também como moldar o futuro da tecnologia. Tem havido inúmeros artigos prevendo tendências dessa faixa da população e prevendo sua influência em expansão nos mercados empreendedor e de consumo. Com aproximadamente 80 milhões de pessoas (nascidas entre 1980 e 1999) somente nos Estados Unidos, não é coincidência que esse grupo tenha sido um foco claro de pesquisa e análise.

Brennan Creaney – Diretor de Branding e Estratégia da Global Payments

Os millennials estão mais conectados à tecnologia do que qualquer outra geração anterior. Com o advento dos smartphones, o mundo deles está literalmente na ponta dos dedos. Quase 80% deles possuem smartphones, e em um dia comum “interagem com seus aparelhos mais do que qualquer outra coisa”. Desde manter contato com amigos e familiares, ler notícias ou fazer compras, eles dependem muito de seus celulares para estabelecer contato com o mundo. Com os smartphones fornecendo acesso contínuo a carteiras e aplicativos móveis que eliminam a necessidade de transportar dinheiro ou cartões de crédito, prevê-se que esse tipo de pagamento nas lojas dos Estados Unidos cheguem a US$ 503 bilhões até 2020.

Devido ao grande número de millennials, eles compõem uma parte muito grande da população que gasta. Com o dispositivo móvel sendo a principal plataforma escolhida, além da necessidade de gratificação instantânea e a menor tolerância quanto às más experiências on-line, é importante que qualquer empresa em crescimento se preocupe em atrair o mercado millennial. Raramente um jovem dessa geração fará uma compra em dinheiro – na verdade, estima-se que apenas 4% do dinheiro movimentado no mundo envolva dinheiro físico, a partir dos próximos anos. Com essa necessidade de moeda digital, os provedores de serviços de pagamento incorporaram operações baseadas em nuvem, imagem ou proximidade e outras tecnologias para oferecer aos clientes a capacidade de realizar transações utilizando um dispositivo móvel como um terminal de ponto de venda.

Mesmo que os pagamentos móveis estejam se tornando mais populares, eles ainda enfrentam certas barreiras. Um fator significativo que contribui para essa hesitação do consumidor é a segurança. Uma pesquisa da VocaLink, intitulada “A Influência do Millenial”, descobriu que uma em cada quatro pessoas dessa geração planeja abandonar o uso de pagamentos móveis por preocupações com segurança. Isso levou às empresas de FinTech a pesquisar e integrar uma variedade de soluções de segurança. Reconhecimento facial, escaneamento de retina e verificação de toque podem ter sido a base de muitas histórias de ficção científica, mas atualmente estão se tornando realidade. As tecnologias de verificação de impressão digital e “selfie” para o processamento de pagamentos já foram implementadas, e os pagamentos biométricos provavelmente se expandirão globalmente, tornando-se predominantes em um futuro previsível, apesar dos desafios de adoção.

Foto: Pixabay

Esse futuro pode estar mais perto do que você pensa. Em breve, você poderá encontrar uma loja Amazon Go no seu bairro – onde você pode chegar, fazer compras e simplesmente ir embora com elas sem ficar de pé na fila do caixa. A tecnologia de pagamento agora é voltada para proporcionar experiências mais perfeitas aos clientes, que estão buscando recompensa imediata. Aplicativos de pagamento peer-to-peer, como Venmo e PayPal, são alguns exemplos de como os millennials estão conduzindo inovações tecnológicas que levam a uma experiência de compra rápida e sem interrupções. Com todas essas mudanças, as expectativas para a velocidade de entrega dos produtos e cumprimento de serviços de comércio eletrônico também mudaram bastante. Com o aplicativo da Amazon, você pode selecionar e comprar em poucos minutos e, com a entrega do drone Prime Air, até mesmo receber o produto em menos de uma hora.

A geração millenial é uma influência crescente no cenário de pagamentos móveis e, nos próximos anos, provavelmente verá um grande fluxo de adoção de dispositivos móveis. O seu alto uso entre os millennials continuará a ser impulsionado em tudo o que fazemos… tanto que o telefone pode eventualmente se tornar a nova identidade exclusiva e até mesmo o novo número do Seguro Social ou a impressão digital. Embora exista muita pesquisa e informações sobre as características dessa geração, é essencial entender que nem todos eles são iguais e o foco mais importante deve ser a oferta de produtos, serviços, experiências, etc. que correspondam às preferências individuais e forneçam personalização. No futuro, veremos uma continuação dos mundos sociais e de pagamentos se colidindo, e encontraremos novas maneiras de alavancar uns aos outros, de modo que a experiência de compras no varejo pela próxima geração seja voltada para o check-in, não o check-out.

*Diretor de Branding e Estratégia da Global Payments

Fonte: FirstCom Comunicação – Eduardo Mustafa

Estudo traz revelações sobre a Geração X

Viacom International Media Networks revela resultados de sua mais nova pesquisa global: ‘GEN X TODAY: MY LIFE. MY WAY.’

Novo estudo mostra que a Geração X valoriza mais o sexo do que a amizade, não enfrenta a crise da meia-idade, desconstruiu os papéis familiares e os gêneros tradicionais e redefiniu o ambiente de trabalho.

A Geração X tem prioridades quando o assunto é relacionamentos e no topo da lista está o sexo (57%), que vem antes de amizade (49%)

A Viacom International Media Networks (VIMN), divisão da Viacom Inc. (NASDAQ: VIAB, VIA), divulga o seu mais novo estudo global: ‘GEN X TODAY’. Para esse estudo, os pesquisadores da VIMN entrevistaram 12 mil adultos em 21 países por meio de um questionário online. Aproximadamente nove mil tinham entre 30 e 49 anos, com uma amostra de 18 a 29 como comparação. Os países incluídos na pesquisa, além do Brasil, foram: Austrália, Bélgica, Colômbia, República Tcheca, Alemanha, Hungria, Indonésia, Itália, Malásia, México, Holanda, Filipinas, Polônia, Romênia, Singapura, África do Sul, Suécia, Tailândia, Reino Unido, Estados Unidos. Além disso, a VIMN capturou 1.000 imagens via álbuns de fotos e conduziu 36 entrevistas pessoais em profundidade em 8 países: México, Colômbia, Brasil, Reino Unido, Alemanha, Hungria, África do Sul e Tailândia.

A pesquisa fornece um novo olhar sobre a chamada Geração X – que atualmente representa quase 2 bilhões de pessoas em todo o mundo e uma média de mais de 180 milhões de espectadores das marcas Viacom – para entender o que aconteceu quando a geração de jovens cínicos, rebeldes e “vagabundos” dos anos 80 e 90 cresceu, entrou no mercado de trabalho e constituiu novas famílias.

O estudo revela que enquanto o mundo estava focado nos Millennials e nos Boomers, a Geração X reinventou o que significa ser adulto. À medida que envelhece, essa geração continua a fazer as coisas à sua maneira, seja no trabalho, no lazer ou na vida em geral.

“Com tanto foco nos Millennials, Pós-Millennials e até mesmo nos Boomers, a Geração X foi deixada de lado quando o assunto é pesquisa e hoje só é compreendida por uma visão antiquada da vida adulta e devido à reputação ‘preguiçosa’ de sua juventude”, avalia Christian Kurz, Vice Presidente Sênior de Global Consumer Insights da Viacom. “Com ‘Gen X Today’, pudemos ver o verdadeiro impacto da Geração X no mundo, desde o impulso global para a inovação e a quebra dos papéis tradicionais de gênero até a redefinição do que significa ser um ‘adulto’ hoje em dia”.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO ESTUDO

She-conomy: a Geração X está liderando o caminho no que diz respeito a mulheres, trabalho e dinheiro. 55% das mulheres ganham mais ou igual do que seus parceiros no lar.

Assuntos de Família: assim como as mulheres da Geração X estão assumindo um papel maior no ambiente de trabalho, o mesmo acontece com os homens no ambiente familiar. Mais de 80% dos entrevistados concorda que um homem pode criar uma criança tão bem quanto uma mulher. A Geração X tem prioridades quando o assunto é relacionamentos e no topo da lista está o sexo (57%), que vem antes de amizade (49%). Esse é um grande contraste com os Millennials, que valorizam em primeiro lugar a amizade.

The Brat Pack: a Geração X prefere menos amigos, porém mais próximos, do que os enormes grupos dos Millenials – os entrevistados da Geração X têm em média 53 amigos, 15 a menos do que seus equivalentes Millennials.

São 3h da manhã, Mas Eles Não Estão Solitários: a Geração X tem 13% menos propensão a se sentir solitário, em comparação com os Millennials.

Procurando Conforto em Si Mesmo: a rebeldia da juventude se transformou em uma independência confiante quando os adolescentes da Geração X abraçaram – e reinventaram – a vida adulta. 90% consideram-se felizes com suas vidas como elas são hoje e 96% consideram-se confiantes.

Encontrando o Equilíbrio: a grande maioria (84%) dos entrevistados da Geração X preferem o equilíbrio trabalho/vida ao sucesso somente no trabalho.

Sem Crise da Meia-Idade: eles podem ter envelhecido, mas a Geração X não ficou necessariamente mais “madura”. Eles continuam jovens de espírito, com hobbies e outros interesses não relacionados ao trabalho e, por isso, estão pulando a crise da meia-idade. De fato, o estudo não mostrou nenhuma “crise” significativa para essa geração como um todo.

Para mais informações sobre ‘GEN X TODAY’ e outras pesquisas da VIMN, visite: http://internationalinsights.viacom.com/

Fonte: Fundamento Marketing – Junia Sanches