“2016 vai ser um ano muito desafiador e emocionante ao mesmo tempo…”

O nome por trás da Push

Mais uma entrevista aqui no Publicitando. Desta vez falamos com Adriano Oliveira, jovem publicitário talentoso que recentemente empreendeu na área de comunicação ao colocar no mercado a Push.

Acompanhe a seguir o que ele conversou com o Publicitando.

1 – Você rodou um pouco antes de abrir sua própria empresa. Conte um pouco desta caminhada até aqui.

Bem, meu primeiro contato com a área foi na rádio Jovem Pam de Taubaté, onde fiz meu primeiro estágio, de lá fui pra uma pequena agência em Taubaté chamada Conexão Visual, que foi um lugar muito bacana e onde tive a oportunidade de fazer alguns atendimentos e desenvolver um pouco meu lado comercial. Na época, o CCVP era muito forte, todos participavam e comentavam e ele gerava grandes discussões interessantes. Então em uma dessas grandes discussões, conheci o dono de uma agência de Pindamonhangaba, a FatoBrasil e através das nossas conversas fui chamado pra cuidar da parte web da agência, cuidando do desenvolvimento e criando algumas ações para seus clientes. Naquele ano, algumas redes ainda estavam ganhando força e o termo Social Media foi citado pela primeira vez aqui na região através de eventos como o SMVP do Armindo Ferreira e Robson Monteiro e foi onde, através de contato com os mesmos, decidi investir na área e me aprofundar. Foi ai que surgiu o Cenamais, meu antigo blog de cinema onde obtive muito conhecimento e reconhecimento, foram aproximadamente 4 anos de produção de conteúdo e tínhamos uma equipe de 4 blogueiros espalhados pelo país, fazendo até cobertura de grandes eventos da área e entrevistas com grandes atores, como Antonia Fontinele, Leandro Firmino (Vulgo Zé Pequeno) entre outros.
Foi através do Cenamais que conheci o amigo Mário Soma e tive o prazer de compor o time de blogueiros da Blogcontent, que foi a maior incubadora de blogs do Brasil.

Conheci bastante gente, participei de vários eventos e foi assim que despertou em mim, o meu lado empreendedor, resolvi voltar pra minha cidade e ter meus próprios clientes.
E em um desses eventos e contatos, conheci um grande parceiro internacional e assumi a parte web de sua agência norte-americana e participei de projetos de clientes como Net10 Wireless, Telcel América, Dish latina entre vários outros de várias partes do mundo.
Não posso esquecer também que tive uma breve passagem pelo CCVP, que praticamente foi onde tudo começou pra mim e fiquei muito feliz de ter participado do clube, mesmo que em uma época onde o mercado regional já não estava tão engajado, mas foi bom e proveitoso!

Adriano Oliveira, nosso entrevistado de hoje

Adriano Oliveira, nosso entrevistado de hoje

2 – Esse é um ano difícil. Economia em retração e investimentos caindo. Por que abrir uma empresa de comunicação agora?

O cenário atual realmente é desmotivador, mas acredito que pra todo projeto, pra toda ação que vamos desenvolver, 50% do caminho é acreditar, não adianta você planejar, pesquisar se não acredita na sua ideia ou que a economia possa melhorar.

Em 2015 foi visível que as grandes contas regionais enxugaram seus orçamentos, não tivemos grandes ações, grandes campanhas como era no tempo da “vaca-gorda”, mas eu vi um cenário que me agradou, vi o aumento no interesse dos pequenos e microempresários em cuidar da sua comunicação digital, mesmo em momentos de crise, vi eles darem importância para o Digital, termo para o qual sabemos que na nossa região ainda há defasagem, mas realmente consegui enxergar isso e até tive o aumento na demanda de serviços para esse tipo de empresa, mesmo com orçamentos menores, eles estão procurando sim achar um “parceiro” para ajudar em sua comunicação.

Sabemos também que, grandes agências, com grandes estruturas e grande custo de manutenção não conseguem ajustar o seu orçamento para atender alguns desses clientes, talvez por isso o número de prestadores de serviços na nossa região tem crescido bastante.

Push, a empresa de comunicação digital criada pelo Adriano

Push, a empresa de comunicação digital criada pelo Adriano

3 – Quais são os maiores desafios na área digital?

Acredito que o maior desafio para a comunicação digital, ainda é as empresas aceitarem de vez que não se deve separar online e offline e sim que tudo tem que ser pensado de uma maneira conjunta, que o digital deve estar inserido no planejamento estratégico da empresa e que ele não é apenas uma ferramenta e sim um meio para se atingir o seu objetivo.

Hoje os padrões de consumo, mudaram, a sociedade mudou o jeito pela qual ela interage com as empresas e que postar uma fotinha aqui ou uma frase engraçada ali vai ser o suficiente não é mais o suficiente para prendermos a atenção e criarmos laços de relacionamento com nosso público-alvo.

4 – Fale um pouco sobre os desafios e objetivos para 2016.

2016 vai ser um ano muito desafiador e emocionante ao mesmo tempo, em um ano eleitoral onde limitaram ainda mais as mídias offline e o tempo de campanha também foi reduzido, a comunicação digital tende a ganhar mais força, vejo que será um desafio e tanto e nós da Push já estamos nos preparando pra essa jornada, alias já estamos começando o trabalho para alguns pré-candidatos da região.

Nosso maior objetivo ano que vem é consolidar a nossa estrutura e nosso modelo de negócios e nos desenvolvermos como empresa, mesmo em um cenário econômico imprevisível, vai ser difícil, mas como falei lá em cima, 50% é acreditar e estamos confiantes nisso!

Uma jovem planner

“…tem sido um desafio lidar com tantas descobertas e novidades ao mesmo tempo.”

O Publicitando retoma as entrevistas com profissionais de comunicação de nosso mercado. E a entrevistada da vez é a jovem e muito competente publicitária Tuani Carvalho. A Tuani, atualmente, é planner na Focusnetworks e divide aqui um pouco de sua trajetória e experiências.

Acompanhe o que ela nos disse:

1 – Fale um pouco de sua trajetória até aqui. Você começou ainda na faculdade, fazendo estágio em agência, não foi?

Sim! No início do terceiro ano da faculdade, comecei um estágio na área de mídia e lá fiquei por quase dois anos. Aprendi bastante de publicidade offline e é um conhecimento que ainda levo comigo e que faz toda a diferença. Depois, tive uma passagem pelo marketing do Hospital do GACC em São José que, apesar de curta, eu lembro com muito carinho porque é uma causa muito nobre. Passei também pela Alameda, onde tive meu primeiro contato com o universo digital atuando como analista de mídias sociais. Foi uma outra escola pra mim e um lugar onde adorei trabalhar durante quase um ano. No fim de 2014 optei por sair do meu emprego e ir passar uma temporada na Alemanha viajando e estudando alemão por 3 meses. Logo depois que voltei de viagem, fiz uma entrevista na Focusnetworks, onde trabalho atualmente.

Tuani Carvalho é planner na Focusnetworks

Tuani Carvalho é planner na Focusnetworks

2 – Hoje você atua em planejamento. Fale um pouco sobre como é atuar neste setor.

Bom, mais do que a área de planejamento em si, o digital tem sido uma grande novidade pra mim. A agência tem uma estrutura enorme e clientes grandes então o nível de conhecimento e complexidade dos trabalhos é bem maior do que eu estava acostumada. No geral, tem sido um desafio lidar com tantas descobertas e novidades ao mesmo tempo. Atuar no planejamento é ter um olho no peixe e outro no gato: é entender como uma ação pode impactar a outra e buscar formas de compreender e metrificar esses processos.

3 – Quais habilidades e capacidades deve possuir um bom planner?

Eu ainda to tentando descobrir hahaha. Mas, de cara, o que posso dizer é: organização, análise crítica, criatividade e saber um pouco de tudo. Organização porque o papel do planejamento é conectar todas as pontas para que o trabalho flua de forma a conseguir os melhores resultados para o cliente, isso requer uma organização mental muito grande pra não deixar nenhum detalhe passar. Análise crítica porque é muito importante enxergar qual a raiz do problema para conseguir resolvê-lo de forma eficaz. Criatividade para sempre buscar a inovação e conseguir fornecer insights para a criação ou para novos projetos, por exemplo. E saber um pouco de tudo porque muitas, muitas vezes grande parte do trabalho é garantir que tudo está saindo como o planejado e, se não, buscar alternativas para mudança de rota e só se faz isso quando você tem algum conhecimento sobre as possibilidades de cada área envolvida.

4 – Em que você acha que alguém que ainda está estudando publicidade e propaganda deve investir para estar melhor preparado para o mercado de trabalho?

Acho que pra se preparar para o mercado de trabalho, a primeira coisa é decidir em qual mercado deseja trabalhar. A publicidade oferece uma gama imensa de opções e todas elas podem ser fascinantes. Se você optar pelo digital, eu recomendo ler, ler muito – livros, artigos, blogs etc – para conhecer e se inteirar das novidades (que surgem todos os dias) e, se puder, fazer uns cursos livres dentro das áreas que despertem maior interesse. Se eu tivesse feito isso, com certeza, estaria muito mais preparada.

Uma mudança de foco

Com a palavra, Ednelson

Nosso entrevistado da vez é Ednelson Prado. Ele é formado em Jornalismo, Pós-graduado em Comunicação, Novas
Tecnologias e Educação e tem também Pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais e em Pós-graduado em Telejornalismo. Além disso é Mestre em Linguística Aplicada e Professor universitário há 10 anos. Diretor da Vincere Comunicação há 5 anos e Secretario de Comunicação da Prefeitura de Lorena.

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Atuo em campanhas eleitorais desde 1992, em eleições municipais a prefeito em Ubatuba, Taubaté, Lorena, Cruzeiro, na coordenação de equipes para produção de programas eleitorais para o Rádio. Assessor de Imprensa da campanha da Deputado Federal eleita em 2006 Aline Corrêa. Em 2012, à frente da Vincere, atuação em Cruzeiro, Lorena, Taubaté, Ubatuba e Porto Velho (RO).

Vamos a entrevista:

1 – A Vincere já tinha um pé nas ações de mkt político. Como surgiu a ideia de virar totalmente o foco da empresa para essa área?

Na verdade, a Vincere já nasceu no ambiente político, pois nosso primeiro cliente foi o então pré-candidato a prefeito de Taubaté Ortiz Júnior. De certa forma, o caminho acabou sendo natural, já que eu atuo com campanhas eleitorais desde 1992. A diferença que sempre foi uma atuação ao veículo Rádio. Então, os contatos, o caminhos acabaram proporcionando oportunidades e já em nosso primeiro ano eleitoral a Vincere atuou em cinco campanhas, sendo quatro na região e uma em Rondônia, saindo vencedora em duas, Taubaté e Lorena. Diante disso, e dos trabalhos que continuaram após as eleições municipais de 2012 fomo amadurecendo a ideia e, agora, decidimos reposicionar a empresa para esse segmento, que é uma paixão para todos nós da Vincere.

2 – O ano que vem já será um ano eleitoral. Quais as expectativas?

Elas são muito boas. Apesar de muitos não saberem como, mas todos os candidatos entendem que a internet é um caminho mais que natural, necessário. Por essa razão, e pelo trabalho que fizemos ao longo dos últimos três anos, acreditamos que coisas boas estão por vir. Já temos alguns contatos interessantes e em breve devemos confirmar algumas parcerias. Pelo menos, duas já estão bem engatilhadas.
3 – Os políticos já entenderam a necessidade de um trabalho constante de mkt digital?

Ainda estamos longe do ideal. Muitos ainda acham a internet importante mas não sabem como e, por isso, têm dificuldade em utilizar da melhor forma. Vai além do facebook, passa por estratégia, e isso, uma boa parcela ainda não entendeu. Mas o mercado está ficando atento a isso e as perspectivas são positivas.

4 – Em marketing e comunicação digital o aprendizado é constante. Fale um pouco sobre isso.

Sem dúvida, já que tudo muda muito rápido. A cada momento há novas ferramentas, novas possibilidade. O mobile é um fato importante, para o qual temos de estar atentos, hoje já representa um acesso importante a site e aplicativos, por isso, não pode ser ignorado. Você tem ferramentas novas surgindo, como Periscope, que pode ser um aliado. Tem de entender cada região, cada mercado, cada consumidor de informação e plataforma. Por isso, tem de estar o mais atualizado possível. É preciso sempre aprimorar a questão de coleta e análise de dados, pois são fontes importantes de informações para definir o rumo das campanhas. Não dá para perder tempo nem oportunidade por falta de conhecimento.

Um passo pra trás pra dar três pra frente…

Um proveitoso papo com Carolina Sene

O Publicitando entrevista desta vez a jovem e talentosa Carolina Sene. Diretora de arte, ela começou carreira em Taubaté e hoje está na Long Play, agência da holding presidida por Roberto Justus, a Newcom.

Veja o que ela nos disse:

1 – Fale um pouco de sua trajetória inicial aqui no Vale do Paraíba?
Bom, comecei fazendo estágio voluntário na ACI, no segundo ano da faculdade. Não passei no teste pra bolsa, porque foi um teste de arte e eu não sabia nem abrir o Photoshop, rs, mas como não tinha decidido a área que queria, resolvi fazer voluntário mesmo pra ver como era a criação. Me apaixonei. Depois de uns 4 meses fui chamada para estagiar na Tríadaz na parte de produção gráfica e também pra ajudar nas artes. Aprendi e cresci muito lá. Também estagiei na Supera, em SJCampos, mas fiquei pouco tempo e voltei pra Triadaz onde fiquei quase 1 ano e meio como assistente e depois diretora de arte.

Diretora  de arte talentosa e apaixonada pela profissão, Carolina Sene foi para o mercado de SP

Diretora de arte talentosa e apaixonada pela profissão, Carolina Sene foi para o mercado de SP

2 – E como foi a ida e a chegada ao mercado de SP para atuar em uma agência de relevância?
Vim para São Paulo pra estudar mais, estava com “sangue nos olhos”, rs. No começo fiz bate e volta, mas era muito cansativo, então resolvi me mudar até por compensar mais economicamente também. Depois de uns 2 meses procurando, consegui entrar como assistente de arte na agência View. É uma agência pequena, mas me receberam muito bem e lá fiquei por 9 meses, até entrar na Long Play, onde estou atualmente, como diretora de arte Jr.
No começo São Paulo parece meio assustador, é tudo muito longe, caro e muita correria, ficava muito tensa. Mas é só o tempo de se acostumar, depois que me instalei lá, tudo ficou lindo.

3 – Há diferenças significativas entre o mercado do V.Paraíba e o de SP, especificamente em sua área de atuação (direção de arte)?
Sim, mas do meu ponto de vista, depende muito. A primeira agência que trabalhei em SP tinha o estilo das que eu já havia trabalhado por ser uma agência menor, com clientes “pequenos” também, então o impacto não foi tanto. Depois que fui pra Long Play a história mudou bastante, é uma agência grande (ano passado ficou entre as 50 maiores do Brasil). Tudo era maior, o salário, os clientes, os jobs, a carga horária.. Quando você ouvir ” cliente sem limite de verba, crie a vontade”, acredite, é de brilhar os olhos. Hehehe
Basicamente tudo que aprendi foi nas agências pequenas, mas acho que todo criativo deveria passar por uma agência média/grande pra sentir o peso de ter um “clientão” no portfólio.

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4 – Há preconceito em relação a profissionais vindo do interior?
Não senti isso em nenhum momento, fui muito bem recebida e os feedbacks do meu trabalho foram/são muito bons, graças a Deus.

5 – O que você tem a dizer parar quem quer vencer como diretor de arte?
Acho que é um clichê falar pra ver muita referência, mas é pura verdade. Pesquisar trabalhos e estilos de diretores de arte diferentes, porque o criativo tem que saber fazer propaganda desde absorvente feminino até motor de caminhão, então não pode ser “prender” a um estilo só. Outra coisa que acho legal falar é que as vezes é preciso dar um passo pra trás pra depois dar três pra frente, rs, deixe o orgulho de lado um pouco, porque vale muito a pena. Eu amo meu trabalho e faço com prazer. A sensação de ver uma campanha minha na rua é muito boa, o clima (pelo menos de agência) é descontraído, você aprende a conversar sobre tudo, fica bem mais crítico, cria ouvindo música e, o melhor, come uma pizza diferente por semana (rs, brincadeira).