Coluna Propaganda&Arte

O mundo é 3D: de Tiradentes à Lu, do Magalu

Uma das formas mais iconográficas de arte é a escultura, o talento de transformar sentimentos e ideias em objetos de 3 dimensões. Pode parecer que muita coisa mudou desde o uso de mármore até a entrada dos softwares digitais de desenhos 3D, mas a verdade é que a essência dessa arte permanece idêntica e um exemplo disso são as assistentes virtuais como a Lu, do Magazine Luiza (Magalu para os íntimos). A próxima revolução será protagonizada pelos escultores. Acredite!

Personalidades, personagens e soluções

Estátuas sempre foram usadas para homenagear grandes personalidades da história, como é o caso do Tiradentes, muito bem representado na obra acima, localizada na Praça Tiradentes no Centro de Curitiba e criada pelas mãos do importante escultor João Turin. O trabalho de texturas, volumes, proporções e aspecto geral da obra não foram esquecidos pelos “novos escultores” do nosso tempo, que além de trabalhar em materiais tradicionais como argila, mármore, etc. também podem migrar para uma nova Era de trabalhos 3D no ambiente digital. Eles são responsáveis por criar animações em 3D para desenhos, propagandas, games e até assistentes virtuais que hoje tomaram a internet. A mais icônica, a Lu, da Magalu, já pode ser considerada uma influencer com importância tão relevante quanto qualquer outra pessoa da empresa, perdendo apenas para sua dona, a própria Luiza Trajano. A Lu (digital) foi criada de uma necessidade de dar uma “cara” para o chatbot da empresa e no final das contas, uma solução pontual se tornou um grande trunfo da marca. Hoje ela figura em propagandas ao lado de pessoas reais, como no caso do DJ Alok que lançou um clipe com ela. Esse é um sinal de que uma grande revolução está começando, hein?

De Michelangelo a Pixar, onde a magia acontece?

Pergunta rápida: Onde estariam os mestres da escultura como Michelangelo se tivessem nascido algumas centenas de anos mais pra frente?

Se for apenas pela arte em si, não podemos dizer onde ou em qual área estariam mais interessados, mas se for seguir onde está o dinheiro com certeza estariam trabalhando na indústria do entretenimento (filmes, séries, animações e games), da propaganda (avatares, assistentes virtuais, comerciais etc.) e/ou, até mais recente, no tal do metaverso.

O escultor precisa idealizar muita coisa antes de pôr a mão na massa. Precisa pensar em texturas, em volume, luzes, cores, ou seja, precisa entender muito de outras artes como desenho 2D, fotografia, comunicação e da escultura tradicional para depois criar no mundo digital. Programas como SolidWorks, CATIA e RenderMan, este último programa criado para gerar realismo em grande sucesso da Pixar como Toy Story, são os lugares onde muito da magia acontece. O processo da modelagem é criado no mundo virtual parecido com o mundo real, temos os formatos e “ferramentas” para criar uma deformação no objeto inicial e seguimos amassando da forma que desejarmos. Se quisermos, até dá para imitar o dedo humano, mas não se limitando a isso, o que torna o meio digital ainda mais incrível e ágil na formação de novos personagens e cenários, pois muitas ações são parametrizadas e agilizam o processo. Sem contar que temos inteligências artificiais que já ajustam muitos projetos e complementam, por exemplo, dando texturas pré-definidas ao projeto que está se esculpindo rapidamente.

Quem vai modelar o metaverso?

Não vou gastar seus minutos para falar o que é o metaverso (até porque ninguém sabe exatamente o que isso pode virar rs), mas, resumindo seria como um mundo paralelo onde poderemos interagir virtualmente com marcas, pessoas, fazendo atividades tanto de lazer como de trabalho, uma alternativa às nossas interações “reais” e tradicionais. O potencial dessa ideia é inegável, tanto que grandes marcas como a Nike estão se movendo para estarem nesse novo ambiente e apostando alto numa debandada de pessoas para este “lugar comum”. Os avatares, representações virtuais (3D) de nós nesse mundo conectado e interativo, deverão ser esculpidos por artistas como esses profissionais que falamos, com limitações, claro, da tecnologia atual. Mas em breve, com o avanço da velocidade da internet e dispositivos eletrônicos, poderemos ter avatares realistas e interações cada vez mais imersivas e relevantes.

Quem será o responsável por modelar todos esses personagens e mundos? Com certeza, não será o famoso escultor francês Auguste Rodin que já faleceu, mas grandes escultores da nossa Era e até programadores, que esculpem dados em formas e movimentos. No momento, estamos todos reflexivos como a escultura “O Pensador” de Rodin, pensando quando e como essa grande revolução vai acontecer e se temos roupa (ou skin) pra isso.

Referência de Assistente virtual, Lu, em feat. com Alok

Tendências em e-commerce

Tendências para o e-commerce em 2020

Em 2018, o e-commerce brasileiro registrou 123 milhões de pedidos e obteve um faturamento de R$ 53,2 bilhões, segundo Webshoppers 39 – Ebit|Nielsen. Já o primeiro semestre de 2019 apresentou crescimento de 20%, ante 8% registrados no mesmo período do ano anterior, mostrando o potencial e crescimento do segmento.

A Black Friday de 2019, considerada a segunda data mais importante do varejo, gerou mais de R$ 3,87 bilhões em compras no e-commerce. De início era um segmento dominado apenas por grandes players de mercado como, por exemplo, Walmart, Carrefour, Mercado Livre, mas com o passar do tempo qualquer empresário, por menor que fosse, conseguia investir em um e-commerce.

Imagem de justynafaliszek por Pixabay

Depois veio o “boom” dos e-commerces de nicho, lojas virtuais que vendem apenas um tamanho de sapato, só acessórios, ou cases para celulares etc. Ainda sim, o e-commerce no Brasil é relativamente novo, com menos de três décadas de existência, a cada ano apresenta um novo e grande potencial de crescimento, mesmo em tempos de crise.

Mobile cresce

De acordo com a pesquisa da Webshoppers, aproximadamente 43% dos pedidos são feitos via mobile. Ou seja, isso significa que futuramente, cada vez mais pessoas vão realizar os seus pedidos via mobile. Estima-se que em 2020 mais de 70% das vendas dos e-commerces serão feitas via celular.

Mas para que isso se torne uma vantagem para o negócio e não um problema, o site precisa ser responsivo e focado na experiência do usuário (UX). Para ter certeza que o site está otimizado para o mobile, a navegação deve ser intuitiva e o tempo de carregamento das páginas, menor.

O futuro: aplicativos

Desenvolva um aplicativo. Em relação aos aplicativos, de acordo com o estudo da Criteo (2018), a taxa de conversão de vendas é 3x maior nos aplicativos em relação ao mobile web. Ou seja, é um movimento que está ganhando o mundo e em breve chegará ao Brasil.

Imagem de Pexels por Pixabay

Omnichannel

Oferecer diversos canais de atendimento para o consumidor é uma tendência de mercado antiga, mas que se tornou uma obrigação para o empreendedor que busca se destacar e continuar crescendo.Neste contexto, aproveite a utilização de canais de atendimento com opção de contato via Whatsapp Business, redes sociais, sac, e-mail.

Assistentes virtuais

Segundo a pesquisa da Freshworks Inc. feita em parceria com a Toluna, “Novas regras de engajamento do consumidor – Brasil”, mostra que 70% dos consumidores interagem com chatbots e mais de 80% deles se dizem satisfeitos com a resposta e o atendimento recebido.

Na busca da rapidez e praticidade, os consumidores se acostumaram rapidamente com o atendimento realizado por chatbots automatizados e bots de atendimento inteligentes. Apostar na utilização de bots de atendimento é uma estratégia interessante, que pode poupar tempo e dinheiro da empresa.

Compra online, retira na física

De acordo com pesquisa realizada pela Provokers facilidades mobile, experiência do site e opções multicanais são indispensáveis nas compras online. Destes atributos, cerca de 42% dos consumidores buscam por opções multicanais como retirada na loja e tempo de entrega favoráveis.

Muitas empresas têm investido cada vez mais na otimização do processo de logística através da utilização de “pontos de retirada” de mercadoria. Dessa forma, surge um novo modelo de negócio, em que a descentralização do processo de logística e interconexão entre o mercado online e offline está cada vez mais presente.

Descrições de produtos é passado

“Outra previsão para o futuro do e-commerce é que as descrições de produtos como conhecemos hoje se tornarão obsoletas. Desconsiderando o fator SEO e pensando apenas na experiência do consumidor, a grande tendência é que os vídeos tomem conta das descrições de produto.”, menciona o CEO da Dr. e-commerce, Thiago Sarraf.

Afinal, qual a grande finalidade da descrição de produtos para o consumidor? Além de especificar medidas, cores e materiais de fabricação, é a aplicação destes produtos na vida dos consumidores. Para um e-commerce de moda, por exemplo, um vídeo se torna muito mais útil e interessante para a consumidora, em questão de combinações e caimento da peça.

Não quer dizer que as descrições escritas possam ser deixadas de lado. Afinal, ainda é uma grande ferramenta de SEO e busca para o Google. Além disso, caso o consumidor não tenha tempo para assistir o vídeo, a leitura da descrição supre a necessidade e incentiva a venda.

Uma imagem vale mais que mil palavras: vídeos

De acordo com o Google Advisors, cerca de 53% das pessoas buscam produtos no Google e logo após acessam vídeos para saber mais antes de comprar.

As pessoas não pensam em search e vídeos de forma separada, por isso, é interessante que o site do varejista conte com vídeos informativos, pois uma vez que o consumidor tenha em mãos a oferta de compra + informações relevantes, à tomada de decisão de compra é mais efetiva.

Por isso, com essa mudança no comportamento do consumidor, tenha certeza de incluir tudo o que o cliente precisa saber, isto é, como usar, porque o consumidor precisa daquele produto e todos os detalhes que possam incentivar a compra.

Efeito Amazon e Outros efeitos

Considerado o primeiro e-commerce dos Estados Unidos, a Amazon é um player gigante no mercado de marketplaces. Há uma boa chance de que se a Amazon faz algo, você deva fazer também. O nome que deram para isso foi o Efeito Amazon.

Monitore também a concorrência, mas não copie todas e quaisquer estratégias que o concorrente implementar, o importante é ficar de olho no seu público e como ele está reagindo a determinado fator.

Frete grátis, promoções, ofertas… não podem simplesmente serem aplicados sem qualquer tipo de planejamento. Quem te garante que o concorrente não está perdendo dinheiro com as promoções loucas? A dica principal aqui é ficar atento às tendências dos grandes e, quando fizer sentido para o seu negócio, colocá-las em prática também.

“De maneira geral, o efeito Amazon é um dos grandes indicadores de tendências para o futuro de e-commerce. O mobile commerce vai ultrapassar as vendas por desktop e as tradicionais descrições de produtos se tornarão obsoletas. É importante observar o comportamento do consumidor e se adaptar às novas tecnologias que facilitam a vida do cliente. Faça pesquisas, mantenha-se informado e acompanhe as transformações, fazendo isso, seu negócio terá uma chance muito maior de continuar competindo no jogo do mercado de e-commerce.”, conclui Sarraf.

Fonte: P & S Comunicação – Stefani Pereira