De olho no vai e vem do mercado o Publicitando traz pra vocês os últimos movimentos dos profissionais de comunicação de nossa região. Tem até publicitário daqui de mudança pra Sampa. Confira!
A jornalista formada pela UNIVAP, Ana Flávia Leite, acaba de assumir o cargo de Conteudista na Supera Comunicação – Agência de Comunicação Estratégica com Empregados. Ana já teve passagens, entre outras empresas, por Agência 242 como estagiária de Community Manager e pela Frase Conteúdo Estratégico como estagiária -de Assessoria de Imprensa e Produção Audiovisual.
Já Matheus Garrido, publicitário também formado pela UNIVAP, é o novo redator da Focusnetworks – OnLife Marketing Transformation. O jovem publicitário já atuou na Mestra Comunicação como Redator. Antes e na mesma agência foi estagiário de redação. Além disso passou pela Câmara Municipal de São José dos Campos como estagiário de mídias sociais
E Thiago Bonesio, publicitário formado pela Unitau, deixa o Vale do Paraíba para atuar como Executivo de Contas na The Aubergine Panda, agência paulistana full service fundada em 2000 por Letícia Galvão Bueno. Thiago já atuou como estagiário de marketing digital na Santo Alimentos Express e como Coordenador de Mídia Jr. na Arriba!Comunicação
Até a próxima edição. Estamos de olho no mercado valeparaibano!
O que as pessoas pensam ou o que as pessoas sentem?
Coincidiu de a minha coluna cair exatamente no Dia do Consumidor. Sim, hoje, 15 de março, é o Dia do Consumidor. E a primeira coisa que me veio a cabeça é o discurso predominante atualmente no mundo da comunicação e do marketing que afirma que devemos, sempre, nos lembrar de que o consumidor é uma pessoa. É gente. Como a gente.
Longe de ser só uma expressão ou conceito “modinha”, entender que o lado humano das relações comerciais (e de comunicação comercial por consequência) é muito importante tornou-se algo obrigatório e fundamental. E para entender gente temos que lembrar que pessoas são movidas por razão e emoção. O tempo todo! Toda hora!
Então eu pergunto: é mais importante saber o que as pessoas pensam ou o que as pessoas sentem?
Difícil responder…
Em seu capítulo sobre planejamento para o livro “Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar”, o grande e inesquecível mestre Julio Ribeiro afirma: “Depois de muitos anos e uma centena de pesquisas, tenho constatado que, em geral, as pessoas não sabem por que fazem as coisas, mas sabem como se sentem fazendo. Acho mesmo que a maneira como as pessoas se sentem fazendo determinada coisa é mais importante do que a coisa em si.”
O grande publicitário e mestre do planejamento, Julio Ribeiro
Tendo a concordar com o mestre Julio Ribeiro. Compreender o que as pessoas sentem é mais importante do que tentar descobrir o que elas pensam. O lado mais humano, pessoal e próximo de um ser humano está ligado aos seus sentimentos. Conectar-se a seus sentimentos pode gerar muita empatia e engajamento.
Não por acaso ouvi recentemente que uma das métricas mais importantes e decisivas no mundo da comunicação e do marketing será, pasmem, o batimento cardíaco. Sim, o bater de nosso coração. Ele poderá ser medido através da Internet das Coisas (IoT), ou seja, através da troca de informações entre gadgets e, provavelmente um wearable (tecnologia vestível). Ao medir o batimento cardíaco das pessoas em determinadas situações e momentos podemos saber como elas estão se sentindo. E então entregar uma experiência mais bacana para esse consumidor…ops, para essa pessoa.
Smartwatchs, um exemplo de wearable
Dois outros conceitos têm muita relação com a questão de entender pessoas e atendê-las bem. Vejamos:
Dor(es) do consumidor – Todos temos conflitos e necessidades. Nossas dores. Trata-se aqui de descobrir e analisar o que aflige as pessoas em seu dia a dia, em seu cotidiano. De saber quais pequenos (ou grandes) conflitos uma marca/empresa/serviço/produto pode atenuar, evitar/prevenir ou mesmo resolver.
Pontos de paixão – trata-se exatamente de tentar descobrir e entender o que move as pessoas do ponto de vista emocional, subjetivo. O que elas amam? A que elas se entregam sem entender muito bem porque se entregam? Conectar-se aos pontos de paixão é tão ou mais decisivo de que atenuar ou resolver suas dores.
Em artigo para a Meio&Mensagem dessa semana, Gabriela Fernandez (estrategista da Today) escreve que “…um produto por si só pode não solucionar a necessidade do consumidor. Porque hoje a busca é por novas experiências.”
E mais a frente, no mesmo texto, também afirma: “Somos obrigados a deixar de lado a perspectiva racional, onde os resultados eram medidos com números de vendas e relatórios cheios de gráficos, para algo mais profundo. Estamos falando sobre mensurar sentimentos, percepções imediatas e frustrações.”
Bacana, né?! Eu curti muito. No fim fica mesmo a lição: temos que entender pra valer de gente. Temos que gostar de gente. Temos que pensar (e sentir) e propor um mundo para as pessoas. E isso passa pelo consumo, é óbvio.