Dez empregos que surgirão até 2030 com o Metaverso

O impacto do Metaverso no mundo do trabalho e na área de Aprendizagem Corporativa

*por Tatiany Melecchi

Desde que o Facebook anunciou o investimento estrondoso nesta tecnologia, o que ocasionou a mudança do nome da empresa para META, o Metaverso se tornou “o grande hype do momento”, as pessoas passaram a se interessar pelo assunto e a se questionar: “O que é?”, “Como funciona?”

Depois da leitura de alguns artigos e entendimento mínimo do que se tratava, vieram outras inquietações:

Como essa tecnologia irá impactar o mundo do trabalho?
Como revolucionará a área de treinamento e desenvolvimento?
Quais são as empresas que já estão liderando projetos de aprendizagem com foco nesta tecnologia?
Mas, antes de tentar responder estas perguntas e compartilhar as pesquisas e insights, vamos entender melhor o que tudo isso representa?

O que é esse tal de Metaverso?

“Metaverso” é uma junção do prefixo “meta” (que significa além) e “verso” (universo). O termo é normalmente usado para descrever uma espécie de mundo alternativo digital.

Um mundo onde os usuários poderão criar seus próprios avatares, que serão suas representações nesse ambiente digital e, por meio deles, poderão aprender, comprar, trabalhar, socializar e se conectar com colegas de trabalho, amigos e familiares. Ou seja, essa tecnologia replica o que fazemos no mundo real, só que de forma 100% digital.

Sue Young, diretora de produtos do Facebook, fala que “ao invés de apenas olhar para a tela dos dispositivos, você estará nela”.

E qual o impacto do Metaverso para o mundo do Trabalho?

Faço um convite para você usar a sua imaginação. Feche os olhos e visualize-se usando um óculos de realidade virtual. Com seu próprio avatar, você começa a interagir com todo o ambiente corporativo da sua empresa: anda pelo corredores, cruza com os colegas quando vai tomar água, tirar dúvidas e trocar ideias nos corredores, pausa para um cafezinho ou conversa com outros colegas no almoço, tudo isso de forma virtual. Ou imagine outro cenário: você está na sua casa, usando seu óculos de realidade virtual e participando de feiras, eventos ou entrevistas de emprego dentro do Metaverso, onde praticamente todo o processo seletivo acaba acontecendo via realidade aumentada.

A Samsung e a Hyundai são bons exemplos de companhias que mesmo antes do lançamento do Facebook e todo o buzz do assunto, já se valiam da estratégia de adotar realidade aumentada nos processos de recrutamento e seleção de novos profissionais.

E aí, qual o seu sentimento?

Você pode estar sentindo um certo fascínio, curiosidade e vontade de vivenciar tudo isso logo, ou quem sabe sentindo algum tipo de insegurança sobre o futuro do seu trabalho e da sua profissão. Todos esses sentimentos e outros são completamente normais e esperados, pois o Metaverso propõe mudanças significativas e pode representar ameaças às nossas necessidades básicas como segurança, estabilidade e pertencimento.

Por outro lado, os especialistas comentam que essa tecnologia visa recriar o ambiente presencial no digital e proporcionar uma experiência de maior proximidade relacional, na qual o trabalho virtual será menos solitário e com relacionamentos mais espontâneos e naturais.

Como o Metaverso irá impactar a aprendizagem corporativa?

Durante a pandemia vimos muitas empresas criarem seus estúdios para gravação de minivídeos, lives e afins. Atualmente, já temos algumas empresas criando espaços de aprendizagem imersivos, nos quais os participantes e instrutores interagem uns com os outros com os seus avatares, navegando em simuladores de desempenho hiper-realistas por meio de headsets de realidade virtual, telefones, iPads e PCs com RV (realidade virtual), onde eles aprendem uns com os outros em simulações práticas.

As farmacêuticas Pfizer, Novartis e Bristol Myers Squibb são algumas das empresas que estão usando essa tecnologia para praticar habilidades essenciais, voltadas a salvar vidas em laboratórios de realidade virtual seguros.

Além disso, os profissionais da área comercial terão a possibilidade de percorrer o universo digital e aprender sobre seus produtos, fazer simulações de controle de objeção, interagir com os clientes, treinar abordagens, compartilhar os benefícios dos produtos, apresentar soluções e recursos adicionais sem custos de deslocamento e de forma realista.

O uso crescente destas tecnologias vai exigir muita adaptação e resiliência dos profissionais e das empresas, além de demandar uma série de novos conhecimentos, habilidades, condutas e dinâmicas sociais nos próximos anos. E nós profissionais de T&D temos de estar na vanguarda desta nova maneira de aprender, trabalhar e interagir. A Cult já publicou as novas profissões que já estão surgindo e irão ganhar espaço com o Metaverso. https://cult.honeypot.io/reads/10-metaverse-jobs-that-will-exist-by-2030/

10 empregos que existirão até 2030 no Metaverso

  • Cientista de pesquisa do Metaverso
  • Estrategista de Metaverso
  • Desenvolvedor de ecossistemas
  • Gerente de segurança do Metaverso
  • Construtor de hardware do Metaverso
  • Storyteller do Metaverso
  • Construtor de mundos
  • Especialista em bloqueio de anúncios

O Facebook Brasil anunciou seis vagas para trabalhar com Metaverso, ou seja, essa profissão já é uma realidade.

Sobre Tatiany Melecchi

Tatiany Melecchi é mestre em Marketing pela Massey University, Nova Zelândia, a primeira brasileira certificada como Professional in Talent Development pela ATD (Association for Talent and Development) nos EUA, Coach ACC pela ICF pela International Coach Federation e Facilitadora Internacional Certificada pela LTEN (Life Sciences Trainers & Educators Network) nos EUA e facilitadora Internacional certificada em Neurociência da Gestão da Mudança pela 7th Mind, Inc nos EUA.

Coluna Propaganda&Arte

Quando os redatores serão substituídos?

A revolução do digital e das inteligências artificiais impactaram todos os negócios. Não seria diferente com os segmentos de criatividade, como as agências de publicidade que trabalham com comunicação em diversas formas: imagens, vídeos, textos etc. Mas será que os redatores, como eu, logo serão substituídos?

PROCURA-SE O EMPREGO DO FUTURO
A mudança repentina dos negócios está fazendo sumir alguns cargos que antes eram estáveis e fazendo surgir novas vagas de emprego. As agências tradicionais de publicidade e propaganda que se pautavam na criatividade como diferencial estão tendo dificuldades em serem ágeis, velozes e criativas (que ironia!) em seus próprios negócios, gerando a falência de muitas delas ou o enxugamento para sobreviverem em um cenário extremamente competitivo.

Aplicativos e programas hoje fazem o trabalho de muitas agências tradicionais, de forma mais rápida, simples, barata e intuitiva: editam vídeos, tratam imagens, fazem anúncios, propõem estratégias, mostram dados e, tudo isso, em tempo real. Será que o redator ou o gerador de conteúdo também está fadado a esse fim? Já estão criando Inteligências Artificiais que irão selecionar conteúdos para cada perfil e “criar” novos textos e conteúdos de interesse personalizado nesse nível? Para alguns setores, já existe algo semelhante, mas com textos pré-definidos e limitados (Ufa!).

OS ROBÔS SÃO NOSSOS AMIGOS
Hoje um profissional que escreve para web precisa se tornar amigo da tecnologia, buscar ferramentas de análise de dados para direcionar seu trabalho criativo, que em alguns momentos não se torna tão criativo, já que você acaba seguindo diretrizes e assuntos já estabelecidos e, muitas vezes, apontados pelos próprios robôs de que tanto estamos falando: mecanismos de buscas que dão resultados de assuntos mais relevantes, conteúdos com maior interação que merecem foco no plano, criações com data-driven (mais dados, menos intuição) e outras formas de uso de dados que parecem criar um caminho seguro para o marketing de qualquer empresa.

Com tantos parceiros tecnológicos que nos dão maior segurança para criar o nosso trabalho com estratégia, fico com certo receio e, me pergunto: quando serei substituído?

ESCREVA UMA NOVA HISTÓRIA
Como redator publicitário e também planejador para pequenos e médios negócios nas redes sociais, percebo que o lado humano nunca será totalmente substituído, pois alguém irá precisar analisar os dados de forma correta, precisará conversar e juntar as pontas entre empresas e tecnologias, precisará guiar tantas pessoas nesse mundo caótico da internet e das mudanças sociais tão repentinas. Uma máquina até poderá criar textos com começo, meio e fim, com forte SEO, relevância e estratégia para um público-alvo, usando CTAs (Call-to-actions) que farão mais efeito para aquela pessoa. Mas somente um humano poderá fazer uma leitura do cenário social e apontar importantes mudanças culturais nas empresas e marcas, poderá dizer se um tom e voz do discurso estão realmente coerentes e agradáveis ou apontar se alguma plataforma ou interface está mais ou menos humanizada e intuitiva. Essa sensibilidade, por enquanto, só nós humanos conseguimos ter.

Lançamento do Desenvolve Vale em São José dos Campos

Com palestra de Maílson da Nóbrega, Kiko Sawaya lança Desenvolve Vale em São José dos Campos

Grupo com lideranças dos setores produtivo, industrial e de serviços vai propor uma agenda de desenvolvimento sustentável para o Vale do Paraíba, voltada ao crescimento econômico e à geração de empregos e renda; lançamento é dia 3 de julho

Kiko Sawaya

Plataforma de negócios para debater e estimular o desenvolvimento sustentável da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, a RMVale, o Desenvolve Vale será lançado no dia 3 de julho para convidados, autoridades, formadores de opinião e imprensa, em evento no auditório Hyde Park, em São José dos Campos, a partir das 13h30. Na ocasião, o economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega vai prestigiar o evento e comandar a palestra “Perspectivas da Economia Brasileira”, sobre soluções para a retomada do crescimento e geração de emprego e renda.

O anfitrião do evento é Kiko Sawaya, fundador e presidente do Conselho Desenvolve Vale, no qual vão participar lideranças dos setores produtivo, industrial e de serviços, todos com compromisso com os princípios democráticos e a gestão eficiente.

Antes do bate-papo com um dos economistas mais renomados do país e reconhecido mundialmente, Kiko Sawaya apresentará a nova plataforma de negócios ao público. “Vamos apresentar a missão do Desenvolve Vale, a composição inicial do grupo de conselheiros e as dinâmicas que pretendemos adotar para a confecção de uma agenda de desenvolvimento sustentável para a região”, explica o presidente do conselho.

O evento de lançamento do Desenvolve Vale também contará com a presença do engenheiro e fundador da Embraer Ozires Silva, além de prefeitos, vereadores, empresários e outras autoridades das cidades do Vale do Paraíba.

Discussões

A partir do lançamento da plataforma, o grupo vai se reunir periodicamente para discutir pautas e ações alinhadas aos interesses econômicos da região, além de receber convidados do poder público, gestores corporativos e especialistas, entre outros, para reuniões intimistas com foco no desenvolvimento econômico da RMVale.

Maílson da Nóbrega

Também serão realizados fóruns voltados ao desenvolvimento e à competitividade da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, além de palestras temáticas, em eventos serão abertos a convidados, imprensa, formadores de opinião e ao público em geral.

“Queremos pautar uma discussão sobre o futuro da região e sobre a importância e o espaço dos empresários nesse processo. Qual é o Vale do Paraíba que queremos? Como a região vai crescer, amparada em quais setores? Temos que agir em conjunto e reunir os agentes envolvidos, que são aqueles que pensam as cidades, que geram empregos. Só sairemos dessa crise se todos nos movimentarmos”, afirma Kiko Sawaya.

A RMVale, criada em 2012, é composta por 39 municípios, situados entre as duas Regiões Metropolitanas mais importantes do país: São Paulo e Rio de Janeiro. Três das cidades – São José dos Campos, Taubaté e Jacareí – estão entre as que mais concentram riquezas no país.

Com 2,5 milhões de habitantes, destaca-se nacionalmente por intensa e diversificada atividade econômica. A produção industrial é altamente desenvolvida, predominando os setores automobilístico, aeronáutico, aeroespacial e bélico nos municípios localizados no eixo da rodovia Presidente Dutra.

Lançamento Desenvolve Vale

Com a palestra “Perspectivas da Economia Brasileira”, de Maílson da Nóbrega

Quando: 3 de julho (quarta-feira), às 13h30

Onde: Auditório Hyde Park (Av. Cassiano Ricardo, 401, Jardim Aquarius, São José dos Campos)

Evento para convidados

Fonte: CABANA | Suzane Rodrigues Ferreira

Futuro da Assessoria de Imprensa: tecnologia de ponta para manter-se relevante

Inteligência artificial e analytics puxam inovações que tornam relacionamento com a imprensa mais efetivo

Por Michel Bekhor*

Comparada a outros campos da comunicação corporativa, a assessoria de imprensa parece evoluir devagar. Herdeiro de uma longa história, que vem desde pelo menos 1820, quando o advogado e jornalista Anton Kendall se tornou o primeiro secretário de imprensa do presidente americano Andrew Jackson, o profissional da área continua a trabalhar de maneira semelhante à de uma década atrás.

Abaixo da superfície, no entanto, a assessoria de imprensa passa por um momento de transição – e o espaço para inovar é amplo. Esse movimento acompanha mudanças tecnológicas no mundo, com a ênfase da comunicação no ambiente digital e a proliferação de empresas e mercados nativos da internet ou intrinsecamente dependentes desse ecossistema.

A transformação acontece em alguns polos, como o tecnológico, o de hábitos de trabalho e o de expansão de fronteiras da atividade. Para começar pelo final, o fato é de que há uma tendência a integrar o papel da assessoria – assim como os resultados que podem ser obtidos a partir dela –, conectada com estratégias mais amplas de marketing.

De acordo com o estudo publicado pela Escola de Comunicação da University of South California em 2017, 60% dos executivos da área nos Estados Unidos acreditam que isso deve ocorrer em um futuro próximo. Não necessariamente uma mesma empresa oferece serviços variados, mas também guia o trabalho de divulgação no sentido de ter um impacto direto no resultado de vendas ou expansão do cliente.

Redefinindo o que é assessoria de imprensa

É necessário que os assessores assumam para si o papel de pensar – e aplicar – técnicas de marketing digital, como SEO e link building. Além disso, o próprio entendimento de mídia a ser atingida também está em processo de mudança. Um novo horizonte que inclua entre os interlocutores influenciadores digitais é essencial.

Mas antes, é preciso garantir que ela tenha sucesso. Nesse sentido, a equipe precisa estar ciente de que a maneira de consumir e produzir informação mudou. O grande palco das notícias são as redes sociais e é indispensável estar atento ao que acontece por lá, quais são os temas quentes, o que pode gerar repercussão e o que deve ser evitado.

No século XXI, o assessor de imprensa precisa ser um trend hunter. E também, por que não, um trend setter. O cliente tem o material a ser divulgado. A assessoria deve saber como transformá-lo na isca perfeita.

Essa isca é um conteúdo relevante, cujo formato também tem sido repensado. Por que se limitar a um release em texto quando podem ser feitas apostas com fotos, infográficos, vídeos curtos? Com o renascimento do rádio na internet por conta dos podcasts, vale inclusive pensar em áudio-releases. O importante é que a mídia seja fisgada.

Enviado via fax há apenas algumas décadas, a casa atual do release é o e-mail, mas também já se pensa o contato com o jornalista via outros canais. Vale fazer a ponte para divulgação por meio de redes sociais ou mesmo direto por aplicativos de mensagens no celular – desde que um relacionamento prévio abra espaço para tal.

Análise de dados para melhorar resultados

O valor dessas novidades, no entanto, fica sujeito a uma variável difícil de mensurar, já que a medição de resultados é um ponto crítico da assessoria de imprensa. E aqui entra o pilar tecnológico: enquanto a economia da informação avança como um todo pelo mercado, o uso de big data e ciência de dados na assessoria de imprensa ainda é incipiente. As possibilidades são infinitas, mas uma ideia é avaliar o histórico de campanhas em busca de quais títulos, construções textuais e narrativas atraem mais ou menos a mídia em geral ou determinado veículo em específico.

Associadas à inteligência artificial, estratégias do tipo permitem uma redução de esforço com a identificação de abordagens e métodos mais eficientes, e maiores taxas de sucesso na assessoria. Um exemplo concreto de como isto tem sido aplicado é o monitoramento da mídia para que estratégias de relacionamentos com jornalistas e influenciadores sejam mais certeiras.

Por fim, a inovação na assessoria de imprensa também está ligada aos clientes que têm acesso a esse serviço. Antes restrita a orçamentos parrudos, hoje há modelos de negócio que permitem atender PMEs, startups e profissionais liberais que têm pouco a gastar, mas muito a oferecer em conteúdo.

A comunicação caminha para o futuro. Se olhar na direção certa, a assessoria de imprensa pode ajudar a abrir a trilha.

Michel Bekhor é fundador da Assessoria de Imprensa Press Works

Fonte: Press Works