Níveis de engajamento

A Pirâmide de Engajamento

por Josué Brazil

Uma das coisas ou objetivos mais importantes que podemos perseguir para a atuação das marcas nas redes sociais é o engajamento.

Basicamente, “engajar” quer dizer participar de forma voluntária de algo. No caso específico das redes sociais, que acabaram por popularizar o termo, é também uma forma de entender o modo como o público interage com as marcas.

O engajamento tem como objetivo gerar um maior relacionamento com os clientes dentro do ambiente digital – e por consequência além dele –  e ainda pode aumentar o faturamento das marcas/empresas.

Quando pensamos em obter ou melhorar o engajamento com nosso público algo que pode ser bastante útil é o conceito de Pirâmide de Engajamento proposto por Charlene Li em seu livro Fenômenos Sociais nos Negócios. Vejamos:

1° Wathing – usuários que apenas observam. Olham tudo mas não postam;

2° Sharing – aqueles que compartilham informações. Dificilmente produzem conteúdo próprio;

3° Commenting – usuários que avaliam e fazem comentários e críticas. Já tem perfil mais colaborativo;

4° Producing – aqueles que criam e produzem conteúdo em texto, vídeo e áudio para seus próprios ambientes;

5° Curating – são os curadores, usuários extremamente engajados que usam parte de seu tempo para gerir comunidade ou fórum. São o topo da pirâmide.

Para cada tipo ou nível de engajamento podemos traçar estratégias e conteúdos adequados para obter e ampliar engajamento em perfis de redes sociais.

Posts que engajam

Posts que estimulam o engajamento são trunfo para se destacar nas redes sociais

por Marina dos Anjos, Gerente de Marketing da Scup*

Os algoritmos das principais redes sociais têm priorizado o engajamento das postagens para determinar o que é ou não é relevante para o feed de cada usuário

Foi-se o tempo quando era fácil se destacar nas redes sociais. A cada mudança nos algoritmos, fica claro que é preciso ser coerente, criativo, consistente e autêntico. É isso que fará com que sua marca tenha um público engajado, e engajamento é o principal ingrediente para o sucesso.

Os truques infalíveis, “5 passos para arrasar no Instagram” ou dicas quentes para aumentar o número de seguidores já não funcionam mais se você não traçar estratégias reais de comunicação para conquistar o consumidor, fazê-lo amar sua marca e assim conquistar interações reais e relevantes. Ao criar conteúdo para seus perfis, as marcas precisam atrair o interesse, entreter e estimular o engajamento do público. Para isso é preciso levar em conta que estão conversando com pessoas de verdade, que possuem interesses específicos, tem suas preferências por formatos e gostam de ser ouvidas.

Se o seu produto é biscoito vegano e orgânico para cachorros, por exemplo, é natural que a sua audiência seja menor que a de uma marca que vende petiscos tradicionais, afinal, a quantidade de pessoas com essa bandeira são menores. Isso mostra que a quantidade de seguidores é irrelevante se você se conectar com as pessoas certas, que realmente buscam o que você oferece e têm grandes chances de se tornarem clientes.

É nessa linha que estão caminhando as mudanças dos algoritmos das redes sociais. O que será mostrado para o usuário é o que, de fato, o interessa, independente de likes, de marcas famosas ou de grandes influenciadores. Para ajudar nesta missão, separei informações preciosas sobre como funcionam os algoritmos das principais redes sociais, pois é crucial entendê-los para uma estratégia bem sucedida. Spoiler alert: todas prezam o engajamento.

Linkedin: Engajamento em primeiro lugar

A nova atualização do Linkedin, realizada em junho de 2019, prioriza o engajamento dos usuários. Isso não quer dizer, no entanto, que as pessoas verão no seu feed as publicações mais populares, mas aquelas que têm maior relação com o tipo de assunto que o usuário costuma interagir. O objetivo é garantir que, ao acessarem a rede social, os usuários gostem do que aparece no feed e se sintam estimulados a voltar com mais frequência. Até então, ao entrar na plataforma, apareciam posts com números altos de reações, comentários e compartilhamentos, mas que não necessariamente era o que o usuário desejaria ver ao entrar na rede social. Com a mudança, o algoritmo do LinkedIn opta por mostrar aos usuários publicações de pessoas já conhecidas, por meio de conexões em comum, com prioridade para assuntos em que os perfis já tenham demonstrado interesse.

Pode-se dizer, então, que o LinkedIn vai ficar mais nichado. A rede social corporativa entendeu que é mais importante estimular pequenas conversas do que mostrar os posts com mais reações ou comentários. Assuntos mais específicos, portanto, ganharão mais destaque na plataforma. Com isso o engajamento da rede social se torna verdadeiro e limpo, porque se encaixam com as necessidades de seus usuários.

Facebook: Foco na relevância das interações

Ao ser alvo de muitas críticas, principalmente depois do vazamento de dados em 2017 e o bate papo que o CEO Mark Zuckerberg teve com o Senado americano, o Facebook resolveu atualizar o seu algoritmo para priorizar as interações relevantes, ou seja, os posts com mais engajamento como curtidas, comentários e compartilhamentos, têm mais chances de aparecer no topo do feed. Isso porque o Facebook mantém um histórico pessoal da interação de seus usuários com publicações de páginas ou amigos e, com isso, o algoritmo da rede social consegue prever o que cada um quer ver no feed baseado nessas interações com páginas e amigos.

De acordo com o próprio Facebook, as interações relevantes e conteúdos engajantes são posts interativos, que levam o usuário a compartilhar e reagir, como um post de um amigo pedindo uma recomendação ou um conselho, além dos comentários feitos em publicações de artigos de notícias ou vídeos que geram discussões na plataforma.

Instagram: o horário do post é o que mais conta

A última atualização do algoritmo do Instagram aconteceu em Março de 2018. Antes disso, o feed da rede social também era baseado no engajamento. Depois da atualização, os posts passaram a ser mostrados por ordem de tempo.

O motivo da mudança foi o próprio feedback dos usuários, que preferem conteúdos mais atualizados do que um feed personalizado com base no histórico de engajamento, desta forma a mudança faz com que o “feed pareça mais fresco”, de acordo com a própria rede social.

As interações na rede social, contudo, também continuam sendo importantes, apesar de não ser o fator principal. Um dos desafios é deixar a timeline com fotos em ordem na qual elas forem postadas, mas sem deixar que se percam as postagens relevantes para o usuário, por exemplo, de amigos que moram em outro fuso horário.

Para quem cria conteúdos no Instagram, vale ressaltar que não existe um horário certo para postar. Cada conta deve estudar como é o comportamento dos seguidores e, a partir disso, traçar estratégias para obter sucesso na rede social.

Twitter: a hora é agora

O Twitter é uma rede social conhecida pelo imediatismo, e as conversas por lá começam quase instantaneamente. Talvez por isso o algoritmo priorize o tempo de postagem dos tuítes: as publicações mais recentes aparecem no topo e a timeline segue com as postagens mais antigas.

Porém, se engana quem pensa que esse é o único fator que o algoritmo do Twitter usa para organizar o que aparece no feed. As interações são cruciais para os usuários do microblog. Os primeiros tuítes que aparecem na timeline fazem parte do que os desenvolvedores resolveram chamar de “Caso você tenha perdido”.

Esse recurso funciona assim: as contas que o usuário demonstra mais interesse nos conteúdos têm seus tuítes mostrados antes mesmo das postagens em tempo real. Além disso, quando um usuário fica um determinado tempo sem abrir o aplicativo, o Twitter manda uma notificação mostrando alguns “destaques” dessas contas. Ou seja, assim como o Facebook, o Twitter também leva em consideração as interações relevantes entre os usuários.

Hoje, o grande trunfo para as marcas que desejam mais destaque nas redes sociais é investir em experiência do usuário e proporcionar interações sociais mais significativas, por isso investir em conteúdo

*Sobre Marina dos Anjos

Marina dos Anjos é jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo e possui MBA em Marketing e Vendas. Trabalha com comunicação corporativa desde 2009, tendo passado por agências de comunicação e atendido startups e empresas como BIC, boo-box (já vendida) e Scup (antes de passar a integrar a equipe da empresa). Na Scup desde 2014, foi head de conteúdo e atualmente gerencia o marketing da plataforma.

O papel dos microinfluenciadores no marketing

Porque os microinfluenciadores são importantes para o marketing

por Maria Carolina Avis*

Você já precisou de indicação de alguém para resolver algum assunto ou adotou algum hábito por influência de uma celebridade? E quantas vezes você foi influenciado por alguém de prestígio na sua cidade, faculdade ou rede de amigos, por exemplo?

A autoridade exercida por blogueiros e influencers nas estratégias de marketing é cada vez maior, não dá para negar. Enquanto o poder de influência das grandes celebridades está diminuindo, os microinfluenciadores são cada vez mais procurados pelas grandes marcas.

Os microinfluenciadores são aquelas pessoas com até 100 mil seguidores — e tornaram-se a minha aposta para o marketing daqui para frente. São usuários de redes sociais que compartilham conteúdos sobre seus interesses.

Mesmo com poucos seguidores, conseguem uma alta taxa de engajamento e principalmente de conversão, se compararmos com os grandes influencers. Além disso, os microinfluenciadores têm maior proximidade com o público e relacionamento mais próximo com os seguidores, já que seu fluxo de mensagens é menor do que o dos “grandes” influencers.

De acordo com pesquisa da Markerly, quanto mais seguidores um influenciador tem, menor é seu número de curtidas e comentários. A empresa analisou mais de 8.000 contas no Instagram que tenham mais de 1.000 seguidores.

As contas que têm entre 1.000 e 10.000 seguidores alcançaram 4% de engajamento, enquanto aquelas com mais de 10.000 atingiram apenas 2,4%. Para os perfis com mais de 1.000.000 de seguidores o engajamento é de apenas 1,7%.

Outro ponto a se considerar é que geralmente os grandes influenciadores cobram caríssimo para uma única publicação e não querem experimentar os produtos. Já um microinfluenciador está disposto a entender sobre a marca, experimentar os produtos e divulgá-los caso goste.

Um levantamento da Expercity mostrou que microinfluenciadores alcançam 22,2 vezes mais conversões do que influenciadores comuns ao recomendar um produto. A mesma pesquisa mostrou que 82% dos consumidores estão dispostos a seguir indicações de um microinfluenciador.

Os grandes influenciadores têm uma vida totalmente diferente de muitos de seus seguidores, enquanto os microinfluenciadores são “gente como a gente”: produzem um conteúdo único e autêntico, já que são pessoas com rotinas mais próximas das nossas.

Cada um tem suas características. O microinfluenciador tem um conhecimento em uma área, logo, trabalha conteúdos em nichos. Já o grande influencer tem seguidores de todos os perfis, já que o volume é alto. Portanto se sua marca vende um produto ou serviço para um público específico e tem uma verba diminuída, aposte em microinfluencers.

Ter um alto número de seguidores não garante que o número de vendas também seja alto. Mas ter relevância em um determinado nicho é fundamental para as marcas.

* Maria Carolina Avis é professora do Centro Universitário Internacional Uninter e especialista em marketing digital.

Investimento em publicidade digital cresce e deve movimentar mais de 9 bilhões de dólares na América Latina

Publicidade nativa amplia receita de Publishers e engaja audiência por meio de conteúdo personalizado com base em dados de interesse

A publicidade digital, apontada como uma das principais estratégias adotadas para fortalecer ainda mais a interação das organizações com seus públicos, impulsiona um mercado que deve ter investimento de mais de 35 bilhões de reais na América Latina neste ano, segundo pesquisa do eMarketer ‘Latin American Ad Spending 2019’. O levantamento também aponta que o Brasil registrará mais de metade (53,7%) dos gastos na região por de meio de anúncios mobile. De acordo com Luiz Biagiotti, Country Manager da Outbrain, plataforma pioneira em descoberta de conteúdo personalizado, estratégias focadas em native ads que oferecem conteúdo relevante, confiável e personalizado ganham destaque, pois reúnem características que são valorizadas pelos consumidores.

Luiz Biagiotti, Country Manager da Outbrain / Créditos foto: Eugênio Goulart

“Os fatores de sucesso são uma imagem e um headline para capturar a atenção do consumidor”, diz, ressaltando o cuidado com tom comercial, já que o anúncio nativo está integrado de forma harmoniosa a um conteúdo editorial. Biagiotti também enfatiza que funcionalidades que permitem a recomendação de vídeos e a possibilidade de compra programática de espaços nativos também tendem a atrair mais anunciantes. “Conteúdo audiovisual tem alto engajamento e consegue passar a mensagem com emoção e de maneira mais impactante; já a mídia programática pode conseguir uma resposta muito mais segmentada para cada usuário em tempo real, o que resulta em um maior engajamento e em taxas de conversão maiores”, finaliza o diretor.

Sobre a Outbrain

Outbrain (www.outbrain.com) é a principal plataforma de descoberta por meio de formatos nativos do mundo, que oferece conteúdo relevante, personalizado e confiável para a audiência, enquanto ajuda publishers a entenderem seu público por meio dos interesses reais do leitor. Em uma década desde que Outbrain abriu suas portas, a empresa se transformou em um negócio que atende mais de 250 bilhões de recomendação de conteúdo personalizado a cada mês e chega a meio bilhão de visitantes únicos de todo o mundo. A expansão da Outbrain para algumas das maiores propriedades globais da web é um reflexo do seu rápido crescimento e suas inovações bem sucedidas no apoio a uma nova era de publicação digital. Publicações de primeira linha que atualmente alavancam a plataforma Outbrain incluem: Infoglobo, Editora Globo, Folha de S. Paulo, CNN, The Guardian, The Telegraph, Sky News, Le Monde e Time Inc.

Fonte: OUTBRAIN COMMUNICA BRASIL – Marcela Martinez