O novo consumidor “ESG”

Por Claudia Coser e Shirlei Camargo*

Você já deve ter ouvido o termo “conflito de gerações”. Essa expressão corriqueira faz todo sentido porque sim, temos várias gerações convivendo ao mesmo tempo, cada uma com suas características e especificidades, aumentando as possibilidades de diferenças entre crenças, valores, comportamentos – é esperado que isso possa gerar conflitos. Mas, como estão distribuídas as fronteiras entre uma geração e outra? Você sabe a qual geração pertence?

Imagem de Gerd Altmann do Pixabay

Apesar de algumas divergências em relação à quando começa e termina uma geração, segundo o AMA (American Marketing Association) as gerações podem ser dividas da seguinte maneira:

Baby Boomers (nascidos entre 1946 – 1959),
Geração X (de 1960 à 1980),
Millennials (de 1981 à 1995),
Z (de 1995 à 2010)
Alpha (depois de 2010).

Importante perceber que atualmente, cerca de 49% da população mundial é formada pelas gerações Z e Millennials, logo, são justamente essas gerações que estão chamando muito a atenção das empresas que estão querendo entender melhor esses jovens consumidores já que a sua sobrevivência como negócio, a médio e longo prazo, depende deles.

As empresas precisam compreender os padrões que regem a vida e o consumo dessa geração. Mais do que consumir e influenciar a compra, as gerações Z e Alpha também passam a adotar critérios semelhantes para decidir em quais empresas ou organizações desejam trabalhar. Ou seja, essas dimensões se expressam não apenas no consumo, mas também nas relações de trabalho.

Uma das características que mais chama a atenção sobre as pessoas pertencentes a essas gerações é que valorizam muito as questões relacionadas ao ESG – ou seja, elas levam em consideração as dimensões: Ambientais, Sociais e de Governança. Segundo a empresa de pesquisa Nielsen, 75% dos Millennials afirmam mudar seus hábitos de compra para favorecer produtos ecologicamente corretos e além disso, a grande maioria está disposta a pagar mais por este tipo de produto – comparados a seus concorrentes mais baratos. E mais: segundo a Nasdaq, ¾ da geração Z diz que a sustentabilidade é mais importante que a marca em si. Isso deve acender o sinal de alerta das empresas (ou deveria), pois mostra que aquelas que não conseguirem relacionar sua marca de forma positiva com as questões de ESG, poderão perder consumidores e também futuros talentos.

Só para ilustrar como essa mudança é importante, quando comparamos esses novos consumidores com as gerações anteriores, percebemos que realmente há uma transformação de visão: segundo a Nasdaq, um terço dos Millennials usa frequentemente ou exclusivamente produtos de investimento que levam em consideração fatores ESG, contra 19% da Geração Z, 16% da Geração X e 2% dos babies boomers. Ainda, de acordo com uma pesquisa de 2019 da McKinsey, existe uma forte correlação na geração Z entre querer consumir de forma sustentável e estar “na moda”, sugerindo que para esses jovens, uma mentalidade ecológica é ligada ao status social. Dito de outra forma: é cool ser ecológico!

Existem também relatos de conflitos geracionais dentro das famílias em função dos diferentes níveis de informação, consciência e revolta de crianças e jovens quando se deparam com familiares com visões menos preocupadas ou ainda pouco identificadas com os problemas socioambientais.

Foto de Markus Spiske na Unsplash

Outro fenômeno bastante importante nesse sentido diz respeito à eco-ansiedade. De acordo com a APA – American Psycology Association, trata-se do medo crônico de ameaças ambientais decorrentes das mudanças climáticas. Jovens e adolescentes concentram preocupações associadas ao seu futuro e das próximas gerações. A eco-ansiedade é disfuncional, mas 60% desses públicos em 10 países manifestaram preocupação intensa com problemas socioambientais.

Todas essas e outras informações constituem e indicam que o perfil dos consumidores está mudando e as empresas precisam se posicionar concretamente, com ações coerentes – nesse ponto, tanto as questões mercadológicas, quanto à corresponsabilidade entre empresas, governos e sociedade pela materialidade socioambiental de suas atividades estão em jogo. Cada vez mais, as empresas precisarão provar – a partir de produtos, serviços e operações – que assumem compromissos efetivos em termos de responsabilidade pela vida do planeta, das pessoas e dos próprios negócios. Esses três pontos são parte da equação para a perenidade das organizações.

Por outro lado, vemos algumas empresas começando a se preocupar com essas questões. Porém muitas delas, no afã de dar conta desse novo público, tem “trocado os pés pelas mãos” fazendo o que chamamos de greenwashing: quando uma empresa pretende ser ambientalmente consciente para fins de marketing, mas na verdade não está fazendo nenhum esforço notável de sustentabilidade. Mas tal atitude pode ser extremamente prejudicial para a imagem da marca pois outra característica dessas novas gerações é serem bem informadas e estarem atentas a qualquer deslize. E quando isso acontece, elas estão prontas e engajadas em “cancelar” e sabotar empresas que tem discursos considerados enganosos. O caminho é sem volta.

*Claudia Coser é doutora e mestre em Administração na área de Estratégia e Organizações e fundadora da Plataforma Nobis.

* Shirlei Camargo é doutora em Marketing e mestre em Neuromarketing. É também professora e pesquisadora e Brand Manager da Nobis.

Quem é e como conquistar o novo consumidor?

Por Flavia Mardegan*

Que o mundo vem mudando, que as pessoas estão mudando e que as relações de consumo também mudaram, não é novidade para ninguém. Por isso, é fundamental acompanhar essas transformações e se adaptar à essa nova realidade.

Para conseguir crescer nesse novo cenário é importante conhecer os personagens e como eles podem determinar o sucesso do seu negócio, afinal, hoje as empresas estão enfrentando vários desafios para vender seus produtos e serviços porque, além das mudanças no mercado, elas também precisam oferecer, junto com seus produtos ou serviços, uma experiência capaz de conquistar e fidelizar o novo consumidor.

Assim, existem duas questões importantes que precisam ser respondidas antes de oferecer algo para ele. A primeira é: Como é esse consumidor e o que é preciso fazer para atendê-lo?

Hoje, os consumidores mudaram seus valores e sua forma de comprar e estão mais conscientes da necessidade real de se comprar algo. A pandemia trouxe reflexões sobre como investir melhor o dinheiro e a oportunidade de as pessoas ficarem em casa e observarem o quanto elas realmente precisam de algo. O que era luxo mudou. Antes, o desejo era comprar uma bolsa famosa, hoje, pode ser passar mais tempo com a família, e isso trouxe muito mais consciência na hora da pessoa fazer as suas compras. Tudo isso aliado à preocupação com o meio ambiente e às questões de sustentabilidade, questões fundamentais principalmente para as gerações z e alpha, ou seja, clientes entre 15 a 30 anos.

Hoje o novo cliente está muito mais informado do que no passado, afinal, antes os vendedores e empresas eram, na maioria das vezes, a única fonte de informação sobre determinado produto, mas hoje o consumidor pode acessar várias informações, de onde estiver e a qualquer minuto.

Outra característica do novo consumidor é que ele está muito mais emocional que antes. Ele quer marcas coerentes com seu discurso e está mais sensível à tudo, exigente com a qualidade e com a conveniência de comprar em determinada empresa.

O fato das pessoas estarem socialmente conectadas fazem elas interagir, pesquisar e observar os produtos que os outros estão comprando e usando, assim como o comportamento das marcas nas redes sociais e quais bandeiras que elas levantam. Desta forma, é importante para o consumidor se associar à marcas e empresas que não agridem o grupo ao qual ele pertence.

Um ponto importante é a Era da Economia Emocional que estamos vivendo, os clientes querem se relacionar e participar da construção dos produtos junto com as empresas. Querem se sentir ouvidos e se ver nas marcas. Querem se sentir únicos, sentir que fazem parte e pertencem ao processo. Hoje as empresas e vendedores precisam desenvolver a habilidade de tocar o coração das pessoas.

Após saber como esse consumidor pensa e age conseguimos responder à segunda questão: Como é possível fidelizá-lo?

É aqui que está a grande mudança de chave. As empresas precisam oferecer relacionamento aos seus clientes, além de produtos de qualidade e oportunidade de bons negócios. Afinal, os consumidores estão mais sensíveis ao preço e querem algo mais, algo capaz de surpreendê-los.

Para concluir, é essencial que a marca ou empresa levante as bandeiras que seus clientes levantam e que compartilhem seus valores, para que eles consigam ter a sensação de pertencimento, tão importante nesse momento onde as pessoas estão cada vez mais desconectadas entre si.

*Flávia Mardegan é formada em Design de Interiores, Administração de Empresas e concluiu o Mestrado em Gestão Humana e Social. Possui mais de 27 anos de experiência no setor comercial de decoração, construção e arquitetura. Sua principal expertise é aumentar os resultados das empresas, por meio de programas de desenvolvimento de equipes comerciais e de atendimento ao cliente.

Ministra treinamentos e palestras em congressos e feiras, tem artigos publicados em Congressos e Revistas e é coautora do livro “Seja (im)perfeito: Assuma o poder de construir seu futuro e tenha resultados em todas as áreas da vida” e autora de “Aprendizagem nos locais de trabalho: Como os consultores e ministra treinamentos e palestras”.

Pesquisa mostra o que os consumidores buscam na hora de comprar online

De melhores opções de frete a descontos para compras futuras, CX Trends 2023 mostra como as empresas podem aprimorar a experiência do usuário

De acordo com pesquisa realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, 54% dos respondentes desejam que as empresas ofereçam melhores opções de frete para melhorar a experiência de compra online. Tempo de entrega apareceu em segundo lugar, com 47%, e o cupom de desconto para compras futuras vem logo em seguida com 46%.

Além disso, melhorar as fotos e descrições dos produtos no site ou aplicativo (35%), oferecer desconto em pagamento por PIX ou WhatsApp (35%) e melhorar a navegação do site por smartphones (32%) também estão entre as ações que as empresas poderiam adotar para melhorar a jornada do consumidor.

O levantamento ainda revela que os consumidores valorizam uma experiência de compra online intuitiva e fácil de usar. 28% pedem que as empresas diminuam as etapas dentro do site para concluir uma compra e 27% a redução da quantidade de informações pessoais solicitadas. Rodrigo Ricco, CEO da Octadesk, afirma que o novo consumidor exige por uma boa experiência e, algumas vezes, as empresas não conseguem entregar esta prática. “Para entregar uma boa experiência é fundamental atender o usuário com contexto, ou seja, entender quem é esse cliente, saber o que ele já comprou na minha loja, compreender quais são os desejos dele. Ter um histórico com todos os dados no momento de um atendimento é super importante”.

Ricco ressalta que o CX Trends 2023 mostra que existe um bom nível de maturidade por parte dos consumidores em relação à experiência e que as empresas devem sempre estar atualizadas e adaptadas às mudanças tecnológicas, e utilizar as ferramentas digitais disponíveis para gerenciar de forma mais eficiente e estratégica o negócio. “O consumidor sabe o quê, quando e como quer que cada uma das suas necessidades sejam atendidas. Para as empresas, do outro lado da equação, o principal aprendizado é: o cliente deixou claro o que não apenas os deixa satisfeitos, mas também o que os encantam. Agora, resta conceder esse desejo”, finaliza.

Metodologia
O estudo foi realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, apoiadas pela Bling, E-goi, Locaweb Company, KingHost e Nextios, e ouviu mais de 2 mil consumidores acima de 16 anos de todo o Brasil e de todas as classes sociais, em janeiro de 2023. A margem de erro da pesquisa é de 2,1 pontos percentuais.

Fonte: Evelyn Spada | Imprensa Octadesk

Cursos de aperfeiçoamento profissional na região do Vale

Empresa oferece cursos de aperfeiçoamento profissional na região do Vale do Paraíba

Para fortalecer o mercado publicitário, sobretudo na área de criação e design da região, a Coffe Art, comandada pelo publicitário Luiz Guilherme de Brito Arduino, está com vagas abertas para cursos de aperfeiçoamento na área de criação/design destinados a profissionais, estudantes e times de criação.

Os cursos de aperfeiçoamento podem trazer diversos benefícios tanto para a carreira profissional, quanto para o desenvolvimento pessoal, tais como melhorar as habilidades técnicas e processuais, manter-se atualizado às tendências de mercado, elaborar perspectivas em relação a empregabilidade, expandir rede de contatos e aumentar autoconfiança como profissional.

Deste modo, a empresa oferece cursos em duas modalidades:

• Curso de aperfeiçoamento em Design para profissionais e estudantes.

A partir das necessidades de aperfeiçoamento do estudante/profissional, é desenvolvido um plano de curso com aulas particulares, remotas e ao vivo. Além das atividades serem 100% práticas com mentoria e acompanhamento via WhatsApp durante todo o curso, é disponibilizado um material personalizado com o conteúdo das aulas. Ao final do curso, o estudante/profissional recebe uma certificação pela Coffee Art (que pode ser utilizado para contar como horas complementares na faculdade).

• Curso de aperfeiçoamento em Design para equipes de criação/design (para empresas)

Nesta modalidade de curso, buscamos fortalecer os times de criação/design de agências e empresas. A partir das necessidades de aperfeiçoamento dos profissionais, é elaborado um plano de curso personalizado, com a intenção de atender as necessidades profissionais da equipe. As aulas remotas e ao vivo. Também é disponibilizado um material personalizado com o conteúdo das aulas e contém atividades 100% práticas, além de uma mentoria e acompanhamento via WhatsApp durante o curso. Ao final do curso, os profissionais recebem uma certificação pela Coffee Art..

Além dos cursos, a Coffe Art oferece também palestras e treinamentos (remotas e/ou presenciais) na área de Comunicação, Branding e Design, para empresas, agências, faculdades e universidades, a fim de articular a academia com o mercado.

Para mais informações e inscrições, entre em contato:
Instagram: _luizguilhermebrito / coffeeart_oficial
Site: https://www.coffeeartcomunicacao.com.br/
Celular: (12) 982394992