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Assunto do e-mail: “Gestor de Tráfego Pago”

Duas vagas em Canas

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Coluna Propaganda&Arte

Dreamcore: Como a estética da nostalgia estranha conquistou a Geração Z desde 2018

Por R. Guerra Cruz

O que faz um jovem olhar uma foto de um corredor vazio de escola, sem saber onde é, e sentir um misto de saudade e desconforto?

É sobre isso — e muito mais — que fala o fenômeno dreamcore, o movimento digital que, desde 2018, vem conquistando corações e estimulando mentes inquietas ao redor do mundo.

Ele traduz em imagens e sons a nostalgia do irreconhecível, a saudade do que não vivemos e o fascínio pelo bizarro familiar.

O conceito de Dreamcore: emoção entre sonhos, memórias e internet

Dreamcore é uma estética que nasceu na internet como uma espécie de “colagem sensorial”, reunindo imagens de lugares vazios (espaços liminares), efeitos visuais retrô e trilhas sonoras etéreas para provocar sensações contraditórias: aconchego e estranheza, nostalgia e inquietação.

Imagine revisitar lembranças distantes de infância — como um playground vazio ao entardecer ou um shopping iluminado por lâmpadas fluorescentes —, mas com uma aura de sonho que deixa tudo levemente inquietante.

Nascido nos fóruns digitais e impulsionado pelo Tumblr, TikTok e outras redes a partir de 2018, o dreamcore é mais que efeito visual: é um convite a mergulhar no universo das memórias difusas, onde se misturam inseguranças, saudades e desejos nunca realizados.

Estética visual: cores, neblina e tecnologia retrô

O visual dreamcore explora:

● Cores suaves, neon apagado e luz difusa.
● Fotos granuladas e efeitos de VHS.
● Cenários vazios: escolas, corredores, piscinas fechadas, quartos infantis.
● Elementos surreais: distorções, objetos “fora de lugar”, justaposição de símbolos nostálgicos com detalhes inquietantes.

Tudo serve para transportar o espectador para o limiar entre o real e o imaginário — aquele lugar estranho e misterioso onde se passam os nossos sonhos mais ambíguos.

O som dos sonhos: ambient, lofi e trilha para flutuar

Sonoramente, o dreamcore encontra ecos no ambient music, vaporwave, lofi hip hop, e trilhas sonoras feitas para simular o fluxo de uma mente sonhadora.

Teclados saturados, sintetizadores etéreos, samples antigos e gravações caseiras criam um pano de fundo sonoro ideal para perder-se em devaneios ou navegar por redes sociais nas madrugadas frias.

Criadores e origens

As primeiras manifestações do dreamcore surgiram na comunidade do Tumblr por volta de 2018, alimentadas também por fóruns alternativos e pela influência direta da estética weirdcore.

Mais do que um “gênero” fechado, dreamcore é uma linguagem aberta, que evolui constantemente ao sabor dos experimentos coletivos dos usuários de internet.

Sua popularização foi especialmente forte entre adolescentes e jovens adultos das gerações Z e Alpha, acostumados a transitar entre cultura pop digital e o desejo nostálgico por memórias — muitas vezes compartilhadas coletivamente, e não necessariamente vividas de forma individual.

Esse fenômeno é refletido também no aumento global das buscas pelo termo “dreamcore”, que disparou a partir do final dos anos 2010 e atingiu picos importantes em 2024.

Como nascem movimentos assim? Da rua para o digital — e do digital para o museu dos estilos

Nos anos 1980 e 90, movimentos artísticos (como punk, grunge ou surrealismo) nasciam das ruas, galerias e clubes.

Com a era da internet, tudo mudou: as novas linguagens visuais emergem por memes, fóruns e trends digitais, ganhando formas aceleradas e multiplicando-se em ciclos virais.

O dreamcore segue este modelo: nasceu colaborativo, global e “liquefeito” pela cultura dos compartilhamentos, remixagens e filtros.

Como o vaporwave antes dele, já se encaminha para se tornar um “estilo de época”: um movimento que será estudado no futuro como parte do museu das estéticas digitais — uma cápsula de sentimentos da geração conectada que viveu entre o real e o algoritmo.

Marcas e campanhas: quem já surfou nesta onda?

Várias marcas já experimentaram o poder do dreamcore para encantar e envolver públicos jovens, especialmente em campanhas que desafiam o óbvio e valorizam o sensorial e o misterioso:

FOXYLAB NY: marca de roupas que lançou coleções inspiradas no dreamcore, com editoriais em cenários surreais, paletas pastel e atmosfera onírica.
Campanhas chinesas: o mercado asiático já usou dreamcore e nostalgia digital em publicidade para Gen Z, conectando sentimentos de infância com tecnologia e identidade visual retrô.
Redes sociais: Plataformas como TikTok e Instagram têm marcas experimentando filtros, vídeos e trilhas dreamcore para atrair atenção orgânica e viralizar campanhas entre os jovens.

No fim das contas…

O dreamcore é sobre sentir.

É o misto de nostalgia, deslocamento, conforto e inquietação que define a era digital, onde todo mundo compartilha sonhos — mesmo que ninguém lembre exatamente de onde eles vêm.

Para as marcas, mergulhar nessa estética é acessar o repertório emocional de uma geração que sente saudades até do que ainda está acontecendo.

Uma playlist para você conhecer o estilo musical e visual.

56 anos de Embraer, uma empresa com alma que ainda impacta o mundo

Uma indústria que mudou a visão sobre o Brasil, que influencia antigos e atuais colaboradores e que se mantém firme na revolução e inovação aeronáutica

No próximo dia 19 de agosto a Embraer completa 56 anos de fundação. Muito se fala dos avanços tecnológicos, das vendas e das conquistas do mercado aeronáutico global pela Embraer. A companhia reconhece, porém, que essas conquistas somente foram possíveis por conta da excelência das milhares de pessoas envolvidas em todo o processo, é uma empresa com alma. Entre o passado e o futuro, parte dessas pessoas integram a associação INVOZ – Integrando Vozes para o Futuro. Em comum, todos foram impactados de maneira direta ou indireta pela Embraer, seja no modo de vida, na profissão ou até mesmo na própria família.

Um dos agentes desta história de mais de meio século é Emílio Kazunoli Matsuo, hoje presidente do Conselho Deliberativo do INVOZ. Por 39 anos trabalhou para a Embraer, iniciou como engenheiro de desenvolvimento de sistemas embarcados e gradualmente assumiu várias responsabilidades como líder de projetos e também como gestor. Liderou projetos de todas as unidades de negócios desde o Xingu, KC390 e Embraer 190E2, chegando ao cargo de Vice-Presidente de Engenharia e Engenheiro Chefe da Embraer. Hoje promove troca de experiências por meio de palestras em eventos a convite da empresa brasileira de aviação e de outros setores do Cluster Aeroespacial.

“Sou muito feliz em encontrar na Embraer pessoas de grande valor pessoal e profissional, com quem aprendi tudo. Pude também contribuir para o crescimento das pessoas e da própria Embraer, através da da cultura aeronáutica de excelência, valores e atitudes positivas, agregadoras, construtivas, colaborativas, equilíbrio, vontade de evoluir sempre e valores morais sólidos, que se transformaram em Cultura Organizacional de Sucesso da Empresa”, mencionou Emílio.

Em um outro momento importante da empresa, Manoel de Oliveira, hoje presidente de honra da associação INVOZ e sócio-diretor da empresa Sygma Tecnologia, atuou por 10 anos na Embraer como gerente de finanças e liderou o time que captou recursos e realizou parcerias financeiras para viabilizar o desenvolvimento do primeiro jato comercial da Embraer, o EMB-145. Outro momento histórico foi a sua articulação e apoio a Ozires Silva, fundador da Embraer, no processo de privatização da empresa. Um passo decisivo para a empresa ser o que é hoje no cenário mundial.

“A Embraer foi impactante na minha vida como um todo, mas em particular com o contato com Ozires Silva, que me ensinou a ‘liderança servidora’. Esse conceito foi fundamental para o desenvolvimento da empresa Sygma Tecnologia onde atuo hoje em dia, e também pelo meu engajamento em atuação em projetos sociais”, revelou Manoel.

Legado: De Pai para Filha

Outro empresário que teve a vida transformada pela Embraer foi Tadeu Hideki Yoshida, que atualmente é sócio proprietário da 55PRO Consulting, especializada em Gestão Empresarial, Inovação e Empreendedorismo, também é educador e palestrante e faz parte do Conselho Deliberativo do INVOZ. Foram 35 anos de atuação direta com a companhia, onde vivenciou transformações e contribuiu para a sua ascensão. Começou em áreas técnicas e gradualmente avançou para posições de gestão e liderança, com o foco na excelência e na busca por resultados, que é o fio condutor na história da indústria aeronáutica. Teve papel importante ao conduzir a inovação aberta e disruptiva na Embraer, construindo parcerias estratégicas com instituições de ponta como MIT, ITA, USP, Startups, Aceleradoras e Incubadoras e também na qualidade corporativa, na cadeia de suprimentos/Filosofia Lean e fornecedores de peças nacionais e internacionais, o que promoveu uma carreira internacional.

“A Embraer fundamentalmente moldou a minha vida e carreira. Os 35 anos dentro de seus portões foram uma jornada de crescimento contínuo, onde cada desafio se transformou em uma oportunidade de aprendizado. Sinto uma imensa gratidão por ter feito parte da história da Embraer. Foi um privilégio trabalhar ao lado de profissionais brilhantes e contribuir para a construção de uma empresa que é motivo de orgulho nacional e referência global. A Embraer me preparou para o futuro, permitindo que hoje eu possa, através da 55PRO, continuar a multiplicar esse conhecimento e impacto positivo. Atualmente tenho minha filha Elisa Motta Yoshida que trabalha na Embraer, como consultora Lean, fazendo com que o meu legado se torne realidade”, completou Tadeu, emocionado.

Estrangeiros

A Embraer modifica a vida de profissionais brasileiros e de estrangeiros. Um exemplo é do aposentado Spiridon Aziz Araman, que trabalhou na empresa entre 1977 e 1982, como assistente técnico. Fala com orgulho de ter participado de projetos excelentes, como o Bandeirante, Xingu, Tucano e Brasília.

“A Embraer me acolheu vindo do Líbano fugindo da guerra. Me ajudou a refazer a minha vida profissional, Sempre apoiei, apoio e apoiarei a Embraer em qualquer situação. Tenho orgulho de fazer parte dessa história”, enfatizou Spiridon.

Preservação da Cultura Aeroespacial

A atual presidente executiva da INVOZ, Neide Pereira Pinto, é arquiteta-urbanista e sócia-fundadora das Empresas Matiz Arquitetura & Design e da Somos Editora. Foi funcionária da EMBRAER de agosto de 1981 a abril de 1996, quando desenvolveu, entre outros trabalhos, o projeto e a implantação do “Parque Aeroespacial Infantojuvenil” no Sesi Ozires Silva de São José dos Campos – CAT e fez a implantação do Centro Histórico da EMBRAER. De 1996 a 1997, implantou os Espaços Culturais nos Aeroportos administrados pela INFRAERO, em Guarulhos, Congonhas, Brasília e Salvador. Hoje, é responsável por editar livros correlacionados à Embraer, a Ozires Silva e sobre a aeronáutica brasileira.

“A Embraer para mim sempre foi um sonho. Desde que vim pela primeira vez a São José dos Campos, sonhei trabalhar na empresa. Tempos depois, consegui um trabalho, no início da minha trajetória profissional. Foi graças à Embraer que conquistei conhecimentos, maturidade profissional e a empresa que tenho hoje. Após encerrar meu contrato como CLT, constituí a empresa Matiz Arquitetura & Design para atender às demandas de projetos de layouts e projetos de arquitetura e, posteriormente, a Somos Editora, com o objetivo de publicar livros sobre as personalidades e a história da indústria aeronáutica”, disse Neide.

À frente do tempo: Mulher Executiva

A Embraer não tinha somente ousadia e excelência, no seu universo corporativo havia lugares para as mulheres. Izilda de Fatima Victor foi a pioneira dentro da empresa a ocupar diversos cargos como a primeira mulher. Antes de ser a CEO responsável pela implantação da unidade em Évora, Portugal, ocupou cargos relevantes: foi chefe de seção, gerente financeira, diretora financeira, diretora estatutária de subsidiária. Ela começou como analista de crédito e estruturação de financiamento de vendas e passou pelas áreas comercial, financeira e de novos negócios.

“Por detrás de cada etapa, vieram os desafios e a liberdade que a direção proporcionou para a minha atuação. Iniciei em dezembro de 1982 e já em julho de 1983 fui responsável pela seleção de convidados da área financeira para o primeiro voo do Brasília, momento de muita emoção e orgulho. As campanhas de venda com pacotes de financiamento foram desafiantes, tanto para o Brasília quanto para os Tucanos na América Latina. Em dezembro de 1994, atuei no processo de privatização, com toda a carga de tensão e responsabilidade. Em seguida, veio o primeiro voo e a campanha de financiamento do ERJ-145, a gerência financeira e depois a transferência para diretoria na ELEB. Por trás de toda responsabilidade veio, juntamente, a realização pessoal. A Embraer me deu experiências e realizações que nenhuma outra empresa me traria, despertou os sentimentos de autoestima, orgulho e, ainda hoje, me proporciona tranquilidade financeira na minha aposentadoria, ocorrida em 2012”, comentou Izilda.

Muitas histórias de outros integrantes do INVOZ ou de antigos e atuais colaboradores da Embraer convergem para este sentimento de transformação e impactos positivos. Que venham outros mais 50 anos carregados de ousadias, oportunidades, crescimentos e de inovação. Do Bandeirante ao “carro voador” eVTOL, que os impactos da Embraer continuem sendo referência para a excelência da indústria aeronáutica e que os resultados continuem prósperos para a empresa e sociedade. A Embraer preserva sua alma inicial e segue o pensamento de seu fundador, o visionário, Ozires Silva, que repete e ensina até hoje: “O futuro não é descoberto. O futuro é construído”.

Fonte: Solução Textual – Renata Vanzeli 

Os bons tempos na publicidade sempre estão por vir. O resto é saudades.

Por Marlon Muraro*

Na vida, sentimos saudade do que vivemos, de quem conhecemos, dos momentos que compartilhamos. Isso é saudável.

Para muitos, a vida passada era melhor, as gerações anteriores eram mais capazes, a publicidade que se fazia era quase perfeita — e até a televisão era mais bem-feita. Isso é saudosismo.

Todos nós conhecemos um tio, uma avó ou mesmo um amigo que vive declamando juras de amor ao que já passou. Para eles, tudo era bom e melhor “naquele tempo”: tudo fazia mais sentido, tudo tinha mais sabor. Sempre que ouço esse tipo de discurso (sim, conheço algumas pessoas assim), tenho a sensação de que a vida seguiu seu curso… e elas se recusaram a continuar a jornada.

É natural sentirmos saudade de muitas coisas do passado — assim como, no futuro, sentiremos saudade do que estamos vivendo agora. Esse é o ciclo natural da vida. Na publicidade, não é diferente.

Talvez estejamos vivendo um vácuo criativo. Há muitos bons profissionais e clientes promissores, mas o que se cria e veicula está, na maioria das vezes, preso ao intervalo entre o medíocre e o pós-medíocre. São raros os exemplos atuais de publicidade que nos surpreendem, emocionam, nos fazem sorrir ou chorar. Mas eles existem. Se ainda não viu, assista ao filme do Boticário para o Dia das Mães (“Tormenta”) ou ao filme “Carta”, da Coca-Cola, para o Natal de 2020.

Quem gosta de publicidade sente saudade dos anos 70, 80 e 90 — épocas em que campanhas como essas surgiam todos os meses. E talvez essa seja a grande diferença: ainda existe publicidade de altíssima qualidade hoje em dia — o que mudou foi a intensidade e a frequência com que ela aparece.

Há explicações para isso: a adoção do algoritmo como guia criativo mais pragmático; a necessidade de rapidez para testes A/B; a volatilidade, a falta de atenção e de tempo do consumidor multitela; o uso indiscriminado da Inteligência Artificial (ou você acha que a I.A. faria um dos dois filmes que citei acima?) e até mesmo o receio dos clientes em correrem riscos e buscarem o novo, o disruptivo, o diferente.

Não sou saudosista a ponto de dizer que a publicidade do passado era melhor ou superior. Acredito apenas que o mercado, os clientes e a comunicação precisaram se transformar e se adaptar ao presente.

Mas que eu sinto saudade do que via nos intervalos comerciais da TV aberta… ah, isso eu sinto mesmo.

*Marlon Muraro é professor do Centro de Comunicação e Letras (CCL) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).