Pesquisa mostra relação do brasileiro com as “fake news”

Oito entre dez brasileiros alegam preocupação com “fake news”, revela pesquisa

Segundo levantamento da consultoria Conversion, a televisão é o canal mais confiável de informação para 82,8% da população

Imagem de Gordon Johnson por Pixabay

Pesquisa inédita da consultoria Conversion, especializada em performance e líder em SEO no Brasil, revela que 79,3% dos brasileiros possuem grande preocupação com as chamadas “fake news” (notícias falsas). Entre os canais de informação com maior índice de confiança da população, a televisão é apontada pela maioria (82,8%) como a mídia que inspira mais credibilidade.

De acordo com levantamento “Consumidor Digital 2020”, elaborado entre os meses de agosto e setembro deste ano, 80,2% dos brasileiros confiam em jornais e revistas impressos, 71,9% acreditam nas informações de redes sociais 68,5% dão credibilidade às notícias dos blogueiros.

A pesquisa mostra ainda que 73,2% dos cidadãos buscam informações diversas vezes ao dia nos mecanismos do Google, cujos resultados (orgânicos e pagos) inspiram confiança para 95,2% dos usuários. O estudo aponta também que 93,2% acessam à internet diversas vezes ao dia, tendo o celular como o principal dispositivo para 94,4% dos entrevistados.

Imagem de rawpixel por Pixabay

O wi-fi é o tipo de internet mais utilizado pelos brasileiros, com 69,1% dos acessos, seguindo pelo sistema 4G, com 44,1%. E cerca de 55% afirmaram estourar o plano de dados pela quantidade de acesso e downloads.

“Com a democratização em massa da informação e do conhecimento, propiciada pelo avanço da internet, o brasileiro tem adotado uma postura mais cuidadosa, atenta e conservadora com relação os conteúdos propagados na mídia e na web”, comenta Diego Ivo, CEO da Conversion.

A pesquisa da Conversion ouviu homens e mulheres, acima de 18 anos, de todo o Brasil e todas as classes sociais, a partir de um questionário estruturado com perguntas fechadas e aplicado via internet. O estudo contou com a participação de 395 pessoas, com nível de confiança de 95% e erro relativo de 4,9 pontos percentuais (para cima ou para baixo).

Fonte: Thiago Nassa – Assessoria de Imprensa

Coluna Branding: a alma da marca

As armas estão de volta e a cobra vai fumar

Não é de hoje que conceitos militares permeiam o mundo da comunicação. Termos como “below the line – atrás das linhas” e “target – público alvo”, demonstram bem que guerra inspira a propaganda e se relaciona com ela há muito tempo.

Hoje, um novo tipo de guerra e de comunicação se faz presente, trazendo de volta as velhas armas, como o uso da mentira, colocando a comunicação no centro da discussão novamente.

O termo “Firehose of falsehood – Mangueira das falsidades” aparece pela primeira vez em um artigo de Christopher Paul and Miriam Matthews e descreve um método novo de “propaganda” baseado no estudo das técnicas da influência digital dos russos, usado no caso da Crimeia. Essa técnica nada mais são que as chamadas “fake news”, mentiras replicadas em frequências e velocidades ampliadas, em grande potência de disparo como se fosse uma mangueira de bombeiro. Foi usada para desconstruir uma imagem consolidada e com bases culturais sólidas, distorcendo a realidade e o conhecimento cristalizado através da incursão da dúvida.

Essa técnica já está amplamente dominada, e não é mais uma “novidade” no mundo da propaganda, com uso comum nas mais diversas comunicações governamentais do mundo a fora.

O problema é que sabemos que testes de origem militares sempre vazam e acabam virando produtos de mercado, seja um simples travesseiro com gel da NASA, ou o surgimento da grande rede de comunicações que mudou a vida de todos, isso sempre vem parar no mercado comercial. É aí que a “cobra fuma!”.

As marcas podem sofrer muito com o exemplo da guerra híbrida e o uso do fake news para desconstruir imagens consolidadas. Este é o veneno que mata o branding e pode gerar perdas irreparáveis no mundo onde a marca é considerada o principal ativo de uma empresa.

O pior é que, este veneno está nas mãos dos publicitários e de sua big data, e novamente seremos nós, os comunicadores, que decidiremos como usar esta “tecnologia”. Seremos nós os que ganharão este dinheiro, mas também assumiremos este carma. Seremos nós quem teremos o direito moral de escolher se o uso disso melhorará ou piorará a vida das pessoas e a reputação da nossa profissão.

Estamos preparados? Aprendemos com a crise que abalou a imagem dos profissionais de propaganda? Teremos capacidade moral de escolher o certo?

Por enquanto são só perguntas, mas em breve as armas estarão de volta e ai teremos nossa resposta. Que Deus ajude a nossa grande nação!

Coluna Branding: a alma da marca

E agora Brasil?

Como havia dito, esta é a derradeira coluna de uma série de 3 que acompanhou o pleito eleitoral analisando estratégias de marketing político e as campanhas publicitárias nelas contidas. Agora, tão próximo do fechamento dessa história a pergunta que fica é: “o que será do país após está eleição?”

Minha resposta para este caso é: continuará igualmente em crise institucional.

Não houve nesta disputa uma construção de imagem pública capaz de alinhar os lados opostos, de ser um conciliador por inteligência de proposta, com o convencimento da população de um caminho único que pudesse nos unir em torno desta bandeira.

Estamos saindo do pleito com a sensação de que independente de quem vença, o dia seguinte será de aplicação à força de uma ideia que não convence. De quem vir a governar implantar suas regras ao povo, goste ou não. Isso não ajuda a construir uma governabilidade.

Fica claro por essa eleição que a força das mídia sociais superou as tradicionais influências televisivas e jornalísticas.

Por sua natureza, estes meios oferecem mais facilidade para quem atira pedras, que para aqueles que se defendem sobre um teto de vidro. E esta deverá ser a tônica daqui pra frente, e a análise que deve ser feita pelo brasileiro pós eleição é: queremos manter este estado de resistência? Não seria hora de repensar o que queremos? e não o que não queremos mais? Como diz a emissora de TV: que Brasil queremos para o futuro?

No entanto, a realidade é que qualquer que seja o lado vencedor terá grandes dificuldades para governar, e a tendência é que se estenda uma disputa por anos difíceis como foram os últimos quatros.

O uso do fake news que foi o hit desta campanha não deve cessar, será conduzido com mais estratégia e planejamento, espaçando ações, buscando minar a credibilidade dos adversários, em uma construção oposta, pois, a vitrine tende a mudar.

O brasileiro precisará amadurecer sua visão sobre as notícias, neste caso os comunicadores tem muito a contribuir, teremos que ser capazes de ver por detrás da notícia fake, ver o que se está projetando nesse tabuleiro de xadrez, enfim, teremos que ser mais astutos e teremos que apreender como nação a ser mais resiliente.

Medidas podem ser tomadas contra esta moda de notícias construídas, e para ser sincero, tenha mais medo do remendo do que do soneto, pois, a tônica do próximo governo pode estar nas medidas de controle das mídias. Para qualquer que seja o lado este controle é muito perigoso, cabendo a nós comunicadores posicionarmos quanto ao assunto com inteligência, unificados e com pressão popular. Isso precisa estar na mão da justiça e nunca do executivo!

No mais, há novos players no jogo e o cenário mudou de fase.

O PT tende a ser vencido, mas ainda joga. E mesmo que consiga uma reviravolta no domingo, ainda assim, sabe que perdeu força, e que agora tem concorrência, inclusive na sua hegemonia na esquerda. A imagem do “Lulopetismo” está em cheque após a prisão do seu ícone, uma possível derrota nas urnas. As críticas aberta dos aliados e as lideranças que não emplacam terão um novo espaço para uma ideia à esquerda com características diferentes, que vimos até aqui. Uma proposta menos embasada no carisma e mais estratégia, conteudista. Não é a toa que o crescimento do Haddad no final dessa corrida apareceu após ênfase na diferença entre o currículo dos candidatos, saindo do campo moral e partindo para o intelectual.

Pela primeira vez em toda a campanha tentaram valorizar a imagem de professor ao Haddad, proposta que já havia dado certo com Ciro.

Na direita já está consolidada a ideia de um líder carismático, algo que há poucos anos seria inimaginável e até abominável, mas que hoje terá espaço nesta nova realidade, o centrão já está adaptado, sinalizando sua característica “mindinho”, no game of trones da política brasileira e que levará seu apoio perigoso, sua moeda de troca de governança a quem deve estar no poder.

Mas na direita haverá espaço para um pensamento mais moderado? Ou o PSDB terá que assumir seu lado social-democrata e ir conversar mais próximo das esquerdas?

Isso me parece depender da eleição de São Paulo, que nas últimas semanas foi até mais picante que a disputa nacional.

Enfim, esta eleição mudou o Brasil, isso não tem como negar. Porém ainda não sei se só de mãos ou realmente de ideias!

Alunos do Centro Paula Souza promovem exposições em Taubaté

As mostras acontecem neste fim de semana e podem ser conferidas gratuitamente

A partir desta sexta-feira (5), o Taubaté Shopping recebe duas exposições produzidas por alunos do Curso Técnico Integrado ao Médio em Marketing, do Centro Paula Souza. As mostras ficam no centro de compras até domingo.

Fake or Fact?

Para falar sobre o risco contido na propagação das notícias falsas, conhecidas como fake news, os alunos apresentam a exposição Fake or Fact. O público que estiver passeando pelo centro de compras poderá conferir peças que ilustram o tema e que foram produzidas pelos próprios alunos.

Reflexos da Liberdade

Quem for conferir “Reflexos da Liberdade” poderá refletir sobre os últimos 50 anos de ideais contidos dentro de cada indivíduo. A mostra retrata os reflexos do ano de 1968, denominado por Zuenir Ventura como “o ano que não terminou”, até os dias de hoje. A peça com 2,13m, feita com espelhos, também foi produzida pelos alunos da instituição.

Serviço:

Exposição: Fake or Fact?

Data: de 5 a 7 de outubro
Local: Hall do Cinema

Gratuito

Exposição: Reflexos da Liberdade

Data: de 5 a 7 de outubro
Local: próximo à escada rolante

Gratuito

Fonte: Communicare