Dicas para incrementar o e-commerce

Três dicas para impulsionar o e-commerce nas datas comemorativas do varejo

O profissional do varejo entende o valor que as datas comemorativas proporcionam para o negócio, seja para trazer equilíbrio na sazonalidade (meses de alta versus meses de baixa) ou para alavancar as vendas e liberar estoques.

No Brasil, o Natal por exemplo, desponta como a data comemorativa mais importante para o comércio eletrônico, que concentrou 10% de todo o faturamento da categoria em 2018, segundo o estudo Webshopper da Ebit Nielsen. Outro dado interessante desse levantamento é que a Black Friday superou o tradicional vice-campeão em vendas do mercado, o Dia das Mães, alcançando um faturamento de R$ 2,6 bilhões, o que representa 4,9% do total, enquanto o Dia das Mães atingiu R$ 2,11 bilhões (4% do total). Além disso, em 2018, o ticket médio mais alto foi precisamente da Black Friday (R$ 608), seguido pelo Cyber Monday (R$ 494) e o Natal (R$ 475).

No último ano, no entanto, o Dia do Consumidor surge como uma ótima oportunidade para o varejo. De acordo com pesquisa Google, 35 mil pessoas já conhecem a data: 35% acharam que as promoções estavam boas e 65% encontraram promoções que procuravam.

Para acompanhar o ritmo do mercado e aproveitar as oportunidades que as datas comemorativas trazem, os e-commerces devem se planejar antecipadamente com estratégias eficientes com o objetivo de alcançar o desejado equilíbrio entre performance, resultado para o negócio e experiência de alto nível para as pessoas em toda a jornada de compra e interação com a marca.

Ao longo dos últimos anos eu tive a oportunidade de vivenciar de perto muita estratégia eficiente, mas também algumas crises durante eventos como a Black Friday. Por isso o meu objetivo é compartilhar alguns aprendizados que tive ao longo da minha carreira e observando nossos clientes na Worldline.

A primeira dica é: planeje-se! Independentemente do segmento e porte, isso é fundamental para todo varejista: saiba quais datas terão o máximo da sua energia e investimento, quais produtos/serviços serão ofertados e qual será a sua estratégia de relacionamento pós-data comemorativa.

Você, como gestor de e-commerce, deve estar preparado para um alto tráfego no e-commerce, por isso, é importante ter muita atenção com as datas de freezing (datas que o site não pode sofrer ajustes) para não comprometer a experiência do usuário.

Na prática, é necessário realizar testes no e-commerce para identificar como a plataforma se comporta com uma quantidade de acessos muito maior. Normalmente esses testes são feitos pelo menos um mês antes da campanha com o objetivo de avaliar a capacidade de processamento e navegação.

É importante ainda reforçar a infraestrutura de logística, capacitar e orientar todos da equipe para atender aos pedidos que sofrerão alta, além de comunicar todos os fornecedores, especialmente àqueles que atuam com sistemas antifraude, a fim de preparar todas as ferramentas para um comportamento do consumidor que pode parecer incomum.

Caso a equipe de antifraude não esteja alinhada com a ação entenderá esse movimento como suspeito e tornará a aprovação da compra lenta e, em alguns casos, levará o banco a entrar em contato com o cliente para confirmar a transação e, enfim, aprovar a compra. Neste meio tempo, o consumidor tem a opção de desistir do pedido, abandonar o carrinho e comprar do concorrente.

Mais do que oferecer uma experiência simples e conveniente, você precisa fidelizar. Com isso, a segunda dica é: faça da venda uma experiência positiva. E isso se dá por meio da navegação fluída no site, comunicação simples, facilidade de compra, incluindo diversidade nas formas de pagamentos e eficiência na comunicação entre e-commerce e adquirente. Essa é a fase em que você se questiona: meu gateway suporta o volume maior de transações durante o período da ação? Os bastidores de funcionamento do seu site devem estar muito orquestrados, para que não haja erro de comunicação no meio do processo.

Aqui ressalto a importância de contar com parceiros capacitados. Certifique-se que seu gateway conta com o certificado PCI Compliance e se ele é válido para o Brasil. Isso significa que ele funciona dentro das normas locais e atende a todos os requisitos para funcionar no país.

A terceira é tenha redundância! O que isso significa? Basicamente conte com um plano B para todo o seu serviço de venda: gateway, adquirente e antifraude. Você não quer que uma compra não seja aprovada porque um dos seus servidores ou parceiros não suportaram o seu volume de vendas. Para se ter uma ideia da importância deste processo, os e-commerces estruturam um “war room” em datas de grande movimento no varejo composto por TI, logística, financeiro, mercado, negócios, atendimento, comunicação. Isso, para que todo mundo esteja pronto para atuar em caso de crise.

Por fim, as oportunidades ao longo do ano são muitas, e, por isso, é indispensável se preparar para essas datas importantes do varejo. Planeje e gerencie o seu e-commerce sempre valorizando a experiência do seu público-alvo para que o ano seja de conquistas e resultados extraordinários no seu negócio e na sua carreira.

Thais FischbergThais Fischberg está à frente da operação América Latina da Worldline, empresa líder em meios de pagamento na Europa. No Brasil atua como gateway especializado em operações globais de grande porte.

Fonte: Tamer Comunicação – Lucas Hensou
Assessor de Imprensa

Estudo mostra crescimento na vendas durante Black Friday

Vendas na Black Friday foram até 5,4 vezes maiores e Cyber Monday não tem crescimento expressivo no Brasil, aponta Criteo

Na noite de quinta-feira houve um aumento considerável nas compras feitas por dispositivos móveis

Durante a última sexta-feira, 23 de novembro, o tráfego de consumidores no e-commerce brasileiro triplicou em relação à média do mês de outubro, o que resultou em um aumento de 5,4 vezes nas vendas. Na noite da quinta-feira, véspera da Black Friday, as vendas pela Internet registraram às 22h00 um crescimento de 4 vezes no desktop e 4,5 vezes no celular quando confrontadas com a quinta-feira anterior. Entre os produtos mais vendidos na data promocional deste ano estiveram smartphones, calçados e TVs. No sábado, o índice de compras realizadas em dispositivos móveis também permaneceu elevado durante todo o dia, confirmando a tendência de crescimento das compras on-line pelo celular.

Estes são alguns dos principais dados de levantamento realizado pela Criteo S.A. (NASDAQ: CRTO), plataforma de anúncios para a Internet aberta, sobre o comportamento do consumidor durante a Black Friday. O período considerado pelo estudo foi de 21 a 24 de novembro (quarta a sábado) e analisou horários de pico, dispositivos utilizados para pesquisar produtos e finalizar as compras, categorias e produtos mais comprados.

“Em comparação aos anos anteriores, quando quase a totalidade das compras foram realizadas durante a Black Friday, nesta edição observamos um grande movimento também nos dias anteriores e posteriores, principalmente em compras fechadas através de dispositivos móveis. A Black Friday continua conquistando cada vez mais espaço no Brasil com vendas chegando a ser 5 vezes maiores. Ainda hoje as compras seguem aquecidas nas lojas físicas e, por isso, é muito importante que tanto as marcas quanto os varejistas alinhem a estratégia online com uma experiência relevante e de qualidade nas lojas”, assinala Alessander Firmino, diretor geral da Criteo para o Brasil e América Latina.

As categorias mais vendidas

As três categorias com melhor desempenho de vendas na Black Friday foram Varejo, Sites de Comparação de Produtos e Vestuário. A categoria que mais cresceu, com 35%, foi a de Viagens.

Vendas por dispositivo

A escolha do dispositivo mudou significativamente dependendo da categoria. Os dispositivos móveis foram usados principalmente para comprar Alimentos e Bebidas (95%) e Anúncios e Classificados (73%), enquanto o desktop foi predominante no Varejo (60%) e em Viagens (69%).

Consumidor omnichannel

Em geral, navegar em dispositivos móveis e comprar em computadores ainda é a norma, embora haja também casos em que os consumidores navegam em desktop e concluem a compra via mobile.

Os produtos mais comprados

Os produtos mais populares entre os consumidores brasileiros durante a Black Friday deste ano foram smartphones, calçados e aparelhos de TV.

Cyber Monday

Durante a Cyber Monday, a segunda-feira de descontos focados em produtos eletrônicos, mas que também oferece promoções de categorias variadas no embalo do período, o crescimento das vendas no Brasil não foi tão expressivo quanto em outros países, segundo a Criteo.

As categorias que mais cresceram no dia seguinte a Black Friday foram Varejo (aumento de 113%), Serviços Financeiros (72%), Telecomunicações (36,71%), Automotivo (36,32%) e Viagens (30%). Os produtos que registraram maiores vendas foram smartphones e calçados.

Acesse aqui mais dados sobre o estudo da Criteo sobre a Black Friday.

Fonte: FirstCom Comunicação – Cíntia Yamashiro

Final de ano e o mercado de comunicação

Mercado discute influência do fim de ano no faturamento

Tradicionalmente se anuncia mais nos últimos dois meses do ano em função da chegada do Natal, a maior data promocional do calendário. Por conta disso, essa sempre foi uma época de mais trabalho e mais faturamento para as agências de propaganda/comunicação.

O Publicitando ficou curioso para saber se, com todas as mudanças no cenário e no mercado de comunicação mercadológica e com a ainda persistente crise econômica, o final de ano ainda amplia o volume de serviços e o faturamento das agências do Vale do Paraíba.

A expectativa para o Natal é boa. Pesquisa realizada recentemente pelo  CNDL/SPC Brasil aponta que o Natal deve movimentar R$ 53,5 bi na economia brasileira este ano. A mesma pesquisa indica que o consumidor tem intenção de comprar entre quatro e cinco presentes e que ticket médio ficará na casa de R$ 116 por item. Em comparação com o ano passado, 27% planejam gastar mais.

Também temos nos últimos anos o crescimento da Black Friday, data “importada” do mercado americano e que, apesar de alguns tropeços, vem se consolidando como uma importante data promocional. Segundo levantamento do Ebit o comércio eletrônico deve faturar R$2,43 bilhões durante a Black Friday de 2018,com alta de 15% na comparação com o ano passado.

O efeito Black Friday se faz sentir mais fortemente nas agências com foco em digita, como explica Eduardo Costa, da Resultage: “na Resultage, por ser uma agência digital, a demanda é um pouco diferenciada. A partir de setembro já se nota claramente um aumento no número de solicitações e demandas especificamente para campanhas de Black Friday, para varejos online e/ou tradicionais, além de empresas de software SaaS”.

Eduardo Costa, da Resultage

Há uma percepção de que a festas de fim de ano não impactam tanto assim o faturamento da agência, como explica Roberto Rezende, da BR012:

“Em termos de faturamento para a agência não houve aumento. Mas percebemos uma maior demanda por campanhas e jobs de nossos clientes se comparado ao mesmo período do ano anterior. Talvez a desaceleração da economia, tão sentida por nós ao longo do ano, em meio a um cenário de incertezas e que deverá levar as vendas do varejo a crescer menos no Natal de 2018 (+2,3%) do que no de 2017 (+3,9%), esteja “obrigando” as empresas a se planejarem e se preparem ainda mais para a época do ano que – ainda é – considerada a mais importante do varejo brasileiro se quiserem manter o mesmo patamar de vendas de anos anteriores”.

Roberto Rezende, da BR012

Ele também destaca a ação da Black Friday nos investimentos de final de ano: “Outro ponto que sempre é bom salientar, é o fato de muitos consumidores aguardarem as promoções da Black Friday para comprar os presentes de Natal. Esse movimento vem causando uma retração nas vendas de Natal desde que a Black Friday foi introduzida no calendário varejista”.

Já Thiago Monteiro Luz da Árvore Propaganda e Marketing, faz uma reflexão um pouco diferente:

“O fim de ano aumenta o volume de trabalhos não só pelas campanhas natalinas, mas também para concluir os planos estratégicos para o próximo ano. Sem dúvida é uma época em que todos os prazos se apertam”.

Thiago Luz, da Árvore

Esse raciocínio guarda semelhança com outros aspectos levantados também por Eduardo, da Resultage. Ele afirma que o volume de trabalho aumenta também em função de festas de final de ano, notadamente para o varejo,de campanhas de vestibular, pós-graduação, etc, para universidades e entidades de ensino e também de campanhas de férias de verão e réveillon para os diversos clientes de turismo da Resultage, sobretudo resorts e destinos nacionais e internacionais. Ele destaca: “Ou seja, segundo semestre bem forte, crescendo mais a cada ano”.

 

A primeira Black Friday Omnichannel

A primeira Black Friday Omnichannel

*Por Maurício Trezub

A Black Friday no Brasil nasceu no canal e-commerce. Devido ao grande sucesso da data, nos últimos anos notamos também uma alta na adoção por parte das lojas físicas. Ao contrário dos consumidores, que já são digitais, o varejo brasileiro está muito atrasado na agenda da transformação digital e tem baixa maturidade nos processos OmniChannel. Por todos estes fatores, somados a grande demanda gerada pela BF, acredito que esta será a primeira Black Friday verdadeiramente omnichannel do Brasil. E o risco é grande…

Então, como planejar uma Black Friday que não vai decepcionar esses clientes?

Em primeiro lugar sugiro focar em dois processos omniChannel. O primeiro é dar a opção ao cliente comprar no site e retirar na loja física (Buy Online, Pick up in Store). O chamado Click and Collect possibilita que as pessoas economizem no frete que, por vezes, pode ser o grande vilão das vendas online. Dependo do seu valor, o preço final pode perder o desconto dado.

Essa estratégia pode gerar não somente a venda pelo e-commerce, mas ainda, quando retirar o pedido, o cliente pode se interessar por outros produtos da loja. Ou seja, é uma boa oportunidade de cross sell e up sell. O desafio aqui é o volume de pedidos gerados para separação por parte das lojas físicas, que tradicionalmente não sabem executar bem este processo. O ideal é que nesta data exista uma equipe treinada e dedicada a fazer a separação dessas compras em um lugar facilmente acessível e sem filas, afinal ninguém que já escolheu e pagou por um produto no ecommerce espera pegar fila na loja física para retirá-lo.

O segundo processo é o “Buy in Store, Ship to Home”, ou gôndola infinita, que acontece quando a loja física vende um produto que não tem em estoque utilizando o armazém do e-commerce ou de outra loja e entrega na casa do cliente. Como o cliente se deslocou até a loja física para fazer a compra, ele espera que os produtos que foram anunciados estejam disponíveis, mas sabemos que durante a Black Friday é muito comum que as melhores ofertas acabem se esgotando rapidamente. Para evitar frustrar a expectativa destes clientes e não perder a venda, este processo omnichannel é uma grande sacada. Não esqueça de rever os incentivos aos vendedores das lojas físicas neste processo.

No final das contas, o real desafio dessa Black Friday será atender um consumidor multicanal, esperando que o preço anunciado seja honrado em todas as frentes, que os produtos estejam disponíveis em todos os canais e que os processos funcionem. Do lado do lojista existe todo um planejamento de entregar essa experiência, sem que haja insatisfação por parte dos consumidores, em um dia que o movimento é absurdamente maior do que um dia normal. Vale a pena analisar o caminho não convencional desse processo, os fluxos de exceção como rupturas de estoque, produtos danificados, trocas e devoluções intra-canais, etc.

Talvez o fator mais crítico a ser considerado com relação a multicanalidade é a integraçãperfeita entre os sistemas de gestão da companhia. Enquanto o e-commerce vendia apenas os produtos segregados de um armazem central o desafio de concorrência era muito menor. Para conseguir atender grandes demandas de fluxos omni é muito importante que o ERP esteja 100% integrado com os sistemas de loja.

O omnichannel é ainda muito novo no Brasil e as empresas que implementaram processos nos últimos 12 meses ainda não tiveram a chance de estressá-los durante uma Black Friday. Será preciso muito treinamento e planejamento para conseguir atingir as expectativas dos clientes!

*Maurício Trezub é diretor de e-commerce da TOTVS

Fonte: RMA Comunicação – Natália Baggio