Pesquisa da Social Media Week São Paulo revela as tendências para 2019 em marketing digital

Maior evento de mídias sociais da América Latina lança “stories” como tema da próxima edição

A Social Media Week São Paulo, em parceria com a Mlabs e a Hello Research, realizou uma pesquisa entre os palestrantes e participantes do evento, e lançou um infográfico. A análise aponta as tendências de investimento em marketing digital para o próximo ano, temas como design thinking, podcasts, chatbots e a plataforma Pinterest surgem como insights estratégicos. O documento completo está disponível aqui.

Foto: divulgação

A SMWSP é o maior evento de mídias sociais da América Latina e reuniu em sua 11 ª edição cerca de 8000 participantes: foram 260 atividades entre workshops, painéis e debates realizados por 318 profissionais do mercado, aglutinando 21 trilhas de conteúdo.

Edney Souza, organizador da Social Media Week São Paulo, faz uma analise dos dados e mostra os caminhos para o marketing digital em 2019: “o gráfico mostra as 10 primeiras posições em volume de respostas: Instagram, monitoramento de redes sociais, SEO, inbound, marketing, LinkedIn, e-mail marketing, branded content, design thinking, Facebook e links patrocinados, respectivamente. Este ranking foi montado baseado na soma das respostas ‘continuar investindo’, ‘investir mais’ e ‘começar a investir’. As tecnologias em destaque são aquelas mais populares e que continuam dando resultados para as áreas de marketing de diversas empresas”.

Segundo Edney, os insights mais estratégicos aparecem quando se compara as tecnologias com respostas como “começar a investir” entre palestrantes e participantes. “No top 5 dos 2 rankings aparecem 3 tecnologias em comum: growth hacking, podcasts e lives /webinar /streaming, isso mostra que essas tecnologias já estão adquirindo maturidade de investimento. Veja o exemplo do podcast: apesar de já estarem por aí pelo Brasil desde 2004 o que vemos de 2015 para cá é uma popularização.

Essa massificação trouxe também diversas empresas e assuntos novos e, hoje, muita gente troca o rádio no trajeto casa-trabalho por algum podcast. Um dos principais culpados pelo uso mais amplo do podcast é o Spotify que tornou mais simples para o usuário comum acompanhar o seu preferido. Vale criar seu próprio podcast (se você tiver um assunto bem técnico e interessante para trabalhar) ou investir em podcasts existentes, tem para todos os gostos”, revela. “Para o participante do evento 2, outras tecnologias compõem o Top 5 de ‘começar a investir’: design thinking e chatbot. Vale a pena dar um destaque especial a chatbots, que é um tema recente e já se tornou um diferencial competitivo.

Em 2019, quem não tiver chatbots, provavelmente vai perder espaço para seu concorrente. Para o palestrante, os 2 tópicos restantes desse Top 5 são bem diferentes: inteligência artificial e Pinterest. É interessante comparar a diferença de prioridade que participantes e palestrantes deram para inteligência artificial.

Apesar de ser mais popular e ser um diferencial competitivo, não é algo que qualquer empresa possa adotar facilmente. Assim, vemos aqueles que estão liderando nas empresas adotando com mais entusiasmo enquanto o usuário comum vai precisar esperar que essas empresas popularizem soluções usando inteligência artificial. Já a presença do Pinterest mostra que as empresas estão aprendendo a diversificar suas fontes de tráfego orgânico enquanto muitas ainda dependem do Google e Facebook para trazer visitas”. Edney aponta que ainda há empresas que conseguem transformar o Pinterest como fonte de tráfego principal. “Se o seu negócio gera imagens atraentes como o mundo da decoração, moda, turismo e gastronomia, provavelmente o Pinterest pode gerar um ganho significativo para as suas visitas”.

Social Media Week 2019:

O número de usuários em mídia social em todo o mundo é de 3,2 bilhões, um aumento de 13% ano a ano. Em 2020, quase 5 bilhões de pessoas estarão conectadas. Para 2019, a Social Media Week traz o tema Stories: “As histórias que contamos, consumimos e compartilhamos têm o potencial de moldar quem somos e o que nos tornamos”. O assunto será abordado nos vários países que sediam o evento. Dada a sua escala, as redes sociais tornaram-se a plataforma de narração de histórias mais influente do mundo. Seja qual for a forma que elas tomem, as histórias contadas por meio das mídias sociais têm o poder de atingir e influenciar mais de 60% das pessoas no planeta.

Vídeos das palestras 2018 disponíveis aqui, aqui e aqui.

Fonte:  Mariana Bacci – Comuniquese

Marcas, experiências e tecnologia

Cinco exemplos de como as marcas usam as novas tecnologias a favor da experiência

Assistentes de voz, realidade aumentada, inteligência artificial e chatbots são exemplos de tecnologias que têm possibilitado às empresas trazer à tona ideias e produtos que pareciam muito distantes há alguns anos. A Adobe levantou cinco cases de como as organizações confiaram em tecnologias emergentes em 2018 para trazer à realidade experiências que antes só eram possíveis em filmes:

Transformando carros em assistentes pessoais com voz

As fabricantes de carros foram algumas das primeiras empresas a adotar a tecnologia de voz por meio de integrações com a Alexa da Amazon e outros fabricantes de dispositivos de voz. Este ano, a BMW elevou o nível de sua estratégia de voz construindo seu próprio assistente pessoal inteligente, que será encontrado em modelos de carros a partir de março. De acordo com um comunicado da marca de automóveis de luxo, “isso marcará o início de uma nova era para o BMW Group, na qual os motoristas poderão cada vez mais operar seu carro e acessar suas funções e informações simplesmente falando”.

Empoderando artistas com IA e Machine Learning

Como parte do programa “Adobe Remix”, a Adobe convida os membros da comunidade a colocar sua marca no logotipo da Adobe. O projeto Adobe Remix mais recente foi do designer visual da Albânia, Vasjen Katro (também conhecido como Baugasm), que usou a tecnologia de transferência de estilo do Adobe Sensei, a inteligência artificial da Adobe.

A tecnologia de transferência de estilo permite que os artistas apliquem automaticamente a estrutura e os detalhes de uma imagem a outra – antes um processo tedioso. Como resultado, Katro conseguiu transferir rapidamente o estilo das pinceladas de Van Gogh para as texturas orgânicas que usou para a sua versão do logotipo da Adobe. Em seguida, ele combinou mídia digital e orgânica para concluir seu trabalho no Adobe Creative Cloud, usando o Adobe Photoshop, o Adobe Premiere Pro e o Adobe After Effects.

Educação médica imersiva com Realidade Aumentada

A Cleveland Clinic, da Case Western Reserve University, está usa realidade aumentada para permitir que os alunos estudem o corpo humano em um formato 3D interativo. Isso aponta para uma transformação no setor de saúde. Hoje, a universidade está usando o headset Hololens para educar a próxima geração de cuidadores. Eventualmente, a realidade aumentada será implementada em exames e, gradativamente, em salas de cirurgia.

Gerenciando processos seletivos com chatbots inteligentes

Mya é uma empresa de recrutamento on-line que ajuda as empresas a atrair, engajar e contratar talentos da geração Millennial. O rosto da empresa é um chatbot inteligente chamado “Mya”, que gerencia a seleção de candidatos. A Mya pode realmente “conversar” com milhares de candidatos de uma só vez por meio de mensagens de texto, Facebook, Skype, e-mail ou via chat. Seu papel está na parte de pré-contratação do processo seletivo. Ela responde a perguntas frequentes, fornece atualizações de progresso do processo e fornece dicas e orientações aos candidatos.

Conectando as lojas on e off-line com prateleiras inteligentes

A Kroger anunciou este ano uma parceria com a Microsoft Azure para implementar prateleiras inteligentes em suas lojas. O EDGE (Display Aprimorado para Ambiente de Supermercado, em tradução livre) processa os dados gerados pelas ações dos clientes e em torno das prateleiras do supermercado em tempo real.

Fonte: RMA Comunicação – Alisson Costa

Robôs não vão substituir pessoas, vão deixá-las melhor

Não se preocupe, os Bots vão deixar as pessoas ainda mais importantes!

*Por Ricardo Pena

É muito comum, quando se fala em atendimento através de Bots, as pessoas questionarem se isso vai acabar com os empregos ou não. O foco, no entanto, deveria ser outro: como o fator humano vai ser ainda mais valorizado depois do uso dos Bots.

Dois fatores contribuem para essa outra perspectiva em torno da utilização dessa tecnologia emergente:

1. Quem vai pilotar o Bot?

É importante ter em mente que para implantar uma solução automatizada alguns trabalhos humanos são essenciais para o sucesso. Neste sentido, três exemplos de profissionais são extremamente bem-vindos. O primeiro deles tem como principal atribuição definir a estratégia de utilização da ferramenta, bem como qual script será adotado. Se a ferramenta não for bem implementada e não estiver aderente às respostas da empresa, o cliente vai usar uma única vez e evitará ao máximo uma nova utilização. Se necessário, provavelmente tentará descobrir algum atalho para ser atendido por um agente. O segundo profissional é justamente o agente. Se a resposta do Bot não for a que o cliente necessita, uma pessoa vai precisar ajudá-lo e – dependendo do estado emocional do consumidor – a habilidade de atendimento do agente vai fazer toda a diferença – e em sinergia e parceria com o canal tecnológico. Dessa forma, o atendimento torna-se um diferencial ainda maior do que já é. Por último, o profissional envolvido com o suporte. Por se tratar de tecnologia, é muito importante que a equipe técnica esteja bem treinada para resolver rapidamente qualquer problema que apareça e para a manutenção constante da solução para usar os seus recursos ao máximo.

2. Melhoria contínua

O Bot é apenas um pedaço do atendimento. Hoje em dia já existem diversas opções para atender o cliente e a tendência, com essa rápida evolução, é que cada vez mais canais de atendimento apareçam. É aí que a criatividade humana começa a fazer a diferença e onde podemos surpreender o cliente – indo muito além da execução de atividades rotineiras – para pensar em caminhos novos. Isso é o que fará com que ele continue se relacionando com a empresa e, consequentemente, optando por seus produtos e serviços.

Além disso é sempre importante ter em mente que consumidores são pessoas – e como tais, são diferentes. Por exemplo, há aqueles que quando vão numa loja gostam de fazer tudo sozinhas, fogem dos vendedores, enquanto existem outros que adoram perguntar e ter alguém para ajudar em seu processo de decisão. Essa variação de postura também é estendida para as formas de relacionamento com as marcas – sobretudo num contexto de acelerada evolução tecnológica, que empodera cada vez mais e mais o consumidor.

Por isso, é importante que a estratégia de atendimento seja focada sempre no cliente e não apenas nos objetivos de redução de custos ou automatização de processos e tarefas repetitivas. Muitas vezes é necessário descobrir o que é mais conveniente e o que é mais efetivo e para isso não existe uma receita de bolo. Cada empresa terá que descobrir por meio da entrega de diferentes experiências.

Como é o caso dos Bots, cada vez mais presentes tornando nossa vida melhor e mais fácil. A tecnologia é um bem inexorável – e graças a ela aprenderemos a valorizar ainda mais o fator humano.

*Ricardo Pena é diretor de Pré-Vendas e Consultoria da Avaya para o Brasil

Fonte: Comuniquese – Rafael Bueno

Os bots podem ser associados a outros sistemas

Quer adotar um bot? Não precisa desistir do seu sistema legado

*por Fabio Godoy

Toda inovação pode trazer dor de cabeça. A utilização de bots para automatização de processos de negócios é uma tendência que, em pouco tempo, deverá estar presente em quase todas as empresas. A maioria reconhece as vantagens de sua adoção e deseja trabalhar com essa tecnologia, mas esbarra em um problema: seu sistema legado.

Muitos empresários acreditam que os bots são uma tecnologia muito avançada e que, justamente por isso, precisaria trocar todos os sistemas da sua empresa para adotar a ferramenta. Mas isso não é verdade. A adoção de bots não obriga ninguém a desistir de seu sistema legado ou de sistemas com tecnologias anteriores, já em uso na organização.

Justamente por ser uma tecnologia muito avançada, o bot consegue se integrar com o sistema corporativo, adaptando-se ao meio. Tudo será integrado com o que já existe, não existindo nenhuma perda ou desperdício de tecnologia.

Essa é uma excelente notícia, pois amplia as oportunidades das empresas. Hoje fala-se muito sobre os chatbot e sua capacidade de evolução com o machine learning, mas o futuro será certamente das automatizações de processos de negócios com bots. Essa é uma tendência que, segundo analistas, deve afetar cerca de 230 milhões de trabalhadores e que registra um retorno sobre investimento de 600% a 800% para algumas funções, de acordo com pesquisa da London School of Economics.

Nesse contexto, o bot irá atuar como mais um canal de comunicação, um elo entre os diversos segmentos e tecnologias. Ele irá ajudar a distribuir as informações. As tecnologias já existentes nas empresas não serão perdidas, mas terão o seu poder de trabalho ampliado pela adoção da nova ferramenta.

Eu entendo esse temor por parte dos empresários e profissionais da área. A possibilidade de ter que adotar um novo sistema – e manter a empresa em pleno funcionamento enquanto esse processo se desenrola – é realmente de causar arrepios. Mas essa preocupação apenas comprova que muitos profissionais ainda não entendem com clareza a capacidade de trabalho dos bots. O que poderia ser apontado como um ponto fraco (a necessidade de mudança dos seus sistemas anteriores) é na verdade algo simplesmente contornável.

A utilização desta tecnologia, e sua consequente evolução, irá aumentar a medida que for combinada com as tecnologias cognitivas, criando bots mais inteligentes e com uma capacidade mais apurada de machine learning. No mundo todo, a previsão é de que o mercado de automatização robótica de processos deverá alcançar a cifra de US$ 5 bilhões até 2020, de acordo com a Transparency Market Research.

A adoção de bots não impede o uso do seu sistema legado. Em outras palavras, qualquer empresa pode apostar na ferramenta porque não irá perder a sua tecnologia atual. O que vai acontecer é a integração com o que já existe, sem desperdício. Os bots não serão responsáveis pela dor de cabeça gerada por uma mudança de sistema. Pelo contrário: eles irão facilitar o trabalho, automatizando processos e adicionando inteligência para o dia a dia da organização.

*Fabio Godoy, diretor da Lealis, startup que atua com o desenvolvimento e consultoria diferenciada para serviços digitais e de inovação, produtos para fidelização, OCR, FR e desenvolvimentos de bots.

Fonte: Conecte – Eliane Tanaka