O valor da atenção na publicidade digital

Por Marcia Byrne*

Foi-se o tempo em que a criatividade determinava o destaque e o sucesso de uma campanha publicitária. Com o cenário digital mais expansivo do que nunca, capturar a atenção do consumidor se tornou um dos maiores desafios do marketing. Seja na palma da mão, nos smartphones e tablets, ou na open web, as marcas de todos os segmentos de mercado vivem uma disputa acirrada pela atenção do consumidor.

Segmentação e personalização de mídia, juntamente com métricas de desempenho como visibilidade, tempo de visualização e volume de impressões em um anúncio, permitiram um refinamento na forma como planejamos estratégias e gerenciamos campanhas em tempo real. Mas ainda há uma lacuna em determinar o paralelo entre a atenção de um espectador e o desempenho da campanha.

MEDINDO A ATENÇÃO

A prevalência de métricas de atenção nas estratégias de marketing –e nas discussões públicas no nosso segmento– explodiu no último ano. E por um bom motivo: as métricas de atenção fornecem insights práticos que os profissionais de marketing podem usar para preparar suas campanhas para o momento futuro. O problema é que o setor ainda está batalhando por uma base concreta de como definir e mensurar a atenção.

Para este fim, empresas como a IAS investiram em soluções de medição como o Quality Attention. O objetivo de produtos como esse é conectar os pontos entre a atenção do consumidor e o desempenho da campanha, de forma escalável.

Também precisamos reformular a nossa percepção sobre atenção do consumidor. Podemos entendê-la como uma série de sinais. Alguns modelos usam IA e machine learning para assimilar indicadores de qualidade –como visibilidade, tipo de mídia, tipo de tráfego e interações do usuário– e vincular esses sinais de atenção à propensão de eventos de sucesso. Esse processo oferece insights mais práticos do que as métricas tradicionais de proxy, como, por exemplo, o tempo de exibição.

Uma série de testes com Quality Attention detectou um aumento médio de 130% no desempenho geral de anúncios que tiveram pontuação alta de atenção. Essas mídias publicitárias mais atraentes registraram o dobro de impressões e uma redução de 51% no custo por conversão. Dois estudos de caso com clientes do setor varejista registraram um aumento de 26% no awareness da marca e uma alta de 69% na intenção de compra, além de elevação nos indicadores de vendas (40%), vendas incrementais (15%) e retorno sobre o investimento em publicidade (6%).

PARTINDO PARA A AÇÃO

Usando métricas de atenção, os anunciantes podem, por exemplo, comparar a pontuação média (de 0 a 100) de suas campanhas de marketing com os valores médios globais, permitindo-lhes detectar campanhas de baixo desempenho, bem como a necessidade de aprimoramentos para torná-las mais eficazes.

Com essas informações, os profissionais podem identificar suas melhores e piores mídias publicitárias para ajustar seus investimentos consequentemente. Também podem identificar páginas onde o desempenho está constantemente abaixo da meta e adicioná-las em listas de exclusão. Ainda, podem orientar mudanças criativas no conceito e na mensagem da peça, ou mesmo em tamanhos e formatos de mídia.

Hoje, a tecnologia já está disponível para analisar e rastrear a atenção das campanhas na open web, tanto em computadores quanto em dispositivos móveis. Não há um consenso total entre os profissionais do setor sobre como mensurar a atenção, mas defendo que as métricas orientadas por dados são a chave para estabelecer um referencial sobre como definir e medir a atenção. As métricas de atenção devem estar no primeiro plano da estratégia de qualquer profissional bem preparado. Aqueles que adotarem essas práticas poderão navegar melhor pelas complexidades do cenário digital e orientar resultados comerciais.

*Marcia Byrne é Managing Director para a América Latina da Integral Ad Science (IAS)

Etus Media Holding adquire Supersonic para impulsionar inovação em Growth Marketing

Empresa prevê atingir R$ 260 milhões em faturamento no ano de 2025

Em uma transação que promete transformar o cenário de marketing digital no Brasil, a Etus Media Holding, uma empresa MAdTech que combina Marketing, Publicidade e Tecnologia, anunciou a aquisição da Supersonic, a renomada especialista em Otimização de Conversão (CRO). Com esta aquisição, a Etus, que possui mais de 30 milhões de usuários no Brasil, fortalece ainda mais sua posição como um one stop shop de Growth Marketing, oferecendo uma abordagem inovadora e abrangente para o mercado. A Pipeline Capital, grupo global de fusões e aquisições, foi o advisor financeiro do lado da Supersonic.

Rafael Damasceno (Supersonic), Éric Jorge (Etus), Alberto André (Etus), Wanderson Santos (Etus) e Filipe Reis (Supersonic).

A Supersonic, conhecida por sua expertise em converter visitantes em clientes e leads, conquistou, nos últimos dez anos, uma reputação sólida com resultados gerados para clientes como Pagbank, Hotmart, Eli Lilly, Comgás e Direcional Engenharia. A empresa sempre teve o desejo de expandir seu impacto para além do CRO, abrangendo todo o funil de marketing.

A parceria com a Etus surge como a solução perfeita para essa expansão. A Etus, que recentemente decidiu abrir um braço de agência e SaaS, é reconhecida por sua metodologia única de Growth Marketing, que combina profundo conhecimento em aquisição e retenção de clientes com tecnologia própria e altamente escalável. A empresa projeta dobrar o tamanho de sua operação em 2025, atingindo cerca de R$ 260 milhões.

Alberto André, CEO da Etus, comenta sobre a aquisição: “Estamos empolgados em unir forças com a Supersonic. Nossa metodologia MAdTech é única no mercado e, com a expertise da Supersonic em CRO e Digital Analytics, vemos uma sinergia perfeita. Juntos, somos capazes de oferecer uma experiência completa de Growth, do planejamento à execução, com uma precisão e qualidade inigualáveis.”

Filipe Reis, CEO da Supersonic, também comentou sobre a aquisição: “Unir forças com a Etus é um passo estratégico que nos permitirá expandir nossa expertise em otimização de conversão para um espectro mais amplo de Growth Marketing. Estamos entusiasmados com as oportunidades que esta parceria trará para nossos clientes, que agora terão acesso a uma abordagem completa e integrada para impulsionar seus resultados de marketing digital. Juntos, estamos preparados para elevar os padrões do mercado e oferecer soluções ainda mais inovadoras e eficazes.”

Com esta união, a Supersonic não é mais apenas uma especialista em aumentar taxas de conversão. Agora, a empresa se posiciona como um parceiro completo de Growth, capaz de conduzir grandes marcas desde o planejamento estratégico até a execução detalhada de cada etapa do funil de marketing. A colaboração entre as equipes já está em andamento, e os primeiros projetos conjuntos têm mostrado resultados promissores, superando expectativas de clientes e reforçando a visão das empresas de revolucionar o mercado de marketing digital.

“Esta transação representa um marco significativo não apenas para a Supersonic, mas para o mercado de Growth Marketing como um todo. A união da expertise em CRO da Supersonic com a capacidade tecnológica e estratégica da Etus, cria uma solução única. A Pipeline Capital está comprometida em facilitar esse tipo de inovação no mercado e estamos confiantes de que essa parceria será transformadora.”, diz Alon Sochaczewski, fundador e CEO da Pipeline Capital.

Sobre a Etus Media Holding

A Etus Media Holding é uma empresa MAdTech inovadora que oferece uma consultoria Full-Service de Growth Marketing com uma abordagem data-oriented bastante alavancada em Machine Learning e GenAI. A empresa combina profundo conhecimento em marketing com tecnologias próprias. Com um inventário de milhões de usuários qualificados e uma equipe de mais de 150 profissionais distribuídos pelo Brasil, EUA e Europa, a Etus está se consolidando como um dos principais players no mercado de publicidade e Growth. https://etus.digital/

Etus Media Holding (2024)

Faturamento: BRL 130 M
Presença em 23 países (mercados principais: Brasil, México, EUA, Índia)
Usuários únicos de seus sites no Brasil: 30 M
Mais de BRL 600 M investidos em plataformas como Google, TikTok, Facebook e Kwai

Sobre a Supersonic

Há mais de dez anos no mercado, a Supersonic é uma agência líder em otimização de conversão (CRO), focada em transformar visitantes em clientes e leads através de uma metodologia científica exclusiva. Com atuação no Brasil e nos Estados Unidos, a Supersonic tem ajudado grandes marcas como XP, TOTVS, Grupo Authentic Feet, Sterilair, Grupo Globo, Pagbank, Hotmart, Eli Lilly, Comgás e Direcional Engenharia a maximizar suas taxas de conversão por meio de técnicas avançadas de Digital Analytics, pesquisas com o público, UX, Copywriting e mais. Além de ser referência em CRO e testes A/B no país, a Supersonic se destaca por sua abordagem personalizada e seu compromisso em entregar resultados tangíveis e mensuráveis para seus clientes.

Fonte: Pipeline Capital

O que eu preciso saber ou aprender para trabalhar com marketing digital?

Por Josué Brazil

Essa é a pergunta que não quer calar. Com o crescimento contínuo do marketing e da publicidade digital e a consequente sofisticação e amplitude das ferramentas e funções, fica cada vez mais difícil saber de tudo neste segmento.

Imagem de Chen por Pixabay

Vamos, entretanto, tentar mostrar o que é preciso para desbravar o mundo do marketing digital. Esse universo dinâmico envolve desde a arte de engajar pessoas nas redes sociais até o uso estratégico de dados para promoção de campanhas. Se você tem interesse na área, veja abaixo os principais pontos para se destacar.

1. Conhecimentos técnicos e ferramentas essenciais
Começar com o básico é o primeiro passo: SEO e SEM . Saber otimizar sites e conteúdos para aparecer bem no Google (SEO) é essencial, assim como entender de campanhas pagas em plataformas como Google Ads (SEM). Ah, e as redes sociais? Além de conhecer as plataformas, como Instagram, TikTok e LinkedIn, vale aprender sobre algoritmos e anúncios pagos (Social Ads).

E não para por aí! E-mail marketing é outro pilar do marketing digital – por isso, plataformas como Mailchimp e RD Station podem ser grandes aliadas. E para analisar se tudo está indo na direção certa, o Google Analytics e o Google Data Studio são os melhores amigos do profissional de marketing.

2. Estratégia de Conteúdo: criatividade a todo vapor
A criação de conteúdo é onde as ideias brilham! Planejar posts, textos, vídeos e tudo o que conecta o público à marca é fundamental. Isso inclui copywriting , aquela escrita persuasiva que faz o público querer saber mais, e SEO de Conteúdo , que é alinhado a criação com práticas que ajudam o conteúdo a ganhar destaque.

3. Publicidade e Performance: foco nos resultados
Para quem gosta de performance, entender as campanhas pagas é indispensável. Google Ads, Facebook Ads e outras plataformas de mídia paga permitem criar e otimizar anúncios que vão direto ao ponto! E se você gosta da ideia de trabalhar com influenciadores, vai curtir saber mais sobre marketing de influência , uma tendência que não para de crescer.

Além disso, para orientar o cliente pela jornada de compra, é fundamental entender o funil de vendas – atrair, converter e reter clientes exigem táticas específicas e fazem toda a diferença no sucesso das campanhas.

4. Análise de Resultados: paixão por métricas
Nenhuma campanha de marketing digital vive sem análises. Compreender KPIs e outras métricas de desempenho, como ROI (Retorno sobre Investimento) e CTR (Taxa de Cliques), é o que permite analisar resultados e fazer ajustes para melhorar cada vez mais. E se você quiser testar, vale apostar nos Testes A/B , que ajudam a identificar o que funciona melhor e afinar as estratégias.

5. Soft Skills: criatividade e colaboração
No mundo digital, as soft skills fazem toda a diferença. Criatividade e capacidade de inovação são fundamentais para se destacar em campanhas e gerar impacto. Adaptar-se às mudanças e tendências também é essencial, pois o marketing digital se transforma constantemente. E, claro, um bom comunicador, que sabe trabalhar em equipe, consegue levar as estratégias muito mais longe.

Kit básico

Esse é o kit de sobrevivência básico para quem quer entrar e crescer no marketing digital. Com cursos, prática e vontade de experimentar, qualquer um pode se tornar um especialista na área e fazer a diferença nas campanhas digitais.

Bora lá?!

Cliente no centro: qual a importância dos pontos de contato das empresas?

Por Renan Cardarello*

Qual o melhor ponto de contato para que uma empresa se comunique com seu cliente e eleve suas vendas? Depende de vários aspectos. Nesta era altamente digital que vivemos, cada um de nós tem seus canais preferidos para se relacionar com uma marca e adquirir seus produtos ou serviços – o que exige delas a máxima participação nesses meios para que não só esteja presente onde seu público está, como também garanta uma jornada de compra fluida para sua satisfação e retenção.

Conforme dados divulgados pelo próprio Google, cerca de 75% dos usuários acessam cinco ou mais pontos de contato antes de tomar uma decisão de compra. Essa amplitude reflete, nitidamente, a rigorosidade e complexidade do processo de decisão dos consumidores atualmente, que envolve diversas interações online e/ou offline antes de tomarem essa escolha e finalizarem sua aquisição.

Todos esses pontos irão interferir, de uma forma ou outra, na finalização desta jornada pelos clientes. Mas, como decidir, dentre tantas opções, em qual canal seu negócio deve estar? Novamente, a resposta irá variar. Empresas varejistas de roupas ou comércios alimentícios, por exemplo, tendem a ter um maior engajamento e conversão através do Instagram. Outras, de serviços, podem obter maior visibilidade e aumento de vendas em anúncios e estratégias pautadas no Google.

Cada negócio deverá aplicar uma pesquisa a fim de determinar quais canais se mostram mais vantajosos para suas operações, auxiliando a direcionar qual ponto de contato deverá ser reforçado e quais outros não precisam de tanto investimento e esforços pela equipe de marketing. Note, porém, que reforçamos a importância de estabelecer prioridades, não de excluir, completamente, outros canais que também podem ser relevantes para essa conexão e que, inclusive, servirão de apoio caso alguma outra rede repentinamente fique fora do ar.

Imagine, como citado acima, uma marca varejista que foca suas estratégias no Instagram, e se mantém pouco presente em outro ponto de contato. Caso esta primeira rede fique offline por tempo significativo, a empresa pode perder uma alta quantidade de vendas, além de ter chances de deixar de responder seus usuários e, com isso, gerar uma insatisfação preocupante para sua imagem e funcionamento – brand equity.

Apesar de sempre existir um canal onde a presença da marca será mais forte, todo negócio deve diversificar seus pontos de contato com seus clientes, garantindo que tenham a mesma linguagem e estejam em sintonia quanto ao posicionamento. Afinal, no caso de um consumidor acessar no Instagram da empresa e encontrar uma comunicação totalmente divergente da qual mantém no LinkedIn, sua experiência pode ser prejudicada.

Coloque-se no lugar do seu cliente e questione o que você gostaria de encontrar se procurasse pela sua marca no online ou offline. Pergunte-se o que seria determinante para adquirir os produtos ou serviços desejados, junte essa visão à aplicação de uma pesquisa de mercado e, com base nas respostas obtidas, trabalhe com um plano de ação estratégico nesse sentido.

Hoje, temos quatro gerações economicamente ativas no mercado (baby boomers, Geração X, Y e Z). Cada uma tem suas características e preferências no que buscam em uma empresa, o que torna complexo “agradar” e atrair todos esses públicos para uma única marca. Cada qual terá seu processo de compra, o que reforça a importância da omnicanalidade nos pontos de contato para que sua empresa esteja presente em todos os canais e com uma comunicação alinhada, a fim de conseguir chegar tanto nas redes mais utilizadas pela gen. Z até as dos baby boomers.

*Renan Cardarello é CEO da iOBEE – Assessoria de Marketing Digital e Tecnologia.