E-commerce deve crescer 16% em 2019

O aumento nas vendas movimentará R$ 79,9 milhões em mais de 87 mil lojas virtuais até o mês de dezembro

As novidades e tendências do mundo da tecnologia interferem diretamente na compra e venda de produtos e serviços. Com isso, também há uma mudança na experiência de compra no ambiente on-line, fazendo com que as pessoas consumam mais.

Imagem: Unsplash

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), estima-se que o faturamento das vendas no setor chegue a R$ 79,9 bilhões em 2019, um crescimento de 16% em comparação a 2018. O aumento nas vendas deve alavancar o setor e movimentar mais a economia do país. Ainda segundo a ABComm, o comércio eletrônico deve registrar um ticket médio de R$ 301 com um total de 265 milhões de pedidos até o fim de dezembro, totalizando 87 mil lojas virtuais. Micro e pequenas empresas também devem aumentar a sua participação no faturamento, chegando a 29%.

Com o cenário favorável, quem quiser aproveitar e surfar nessa onda precisa estar atento às novidades e oferecer inovações para seus usuários. “As tendências vão facilitar a vida do cliente na hora da compra, proporcionando uma experiência bem diferente, se comparada ao mercado tradicional. O uso da Realidade Aumentada (AR), por exemplo, é uma alternativa para atrair consumidores, pois permite que eles experimentem a sensação de comprar, sem precisar estar necessariamente em uma loja ou onde o produto está”, explica Danillo Saes, coordenador dos cursos de tecnologia da Educação a Distância (EAD) da Unicesumar.

Entre as possibilidades para se destacar neste mercado, o professor também lembra da chatbots, tecnologia que propõe mais qualidade para o atendimento; o blockchain, utilizado para acrescentar confiança e transparência de informações e dados para consumidores e lojistas, além dos pedidos por voz, como as famosas Siri ou Google, mas aplicados às compras. “Lojas virtuais devem continuar focando na experiência do consumidor, especialmente em dispositivos móveis, com a expectativa de que 33% das vendas sejam feitas por meio de smartphones ou tablets”.

Mas quem são esses consumidores? Saes explica que, os e-shoppers podem ser divididos em algumas categorias, definidas pela Officina Sophia, empresa paulistana especializada em conhecimento aplicado aos negócios.

Segundo a Officina Sophia, o cliente experience tech é aquele que apresenta baixo índice de fidelidade, sendo que 30% realiza mensalmente mais de uma compra pela Internet. Já o oportunista, se preocupa com as condições de entrega da mercadoria e sua confiabilidade. O experimentador é aquele consumidor impulsivo, mas que abandona a compra ao perceber que o valor ultrapassa o esperado. O fiel, por sua vez, apresenta o menor índice de abandono do carrinho virtual. Por fim, o negociador, que possui alto poder de barganha, faz pesquisa on-line para negociar em lojas físicas.

Mas, independentemente do perfil do consumidor, é preciso estar atento e tomar alguns cuidados básicos ao fazer compras em e-comemrces. “Nãos e pode esquecer de checar a idoneidade virtual da loja. Além disso, é muito importante verificar a existência de política de segurança, como o uso do “s” após o http – este “s” significa segurança. Outra boa alternativa é consultar o Ebit, que concede selos e mede a reputação de lojas virtuais e dados para o mercado on-line, E, por fim, é importante buscar a opinião de pessoas que já adquiriram produtos pelas lojas de interesse do consumidor”, completa Danillo Saes.

Fonte: NQM Comunicação – Assessoria de Imprensa Unicesumar – Andressa da Rosa

Pesquisa da Social Media Week São Paulo revela as tendências para 2019 em marketing digital

Maior evento de mídias sociais da América Latina lança “stories” como tema da próxima edição

A Social Media Week São Paulo, em parceria com a Mlabs e a Hello Research, realizou uma pesquisa entre os palestrantes e participantes do evento, e lançou um infográfico. A análise aponta as tendências de investimento em marketing digital para o próximo ano, temas como design thinking, podcasts, chatbots e a plataforma Pinterest surgem como insights estratégicos. O documento completo está disponível aqui.

Foto: divulgação

A SMWSP é o maior evento de mídias sociais da América Latina e reuniu em sua 11 ª edição cerca de 8000 participantes: foram 260 atividades entre workshops, painéis e debates realizados por 318 profissionais do mercado, aglutinando 21 trilhas de conteúdo.

Edney Souza, organizador da Social Media Week São Paulo, faz uma analise dos dados e mostra os caminhos para o marketing digital em 2019: “o gráfico mostra as 10 primeiras posições em volume de respostas: Instagram, monitoramento de redes sociais, SEO, inbound, marketing, LinkedIn, e-mail marketing, branded content, design thinking, Facebook e links patrocinados, respectivamente. Este ranking foi montado baseado na soma das respostas ‘continuar investindo’, ‘investir mais’ e ‘começar a investir’. As tecnologias em destaque são aquelas mais populares e que continuam dando resultados para as áreas de marketing de diversas empresas”.

Segundo Edney, os insights mais estratégicos aparecem quando se compara as tecnologias com respostas como “começar a investir” entre palestrantes e participantes. “No top 5 dos 2 rankings aparecem 3 tecnologias em comum: growth hacking, podcasts e lives /webinar /streaming, isso mostra que essas tecnologias já estão adquirindo maturidade de investimento. Veja o exemplo do podcast: apesar de já estarem por aí pelo Brasil desde 2004 o que vemos de 2015 para cá é uma popularização.

Essa massificação trouxe também diversas empresas e assuntos novos e, hoje, muita gente troca o rádio no trajeto casa-trabalho por algum podcast. Um dos principais culpados pelo uso mais amplo do podcast é o Spotify que tornou mais simples para o usuário comum acompanhar o seu preferido. Vale criar seu próprio podcast (se você tiver um assunto bem técnico e interessante para trabalhar) ou investir em podcasts existentes, tem para todos os gostos”, revela. “Para o participante do evento 2, outras tecnologias compõem o Top 5 de ‘começar a investir’: design thinking e chatbot. Vale a pena dar um destaque especial a chatbots, que é um tema recente e já se tornou um diferencial competitivo.

Em 2019, quem não tiver chatbots, provavelmente vai perder espaço para seu concorrente. Para o palestrante, os 2 tópicos restantes desse Top 5 são bem diferentes: inteligência artificial e Pinterest. É interessante comparar a diferença de prioridade que participantes e palestrantes deram para inteligência artificial.

Apesar de ser mais popular e ser um diferencial competitivo, não é algo que qualquer empresa possa adotar facilmente. Assim, vemos aqueles que estão liderando nas empresas adotando com mais entusiasmo enquanto o usuário comum vai precisar esperar que essas empresas popularizem soluções usando inteligência artificial. Já a presença do Pinterest mostra que as empresas estão aprendendo a diversificar suas fontes de tráfego orgânico enquanto muitas ainda dependem do Google e Facebook para trazer visitas”. Edney aponta que ainda há empresas que conseguem transformar o Pinterest como fonte de tráfego principal. “Se o seu negócio gera imagens atraentes como o mundo da decoração, moda, turismo e gastronomia, provavelmente o Pinterest pode gerar um ganho significativo para as suas visitas”.

Social Media Week 2019:

O número de usuários em mídia social em todo o mundo é de 3,2 bilhões, um aumento de 13% ano a ano. Em 2020, quase 5 bilhões de pessoas estarão conectadas. Para 2019, a Social Media Week traz o tema Stories: “As histórias que contamos, consumimos e compartilhamos têm o potencial de moldar quem somos e o que nos tornamos”. O assunto será abordado nos vários países que sediam o evento. Dada a sua escala, as redes sociais tornaram-se a plataforma de narração de histórias mais influente do mundo. Seja qual for a forma que elas tomem, as histórias contadas por meio das mídias sociais têm o poder de atingir e influenciar mais de 60% das pessoas no planeta.

Vídeos das palestras 2018 disponíveis aqui, aqui e aqui.

Fonte:  Mariana Bacci – Comuniquese

Marcas, experiências e tecnologia

Cinco exemplos de como as marcas usam as novas tecnologias a favor da experiência

Assistentes de voz, realidade aumentada, inteligência artificial e chatbots são exemplos de tecnologias que têm possibilitado às empresas trazer à tona ideias e produtos que pareciam muito distantes há alguns anos. A Adobe levantou cinco cases de como as organizações confiaram em tecnologias emergentes em 2018 para trazer à realidade experiências que antes só eram possíveis em filmes:

Transformando carros em assistentes pessoais com voz

As fabricantes de carros foram algumas das primeiras empresas a adotar a tecnologia de voz por meio de integrações com a Alexa da Amazon e outros fabricantes de dispositivos de voz. Este ano, a BMW elevou o nível de sua estratégia de voz construindo seu próprio assistente pessoal inteligente, que será encontrado em modelos de carros a partir de março. De acordo com um comunicado da marca de automóveis de luxo, “isso marcará o início de uma nova era para o BMW Group, na qual os motoristas poderão cada vez mais operar seu carro e acessar suas funções e informações simplesmente falando”.

Empoderando artistas com IA e Machine Learning

Como parte do programa “Adobe Remix”, a Adobe convida os membros da comunidade a colocar sua marca no logotipo da Adobe. O projeto Adobe Remix mais recente foi do designer visual da Albânia, Vasjen Katro (também conhecido como Baugasm), que usou a tecnologia de transferência de estilo do Adobe Sensei, a inteligência artificial da Adobe.

A tecnologia de transferência de estilo permite que os artistas apliquem automaticamente a estrutura e os detalhes de uma imagem a outra – antes um processo tedioso. Como resultado, Katro conseguiu transferir rapidamente o estilo das pinceladas de Van Gogh para as texturas orgânicas que usou para a sua versão do logotipo da Adobe. Em seguida, ele combinou mídia digital e orgânica para concluir seu trabalho no Adobe Creative Cloud, usando o Adobe Photoshop, o Adobe Premiere Pro e o Adobe After Effects.

Educação médica imersiva com Realidade Aumentada

A Cleveland Clinic, da Case Western Reserve University, está usa realidade aumentada para permitir que os alunos estudem o corpo humano em um formato 3D interativo. Isso aponta para uma transformação no setor de saúde. Hoje, a universidade está usando o headset Hololens para educar a próxima geração de cuidadores. Eventualmente, a realidade aumentada será implementada em exames e, gradativamente, em salas de cirurgia.

Gerenciando processos seletivos com chatbots inteligentes

Mya é uma empresa de recrutamento on-line que ajuda as empresas a atrair, engajar e contratar talentos da geração Millennial. O rosto da empresa é um chatbot inteligente chamado “Mya”, que gerencia a seleção de candidatos. A Mya pode realmente “conversar” com milhares de candidatos de uma só vez por meio de mensagens de texto, Facebook, Skype, e-mail ou via chat. Seu papel está na parte de pré-contratação do processo seletivo. Ela responde a perguntas frequentes, fornece atualizações de progresso do processo e fornece dicas e orientações aos candidatos.

Conectando as lojas on e off-line com prateleiras inteligentes

A Kroger anunciou este ano uma parceria com a Microsoft Azure para implementar prateleiras inteligentes em suas lojas. O EDGE (Display Aprimorado para Ambiente de Supermercado, em tradução livre) processa os dados gerados pelas ações dos clientes e em torno das prateleiras do supermercado em tempo real.

Fonte: RMA Comunicação – Alisson Costa

Robôs não vão substituir pessoas, vão deixá-las melhor

Não se preocupe, os Bots vão deixar as pessoas ainda mais importantes!

*Por Ricardo Pena

É muito comum, quando se fala em atendimento através de Bots, as pessoas questionarem se isso vai acabar com os empregos ou não. O foco, no entanto, deveria ser outro: como o fator humano vai ser ainda mais valorizado depois do uso dos Bots.

Dois fatores contribuem para essa outra perspectiva em torno da utilização dessa tecnologia emergente:

1. Quem vai pilotar o Bot?

É importante ter em mente que para implantar uma solução automatizada alguns trabalhos humanos são essenciais para o sucesso. Neste sentido, três exemplos de profissionais são extremamente bem-vindos. O primeiro deles tem como principal atribuição definir a estratégia de utilização da ferramenta, bem como qual script será adotado. Se a ferramenta não for bem implementada e não estiver aderente às respostas da empresa, o cliente vai usar uma única vez e evitará ao máximo uma nova utilização. Se necessário, provavelmente tentará descobrir algum atalho para ser atendido por um agente. O segundo profissional é justamente o agente. Se a resposta do Bot não for a que o cliente necessita, uma pessoa vai precisar ajudá-lo e – dependendo do estado emocional do consumidor – a habilidade de atendimento do agente vai fazer toda a diferença – e em sinergia e parceria com o canal tecnológico. Dessa forma, o atendimento torna-se um diferencial ainda maior do que já é. Por último, o profissional envolvido com o suporte. Por se tratar de tecnologia, é muito importante que a equipe técnica esteja bem treinada para resolver rapidamente qualquer problema que apareça e para a manutenção constante da solução para usar os seus recursos ao máximo.

2. Melhoria contínua

O Bot é apenas um pedaço do atendimento. Hoje em dia já existem diversas opções para atender o cliente e a tendência, com essa rápida evolução, é que cada vez mais canais de atendimento apareçam. É aí que a criatividade humana começa a fazer a diferença e onde podemos surpreender o cliente – indo muito além da execução de atividades rotineiras – para pensar em caminhos novos. Isso é o que fará com que ele continue se relacionando com a empresa e, consequentemente, optando por seus produtos e serviços.

Além disso é sempre importante ter em mente que consumidores são pessoas – e como tais, são diferentes. Por exemplo, há aqueles que quando vão numa loja gostam de fazer tudo sozinhas, fogem dos vendedores, enquanto existem outros que adoram perguntar e ter alguém para ajudar em seu processo de decisão. Essa variação de postura também é estendida para as formas de relacionamento com as marcas – sobretudo num contexto de acelerada evolução tecnológica, que empodera cada vez mais e mais o consumidor.

Por isso, é importante que a estratégia de atendimento seja focada sempre no cliente e não apenas nos objetivos de redução de custos ou automatização de processos e tarefas repetitivas. Muitas vezes é necessário descobrir o que é mais conveniente e o que é mais efetivo e para isso não existe uma receita de bolo. Cada empresa terá que descobrir por meio da entrega de diferentes experiências.

Como é o caso dos Bots, cada vez mais presentes tornando nossa vida melhor e mais fácil. A tecnologia é um bem inexorável – e graças a ela aprenderemos a valorizar ainda mais o fator humano.

*Ricardo Pena é diretor de Pré-Vendas e Consultoria da Avaya para o Brasil

Fonte: Comuniquese – Rafael Bueno