O impacto da força da marca no relacionamento com o consumidor

Por Luis Fernando Guggenberger*

Uma marca se fortalece com a consolidação de diversos fatores. A qualidade é condição básica de sobrevivência de um produto ou um serviço, a diferença neste campo está em seu grau de resolução dos problemas das pessoas, ou seja, é o fator humano quem realmente faz a diferença. A relação transparente e verdadeira com o consumidor, os compromissos assumidos com a sociedade, o comprometimento dos colaboradores (dos que passaram, dos que estão e dos que virão), é esta visão sistêmica e interdependente que consolida a sua força, independente do mercado em que atua.

Há algumas décadas, ao falarmos sobre marcas referência, lembrávamos sempre daquelas que viraram sinônimos dos produtos: tem aquela do refrigerante, do achocolatado em pó, da esponja de aço, do impermeabilizante com o balde amarelo. Essa conexão com o produto por meio de técnicas funcionais e da propaganda repetitiva, quase como um chiclete que gruda em nossas mentes, continua sendo fundamental, mas será que somente isso funciona neste mundo contemporâneo? Os consumidores querem conhecer o posicionamento das empresas, o que defendem, em que acreditam. Não é à toa que as assistentes virtuais fazem tanto sucesso, pois são mais uma forma de aproximação com os clientes na tentativa de humanização das empresas, é como diz a expressão já popular de “dar match”.

O tempo de atuação deve ser uma vantagem para a marca e não um empecilho, um sinônimo de confiança e de que ela irá além de não lhe deixar na mão, escutará qual o seu desejo, a sua necessidade. Que os mais de X anos de mercado sejam um diferencial competitivo – “ela segue inovando, continua atual, conquista cada vez mais consumidores” – e não um sinônimo de obsolescência – “faz mais do mesmo, continua oferecendo as mesmas soluções, é mais conhecida pela história de sucesso no passado do que no presente”. Mas como manter essa vitalidade?

É claro que não há receita pronta, mas algumas características são comuns àquelas que obtém sucesso. Ter um propósito consistente e genuíno, que realmente faça sentido na empresa e que tenha um impacto na sociedade é um ponto de partida. O da Vedacit, por exemplo, é “transformar a vida de milhões de pessoas, melhorando as condições de habitação, fazendo da sua casa a nossa causa”, ou seja, enfatiza o compromisso com iniciativas, tecnologias e soluções que garantam a saúde das edificações e a prevenção de problemas que comprometam a saúde das famílias brasileiras. Mais do que vender produtos, a empresa assume um compromisso público com a saúde e até mesmo com a educação das pessoas, ao melhorar o local onde vivem. E esse compromisso inclui ações efetivas, próprias ou em parceria com negócios sociais, ONGs e outras indústrias que compartilham desse propósito.

Outra questão importante é ser genuíno também com as atribuições que assume. Não basta dizer que é inovadora. O que a companhia faz para isso? Ou em Sustentabilidade, quais são os compromissos assumidos publicamente? A empresa tem certificações, metas claras para evoluir em sua jornada, objetivos a serem alcançados? Outro assunto em alta, Diversidade & Inclusão, não bastam posts coloridos nas redes sociais, quais são as ações efetivas, desde o processo seletivo até a retenção dos talentos? Como é a relação com o consumidor? Há um cuidado para não estar no topo dos rankings que fiscalizam o nível de atendimento e resolução de problemas? Tem agilidade para sanar dúvidas e resolver suas não entregas?

Veja, não é preciso falar sobre tudo o que está em alta, mas sim se comprometer de verdade com aquilo que faz sentido para a cultura da empresa. Os colaboradores também fazem parte desse processo. Eles precisam compartilhar os mesmos valores e colocar em prática no dia a dia. Ter diversas gerações convivendo harmonicamente também reflete nessa vitalidade. Unir os jovens recém-formados com profissionais com mais de 20, 30, 40 anos de empresa e incentivar o que há de melhor em cada um.

O que faz uma marca ser valiosa é o fruto dessa combinação: o quanto ela mostra os interesses nas questões que as mobilizam, o impacto social gerado, a conexão e identificação dos funcionários, a atuação como agente transformador, a real consequência na sociedade. Afinal, o consumidor sabe quando é de verdade e valoriza isso.

Independente de marcas serem adquiridas por outras empresas, o mais importante para a manutenção de seu sucesso e perenidade é garantir com que ela permaneça capturando o espírito da época (Zeitgeist), em especial entendendo as necessidades das pessoas e do planeta.

* Luís Fernando Guggenberger é executivo de Marketing, Inovação e Sustentabilidade da Vedacit, responsável pela coordenação das iniciativas de Inovação Aberta e Sustentável e pelo Instituto Vedacit. Formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Guarulhos e pós-graduado em Comunicação Empresarial pela Faculdade Cásper Líbero. Sua experiência profissional é marcada pela passagem em fundações empresariais como Fundação Telefônica e Instituto Vivo, além de organizações sociais na cidade de São Paulo. Luis participa do Conselho de Governança do GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas e do Conselho Fiscal do ICE – Instituto de Cidadania Empresarial. É mentor de startups de impacto socioambiental.

 

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Educação: Congresso reúne educadores, estudantes e startups para debater tecnologia e empregabilidade

IV Congresso de Educação Invoz inova ao trazer jovens empreendedores de empresas digitais para debaterem com professores e alunos os desafios para formar as novas gerações de profissionais que vão trabalhar num mercado intensivo em tecnologia

O universo das startups também será contemplado no IV Congresso de Educação INVOZ, com o tema “Educação em Debate: Inspirações e Provocações”, a ser realizado no dia 30 de agosto, das 8h30 às 18h, no Parque Tecnológico, em São José dos Campos (SP). As startups estão em evidência e o Congresso quer estimular a reflexão sobre como esse modelo de negócio promove transformações no mercado de trabalho e exige cada vez mais o desenvolvimento do pensamento lógico, da criatividade e do senso crítico pelos estudantes. E também como desenvolver nos alunos uma cultura empreendedora.

Participam desse debate os jovens empreendedores digitais Rui Arle (Napp Solutions), Thiago Scaff (Xperience), Rodrigo Dib (Galena) e Micaele Cavalcante Gomes (Driven Education).

Inicialmente, vale lembrar que startups são empresas que fazem uso intensivo do conhecimento para criar soluções e produtos tecnológicos ​que causem impacto na vida de mais pessoas, ganhando escala e gerando valor rapidamente.

Rui Arle, por exemplo, irá abordar como a Napp Solutions, startup do interior de São Paulo, se aproximou de escolas, universidades e do poder público para formar programadores e suprir a falta de pessoas qualificadas para a função. A empresa precisou tomar tal iniciativa para continuar crescendo. Com 300 funcionários, o negócio da Napp Solutions é digitalizar lojas físicas, dando visibilidade online a seus produtos e conectando pequenos comerciantes às grandes corporações.

“O investimento em educação em programação e metodologias de criação de startups poderá impactar diversas áreas, como: suprir a falta de mão de obra, gerar mais empresas do segmento, desenvolver regiões pelo interior do país, aumentar a arrecadação e a renda per capita de municípios”, esclareceu Rui Arle.

Já Thiago Scaff irá falar sobre os impactos das startups para o mundo da educação. Com mais de 10 anos de experiência no mercado de educação, ele atua em empresas como: Pearson Education, Abril Educação e Elsevier. Nos últimos 3 anos, se dedica a edtech especializada em Realidade Aumentada para a educação.

“No congresso queremos ampliar a mentalidade do jovem, abordar o empreendedorismo. Mostrar como funciona este mundo das startups que está definindo profissões e mercado de trabalho”, pontuou Scaff.

Rodrigo Dib é cofundador da Galena, tem mais de 20 anos de experiência na construção de projetos voltados a criar oportunidades para que talentos ingressem no mercado de trabalho. Foi CEO/Diretor Executivo do Instituto PROA, onde foi o responsável pela revolução cultural, digital e o crescimento exponencial da organização e executivo por mais de 12 anos do Grupo Ayrton Senna. No congresso, a conversa será sobre empregabilidade e inovação.

Startup também é interesse do universo feminino, Micaele Cavalcante Gomes, da Driven Education, e fundadora do Instituto Sciety Lab, voltado para olimpíadas e competições científicas nacionais e internacionais. Ela estudou em escolas públicas, ganhou uma bolsa integral em escolar particular após descobrir um asteroide não catalogado. No congresso, trará para o debate como a ciência e a tecnologia podem ser revolucionárias na educação e trazer oportunidades para os jovens.

Últimos dias para as Inscrições gratuitas para o Congresso

Neste ano, o IV Congresso de Educação, cujo tema será “Educação em Debate: Inspirações e Provocações”, terá formato híbrido, com inscrições abertas para participação presencial (oitocentas vagas) e online (quatro mil), que devem ser feitas acessando: https://invoz.org/congresso/

Serviço:
Dia: 30 de agosto
Horário: 08h30 às 18h
Local: Auditório do Parque Tecnológico
Inscrição – acesse: https://invoz.org/congresso/
Ingresso solidário (doação de um quilo de arroz, feijão ou açúcar)
Informações: (12) 98148 -1440 Whatsapp ou pelo email: congresso@invoz.org

Fonte: Solução Textual Assessoria – Renata Vanzeli

É preciso praticar a diversidade da porta para dentro

Por Rui Piranda*

Há alguns anos, se você me pedisse para fazer uma projeção das maiores campanhas publicitárias que estariam em circulação no século XXI, certamente, eu apostaria nas que destacam produtos extremamente inovadores, como veículos voando ou com autonomia para andar sozinhos. No entanto, a inovação tem dividido a atenção com outro tema que há muito tempo já deveria estar inserido em nossas vidas: a diversidade. Você vai dizer que a comunicação reflete o comportamento da sociedade. Então, seja você um acelerador dessa mudança.

Felizmente, tenho visto o esforço genuíno de muitas marcas para praticar a inclusão da porta para dentro. Sei de empresas e empresários que investem fortemente na inclusão de forma anônima, por acreditar que se trata de um dever e não ferramenta de promoção. Todos são sinais claros de evolução, mas ainda há espaço para melhorarmos mais.

Tenho pensado muito nesse tema. Até mesmo porque ele permeia muitas reuniões de briefing das quais participo. E queria aproveitar esse espaço para convidar você a refletir alguns pontos que tenho observado:

Quem pratica e divulga acaba incentivando!

Respeito quem promove, financia ou incentiva a inclusão de maneira anônima. Mas a empresa que divulga as boas ações que pratica, de certa forma, inspira os funcionários, os consumidores e a sociedade a perceber o assunto como relevante e, quem sabe, se engajar no tema. Digo isso como cidadão e não como um profissional da área de comunicação.

Valorizar a diversidade é um caminho para a inovação!

Ter diversidade dentro da empresa é uma oportunidade singular de ter uma visão ampla do mundo, das necessidades das pessoas e de soluções para diversos problemas e desafios. É um caminho tanto para ser mais assertivo com o público-alvo quanto para conquistar novos clientes. No final do dia, isso tudo tende a se reverter em melhor performance da equipe e do negócio diante da concorrência e, consequentemente, resulta em mais lucratividade – que, apesar de não ser o foco principal da ação, é algo importante.

Isolada, a estética da inclusão é uma ilusão!

Para propagar uma crença ou um princípio para o público externo, é muito importante que o discurso seja praticado da porta para dentro. É mais genuíno direcionar o discurso para comunidades diversas quando você tem representantes desse grupo no seu time interno. E não para por aí. Se, por exemplo, você deseja promover a inclusão de um cadeirante no seu grupo, é importante que ele consiga transitar por todos os espaços da sua empresa e não apenas por áreas específicas adaptadas para ele. Reconheço que a estética externa já é um primeiro passo para iniciar a discussão da diversidade na companhia. Mas, passada essa primeira fase, é muito importante acelerar o passo para que o discurso vire prática no dia a dia da organização, algo que, no longo prazo, contribui, inclusive, para a atração e retenção de talentos.

O checklist da inclusão está com os dias contados!

É comum a construção de campanhas com base em fotos extraídas de banco de imagens. Felizmente, hoje, nesses arquivos já não é difícil encontrar retratos que traduzem a diversidade em diferentes situações cotidianas. A composição das imagens, porém, precisam ser feitas com bom senso. Do contrário, corre-se o risco de passar a impressão de que havia a necessidade de gabaritar um checklist. Ideal mesmo, é poder entrar em uma organização fotografando ou filmando a diversidade enquanto ela acontece, em tempo real.

Os estereótipos podem minar uma ação!

Um risco de não ter diversidade dentro da companhia e cair na armadilha de criar produtos, serviços, discursos ou campanhas com base em estereótipos. Então, no lugar de abrir o canal de comunicação com um grupo, sem querer, você acaba por ofender essas pessoas.

O ideal é ter representatividade para construir a base conceitual do que deseja comunicar. Na sequência, contar com a diversidade para criar ou co-criar e dar forma a tudo isso é fundamental. Assim, teremos algo verdadeiro: diversidade genuína somada aos valores e ao tom de voz da marca. Para dar os primeiros passos seguros e pertinentes, há boas empresas de consultoria para o assunto.

Este é um tema urgente e precisa de discussões produtivas e – principalmente – de ações genuinamente interessadas na igualdade. Lembre-se: a diversidade inclui você.

*Rui Piranda é sócio-diretor da agência ForAll