Saiba como alavancar os ganhos da sua empresa com o uso de cashback na estratégia de precificação

Por Sheila Moura*

A experiência do consumidor, obviamente, é muito importante na escolha das suas marcas favoritas, mas não há como negar: o preço é determinante em qualquer decisão de compra. Por isso, uma boa estratégia de pricing é o ponto-chave no sucesso dos varejistas de qualquer segmento. E esse é o caso do cashback.

Sheila Moura, Diretora de Varejo da Izio&Co

Vamos partir do princípio. As empresas podem seguir dois caminhos de planejamento estratégico quando o assunto é precificação: um é o de ser uma líder do mercado nesse sentido, enquanto o outro é simplesmente o de seguir as tendências de quem ocupa essa posição.

Independente da decisão, a definição do preço passa por muitas variáveis. Há aquelas que são definidas pelo próprio varejo, em que são levados em consideração fatores como o papel dos produtos na estratégia dos varejistas, as despesas das operações e as margens que atendem às expectativas dos donos e acionistas.

Ou ainda podemos citar outras que são externas, como o custo do produto, preços da concorrência, elasticidade e canibalização entre itens da mesma categoria e as preferências individuais dos consumidores. Além disso, a gestão de pricing também impacta a imagem que o cliente tem sobre as empresas de forma geral.

É aqui que o cashback surge como uma alternativa operacional mais simples e eficiente. O benefício funciona como uma alavanca promocional que lida com essas variáveis de modo a atender as demandas de cada varejo, garantindo decisões estratégicas assertivas e resultados melhores para o negócio.

Em suma, as três principais vertentes relacionadas à precificação que são otimizadas com esse tipo de desconto são:

Oferta de uma experiência de compra personalizada e relevante: para que o cliente tenha acesso ao cashback, é necessário que ele faça parte do respectivo programa de fidelidade daquela empresa. Com isso, o varejista pode segmentar as ofertas de acordo com as suas metas, enquanto o cliente também possui a liberdade e autonomia de escolher quando e quais valores utilizar.

Preço de gôndola x preço promocional: com o cashback, o preço do produto não é alterado nas gôndolas. Ou seja, é gerada uma maior economia com a
emissão de etiquetas, redução da divergência entre os valores da gôndola e do checkout e diminuição da insatisfação dos clientes com erros operacionais.

Vantagem sobre a concorrência: por fim, essa categoria de benefício traz uma maior dificuldade para que os varejistas concorrentes entendam a sua estratégia de precificação promocional. Isso ocorre pelo fato de que o valor fica menos exposto na loja, já que é comunicado aos clientes através de aplicativos e comunicações dirigidas.

Pricing feito com cashback ajuda na fidelização do público?

Todos os três tópicos anteriores culminam em um quarto, que praticamente resume o grande diferencial do cashback: não se trata só de uma solução para abaixar o preço dos produtos e vender mais, mas sim de se aproximar dos clientes na medida certa.

A categoria transmite um aspecto de exclusividade ao consumidor, mostrando que ele próprio pode comprar os itens que quiser com valores menores, sem se limitar aos descontos fechados das lojas que possuem uma baixa duração. Por sua vez, esse poder no ato de consumo desencadeia uma melhora na qualidade das vendas sob diversos âmbitos.

Crescimento do gasto médio dos públicos, frequência das suas idas ao varejo (seja e-commerce ou na loja física) e aumento do ticket médio são apenas alguns exemplos disso. E, se pararmos para pensar que a fidelidade de um cliente envolve um relacionamento de longo prazo, o LTV (Lifetime Value) é outro indicador que se intensifica, colocando o varejista, literalmente, em uma trajetória de maior rentabilização do negócio.

Portanto, o cashback é uma solução estratégica, que traz um impacto imediato para o bolso do shopper: aumenta seu poder de compra. Porém, as características dessa opção de desconto oferecem a todos os envolvidos no processo de compra e venda um controle maior sobre a situação, assegurando que as suas necessidades individuais sejam atendidas e tornando a ação de precificar produtos muito mais fácil e eficaz

*Sheila Moura é Diretora de Varejo da Izio&Co, a mais completa solução de comunicação e eficiência para a cadeia varejista no Brasil.

Coluna Propaganda&Arte

E quando a Propaganda não é o problema, mas sim o Produto?

Eu já trabalhei com diferentes perfis e tamanhos de empresas. Não tem problema você ser uma empresa pequena se você tem claro seus objetivos. O problema é quando você encontra uma empresa que não sabe responder algumas perguntas-chave como “quais são seus diferenciais?”, “quem são seus concorrentes?”, “como o cliente consome e decide consumir seu produto?”, dentre outras perguntas para um desenvolvimento básico de plano de marketing e, por consequência, um trabalho de marketing digital.

“Eu não tenho concorrente”

Todo mundo escuta isso alguma vez na vida quando trabalha com propaganda, estratégia ou negócios. A consultoria que realizo hoje me deu flexibilidade para lidar com esse tipo de “fato”, baseado 0% em dados e 100% em achismos. Nenhum produto é tão revolucionário a ponto de não ter concorrentes diretos. Concorrentes indiretos nem se fale. Eu sempre deixo bem claro que primeiro o empresário precisa arrumar a casa, entender seus objetivos, diferenciais percebidos pelo cliente e benefícios reais do produto. Não pode ser achismo. Eu até brinco: me mande diferenciais reconhecidos pelos clientes, me manda o print do cliente enaltecendo esse diferencial no seu WhatsApp ou nos comentários da rede social. Precisamos de dados!

Os 4 Ps mudaram no digital, você deveria mudar também

O Marketing nos pede que analisemos os 4 Ps, ou seja, Produto, Preço, Praça e Promoção de uma empresa para qualquer planejamento estratégico. Isso se mantém no digital e nas tecnologias novas.

O novo Produto

O seu produto não pode ser vendido pelo digital? Se você vendia livros impressos antes, agora temos e-books. Se você dá suporte técnico, pode oferecer vídeos com dicas e tutoriais?

O novo Preço

Se você recebia os pagamentos em dinheiro na loja física, talvez agora você precise gerar cupons, aceitar pix e até criptomoedas. Seu valor pode ser sua imagem, autoridade ou seu conteúdo. Já pensou nisso?

A nova Praça

O local que você está, sua praça, mudou. Um site bem feito, uma loja virtual, pode ser muito mais importante que dar aquele tapa na fachada da sua loja física. A sua nova cara é a rede social (seu perfil do Instagram, só para dar um exemplo simples).

A nova Promoção

E por último, precisamos entender que a Promoção evoluiu. Não fazemos tanto TV, mas temos muito conteúdo no Youtube. Não temos mais revistas em peso, mas os aplicativos oferecem espaços para divulgação direcionada pensando na geolocalização do cliente. As promoções de massa foram substituídas aos poucos por ações pontuais, direcionadas e personalizadas que só o digital pode fazer. Isso não quer dizer que as mídias de massa, como a TV, morreram. Prova disso é o sucesso de cases como da Globo com o Big Brother, mas até isso mudou, pode ter certeza, integrando ações nas redes sociais.

Você já pensou em quanto você pode evoluir os 4 Ps da sua empresa? Talvez começando pelo primeiro P de Produto?

Se o seu produto for um problema, não tem propaganda que resolva. Vamos arrumar a casa?

Seis em cada dez brasileiros devem ir às compras no Dia dos Namorados

Seis em cada dez brasileiros planejam ir às compras no Dia dos Namorados, mas gasto médio deve ser menor que em 2018, estimam CNDL/ SPC Brasil

Expectativa é de que a data movimente R$ 12,5 bilhões; quase 99 milhões de pessoas pretendem presentear o parceiro e shoppings despontam como principal destino de compras. Tíquete médio será de R$ 127, uma queda real de 27% em relação ao ano passado

Ainda em meio a um quadro de atividade econômica desaquecida, o apetite de gastos do brasileiro este ano deve ser mais moderado ao ir às compras no Dia dos Namorados. Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais mostra que seis em cada dez consumidores (63%) esperam presentear alguém na data, o que representa aproximadamente 98,7 milhões de pessoas — número que se mantém estável na comparação com o ano passado. Os dados também mostram que em 2018, 57% adquiriram presentes. Para este ano, a expectativa é de que sejam injetados cerca de 12,53 bilhões de reais na economia.

Em média, o consumidor planeja desembolsar R$ 126,98 com os presentes do Dia dos Namorados, ante R$ 166,87 em 2018 — uma queda de 27,5%, já descontada a inflação acumulada do período. Importante notar que 15% ainda não decidiram o valor que será gasto. Para um terço (34%) dos entrevistados, a intenção é gastar a mesma quantia do ano passado, enquanto 28% mais. Outros 17% esperam diminuir o valor gasto, principalmente as mulheres (26%). Quanto à forma de pagamento, 59% disseram que pretendem pagar a compra à vista, especialmente em dinheiro (38%) e 39% preferem parcelar.

De acordo com o levantamento, seis em cada dez (63%) consumidores garantem que comprarão um único presente, enquanto 27% pretendem adquirir dois ou mais itens. “O país ainda vive os efeitos de um quadro com altos níveis de desemprego e orçamento apertado. Embora para muitos consumidores o momento seja de conter os gastos, esta é uma data importante, em que o ato de presentear acaba sendo uma demonstração de afeto”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Mais da metade dos consumidores tem a percepção de que os produtos estão mais caros este ano; 76% pesquisarão preços antes de comprar

Quase seis em cada dez entrevistados (56%) têm a percepção de que os produtos estão mais caros do que no ano passado. Outros 38% acreditam que os presentes se mantiveram na mesma faixa de preço e apenas 5% acham que os produtos estão mais baratos do que em 2018. De olho no bolso, 76% dos consumidores pretendem fazer pesquisa de preço. Entre os que disseram ir em busca de melhores ofertas, 69% pretendem usar a internet como aliada, 48% pesquisarão em shoppings e 43% em lojas de rua.

O simbolismo em torno desta data comemorativa ajuda a explicar a decisão de presentear. A pesquisa constatou que 47% dos que farão compras no Dia dos Namorados consideram o ato de presentear um gesto importante, ao passo que 46% têm o costume de presentear as pessoas que gostam. Os mais lembrados na ocasião serão os cônjuges (59%) e namorados (35%).

A sondagem revela ainda que 52% pretendem ir às compras na primeira semana de junho. Já 16% deixarão para a véspera do Dia dos Namorados e 14% disseram antecipar para o mês de maio.

Roupas são o principal item de quem irá presentear e se preparar para a comemorar a data; 32% planejam fazer compras em shoppings

Este ano, o levantamento revelou que os gastos devem envolver mais do que a compra do presente. Para 63% dos entrevistados, os gastos com a aquisição de um produto ou serviço terão um motivo especial: a preparação para comemorar a data. Para isso, os itens mais mencionados foram as roupas (30%), os perfumes, cosméticos ou maquiagem (19%), a lingerie ou peça íntima (18%), os calçados (11%) e os tratamentos estéticos, como salão de beleza e barbearia, manicure, depilação (9%).

Quanto ao local de compra, os shopping centers despontam como principal destino, com 32% das citações. Em segundo lugar aparecem as lojas online (18%), seguidas das lojas de rua (11%), das lojas de departamento (11%) e dos shoppings populares (9%). Em relação aos fatores que mais influenciam a escolha do local, 55% mencionaram os preços, 48% a qualidade do produto e 41% as promoções.

Já em relação ao local onde será comemorado o Dia dos Namorados, os consumidores se dividem entre a própria casa (37%) e os restaurantes (27%). Na escolha do presente, os fatores mais levados em conta são a qualidade do produto (23%) e o perfil do presenteado (20%). Ainda segundo apontou a pesquisa, 70% acreditam que também vão receber presentes na data.

33% pretendem comprar presentes mesmo com contas em atraso, entre esses a maioria está com nome sujo

Para impressionar o parceiro, muitos consumidores não veem limites e até ignoram os compromissos financeiros já assumidos. A pesquisa mostra que três em cada dez (33%) entrevistados que pretendem comprar presentes irão às compras mesmo com contas em atraso. Entre esses, 69% estão com CPFs negativados em serviços de proteção ao crédito. Além disso, 7% deixarão de pagar alguma conta para comprar o presente da pessoa amada.

Os dados revelam ainda que 30% reconhecem gastar mais do que podem na compra de presentes para o parceiro. As justificativas para ultrapassar os limites do orçamento passam pelo desejo de agradar o cônjuge ou namorado (37%), por achar que o parceiro merece (34%) e pelo desejo de impressionar (10%). “Para os que têm contas em atraso ou estão negativados, existem outras formas de surpreender o parceiro. Fazer um esforço além da própria capacidade de pagamento pode comprometer ainda mais o orçamento. É preciso, acima de tudo, ter disciplina para conter os gastos e usar a criatividade”, orienta o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

Fonte: CNDL/ SPC Brasil