“O Futuro do Varejo, o Varejo do Futuro” é o tema da Live que será realizada pela APP (Associação dos Profissionais de Propaganda) RM Vale do Paraíba no dia 24 de agosto de 2021, às 19h.
O objetivo é entender melhor esse cenário, onde o varejo passa por uma grande reinvenção para atender o exigente consumidor atual, carente de boas experiências e que deseja ir além de apenas adquirir um produto.
Para debater os desafios de marketing e publicidade, além das tendências para o setor, a APP convidou dois especialistas no assunto:
Helenice Moura, Presidente do Comitê de Líderes de E-commerce SP e Co-fundadora da “A Liga Digital”.
Christian Magalhães, Head de Marketing do Grupo AD Shopping, maior administradora independente de shopping centers do país.
“O tema veio ao encontro do papel determinante que o varejo tem no mercado, principalmente no interior. Hoje as empresas do segmento são foco de atenção e estudo de grande parte do mercado publicitário. Vamos debater as novidades, os marketplaces, comunidades em torno das marcas, omnichannel, experiência do consumidor, e-commerce e tantos outros assuntos que fazem do varejo uma grande oportunidade para os profissionais de marketing”, disse Josué Brazil, integrante da diretoria da APP, professor e diretor do Departamento de Comunicação Social da Unitau (Universidade de Taubaté).
Para participar da Live, que será mediada por Beto Rezende , Diretor de Marketing da Acit (Associação Comercial e Industrial de Taubaté) e sócio da Box28 Marketing, basta acessar o link na BIO do Instagram @apprmvaledoparaiba.
Revolução do comércio inteligente. Segundo pesquisas recentes da consultoria inglesa Juniper, quase 90% das maiores companhias do varejo apontam o uso de soluções analíticas como uma prioridade de seus planos para o futuro. O estudo indica que, até 2022, serão investidos mais de U$ 7,3 bilhões no desenvolvimento de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial, Big Data e automação de processos para o setor varejista, gerando mais de 25% de redução nos custos de operação e até U$ 340 bilhões em vendas.
Associação dos Profissionais de Propaganda RM Vale do Paraíba. A APP busca promover a troca de experiências entre os diversos atores que formam o mercado da publicidade regional, a qualificação profissional, a identificação de oportunidades e dar representatividade ao segmento nas esferas públicas e privadas.
Fonte: Assessoria de Imprensa da APP Vale do Paraíba – Bianca Toti
As redes sociais são hoje o meio digital de maior audiência no mundo. Na América Latina, por exemplo, 82,5% das pessoas acessam as redes sociais, o que torna essas plataformas um dos meios de comunicação preferidos das marcas. Graças aos avanços tecnológicos oferecidos e aos dados acessíveis, estas plataformas possibilitam às empresas segmentar e impactar suas audiências com os seus anúncios, além de permitir a mensuração e otimização das campanhas para obter melhores resultados nas ações publicitárias.
Divulgação Alberto Pardo, CEO & Fundador da Adsmovil
Essas plataformas sociais estão em constante mudança para se adaptar às tendências do mercado e às necessidades dos usuários. Neste sentido, um grande exemplo é a aceleração digital que vivemos no último ano, em que muitas empresas passaram a ter uma maior presença nos canais digitais, seus melhores aliados para continuarem a interação com o seu público.
Assim nasceu o social commerce, ferramenta do e-commerce que oferece às marcas a possibilidade de transformar as redes sociais em um marketplace para divulgar e oferecer seus produtos, com uma experiência de shopping digital acessível aos usuários sem sair de casa.
O Live Shopping virou tendência principalmente para marcas de moda e luxo. O Facebook e o Instagram adaptaram rapidamente suas funcionalidades e fizeram uma integração com a Shopify – a maior companhia de e-commerce do mercado -, para que as empresas, independentemente do porte, pudessem vender seus produtos em tempo real. Enquanto o WhatsApp passou a ser o meio de comunicação ideal para os compradores, que utilizam esse canal para tirar dúvidas, fazer consultas e/ou finalizar suas transações.
Observamos esse mesmo crescimento no consumo de vídeo. Em 2023, o número de usuários de vídeo digital deverá aumentar para 317,9 milhões de pessoas, momento em que representará quase metade (48,2%) da população da América Latina, enquanto o número de visualizadores OTT (Over The Top) por assinatura aumentaria para 114,5 milhões, quando quase um em cada cinco (17,4%) consumidores assistirão o conteúdo OTT por assinatura, de acordo com dados do eMarketer.
As plataformas de streaming online estão, sem dúvida, ganhando força e observamos um aumento significativo no número de usuários e assinantes na TV conectada, OOT e até no YouTube, com ampla facilidade de acesso oferecida, já que as pessoas podem assistir o conteúdo em seus dispositivos móveis quando quiserem. Da mesma forma, serviços como Netflix, que foi a primeira empresa a chegar à América Latina com sua proposta, seguidos por outros como Amazon e Disney, que também estão fazendo um grande investimento para entrar na região e certamente serão seguidos por muitos mais.
Este ano é de se esperar que as audiências digitais e as diretrizes publicitárias continuem crescendo ainda mais. Hoje, não mais que 1 ou 2% é destinado ao OTT e a TV conectada, mas este ano pode dobrar ou triplicar.
Além disso, neste cenário, para o futuro, veremos tendências como deepfake, uma falsa montagem de vídeo onde qualquer imagem ou vídeo pode ser usado para criar uma ação, como também ferramentas que envolvem inteligência artificial ou realidade virtual, que serão rapidamente adotadas pelas redes sociais.
Qualquer manual de varejo on-line deveria trazer um capítulo dedicado ao planejamento anual de 13, isto mesmo, 13 meses: além dos 12 tradicionais, um novo mês deve ser acrescido em sua programação. Afinal, cerca de um 1/13 das vendas do setor é faturado entre Black Friday e Cyber Monday. Ou seja, em apenas cinco dias, entre a última quinta-feira de novembro e a segunda-feira seguinte, vende-se em um dia o mesmo do que tradicionalmente se comercializa em uma semana.
João Lee é sócio-fundador da Simplex
Estamos falando de volumes gigantescos de transações em poucos dias. Segundo a Ebit/Nielsen, em 2020, entre 19 a 27 de novembro, o faturamento do e-commerce com a Black Friday foi de R$ 6 bilhões, 30,1% a mais que as vendas de 2019. O mesmo Ebit/Nielsen informou que, levando-se em conta as promoções de “esquenta” Black Friday, o varejo no ano passado recebeu 10,63 milhões de pedidos nessa ocasião.
E o que esperar de 2021? Neste ano a maior temporada de liquidações on-line deverá ser ainda mais importante. Os mais de 13 milhões de brasileiros que estrearam nos caminhos do e-commerce, forçados pela pandemia no ano passado, já estão mais confiantes. Na prática, já ultrapassaram a barreira dos primeiros cadastros on-line, experimentaram novos meios de pagamento e provavelmente se sentem prontos para se arriscar a comprar um maior número de itens e produtos de valores mais expressivos. Por outro lado, muitos ainda estão receosos das aglomerações no varejo físico, apesar da vacinação contra a Covid estar em curso. Tudo aponta para uma maior adesão ao e-commerce.
A notícia, aparentemente, é boa para o varejista. O problema é que essas vendas não caem do céu. No cenário on-line, há uma concorrência ainda maior pelo consumidor, inclusive de sites internacionais, que normalmente não estão no radar do varejo tradicional. Portanto, se você pretende que o seu site ou landing page esteja entre as primeiras opções das ferramentas de busca na Black Friday, é preciso trabalhar duro para isso. E esse esforço deve ser feito desde… ontem!
Quem conhece um pouco de SEO (Search Engine Optimization) sabe que os algoritmos do Google – e de outros buscadores – precisam notar que você existe – e que você é ativo on-line há um bom tempo – para que o seu site ou landing page ganhe uma posição de destaque nos resultados de busca. Não adianta simplesmente criar uma página de Black Friday às vésperas da data. Ela desaparecerá ante à concorrência. Ainda que ela seja tecnicamente perfeita, se não houver um histórico de buscas e visitas associado a ela, o seu endereço não será visto pelo Google como relevante para o consumidor.
Quem quer levar uma estratégia de SEO a sério, com foco em Black Friday, assim como em qualquer outro evento sazonal, deve criar landing pages focadas no tema com meses de antecedência, com os termos mais óbvios relacionados a essa temporada de mega liquidações. É importante que sua página contenha termos como Promoção de Black Friday, Ofertas Antecipadas de Black Friday, Preços mais baixos de Black Friday, Black Week, Black Novembro, Produtos Exclusivos de Black Friday e similares. Outra dica é ter em vista como a população busca o que procura. O varejo brasileiro tem o costume de usar em excesso expressões em inglês. Por isso, também leve em consideração o “abrasileramento” na grafia dessas expressões como: black frayday, black fraidai, blaqui fraidei e afins, e as adotar para captar essas buscas também.
Outra dica é adotar modelos de vendas híbridos. Voltando alguns anos no tempo, lembramos que as ofertas iniciais de Black Friday eram todas on-line. O varejo rapidamente a assimilou e extrapolou suas fronteiras, abarcando, ainda, as vendas nas lojas físicas. Com a pandemia, tudo mudou novamente. Agora há a tendência de o consumidor retomar fortemente as compras on-line. Portanto, pensando na comodidade do cliente, vale a pena oferecer a opção de compras on-line com retirada agendada na loja, para evitar as filas e aglomerações típicas das principais liquidações do ano. Esta é uma forma de driblar eventuais problemas logísticos de entrega, eliminar o custo do frete e, ainda, contribuir para que o consumidor não se exponha desnecessariamente aos riscos da pandemia.