Influenciadores: como trabalhar de forma estratégica

Por Fabiana Ramos*

Na comunicação com o mercado, é preciso alinhar a interação com influencers com aspectos essenciais do negócio. Saiba o que levar em conta nessa jornada

Fabiana Ramos, CEO da PinePr. Créditos: Divulgação PinePR

Nos últimos anos, se tornou praticamente um consenso de mercado que contar com influenciadores como parte de uma estratégia de comunicação era não apenas necessário, mas praticamente obrigatório. E, de fato, inúmeros casos de sucesso e argumentos existem para defender essa ideia. Só para citar alguns pontos:

  • Influenciadores criam uma via adicional de contato da marca com o público, oferecendo sua credibilidade como avalista;
  • Consumidores não confiam em publicidade tradicional e têm ressalvas a comunicação das próprias marcas;
  • Influenciadores são vistos como pessoas capazes de apresentar novas marcas e produtos para os clientes de uma forma tida como mais imparcial;
  • Atuar com influenciadores permite que as marcas sejam mais ágeis na exploração de redes sociais emergentes ou de inovar em suas estratégias de comunicação.

Um estudo divulgado recentemente pela Opinion Box a partir de entrevistas com 1.500 usuários brasileiros do TikTok mostra que 52% deles gostariam que as marcas usassem mais a rede social para divulgar seus produtos. Como é preciso estar onde o cliente está, expandir a presença em mídias sociais e dar foco aos influenciadores como uma forma de participar das conversas parece ser um caminho óbvio de atuação.

O problema de tudo o que parece óbvio, porém, é assumir que dará certo sem uma estratégia clara embasando as ações. No caso da comunicação via influencers, é preciso ter uma estratégia muito bem definida, para otimizar investimentos e colher melhores resultados.

Conte com personalidades afins

Parte do nosso trabalho como agência de comunicação é ajudar nossos clientes a identificar oportunidades de relacionamento com os clientes em uma atuação 360 graus. Vamos bem além da assessoria de imprensa para buscar, em podcasts, eventos, comunicação via influencers e uma série de outras maneiras, as melhores maneiras de fazer com que cada cliente fale com seu público.

Com esse posicionamento, precisamos estar sempre atentos para perceber quem são os influenciadores que fazem sentido dentro da estratégia, da personalidade e dos objetivos de negócios de cada marca. Neste trabalho, é preciso dizer “não” com muita frequência.

Isso porque o trabalho com influenciadores não deve ser visto como uma oportunidade – e sim como um match de personalidades que poderá ser rápido ou duradouro, mas que será eterno enquanto dure (como diria o poeta). Por isso, o principal pilar de uma estratégia de comunicação via influencers é identificar quais são as pessoas e canais que fazem sentido para a marca e para o consumidor.

O influenciador precisa ter fit com a marca – mesmo que seja a primeira vez em que os dois trabalham juntos. O público-alvo e o tom de voz precisam fazer sentido, mesmo que se trate de uma ação de guerrilha, feita para surpreender. O espaço é amplo para exercer a criatividade, mas é preciso estabelecer uma comunicação de pessoa para pessoa – do influencer para a audiência.

Nesse processo, o influenciador precisa ser reconhecido pelos consumidores como alguém apto a emitir uma opinião sobre o produto que está vendendo (seja um produto real, como uma camiseta, ou a credibilidade de uma empresa como líder em conteúdo). Mas existe uma camada que pouca gente aborda…

Qual é o impacto sobre o negócio?

Na maioria dos casos, os resultados das ações com influenciadores ainda se baseiam em métricas “de vaidade”, como o número de views, likes e compartilhamentos. No dia a dia dos negócios, é preciso ir muito além disso para gerar relevância para o negócio.

Não que essas métricas não sejam importantes – afinal de contas, o alcance conta muito na presença de uma marca no mercado. Mas é preciso ir além disso e conectar esses números aos objetivos-chave do negócio. Os OKRs, na sigla em inglês, apresentam esses objetivos e fornecem balizadores muito claros do que é importante, naquele momento, para o negócio.

Estruturar a comunicação segundo os OKRs da empresa garante um alinhamento das ações com o que é mais relevante do ponto de vista de negócios: gerar faturamento de forma consistente, atraindo novos clientes, retendo os consumidores atuais e ampliando seu tíquete médio.

Com o uso de OKRs e seu desdobramento em indicadores-chave de desempenho (KPIs) para as ações de comunicação, a empresa consegue responder à “pergunta de um milhão de dólares”: “qual é o impacto dessas ações para as vendas?” Mesmo que o objetivo direto da ação não seja a geração de vendas (dificilmente alguém termina um podcast e vai às compras), ela precisa contribuir para a consolidação da imagem da marca dentro daquele mercado, para que o público que segue o influenciador passe a considerar seus produtos e serviços como possibilidades viáveis.

Essa é uma estratégia de médio e longo prazo, que constrói, a partir de cada interação com o público, novas oportunidades de relacionamento. É preciso ser constante e consistente, seja nas relações diretas com consumidores finais (B2C), seja no relacionamento com empresas (B2B). Inevitavelmente, quando um negócio não parte dos OKRs para identificar onde e como se apresentar para o mercado, a consistência fica em segundo plano.

Nem tudo são flores

Nesse aspecto, é preciso estar muito atento a um ponto importante no uso de influenciadores como uma forma de dar impulso aos negócios. Como o influencer de certa forma “empresta” sua credibilidade para o negócio, ruídos na comunicação do influenciador podem respingar em sua marca.

Já vimos inúmeros exemplos: um influenciador cresce, ganha visibilidade e, em algum momento, faz um comentário ofensivo / misógino / elitista / racista que afeta sua imagem e a de todas as marcas que estão conectadas a ele. Somos todos seres humanos e falhamos muitas vezes, mas quando a credibilidade de um negócio (e a vida de dezenas, centenas ou milhares de pessoas que trabalham na empresa) está envolvida, é preciso ser muito mais cuidadoso.

Aqui, os OKRs também podem dar uma contribuição muito importante. O alinhamento do perfil dos influenciadores aos objetivos-chave do negócio traz para a discussão questões como o posicionamento e o propósito da empresa e do influencer. E, inevitavelmente, essas questões acabam sendo fundamentais para o sucesso do negócio no longo prazo.

Por isso, ao desenvolver uma estratégia de comunicação que tenha o relacionamento com influenciadores como um ponto importante, vá além das métricas de alcance: alinhe seus objetivos-chave e o propósito do seu negócio ao que o influencer pode trazer. E seja seletivo: relevância não se constrói de forma massificada, mas com sabedoria.

*Fabiana Ramos é pós-graduada em Gestão Comercial, com 20 anos de experiência em empresas multinacionais, hoje é a CEO da PinePR, agência de relações públicas especializada em scale-ups e empresas de tecnologia e inovação. Responsável, principalmente, pela expansão comercial da agência e pelo avanço da oferta de produtos e serviços. Ela tem a missão de colocar em prática as decisões tomadas no conselho administrativo da empresa, reforçar o posicionamento da PinePR como referência no mercado e garantir a melhor experiência para os clientes. Em sua última experiência, Fabiana atuou por 3 anos na expansão comercial da Swarovski no mercado B2B, desenvolvendo uma abordagem internacional de vendas com foco intensivo nos países da América Latina.

Primeira influencer ads do mundo entra oficialmente em operação

D-Influencers finaliza período de testes e começa a operar com 25 mil influenciadores cadastrados

Após quase 60 dias de testes na plataforma, diversas integrações, e reuniões de apresentação ao mercado de mídia, comunicação e marketing, a D-Influencers, a primeira influencer ads do mundo, uma empresa 100% nacional, entra em fase operacional no mercado.

“Temos o propósito de revolucionar o marketing de influência no Brasil. Por isso criamos uma plataforma simples e intuitiva, que reúne influenciadores de diferentes portes e alcances, com marcas, anunciantes e agências que precisam dar visibilidade e garantir o sucesso de suas campanhas de influenciadores”, diz o CEO e founder da D-Influencers, Maurício Vaz.

Maurício Vaz

A novidade já conta com mais de 25 mil influenciadores cadastrados, aptos a monetizar campanhas de marketing de influência de produtos e serviços das mais variadas categorias, especialidades e regiões do País. Os anunciantes podem fazer suas campanhas com pagamentos disponíveis em boletos, pix ou cartões.

O modelo de negócios da D-Influencers é único no segmento, baseado no CPC (custo por clique), onde a marca anunciante tem a garantia total de pagar R$1,00 por clique, com controle absoluto do budget. A plataforma, com o uso de uma IA (inteligência artificial) própria, encontra e distribui a verba entregando a melhor e mais ampla divulgação com o orçamento, segmentações e briefings inseridos pelos anunciantes.

Para ser um D-Influencer, basta ter mais de 1.000 seguidores, baixar o app e preencher corretamente o cadastro.

Sobre a D-Influencers

A 1ª influencer ads do mundo é uma empresa 100% brasileira, tendo como investidor o Magnum Group. A companhia utiliza tecnologia e metodologia totalmente próprias e exclusivas, propondo a maior inclusão de influenciadores, além de ampliar o impacto e os resultados em campanhas de marketing de influência, com o objetivo de oferecer a melhor geração de leads em todo Brasil.

O App D-Influencers está disponível para download nos sistemas Android e iOS. As marcas também podem acessar através da nossa plataforma web d-influencers.com.

Fonte: MadiaMundoMarketing – Danilo Nardi

Ikesaki inaugura estúdio de criação de conteúdo

Ikesaki inaugura estúdio de criação de conteúdo em São Paulo

Espaço da varejista fica na Rua Galvão Bueno, na Liberdade, e é voltado para profissionais e creators do segmento da Beleza que queiram produzir vídeos de última geração

Estúdio de criação da Ikesaki em São Paulo
Divulgação/ Ikesaki

O setor de Beleza e Cosméticos é o que mais usa as redes sociais para vender no Brasil, de acordo com o Índice de 24Tecnológica (IPT) de Varejo Ciente da importância cada vez maior do marketing de conteúdo no segmento, a Ikesaki lançou um estúdio de última geração em sua unidade na Rua Galvão Bueno, na Liberdade, em São Paulo. O objetivo da varejista é ampliar fortemente sua presença online e, ao mesmo tempo, proporcionar um espaço para a produção de vídeos de qualidade pelos profissionais de Beleza e creators do segmento, que podem usá-lo em parceria com a marca, mediante agendamento, para o impulsionamento dos seus negócios.

Para inaugurar o espaço, a Ikesaki recebeu no local seu time 10 IK creators (Beatriz Ferrari, Beatriz Paiva, Daniela Alves, Giovannna Almeida, Joseane Alves, Letycia Duarte, Marina Munhoz, Melry Andrade, Stefany Olavio e Raynara Pazos) e o time de profissionais de Beleza que criaram os profissionais virtuais de Beleza que interagem com o público da marca no mundo digital. Neste ano, em uma ação pioneira junto à marca, o cabeleireiro Hugo Babagi, a maquiadora Julia Virgínio, o barbeiro Nariko, a esteticista Luana Batista e a manicure Rafaela Souza criaram, respectivamente, o cabeleireiro (Ian), a maquiadora (Kelly), o barbeiro (Edy), a esteticista (Sara) e a manicure (Adri). As letras iniciais dos nomes dos profissionais de Beleza virtuais seguem as letras do nome “Ikesaki”.

Time de creators 10 IK Creators
Divulgação/ Ikesaki

“Temos despontado, especialmente nos últimos 6 meses, na criação de conteúdo diário, organização de eventos diferenciados com foco no profissional de Beleza e parcerias com os influenciadores (creators)”, afirma Edilaine Godoi, Head de Digital da Ikesaki. “Os profissionais de Beleza fazem trabalhos lindos e boa parte não posta a respeito. Nosso objetivo é ajudá-los a perceber a importância do conteúdo para alavancar seus perfis. As indústrias também participam trazendo seus técnicos e educadores para gravarem vídeo aulas, que são conteúdos ricos para os profissionais de beleza que nos acompanham”, complementa a executiva.

Estúdio de criação da Ikesaki em São Paulo
Divulgação/ Ikesaki

O agendamento prévio do estúdio pelos profissionais de Beleza e creators é feito através do e-mail disponível no Instagram da marca. Para a produção de conteúdo, eles podem contar com o apoio do time da Ikesaki.

Sobre a Ikesaki – A Ikesaki Cosméticos é a rede de lojas do profissional de beleza com 58 anos de história de inovação em seu DNA. Fundada por Hirofumi Ikesaki, em 1964, no bairro da Liberdade, em São Paulo, a marca iniciou como o primeiro supermercado de produtos de beleza com um sistema de autosserviço de cosméticos. O modelo de varejo criado pela Ikesaki tem por base o respeito a todos os seus públicos, fornecimento de conteúdo e serviços exclusivos e evolução contínua, valorizando as marcas e produtos dos seus fornecedores. A marca conta hoje com nove hiperlojas no Brasil com milhares de metros quadrados e hiperloja online, todas mantendo o conceito original de ponto de venda com soluções completas, grande variedade de produtos e serviços e a melhor experiência de compra para os clientes, em um ambiente 100% voltado para a beleza.

Coluna Propaganda&Arte

A velha arte de renovar um grande sucesso

No cinema, eles chamam de remake. Na música, poderia ser uma releitura ou um cover. Na literatura, uma nova edição impressa com capa colorida e comentários inéditos. Não importa o formato, sempre estamos olhando para os grandes feitos e tentando emplacar novamente os mesmos personagens, mesmas histórias e roupagens na tentativa de resgatar o mesmo sucesso. Seria esse o melhor caminho para ser lembrado no futuro? Até quando vamos fazer tudo igual outra vez?

A propaganda imita a arte (e a vida também)

Estes dias a Pepsi fez o que ela sabe fazer de melhor: Propagandas de impacto que une estrelas. Já foi a vez de Britney Spears, Beyonce, Pink & Enrique Iglesias. Já tivemos comerciais memoráveis de grandes futebolístas como Ronaldo, Fenômeno e Figo. Desta vez, os influencers ganharam peso com a presença de nada menos que o Luva de Pedreiro e vários famosos no nível de Messi e Ronaldinho. Toda estética é bem parecida com a já conhecida movimentação e dribles divertidos da versão antiga, porém com mais efeitos e movimentos que antes não tinhamos como fazer. Confesso que dá uma certa nostalgia ver esse tipo de propaganda, que olha pra trás, faz reverência e tenta ser criativa sendo sempre parecida. Um baita desafio. Na verdade, é um baita risco.

Qual o problema de olhar pro passado?

Não tenho nada contra as pessoas nostálgicas que dizem que bom mesmo eram as bandas de antigamente. Ou que os grandes pintores e artistas estão somente no passado. Os clássicos. Os bons tempos. Os tempos dourados. Chame como quiser, eu te entendo, o tempo passa e tudo parece diferente demais pra gente. Esse olhar sempre pra trás na arte, entretenimento ou literatura está criando um monstro que não teremos mais como conter. Por medo de apostar e errar, as produtoras estão tentando investir no certo e, paradoxalmente, mesmo com medo de errar, continuam errando, estragando ideias e histórias mais do que acertando e não vão parar tão cedo. (Quantos anos são necessários para lançar um remake? Boa pergunta.)

Remakes e mais remakes (Spoiler: sem final feliz)

Nos últimos 10 anos, os cinemas foram inundados por uma onda de remakes. Até aí tudo bem. Se o filme for bom, eu assisto várias vezes. O problema é que na sua maioria é ruim. Acaba sendo uma estratégia apenas para levar público, tentando renovar audiência, mas não convence. Por exemplo, me fala se você gostou de verdade destes remakes aqui abaixo:

Karatê Kid (2010) com o Jackie Chan e o filho do Will Smith onde eles simplesmente lutam KUNG FU.

Ghostbusters (2012) com atrizes talentosas, mas que não conseguiram criar nada parecido com os tradicionais filmes dos Caça-fantasmas que marcaram os anos 90.

E nem vou citar uma sequência de filmes de super-heróis que simplesmente foram tentando fazer remake dos remakes e criaram algo que já nem sei mais se é bom ou ruim. O último Batman é bom? Preciso ver pra saber se acertaram dessa vez. E você? Na sua opinião, tem algum remake que se salva?

Obs. 1: Ah! Dá uma olhada no comercial novo da Pepsi se ainda não viu (que não por acaso tem uma trilha do Fat Boy Slim bem anos 90 – nada mais nostálgico que isso!): https://www.youtube.com/watch?v=fXbSirrXQ4U

Obs. 2: atenção no filme para o “HORSINHO” que aparece. Essa me pegou.