Coluna Propaganda&Arte

Que tipo de leitor/escritor você quer ser em 2019?

Todo início de ano nós temos um costume quase “religioso” de verificar o que foi feito e quais metas nós queremos alcançar no novo ano que se inicia. E se essa mudança fosse um hábito de leitura? Será que você estaria disposto a mudar?

Eu sempre gostei de escrever tanto como forma de relaxar, extravasar ideias e emoções como profissão. Por isso, descobri que existem perfis de escritores e, consequentemente, de leitores.

Já pensou em qual perfil você se enquadra?

Quantos livros você lê por ano? Mais de 4 ou mais de 20? Qual tipo de leitura você gosta mais? Até que ponto estas leituras estão trazendo resultados para você? (mesmo que esse resultado seja uma satisfação ou um entretenimento). Você tem lido mais ou menos nos últimos 5 anos?

No meio de escritores (um universo bastante maluco onde você encontra todo tipo de interesse e perfis) vejo muitos escritores por ganância, enxergando num best-seller a oportunidade de vencer na vida, conseguir milhões de forma fácil. Outras pessoas que buscam escrever por paixão, sem foco em dinheiro ou fama, mas sim em aperfeiçoamento.

Não vejo um caminho certo ou errado aqui. Você pode ter o sonho de virar milionário escrevendo, mas precisa saber que o trajeto será bastante complicado. Isso se aplica aos leitores, que são cada vez mais raros hoje em dia.

Não estou aqui fazendo uma reclamação para falar sobre como o Brasil é um país que não favorece e incentiva a leitura, acho que temos uma cultura muito forte da TV, do vídeo, como no resto do mundo e os livros estão sim perdendo a batalha do entretenimento para plataformas como Netflix, e isso é algo a se pensar, pois livro não é só entretenimento, você aprende sobre visões, análises críticas, aprende a pensar melhor, articular e criar bagagem. Isso é imprescindível para o desenvolvimento mental do indivíduo crítico. Mas como disse, não estou aqui para reclamar de nada. Estamos livres para ler, escrever, ver Netflix, passear, fazer Yoga, plantar uma árvore, nem preciso te falar das vantagens de cada atividade. Isso é cultural e ponto. Mas sempre é possível mudar.

Veja as referências e locais aonde você consome conteúdo. São todos vídeos? Fotos? Textos? As notícias que você lê são de jornalistas independentes? Você já pensou nas comunidades alternativas de produção de textos? Você tem o hábito de ler e-books ou só impressos? Você já ouviu falar de plataformas, como Wattpad? Medium? Muitos escritores estão lá, do mundo todo, mas minha dúvida é: será que os leitores estão lá também?

Sigo nas minhas metas de 2019: escrever mais, ler mais, aumentar meu raio de leitura, diversidade de leitura, ler coisas de meu interesse, como: ficção científica, distopias, psicologia, etimologia, cultura, música, filosofia, mas também ler conteúdos que pouco me interessam, como: tabloides de notícia, fofoca, fanfics, culinária, dicas de beleza, moda feminina, correntes do whats, biografias de caras que nem gosto, softporn etc.

Você é do tipo que escreve/lê somente o que você gosta? Será que isso não está sendo um problema para sua evolução pessoal e profissional? Vamos sair dessa bolha em 2019?

O futuro da TV Conectada

TV, TE VI: o futuro é conectado

Por Rafael Pallarés, General Manager da Telaria no Brasil*

Fico pensando sobre Assis Chateaubriand em 1950, quando fundou o primeiro canal televisivo no Brasil, a TV Tupi. Por muitas décadas o princípio “dessa televisão” era ser um receptor, ou seja, uma caixa que transmite conteúdo vindo de outros lugares. Depois de alguns anos, os nossos hábitos de audiência evoluíram, principalmente depois do advento do cabo nos anos 1970. Esse progresso não parou, lembro que passamos por alguns formatos, até chegar nos modelos de distribuição de streaming e over-the-top (OTT, qualquer app ou website que entrega conteúdo em streaming via internet), que também é conhecido por um termo genérico para descrever o que a TV se tornou: TV avançada, que representa a convergência da TV tradicional com o streaming de vídeo fornecido por plataformas OTT e TVs conectadas.

Foto: Pixabay

Essa evolução é tão evidente que o consumo de televisão com hora marcada está morto! Isso mesmo, morto, pelo menos entre Millennials (nascidos após 2000) e a GenZ (os nativos digitais nascidos em meados da década de 90), que em alguns poucos anos vão comandar o mercado de consumo. Os jovens de 18 a 34 anos já dedicam 24% do tempo de consumo de TV nos Estados Unidos a TVs conectadas, em comparação a 10% entre toda a população adulta, de acordo com estudo recente da Nielsen. Eles esperam assistir o que eles querem, quando eles querem e da forma que eles querem. Isso mesmo, estamos falando de streaming, de VOD (vídeo por demanda).

E essa mudança de comportamento está recriando a indústria de mídia, produzindo novos modelos de negócio. A Netflix, com seu investimento de US$ 8 bilhões, é o exemplo mais proeminente, mas há outras dezenas de bilhões sendo investidos em produção de conteúdo para streaming por empresas como Hulu, Amazon e Apple, além de fusões multibilionárias, derretendo e recriando modelos que nascem da intersecção de mídia, ad tech e telco a se sucederem. Disney e Fox, AT&T e Warner Media são casos recentes, e a evolução da Roku, de um hardware para o consumo de vídeo para um ecossistema de conteúdo, distribuição e publicidade segmentada é outro exemplo da transformação pela qual a indústria está passando.

No Brasil, que tem enorme tradição com TV, a tendência não é diferente. E mais, a receptividade a anúncios nos torna um mercado de alto potencial para um futuro AVOD (ad-based video on demand). Um estudo recente da Telaria com painéis em cinco países, incluindo o Brasil, mostra que somos o mercado que mais bem aceita a publicidade como uma troca para acessar conteúdo de qualidade. A única coisa que não dá para esquecer é que Millennials e GenZ toleram – até gostam da publicidade e a tratam como Conteúdo – mas desde que ela seja relevante e altamente personalizada. O que é boa notícia, pois as TVs conectadas reúnem o melhor dos dois mundos, a experiência lean back de consumo de vídeo associada às possibilidades de segmentação do ambiente digital, com 100% de viewability e 95% de completion rate (taxa de conclusão de vídeo), já que é non-skippable.

Imagem: Pixabay

Então, quem diria, a TV está mais viva que nunca. O que muda é a forma de ver. O OTT cresceu 200% em audiência no mundo nos últimos três anos, e muitos produtores de conteúdo premium estão surfando a onda. No Brasil, onde TV linear, tradicional, tem qualidade e um alcance gigantesco ainda há muito espaço para convívio amigável entre o que foi e o que será.

Mas o ambiente para o streaming já existe, e as oportunidades para os produtores de conteúdo de conquistar audiências e para as marcas de conversar com seus públicos já está aí. E você, não vai aproveitar essa oportunidade? Recomendo você dar o play, não perca tempo.

*Rafael Pallarés, General Manager da Telaria no Brasil, é especialista em Ad-tech, Marketing e Mídia com foco em publicidade programática, streaming de vídeo e TVs Conectadas.

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6 fatores que tornam uma série altamente viciante na Netflix

Se há anos atrás o cinema era a arte mais vista por grandes públicos, gerando movimentações financeiras, sociais e culturais, hoje as séries distribuídas on-line pela Netflix e afins, ganham um número cada vez maior de adeptos e até “viciados”.

Quando alguém fala que está viciado em alguma série da Netflix, ele pode estar exagerando ou sendo realmente fiel a um fato constatado pela Neuromarketing Labs, que fez um estudo a pedido de empresas do ramo do entretenimento. A arte de criar episódios mais tensos ou mais emocionantes que o outro, é uma estratégia que gera mudanças reais no corpo humano e teve efeito na maioria dos pesquisados entre 18 e 47 anos.

Os roteiristas de séries já sabem a fórmula: um bom título, personagens cativantes, suspenses e expectativas, grandes episódios de abertura e uma questão a ser solucionada. Todos querem saber o fim da série ou de algum personagem. Essa fórmula pode se repetir em cada episódio para te prender em um looping de emoções e expectativas.

Não podemos esquecer que muitas séries estão se tornando superproduções comparadas aos clássicos do cinema, com altos investimentos que geram igualmente grandes volumes de retorno. É importante entender que são formatos criativos bem diferentes e que geram sentimentos e envolvimentos incomparáveis, mas que transitam em um mesmo universo.

O filme pode gerar uma onda de fãs, movimentar produtos e gerar conteúdo. Já as séries conseguem expandir esse tempo, criar níveis de envolvimento, níveis de interações mais complexas e por mais tempo gerando novos produtos, histórias paralelas, spin-offs, dentre outros subprodutos mais numerosos.

O fator social que a série cria também precisa ser considerada nesse fato de vício. O filme você indica uma vez e pode gerar alguns debates com seus amigos e familiares. As séries te convidam a discutir cada momento, cada personagem, abre diálogos, uma verdadeira corrida para saber quem vai concluir aquela temporada primeiro para trazer um belo “spoiler” antes do outro e não ser prejudicado. Atrelado a isso, podemos colocar também 6 fatores que tornam uma série altamente viciante:

1-Comodidade de assistir em casa e na hora que quiser;

2-Algoritmo da Netflix que indica filmes que realmente são perfeitos para você;

3-Histórias que geram muito suspense e nos envolvem emocionalmente;

4-Apelo social – para fazer parte de um grupo (não ficar de fora do papo da firma);

5-Grandes produções de qualidade superior – a arte na sua melhor forma;

6-Dentre outras (histórias específicas, cenas emblemáticas, momento histórico etc).

Se você ainda não pegou para ver uma série dessas com alto teor viciante, cuidado. Antes de iniciar, aconselho a organizar o seu tempo, preparar a pipoca e escolher uma boa companhia para irem discutindo cada episódio. No final da série, fica aquele gosto de quero mais e a famosa “abstinência”. Qual a série mais viciante na sua opinião? Para mim, foi Breaking Bad (sem trocadilhos).

Você está vivendo Black Mirror? 7 coisas que não parecem mas são reais

Conheça 7 episódios de Black Mirror que provam que já estamos vivendo dentro desse universo

Você assiste a série Black Mirror da Netflix? Se sim, sabe que a obra apresenta muitas criticas a sociedade. Porém, será que além dessas críticas, nós já não estamos vivendo o que se passa na série? Separamos 7 episódios desse fenômeno para te mostrar que as coisas podem ser mais reais do que você imagina, dá uma olhada:

1. Nosedive

Ainda falando em redes sociais, o episódio Nosedive da terceira temporada reflete exatamente o que estamos passando. Julgamos as pessoas pela quantidade de amigos e likes que cada uma possui, damos uma avaliação para tudo, inclusive ao pegar um Uber. Somos números que dependem da aprovação de terceiros. Uma boa crítica também é a superficialidade e falsa imagem que passamos nas redes sociais.

Em Nosedive, a personagem é convidada para o casamento de uma amiga que possui uma pontuação maior que a dela e faz de tudo para que seus pontos também aumentem, sendo um desses caminhos ir ao casamento da suposta amiga. Ao longo do episódio, as situações em que ela se coloca para agradar e ganhar uma grande pontuação são absurdas. Não estamos distantes do ocorrido.

2. Be Right Back

Robôs substituindo pessoas? Sim, isso está começando a acontecer. Recentemente, um robô foi demitido de um supermercado na Escócia, mas ele não é o único empregado ao redor do mundo. Apesar de ainda não existir um robô com as mesmas características humanas, estamos cada vez mais próximos desse momento.

A trama mostra uma esposa que perde o seu marido e após isso começa a conversar por mensagens com uma simulação do parceiro. Isso a incentiva a comprar seu robô, que vive no dia a dia com a mulher como se fosse seu marido.

3.Fifteen Million Merits

Sabe quando você trabalha a sua vida inteira todos os dias para alcançar o sucesso? Você pode estar querendo ser um grande blogueiro, youtuber, empresário, simplesmente famoso. É isso o que as pessoas fazem em Fifteen Million Merits.

No episódio os personagens vão para suas bicicletas diariamente para gerar “pontos”. Com esses pontos eles podem comprar todas as coisas necessárias para sobreviver e chegar ao tão esperado “sonho”. Essa realidade transforma todos em pessoas fanáticas e sem identidade própria. É o que resume o “tudo pela fama”.

4.Arkangel

Pais que controlam todos os passos dos filhos e censuram todas as suas ações, que dificultam seu desenvolvimento. Você conhece algum assim? Aquele que protege demais. Isso pode afetar muito a vida de uma criança ou adolescente e a internet abriu essa possibilidade de bisbilhotar tudo o que acontece.

Quer mais provas de que estamos vivendo em Black Mirror? No episódio Arkangel, uma mãe consegue essa medida preventiva da filha, onde consegue monitorar tudo o que ela faz, com quem conversa, o que ela vê e entre outras coisas. A filha é muito afetada por isso e tem toda a sua maturidade prejudicada.

5.USS Calister

Jogos de realidade virtual estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. As pessoas querem estar dentro dos jogos de uma forma cada vez mais fiel ao que passamos na nossa rotina.

O USS Calister mostra um jogo chamado Infinity, que colocamos na têmpora e podemos sentir tudo o que acontece. As pessoas terão consciência de que estão dentro desse universo. Falta pouco tempo para chegar até esse momento, não acha?

6.White Bear

Já parou para pensar como atualmente muitas pessoas filmam um espancamento, um assalto ou outras atrocidades, mas ninguém ajuda? Todos seguram suas câmeras ao invés de dar atenção e prestar socorro. Já estamos vivendo uma parte do que é passado no episódio White Bear.

Além disso, a trama ainda envolve a questão dos direitos humanos de um criminoso. Até que ponto não estamos nos tornando iguais ao tomar algumas atitudes?

7.The Entire History of You

Que os relacionamentos ficaram mais complicados após as redes sociais virarem parte do dia a dia já sabemos. Mas, o que o episódio The Entire History of You traz é justamente uma reflexão de até que ponto isso está nos afetando. Esse episódio mostra uma crítica sobre a tecnologia está afetando as relações e nos deixando paranoicos.

No episódio, as pessoas possuem um dispositivo que grava todas as memórias. A trama gira em torno de uma família, que é desfeita após descobertas de situações passadas através do dispositivo. Parece que já estamos vivendo esse momento com fotos curtidas, comentários, conversas de WhatsApp e outras redes, não é?

Hoje em dia a tecnologia está cada vez mais ligada à saúde e aos nossos corpos, por exemplo: podemos ser atendidos por um médico sem estarmos em sua presença, recebemos laudos a distância. As evoluções robóticas como as de Black Mirror estão cada vez mais próximas de se tornarem algo real.

Fonte: Link Builder da SEO Marketing e DiagRad– Luana Santos