Artigo aborda as estratégias de mkt digital no BBB 21

Marketing Digital e BBB21: estratégias de mídia e inversão de fama

por Fernando Faiad Soni*

Quem nunca deu uma espiadinha na casa mais vigiada do Brasil, não é mesmo? Apesar de ser um reality show antigo, que teve início nos anos 2000, a cada ano que passa o Big Brother Brasil surpreende o público com um engajamento maior que o da edição anterior. Mas o que explica esse sucesso? A resposta é simples: mais que um programa de TV, o BBB se transformou no mais novo jeito de fazer marketing digital.

Na 20ª edição do programa, o reality inovou ao trazer influenciadores digitais para o jogo. Além de engajar o público a assistir – afinal, quem não gostaria de acompanhar seu ídolo 24 horas por dia na TV? –, as vantagens se estenderiam também às figuras públicas, que poderiam se beneficiar com a aparição em horário nobre em uma das emissoras mais assistidas do Brasil. Não poderia dar errado, não é mesmo? A 21ª edição está nos mostrando que sim.

Se você não acreditava na importância de uma boa estratégia de marketing digital, tenho certeza que agora vai concordar comigo: enquanto uma publicidade bem feita pode trazer milhares de novos seguidores, um posicionamento mal elaborado pode derrubar uma carreira. Prova disso são os acontecimentos recentes do programa, em que alguns participantes estão apresentando incoerência de discurso, ou seja, mostrando atitudes diferentes daquelas que costumavam pregar no mundo virtual.

Karol Conká entrou na casa com 1,5 milhão de seguidores e, desde o início do programa, já perdeu 200 mil fãs. E os danos à sua imagem não param por aí. Além da defasagem numérica no Instagram, principal rede social da cantora, ela já sofreu diversas quebras contratuais que, juntas, somam mais R$ 400 mil reais. Por outro lado, Lucas Penteado passou de 178 mil seguidores para 8,2 milhões, um crescimento de mais de 4000% em sua conta comercial. Lucas, apesar de ter entrado no reality no grupo “camarote”, era o único dos companheiros com menos de 1 milhão de seguidores.

Mas afinal, participar do Big Brother Brasil é bom ou ruim para a carreira de famosos? Depende da sua estratégia de marketing digital. Muitos profissionais, especialmente do ramo artístico, se esforçam para passar uma determinada imagem que, no fundo, não representa a verdadeira essência dessas pessoas. Contudo, é a consistência de pensamento que gera credibilidade à marca a longo prazo. Se você está começando uma carreira agora, a dica é: busque sua essência e seja você mesmo, inclusive com seus defeitos.

 

*Fernando Faiad Soni é sócio fundador da agência de marketing digital Stardust (https://stardust.digital)

Fonte: P+G Comunicação Integrada – Fernanda Glinka

Aumento de publicidade online abre espaço para mídia em Apps

Projeções apontam que até 2023 marcas brasileiras vão investir mais verba em formatos digitais

De acordo com um levantamento da PwC, atualmente o investimento feito em publicidade digital no Brasil equivale a aproximadamente 30% do valor total que as empresas empregam na divulgação de suas marcas. A consultoria estima que, em 2023, a fatia do bolo equivalente ao digital deva se igualar às demais mídias. Ou seja: para cada real gasto em publicidade offline¸ outro será investido no digital.

À mesma velocidade, o mercado de aplicativos tem crescido exponencialmente. Apenas no primeiro trimestre de 2020, houve aumento de 30% no número de downloads, comparado ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o último levantamento da Apps Annie, que também demonstrou que apenas em março deste ano, somando as compras em lojas da App Store e da Google App Store houve uma soma de R$123 bilhões, um total de 31 bilhões de dowloads, destes 40% eram jogos.

“O aumento de downloads de apps de jogos é um número muito grande e existem jogos para todas as faixas etárias. Todo mundo precisa se divertir, relaxar, esquecer da rotina por alguns minutos, que na verdade, os dados já nos mostram que não são minutos, são horas, o que, quando encaramos os apps de jogos como uma plataforma de mídia, nos oferece a oportunidade de levar ao encontro do público a mensagem de forma extremamente qualificada”, comenta André Sales, consultor técnico e comercial para América Latina da YZ Media, startup focada em melhorar a performance de aplicativos por meio de campanhas que incentivam o download pelo público.

Quando mídias digitais como anúncios em websites, Google Ads, Facebook Ads, Instagram Ads, entre outras ferramentas começaram a surgir, muitas agências, e por vezes até mesmo clientes, eram resistentes em incluir verbas em campanhas online, mas atualmente lançar uma campanha sem presença digital é inimaginável, pois tudo já é planejado para conquistar seguidores, engajamento, leads, novos clientes, visibilidade e reunir todos os dados em um resultado de mensuração que apenas AI é capaz de oferecer.

Para Sales, o mercado de Mobile Ads está em expansão e oferece inúmeras oportunidades.

“O objetivo é incentivar o usuário não só a fazer download de um novo app, mas também a promover a interação e rentabilização desses apps através de uma compra, cadastro ou de qualquer outra ação que seja objetivo da marca anunciante. Se ele já é usuário de um app, já estamos a meio caminho andado. Usuários de jogos são heavy users de smartphones e estão acostumados a fazer tudo pelo celular, então se a marca precisa melhorar a performance de seus produtos via app, ela deve pensar em estratégias de interagir com seu público também por apps. Existe forma correta, linguagem, abordagem, não deixa de ser publicidade, e também não deixa de ser uma interrupção em meio a um jogo, então tudo tem que ser planejado para oferecer uma experiência interessante para usuário e anunciante, lembrando que precisamos ligar essas duas pontas”, finaliza.

Fonte: Arebo – Paulo Scalabrin

Vídeo novo

Tem vídeo novo do Publicitando

Gostamos de compartilhar pesquisas que descobrimos em publicações idôneas. E fizemos mais um vídeo que traz dados de uma pesquisa em torno dos usos e hábitos em relação às redes sociais.

A pesquisa foi matéria da Meio&Mensagem e foi originalmente divulgada na plataforma Gente, da Globosat. Foi realizada pela Diário de Campo pesquisa e recebeu o nome #hashtagseguidores.

Confira:

O papel dos microinfluenciadores no marketing

Porque os microinfluenciadores são importantes para o marketing

por Maria Carolina Avis*

Você já precisou de indicação de alguém para resolver algum assunto ou adotou algum hábito por influência de uma celebridade? E quantas vezes você foi influenciado por alguém de prestígio na sua cidade, faculdade ou rede de amigos, por exemplo?

A autoridade exercida por blogueiros e influencers nas estratégias de marketing é cada vez maior, não dá para negar. Enquanto o poder de influência das grandes celebridades está diminuindo, os microinfluenciadores são cada vez mais procurados pelas grandes marcas.

Os microinfluenciadores são aquelas pessoas com até 100 mil seguidores — e tornaram-se a minha aposta para o marketing daqui para frente. São usuários de redes sociais que compartilham conteúdos sobre seus interesses.

Mesmo com poucos seguidores, conseguem uma alta taxa de engajamento e principalmente de conversão, se compararmos com os grandes influencers. Além disso, os microinfluenciadores têm maior proximidade com o público e relacionamento mais próximo com os seguidores, já que seu fluxo de mensagens é menor do que o dos “grandes” influencers.

De acordo com pesquisa da Markerly, quanto mais seguidores um influenciador tem, menor é seu número de curtidas e comentários. A empresa analisou mais de 8.000 contas no Instagram que tenham mais de 1.000 seguidores.

As contas que têm entre 1.000 e 10.000 seguidores alcançaram 4% de engajamento, enquanto aquelas com mais de 10.000 atingiram apenas 2,4%. Para os perfis com mais de 1.000.000 de seguidores o engajamento é de apenas 1,7%.

Outro ponto a se considerar é que geralmente os grandes influenciadores cobram caríssimo para uma única publicação e não querem experimentar os produtos. Já um microinfluenciador está disposto a entender sobre a marca, experimentar os produtos e divulgá-los caso goste.

Um levantamento da Expercity mostrou que microinfluenciadores alcançam 22,2 vezes mais conversões do que influenciadores comuns ao recomendar um produto. A mesma pesquisa mostrou que 82% dos consumidores estão dispostos a seguir indicações de um microinfluenciador.

Os grandes influenciadores têm uma vida totalmente diferente de muitos de seus seguidores, enquanto os microinfluenciadores são “gente como a gente”: produzem um conteúdo único e autêntico, já que são pessoas com rotinas mais próximas das nossas.

Cada um tem suas características. O microinfluenciador tem um conhecimento em uma área, logo, trabalha conteúdos em nichos. Já o grande influencer tem seguidores de todos os perfis, já que o volume é alto. Portanto se sua marca vende um produto ou serviço para um público específico e tem uma verba diminuída, aposte em microinfluencers.

Ter um alto número de seguidores não garante que o número de vendas também seja alto. Mas ter relevância em um determinado nicho é fundamental para as marcas.

* Maria Carolina Avis é professora do Centro Universitário Internacional Uninter e especialista em marketing digital.