Brand Canvas: metodologia inovadora para desenvolver uma marca forte

Felipe Morais apresenta em livro método de mapeamento de propósito e posicionamento a partir da experiência no atendimento de grandes empresas como Mercedes-Benz, Bradesco e Coca-Cola

Desenhar o planejamento de uma marca exige muito estudo, pesquisas aprofundadas, análises extensas e imersões desgastantes. Estes caminhos costumam resultar em uma avalanche de dados e informações, mas que não serão úteis para alcançar os resultados esperados se não forem bem trabalhados. Então, como otimizar as ações de forma estratégica? A resposta é apresentada pelo especialista em planejamento estratégico e branding, Felipe Morais, em Brand Canvas, lançamento da DVS Editora.

Na obra, o autor revela a proposta que dá nome ao livro, fruto da união entre a metodologia 5Ps de Branding, centrada nos pilares de promessa, percepção, propósito, posicionamento e pessoas, com o famoso método Business Canvas Model. A iniciativa, inédita, ajudará estrategistas na condução de uma comunicação mais clara e efetiva com os times de criação e conteúdo tanto dentro da empresa quanto com fornecedores como agências, consultorias ou freelancers.

Com a experiência adquirida no atendimento de grandes empresas, entre as quais Mercedes-Benz, Bradesco, Coca-Cola, Caixa Econômica, Puma, Chevrolet e Nestlé, Morais desenvolveu o Brand Canvas ao montar o plano de marca do site Aposta1. Agora com o livro, o especialista disponibiliza a metodologia para que outros profissionais e empresas conheçam o caminho para construir uma marca de maneira objetiva e focada no desenvolvimento de um propósito forte e conectado com as pessoas.

A conexão emocional da marca com as pessoas passa por entender como o relacionamento se faz a longo prazo. Quanto mais as marcas entenderem comportamentos, maiores serão os vínculos que elas vão criar com as pessoas. O vínculo não se cria do dia para a noite. Por isso, o processo de construção
de marcas fortes é ação. Execução. Testar, cair, errar, levantar e acertar. (Brand Canvas, pg. 29)

Por meio de uma linguagem descomplicada, Felipe Morais une teoria e prática ao apresentar exemplos e detalhar o passo a passo para a aplicação do Brand Canvas no dia a dia do negócio. O livro aborda, ainda, as mudanças no mercado de comunicação causadas pela pandemia e o crescimento da presença online das empresas, especialmente com o uso do marketing digital.

Ao tecer análises institucionais de diferentes setores, Brand Canvas oferece uma visão ampliada e organizada sobre como as marcas se fortalecem e conquistam públicos engajados. É uma fonte de conhecimento e aprendizados aplicáveis para profissionais de comunicação, estrategistas de marcas, estudantes, empresários, empreendedores e interessados em desbravar o universo de construção de imagem e reputação das organizações.

Ficha técnica

Título: Brand Canvas
Autor: Felipe Morais
Editora: DVS Editora
ISBN: 978-65-5695-067-9
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 176
Preço: R$ 54,00
Onde encontrar: Amazon

Como fazer sua marca se destacar da concorrência

por Ana Meneguini*

Se tem uma dúvida recorrente na cabeça de muitos empreendedores e líderes de negócios certamente é “como destacar minha marca?”. A pergunta por trás da pergunta em geral se desdobra em duas: como vender mais e como fidelizar melhor meu cliente?

Essas são as dores, mas a solução está na marca. Marcas fortes atraem mais. Marcas fortes engajam e convergem mais. Marcas fortes duram por mais tempo. Por isso, vivem um ciclo virtuoso. E como tornar sua marca forte? Como destacá-la da concorrência?

Cuidado da tríade PBR – People, Branding, Revenue. People, em inglês, quer dizer, pessoas, branding, marca, revenue, receita.

Parece óbvio mas não é: a marca é o alicerce sobre o qual a receita se constrói. Você pode estar se perguntando “mas eu só queria vender mais”. Explico: pessoas são a matéria prima sobre a qual a marca se alicerça.

São as pessoas que executam as entregas que transformam suas promessas de marca em tangíveis que são usufruídos pelo mercado consumidor, gerando receita. Se você não cuida das pessoas, não dá a elas um norte claro, uma estratégia clara, seus números vão denunciar dispersão de energia e perda de oportunidade. E isso tudo impacta negativamente a geração de novas vendas.

Foque nas pessoas. Alicerce sua marca nelas. Deixe que elas façam seu trabalho, inspire-as a impactarem a economia, a se envolverem com a comunidade que se interessa e que precisa da sua solução, e aí, colha rentabilidade sustentável.

Porque pessoas autênticas formam times fortes, que advogam pela sua marca porque se identificam legitimamente com a mudança que ela faz, e suportam as intempéries do mercado e as volatilidades do cotidiano – se, é claro, sua marca for de verdade verdadeira.

Uma vez que as pessoas estejam bem direcionadas, é hora de olhar para o mercado e entender: “o que o meu concorrente faz melhor que eu?” – Uma pergunta que, quando bem elaborada, pode trazer inovação no seu jeito de oferecer seu produto ou serviço. E novas oportunidades de se comunicar melhor e vender mais.

Retorne para as pessoas! Seus clientes. Clientes são pessoas que podem se tornar advogados e embaixadores da sua marca.

É possível co-criar com seus clientes? Não perca a oportunidade. O senso de comunidade é o novo cartão fidelidade. Abrace essa causa. Pessoas, marca e receita: três elementos voláteis, orgânicos, mutáveis. E exatamente por isso, belos, desafiadores, apaixonantes.

É possível fazer algum tipo de sucesso cuidando apenas de um? Sim, claro.

Este sucesso é sustentável a longo prazo? Não, com certeza não.

*Ana Meneguini

Fundadora e estrategista em Branding, Geração de Demanda e Receita na Introduce to Market (ITM). Possui mais de 20 anos de experiência e com especialização em Branding, Growth, trade marketing, vendas, comunicação interna e institucional. O alto nível de especialização nestes temas, deve-se ao fato de ser visionária dos lugares que pode alcançar como empreendedora e com um perfil de liderança movido por desafio e voltado a resultados.

Fenômeno Tik Tok e o impacto na produção de conteúdo

Entenda o fenômeno Tik Tok , e sua extensão para outras redes sociais, e como marcas podem usar a plataforma de forma a atrair consumidores

Por Rafael Rez*

A cada década temos o destaque de uma plataforma que influencia o comportamento e o consumo da população em geral, direta ou indiretamente. E em 2022 não é exceção: o fenômeno TikTok veio para mostrar como ainda dá para ser diferente mesmo depois de tantos anos de internet.

Rafael Rez – Fundador e CMO da Web estratégica

Adaptando o modelo da rede social das dancinhas, grandes marcas passaram a replicar e usar as mesmas estratégias para atrair um público cada vez mais imediatista.

Passando a barreira inicial e fornecendo material suficiente para o algoritmo trabalhar a seu favor, o TikTok tem muito a oferecer para micro, pequenos, médios e grandes negócios.

Confira alguns dos principais ensinamentos que a rede social pode oferecer na produção de conteúdo para marcas usarem, tanto dentro quanto fora do aplicativo.

3 ensinamentos do fenômeno TikTok na produção de conteúdo

Positivo ou negativo, é fato que o TikTok é um lugar para todos – e onde a produção de conteúdo tem mais espaço e apoio para crescer.

Comparada a rede social vizinha, como os usuários da plataforma chamam o Instagram, seu algoritmo é mais amigável, oferecendo melhores oportunidades orgânicas para as marcas e influenciadores.

É possível usar as hashtags, áudios, filtros, músicas e até mesmo vozes específicas – como a do Malvadão ou do Google, e assim aparecer no feed orgânico de milhares de pessoas.

Analisando mais de perto os padrões de comportamento dos criadores de conteúdo da rede social, podemos levantar os seguintes ensinamentos:

Invista em conteúdo de nicho

Pode parecer óbvio, já que estratégia de nicho faz parte de qualquer plano de negócio, mas no TikTok isso ganhou proporções inimagináveis.

Desde médicos fazendo as trends do momento, passando por fashionistas excêntricas, uma extensa rede de pessoas fazendo unboxing, uma senhora chamando para almoçar até as lives completamente aleatórias: tudo isso tem seu público engajado.

Mais do que nunca podemos entender que as pessoas consomem assuntos específicos, o que abre um enorme espaço para marcas e empresas se encaixarem ou criarem sua própria audiência.

Conteúdo autoral, consistência e repetição

Apesar da fama e do grande uso das trends – o que mais está sendo replicado dentro do aplicativo – o conteúdo autoral tem seu espaço cada vez mais definido.

A criação de conteúdo começa justamente com o item anterior: identificação do nicho. A partir disso é possível dar seu toque pessoal, trazendo elementos próprios, como uma característica física, um bordão, aspectos do lifestyle e as mais diferentes rotinas que se possa imaginar.

Seja pela estranheza ou pela identificação, em muitos casos basta ouvir os primeiros segundos para saber, sem nem olhar, de quem é o próximo vídeo.

Pode parecer despretensioso em um primeiro momento, mas a consistência e a repetição dos mesmos elementos é um dos fundamentos básicos da construção de marca, pois faz o consumidor se lembrar de você e te associar mesmo que não seja algo de sua identidade especificamente.

Acessibilidade para criadores e consumidores

Um dos pontos super importantes e que teve seu uso aumentado na plataforma TikTok foi a acessibilidade.

Padrão hoje na maioria dos vídeos, as descrições de áudio ajudam tanto quem não consegue ouvir áudio – e assim podem entender a mensagem através dessas legendas tanto quanto a população em geral, que muitas vezes utiliza a rede social em lugares públicos onde ligar o áudio pode não ser uma opção.

Além disso, já existem estudos que comprovam que o uso de legendas melhora o alcance e, consequentemente, a visualização dos vídeos.

Ao mesmo tempo, as narrações dos vídeos atendem a toda uma outra gama de pessoas, que preferem ou conseguem apenas ouvir e quem tem algum tipo de dificuldade em prestar atenção nas imagens, texto e áudio ao mesmo tempo.

Entretenimento também como forma de informação

É inegável que o fenômeno TikTok tem revolucionado a produção de conteúdo e como eles estão sendo consumidos.

Além da réplica do formato e funcionalidades, que já estão sendo usados em outros aplicativos, o que fica de ensinamento é que mesmo os vídeos de 1 minuto podem conter informação, ter estratégia, storytelling e principalmente: acessibilidade.

Todos esses são itens que marcas, empresas e empresários de qualquer tamanho podem – e devem! – aplicar em seus próprios conteúdos.

*Rafael Rez é especialista em marketing digital, acumula experiência com mais de 1.400 clientes desde 1998 e é autor do livro “Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI”, best-seller com mais de 20 mil cópias vendidas no Brasil e Portugal. O executivo também é fundador e CMO da Web Estratégica, uma empresa de consultoria especializada em Marketing de Conteúdo e SEO.

Fonte: Seven PR

Como definir o alcance de público em uma campanha

Indicadores para definição de alcance

por Josué Brazil

Em meu último texto aqui sobre planejamento de mídia escrevi sobre alcance, frequência e continuidade; os três pilares do pensamento estratégico no plano de mídia.

Imagem de Brian Merrill do Pixabay

Agora vou trazer aqui alguns indicadores que nos mostram com que tipo de cobertura trabalhar de acordo com cada situação de mercado e comunicação. Para quem não leu o texto anterior, definimos três níveis de alcance: baixo (quando objetivamos atingir menos de 40% de nosso público alvo); médio (quando pretendemos falar com 40 a 70% de nosso público) e alto (quando buscamos conversar com mais de 70% de nosso público).

Vamos falar dos indicadores então:

CICLO DE VIDA DA MARCA – marcas e/ou produtos em situação de lançamento, relançamento e sustentação (principalmente para marcas de destacada liderança) é recomendável a alta cobertura (acima de 70%). Por outro lado marcas com baixa participação, sem produção suficiente para atender à demanda, a solução é média ou baixa cobertura;

OBJETIVOS DE MERCADO – De modo geral, quanto maiores os objetivos de mercado, maior a necessidade de atingir progressivamente novas parcelas de público;

CAMPANHA PROMOCIONAL – campanhas promocionais curtas e de rápida resposta exigem altas coberturas. Dependendo do volume de resposta desejado e necessário e da mecânica da promoção, soluções com média cobertura são boa opção;

DINÂMICA DA CONCORRÊNCIA/MERCADO – diretamente ligado ao posicionamento estratégico adotado pelo anunciante e da sua posição de mercado, além da configuração do mercado em que está inserido, ou seja, o que o cliente pretende em relação ao seu mercado afeta a escolha do nível de alcance de público;

COMUNICAÇÃO – quanto maior o nível de conhecimento e de lembrança da marca menor a necessidade de buscar novas parcelas de público;

PERÍODOS – a cobertura pode e deve variar ao longo da campanha (sazonalidade, férias, custos etc). Ela não precisa ser igual do início ao fim de um esforço de comunicação.

Neste texto me apoiei nas ideias de Edson Benetti em seu capítulo sobre Mídia do livro “Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar”.

Num próximo texto traremos os indicadores para definirmos que tipo de continuidade adotar em nosso planejamento de mídia para uma marca/empresa/produto/serviço.