Data-driven business: entenda com antecedência a necessidade do cliente

*por Lucas Barbosa

Você já parou para pensar o quão longe a tecnologia chegou e o que isto implica em seus negócios? Ou, então, já teve aquela famosa sensação de que seu dispositivo está ouvindo todas as suas conversas e por isso sabe exatamente quais são os seus desejos de compra? Já se perguntou como isto é possível?

Pois bem, as redes sociais, as ferramentas de buscas e lojas virtuais fazem uso da Inteligência Artificial (IA), que ainda é um elemento que assusta as pessoas, para evidenciar o desejo dos clientes, seja em uma recomendação, notícia ou livro, por exemplo. A verdade é que seus dados estão por TODA parte!

Como as pessoas consomem produtos, a informação sobre os consumidores está tão consolidada que o desejo torna-se algo passivo e o comportamento deixa de ser individual. Este é o principal motivo pelo qual o Machine Learning (ML), e a Big Data tornaram-se os grandes hot topics na geração de vantagem competitiva. A estratégia de dados é a evolução lógica para qualquer empresa que almeja entregar um atendimento personalizado a cada cliente em larga escala.

Trabalhando como cientista de dados na BRLink, ficou óbvio como muitas empresas coletam informações de seus clientes diariamente, mas não sabem como utilizá-las, gerando apenas custos desnecessários. Agora, considere que ao transformar essas informações em dados proveitosos é possível compreender o comportamento do seu cliente, identificando padrões.

Estes padrões são a chave de qualquer tipo de previsão, assim, é factível entender o que pessoas de perfis similares consumiram e recomendar tais produtos/serviços para o seu cliente. Por essa razão, a estratégia de dados é crucial para impulsionar o seu negócio. Por meio da coleta de informações, estruturação e aplicação de técnicas complexas, será possível classificar seu público-alvo e suas necessidades com insumo estatístico.

Estamos falando de Data-driven business — dar o direcionamento adequado ao seu negócio sem suposições, transformar informação em monetização ativa – e dashboards de negócio. Apresentar quais produtos serão consumidos neste bimestre, afetando diretamente a estratégia de marketing, controle de estoque e vendas, sendo apenas a ponta do iceberg. Estamos falando de criação da necessidade para seu cliente. Entendendo o padrão de consumo, podemos expor ativamente uma carência, gerando oportunidades.

Para te auxiliar na aplicação deste método, são necessárias três etapas, sendo elas:

1 – Mineração de Dados: Dados não estruturados são completamente inúteis, assim, é crucial realizar a data mining (mineração de dados), responsável não apenas por coletar informações, mas também por direcioná-las para a necessidade de negócio.

2 – Reunir em Data Lake: Centralizar tudo o que foi coletado e minerado em um data lake viabiliza correlacionar o funcionamento de todas as áreas de sua empresa como coletivo, entendendo como as estratégias de vendas afetam diretamente a entrega final de seu produto.

3 – Business Intelligence (BI): Possibilitando a compreensão de quais foram as estratégias mais eficientes em cada área, a aplicação da inteligência de negócio é fundamental para findar na aplicação da Machine Learning, que ampliará a ação de insights para todos os clientes.

Para finalizar, ressalto que o método auxilia não apenas na geração de vantagem competitiva, como também na criação de valor no mercado. De acordo com o relatório Insights-Driven Business Set The Pace For Global Growth, publicado pela Forrester, organizações data-driven crescem 30% anualmente.

*Lucas Barbosa é Head Cloud Sales Specialist e Cientista de Dados na BRLink.

Dados, máquinas e pessoas

Fronteiras digitais: como o protagonismo dos dados pode impor nova convergência entre máquinas e pessoas

Por Débora Morales*

A transformação digital de empresas em todos os setores é um fenômeno. As empresas são desafiadas a ter sucesso ao abraçar a transformação por meio da inovação digital para alcançar vantagens competitivas. O negócio digital envolve a criação de novos modelos que confundem as fronteiras entre mundo digital e físico, devido à convergência de pessoas, negócios, coisas, máquinas e serviços inteligentes.

Este é um momento crítico para a transformação dos negócios digitais na história do desenvolvimento e adoção de inteligência artificial (IA). Hoje em dia, as tecnologias de IA impactam a maioria das categorias de aplicativos e muitos desafios de negócios. A IA torna-se útil quando enriquece a tomada de decisão que é aprimorada pela aplicação do Big Data (BD) e Advanced Analytics (AA).

As empresas precisam considerar os dados como matéria-prima para a tomada de decisões. Os dados e análises precisam ser pensados em termos de processamento de plataformas de negócio digitais corporativas, assumindo assim um papel mais ativo e dinâmico no fortalecimento das atividades de toda a organização.

A tomada de decisão de negócios contemporânea deve direcionar o compartilhamento de diferentes recursos para exploração, descoberta, construção ou teste de ideias e ser baseada em dados que, quando estruturados e processados, criam informações e conhecimento. Dessa forma, podemos pensar em como os dados podem ser coorganizados e gerenciados em uma estrutura conceitual multidimensional estratégica para a tomada de decisões, com níveis relacionados de melhoria nas cadeias de valor da inovação.

Para avaliar o provável crescimento da automação baseada em IA, é importante avaliar a interação de humanos e máquinas nesses níveis e entender quem analisa os dados, quem decide com base nos resultados da análise e quem age com base na decisão.

Lembre-se: na atual Era Digital, quando os ativos intangíveis estão se tornando cruciais para o desempenho das empresas, as novas dimensões de valor de IA baseadas no BD e AA podem apoiar os líderes de negócios e suas equipes de gestão e fornecer medição e gerenciamento mais eficazes de seus ativos de capital intelectual e informativo.

*Débora Morales é mestra em Engenharia de Produção (UFPR) na área de Pesquisa Operacional com ênfase a métodos estatísticos aplicados à engenharia e inovação e tecnologia, especialista em Engenharia de Confiabilidade (UTFPR), graduada em Estatística e em Economia. Atua como Estatística no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).

Fonte: Central Press

A nova agência não é uma agência

Por Thiago Bacchin*

A publicidade nunca mais será a mesma. As campanhas premiadas tinham uma receita infalível: muita verba, um bom planejamento que contemplasse um filme para TV, um spot para rádio e peças para mídias impressas para colocar o bloco na rua e pronto. E, claro, era preciso uma boa dose de criatividade. Restava esperar pelo retorno do investimento, que nem sempre vinha ou, quando vinha, não permitia mensurar qual canal ou mesmo qual mensagem gerou maior impacto e engajamento com os consumidores.

O digital chegou para transformar o mundo, e a propaganda apenas faz parte disso.

A antiga receita de muita grana, criatividade e veiculação em alguns poucos meios não funciona mais. O nome do jogo agora é conversão, performance, otimização, resultado. Para entrar na disputa, conquistar e fidelizar clientes é preciso entender o que poucos entendem: de tudo, um pouco um muito.

Isso mesmo, muito conhecimento sobre muita coisa. Para atingir o máximo de performance é preciso não apenas saber, mas dominar profundamente muitas disciplinas novas – fora as que foram completamente renovadas.

Imagem de StartupStockPhotos de Pixabay

A gente está acostumado a falar “do digital”, mas “o digital” sozinho não existe como coisa ou disciplina. Ele representa uma nova constituição para muita coisa que já existe e para muitas outras que surgiram, como big data, analytics, omnichannel, social media, search, programmatic, cx, e-commerce, digital trade marketing, influencer marketing. Quantos conceitos aprendemos nos últimos anos que não nos foram, e continuam não sendo, ensinados na faculdade?

A verdade é que a nova agência não é uma agência. É uma empresa que somente por meio de tecnologia, dados e comunicação vai trazer respostas e resultados para os mais diversos problemas que uma marca enfrenta atualmente.

A transformação digital, buzzword que vem sendo utilizada em diferentes contextos por muitas empresas, é apenas uma enorme embalagem que do lado de dentro reúne dezenas de desafios que as empresas, em diferentes estágios de maturidade digital, vão enfrentar no curto, médio e longo prazo.

Sejam quais forem suas credenciais, é preciso entregar muito mais do que simplesmente comunicação, tecnologia e dados de forma isolada. A verdadeira oferta de valor está na conexão dessas áreas, que devem colocar o consumidor no centro e buscar não apenas fortalecer marcas, mas sim consolidar relações e gerar negócios, aprimorar a performance. Para as marcas, ter diferentes parceiros nessas áreas é um enorme desafio de gestão, estratégia e planos táticos – que, para funcionar, exigirá domínio das disciplinas digitais a fim de que tudo siga no trilho.

Vale lembrar que, neste momento, a formação e atualização de profissionais também está em revolução. As faculdades ainda ensinam teorias aprendidas há mais de 10 ou 20 anos – elas não ensinam o que se precisa saber hoje. A verdadeira transformação digital só caminha a passos largos quando os colaboradores de uma empresa passam a beber da fonte de inovação digital todos os dias. E este é mais um dos novos papéis desta nova parceira das marcas: transferência de conhecimento.

As marcas não irão mais pagar pela execução de ideias e bonificação por veiculação, mas sim por estratégias de negócios e serviços multidisciplinares que gerem as mudanças necessárias para seu negócio prosperar num mundo imprevisível.

O digital virou core business de todo tipo de negócio, em todas as indústrias. Em outras palavras, empresas de qualquer setor ganharam o sufixo tech: edtechs, agrotechs, adtechs, healthtechs, logitechs, insurtechs, fintechs… bem-vindo à era da digitalização de tudo.

* Thiago Bacchin é CEO da Cadastra

Fonte: NB Press Comunicação

5 tendências para o e-commerce pós pandemia

por Luciano Furtado C. Francisco*

Entramos em 2021 com muitas expectativas a respeito da pandemia da covid-19, sobretudo no que se refere às vacinas. O que todos desejamos é que a vacinação acelere e voltemos ao normal o mais rápido possível, virando essa triste página na história.

A pandemia trouxe novos hábitos e procedimentos. Um deles foi o crescimento espetacular do comércio eletrônico. É verdade que os números alcançados eram esperados, todavia para um futuro um pouco mais distante. O coronavírus fez acelerar esse crescimento.

Luciano Furtado

Segundo levantamento da empresa de marketing digital Criteo, 56% dos consumidores brasileiros afirmam ter estreado nas compras online em 2020. Desse contingente, 67% pretendem manter esse hábito no pós-pandemia. Outro número impressionante foi o aumento de compras pela internet de outubro para novembro de 2020, mês da Black Friday, no mundo. De acordo também com a Criteo, houve 139% de crescimento nas vendas de um mês para o outro.

Esses são apenas alguns números (impressionantes) do e-commerce. Basta pesquisar na internet para encontrar diversas estatísticas sobre o crescimento das compras online em 2020. Todos estratosféricos.

Mas, e nesse momento, de transição para a pós pandemia, o que se pode esperar? A julgar pelo andar da carruagem, podemos vislumbrar algumas situações e tendências.

1. Presença Online será exigência para todos

A partir de 2021, qualquer empresa – sim, isso mesmo, qualquer empresa – deverá ter presença no mundo digital, por menor que seja. Pode ser desde um aplicativo de mensagens na versão business, passando por mais ação nas redes sociais, participar de aplicativos de delivery até possuir uma loja virtual robusta e vender em marketplaces (plataforma online que reúne vários vendedores ou prestadores de serviços em um só lugar), o consumidor está esperando isso, até mesmo da mercearia da esquina. Logo, o empresário que ainda acha que “a internet não é para ele” deve rever esse conceito. Conforme pesquisa da consultoria Nielsen, o e-commerce brasileiro deve crescer 26% em 2021, com faturamento de R$110 bilhões. Essa mesma pesquisa indica um fortalecimento dos e-commerces locais, ou seja, as pessoas estão admitindo comprar online mesmo da boutique a duas quadras de casa.

2. Cada vez mais Omnichannel

O cliente já não enxerga mais diferenças nos canais off e online. Espera ter experiência e fluidez de contatos em qualquer canal. Principalmente a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), para quem o mundo digital é o único que elas conhecem. Portanto, as organizações que atuam no digital e no físico, mas ainda de forma tradicional, sem integração de canais, vão ter de arregaçar as mangas e implantar o omnichannel (estratégia de uso simultâneo e interligado de diferentes canais com o objetivo de estreitar a relação entre online e offline), que será arroz-com-feijão em pouco tempo.

3. Big Data ao alcance de todos

A internet gera uma montanha de dados a todo instante, e esses dados podem ser transformados em informações valiosíssimas para o negócio. Uma tecnologia que não é tão nova assim, mas que era cara e restrita às grandes organizações. Porém, a cada dia surgem ferramentas acessíveis para trabalhar com Big Data, visando pequenas e médias empresas. Assim, estas também vão mergulhar no oceano dos dados e acirrar ainda mais a concorrência.

4. Mais facilidade nos pagamentos

PIX, carteiras digitais, smartwtaches… Tecnologias e dispositivos que proporcionam pagamentos rápidos e seguros na rede serão cada vez mais comuns. É o que tanto os vendedores quanto os compradores desejam. Acabou a era dos pagamentos online complicados e demorados. A regra a partir de agora será a agilidade nos pagamentos eletrônicos, quem insistir em meios antiquados vai perder terreno.

5. Logística perfeita

As ferramentas de apoio à logística devem se consolidar. Isso porque os clientes querem cada vez mais que o leque de opções seja farto: retirada em loja; entrega em um dia; frete grátis. Além dos conhecidos PAC e Sedex. E nada de valores abusivos no frete, a maior causa de abandono de carrinhos. Com a concorrência em alta, não custa para o e-consumer pular para o site do concorrente e comprar por lá. Portanto, as parcerias, racionalização de custos e uso de tecnologias de otimização de fretes devem ser primordiais para os vendedores.

Fora tudo isso, o que todos querem é que os cenários acima aconteçam. E, acima de tudo, lembrando da covid-19 como uma coisa do passado (enquanto isso não chega, vamos mantendo os procedimentos de segurança).

*Luciano Furtado C. Francisco é professor do curso de Gestão do E-commerce e Sistemas Logísticos do Centro Universitário Internacional Uninter.

Fonte: Página 1 Comunicação