O dia da internet

No Dia da Internet, conheça 7 grandes inovações que estão levando à expansão da “IoT”

Estudo aponta quais ações estão contribuindo para que a Internet das Coisas entre de vez no dia a dia das pessoas

Hoje, dia 17 de maio, é celebrado o Dia da Internet, tecnologia que revolucionou a maneira como vivemos e trabalhamos nas últimas décadas. Um dos avanços proporcionados graças à Internet é o IoT, ou a Internet of Things (Internet das Coisas), que conecta objetos a rede mundial de computadores. Hoje em dia, com a “IoT” nossos dispositivos são inteligentes e estão conectados, produzindo dados que geram insights e tornam nosso cotidiano mais eficiente e nossa economia mais aquecida. A Internet das Coisas está trazendo todo o potencial dos softwares e da internet para o mundo físico, fazendo uma revolução por meio de sensores, dados, criptografia e nuvens.

“Muitas ferramentas tecnológicas poderosas estão convergindo para multiplicar as oportunidades geradas ao se conectar os dispositivos que fazem parte do nosso dia a dia”, explica o country manager da BSA no Brasil, Antônio Eduardo Mendes da Silva, conhecido como Pitanga. “Estamos no caminho certo para que a revolução dos dispositivos conectados melhore nossa qualidade de vida e transforme novamente a maneira como trabalhamos, além de ser um gás na nossa economia, criando novos empregos, indústrias e oportunidades para um futuro mais próspero”, analisa.

As principais inovações que estão permitindo o desenvolvimento da IoT (Internet das Coisas) são apresentadas no estudo “Sensor Sensibility – Getting the Most from the Internet of Things”, da Software.org, uma organização de pesquisa internacional, independente e apartidária.

Conheça os 7 principais avanços apresentados pelo estudo:

Sensores estão ficando cada vez menores, baratos e poderosos
Eles permitem que dispositivos vejam, escutem e sintam além da capacidade humana. Permitir que os dispositivos sintam e controlem o ambiente é parte fundamental para a criação de uma rede conectada.

Dados criados por dispositivos estão crescendo exponencialmente
O aumento do volume de dados faz com que possamos aproveitá-los mais, já que estamos criando um gigantesco banco de informações que pode ser consultado para tomar decisões mais estratégicas. Quanto mais explorarmos os dados, mais possibilidades se abrirão.

Softwares inteligentes podem ser embutidos em qualquer produto ou solução
Ao inserir softwares em dispositivos e objetos, permitimos sua conexão com a internet e com a Nuvem, deixando-os mais inteligentes, além de possibilitar a sua integração a um sistema. Igualmente, viabiliza que o sistema seja aperfeiçoado por meio de simples atualizações de software. A presença dos códigos em nossas vidas cresceu tanto que hoje em dia, por exemplo, geladeiras de última geração têm mais linhas de código que um computador de mesa tinha há 20 anos.

A conectividade está ficando mais rápida, onipresente e indo mais longe
Para atingir todo o potencial de rede da Nuvem, dispositivos devem estar conectados por meio de internet de alta velocidade, baixo custo e ampla abrangência. Conexões preparadas para lidar com redes mais densas já estão sendo desenvolvidas para serem mais flexíveis e rápidas.

Softwares de análise estão usando a Nuvem para deixar dados mais acessíveis, úteis e cada vez mais valiosos
Quando dois dispositivos se comunicam, é essencial que exista a Nuvem para armazenar, processar e analisar os dados obtidos. A Nuvem também garante que os dados sejam armazenados e consultados remotamente, além de permitir a criação de sistemas integrados e inteligentes que deixam os aparelhos cada vez mais smarts. A análise inteligente das informações atrelada aos dispositivos resulta em uma rede muito mais poderosa do que a simples adição isolada deles.

Tecnologias de segurança evoluem continuamente para permitir que os dispositivos fiquem conectados e os dados fiquem protegidos mesmo com a evolução das ameaças
Quanto mais os dispositivos conectados fazem parte de nossas vidas, mais precisamos que tecnologias se renovem continuamente para garantir um uso seguro da rede. A criptografia, por exemplo, já esta sendo utilizada para proteger dados, para assegurar que apenas dispositivos habilitados estejam conectados à rede e para proteger dados em trânsito e armazenados na Nuvem.

A inovação não está restrita a grandes empresas, mas também nasce nas garagens de empreendedores e inventores independentes
Com a proliferação de dispositivos conectados e das Nuvens e a facilidade para se comprar e conectar sensores, o percurso entre ideia e protótipo e entre protótipo e produto está encurtado, facilitando a criação de novas soluções conectadas por inventores independentes. A inovação não está mais limitada às grandes corporações.

Fonte: Textual – Maria Alice Vila – BSA | The Software Alliance

Passo importante para a IoT no Brasil

Abinc une-se à LoRa Alliance e dá passo importante para a popularização do uso do IoT no Brasil

Associação Brasileira de Internet das Coisas une forças com a instituição internacional para padronizar a tecnologia de transmissão dos dispositivos de IoT no país e ajudar a reduzir custos, estimular a produção e inovação nacional e acelerar a proliferação do uso da tecnologia

A Associação Brasileira de Internet das Coisas anunciou nesta semana que uniu-se à LoRa Alliance, entidade internacional que trabalha no desenvolvimento de um padrão global para a Internet das Coisas, a fim de desenvolverem em conjunto uma definição padrão da frequência utilizada para a comunicação de dispositivos de IoT.

O anúncio vai de encontro com os avanços que o setor pretende promover nos próximos meses com a regulamentação da portaria da Anatel que homologa o uso da tecnologia Lora no Brasil, que passará a valer a partir de Abril.

Com a colaboração entre as duas entidades, empresas brasileiras associadas da Abinc poderão promover as tratativas para desenvolvimento de uma rede de comunicação padrão para o país e para a América Latina. “Essa padronização vai permitir a interconectividade entre os dispositivos de IoT, estimular a produção e desenvolvimento de tecnologia nacional e ajudar na popularização do uso das tecnologias por todos os setores da economia e para o usuário final com custos mais acessíveis”, avalia o diretor de Tecnologia da Abinc, Luis Viola.

A LoRa Alliance promove um padrão aberto para redes baseadas em LoRa denominadas LoRaWAN. O padrão foi desenvolvido pela Semtech e os proprietários da tecnologia do chip são a IBM Research e a Actility. Fazem parte da LoRa a Cisco, KPN, Orange, ZTE entre outros.

Em uma solução de IoT, a conexão direta de “coisas” (sem utilizar um gateway) para distâncias superiores a 300 metros (Wide Area) é feita em grande parte utilizando-se as redes celulares nas suas diversas tecnologias (GPRS/EDGE, 3G e 4G). Estas redes foram projetadas para comunicação entre pessoas e apresentam um custo de conexão e consumo de bateria que limitam a viabilidade de sua utilização na conexão de “coisas”. As redes Low Power Wide Area (LPWA) surgiram para conectar milhões de “coisas”, com redes de melhor cobertura, menor custo de conexão e menor consumo de bateria, ampliando desta forma o leque de soluções de IoT.

Fonte: Motim.cc – Silas Colombo

IoT e os negócios

Os impactos rápidos e práticos da Internet das Coisas nos negócios

*Por Eros Jantsch

O conceito de Internet das Coisas (IoT) tem ganhado cada vez mais destaque e está presente na vida de muita gente. De acordo com o Gartner, até 2020, teremos mais de 20 bilhões de coisas conectadas. Se considerarmos os mais de sete bilhões de habitantes no planeta, haverá quase três vezes mais coisas conectadas do que pessoas.

Quando olhamos a evolução da tecnologia, percebemos que um houve um avanço acelerado nos últimos anos, se comparado com décadas anteriores. Hoje, com a popularização da mobilidade, quase todo mundo tem acesso a um dispositivo móvel. O surgimento da nuvem facilitou o investimento de pessoas e empresas em inovações, como inteligência artificial, social e etc. Em resumo, a tecnologia está mais acessível.

Eros Jantsch

Por trás de tudo isso, e muitas vezes não visível aos nossos olhos, está a velocidade de processamento dos dispositivos, que tem ficado cada vez mais acessível em função da escala. A conexão com a internet melhorou e o custo baixou, isso no mundo todo. Esses dois fatores, bom processamento e a possibilidade de conectar as coisas com mais agilidade e um valor menor, criou um cenário propício para explorar a internet nas coisas.

As tais coisas conectadas já estão disponíveis no mercado, são relógios, equipamentos fitness, geladeira, ar condicionado, uma série de objetos inteligentes com acesso à web e às infinitas possibilidades que ela proporciona. Viveremos em um planeta com bilhões desses objetos que, em um futuro próximo, terão uma influência maior no nosso cotidiano – até mais do que as próprias pessoas.

No mundo dos negócios não será diferente e a IoT terá um impacto significativo em todos os segmentos. As coisas conectadas estão provendo uma série de informações que antes não existiam ou demandavam um esforço enorme para se obter. No varejo, por exemplo, os dispositivos inteligentes serão os responsáveis por identificar o perfil de cada consumidor de uma loja – desde o sexo e faixa etária, até a frequência de visitas ao local. Tudo isso, sem ter que ficar buscando dados em diferentes sistemas ou aplicando pesquisas com os clientes. E esse tipo de informação tornará possível um planejamento mais direcionado.

Vamos imaginar um estabelecimento que comercializa cosméticos e usa sensores de IoT. Por meio de uma câmera inteligente, o gerente saberá quem são as consumidoras presentes no exato momento em que elas estão no estabelecimento. Monitorando esse tráfego, ele poderá ver que às 15h, a maioria das mulheres que estão no local tem acima de 40 anos. Não seria um bom momento para fazer uma promoção relâmpago de cremes anti-idade? Ou ainda, enviar uma mensagem de texto sugerindo um produto com desconto que a consumidora demostrou interesse no e-commerce? Aqui, o objetivo, além de conquistar a fidelidade, é proporcionar uma experiência multicanal –começou no online e terminou na loja física.

Viabilizar esse tipo de inovação, seja em um estabelecimento comercial ou uma fábrica, requer a adoção de sensores inteligentes, um gateway e uma plataforma para gerenciar tudo. São estes 3 componentes que armazenam, trafegam e analisam os dados. Porém, de nada adianta ter os dados, mas não os utilizar de uma maneira que traga benefícios para o negócio. Nesse ponto, a figura da plataforma IoT é essencial, pois é ela que vai analisar as informações e dar os insights necessários para que se extraia valor dos dados.

Ou seja, para usufruir dos benefícios de um mundo conectado nos negócios, não basta ter uma câmera inteligente, é necessário que ela esteja conectada à um gateway e ele à uma plataforma. Parece uma dinâmica complexa, mas na prática é muito mais simples, desde que o seu parceiro tecnológico conheça os caminhos das pedras e te entregue tudo pronto no modelo PaaS (sigla em inglês, para plataforma como serviço). Já a plataforma, precisa contar com uma interface simples e intuitiva para que soluções de negócios deslanchem.

Como qualquer novidade, no começo, é difícil enxergar quais serão os benefícios que a tecnologia trará – foi assim até com o celular. O mercado ainda tem dificuldade para entender que esse investimento traz um retorno rápido, não só em vendas, mas em experiência para o consumidor – cada dia mais digital e ávido por um atendimento personalizado. E o resultado prático disso é: operar com mais eficiência, ser mais lucrativo e, por que não, criar novas fontes de receita?

*Eros Jantsch é CEO da Bematech e vice-presidente de Micro e Pequenos Negócios da TOTVS

Fonte: RMA Comunicação – Regina Sanches

Artigo discute se a internet é das coisas ou das pessoas

A Internet das … pessoas?

Por Alan Satudi*

Muita gente tem tentado compreender o que é a IoT (Internet das Coisas). Quão real ela é? Quais produtos e serviços serão impactados por seu uso e como? O que é preciso fazer para se preparar? Mas, ler inúmeros artigos sobre o assunto, às vezes, não só deixa de responder a essas perguntas, como gera ainda mais dúvidas.

Alguns artigos apontam que a IoT, quando completamente implementada, será tão disruptiva que a sociedade precisará pagar um salário mínimo para as pessoas que forem substituídas por máquinas e ficarem fora do mercado de trabalho. Esta visão de um futuro distópico, com desemprego sistêmico e maciço devido à tecnologia, parece plausível se considerarmos as tendências dos últimos 20 anos. No entanto, acredito que há uma outra visão, mais positiva e propositiva que – ao contrário de isolar as pessoas – as conecta.

Vou explicar por meio de uma experiência de atendimento ao cliente pela qual passei recentemente e poderia ter sido frustrante, mas foi de fato bastante agradável.

Ao planejar uma viagem internacional para uma reunião de negócios, em vez de tentar reservar on-line, liguei para a nossa agência de viagens corporativas. Depois de navegar em um breve menu no telefone eu estava conectado à “Maria” (nome fictício). Maria imediatamente me encontrou pelo meu nome (eu liguei do telefone da minha mesa, gravado na agência). Ela era simpática, profissional e me deu várias opções de voos, conseguiu um assento com espaço extra para as pernas, conhecia minhas preferências (assento na janela). Ela notou, ainda, que eu estava voando no domingo e voltando sexta-feira, e ofereceu um voo no sábado que economizou R$ 1.000,00. Eu decidi sair um dia antes para poupar o dinheiro da empresa, ter um dia extra para fazer turismo e me recuperar do jet lag.

Agora, contraste essa experiência com o que tenho certeza que todos nós encontramos ao buscar esse tipo de serviço: ter que repetir informações pessoais todas as vezes que ligamos para o atendimento ao cliente (às vezes até na mesma chamada), sentindo que sabemos mais sobre os produtos do que o representante do serviço. Nesse aspecto, uma coisa que me irrita é a manipulação da pesquisa de satisfação do cliente onde todas as perguntas se concentram na pessoa que estava tentando ajudar, quando deveria ter foco no motivo pelo qual a ligação foi feita – o que nos obriga a dar uma boa classificação, pois se sabe que a pessoa do centro de atendimento está sendo avaliada. Enquanto isso, o produto ou serviço ruim pelo qual a ligação foi feita não está coberto no questionário.

Alan Satudi

Você pode estar pensando: “O que o serviço de atendimento ao cliente tem a ver com IoT”? Afinal, IoT parece prometer menos interações humanas, uma vez que os produtos inteligentes estão conectados analiticamente e reduzirão grandemente a necessidade de trabalho humano. Na verdade, muitas vezes o uso da IoT é baseado nesta proposição de valor. Eu acredito que essa visão futurista não acontecerá em grande escala em curto prazo, já que a base instalada de equipamentos não possui conectividade com internet.

No entanto, IoT pode fornecer valor antecipado, identificando produtos específicos por cliente e depois conectando-se a fontes de informação existentes (dados do produto, garantia, manutenção e consultoria especializada). Usando a Internet das Coisas, as empresas podem ter melhores informações contextuais disponíveis para que a experiência do cliente seja aprimorada.

IoT ou IIoT (Industrial Internet of Things) poderia ajudar a tornar essas interações B2C e B2B mais centradas no ser humano de fato. Imagine ligar para o atendimento ao cliente de um produto ou serviço e o representante da empresa possuir todas as informações pertinentes, antes de você começar a falar? Eles não saberiam só sobre seus dados, mas também detalhes sobre o produto ou serviço que você está perguntando, modelo / número de série / garantia, bem como informações de desempenho e poderiam entrar em contato com você antes mesmo de um problema ocorrer. Então, melhor do que sujeitar os clientes a um processo frustrante de encontrar a pessoa certa para explicar a situação, os clientes e as empresas poderiam estar conectados em um compromisso menos estressante, talvez até agradável.

Seria a internet aplicada a favor das melhores interações humanas. Seria a Internet não das Coisas, mas a Internet das Pessoas.

*Alan Satudi é gerente de marketing de produto para ITD na Schneider Electric.

Fonte: Comunique Se – Talita Ramos